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quarta-feira, 19 de junho de 2019

Os cavalos regressam sempre a casa

Diz quem com eles convive (ou conviveu) que os cavalos têm esta caraterística: quando se sentem sozinhos, ou abandonados, por instinto regressam a casa.
Aparentemente foi o que se passou com um cavalo da GNR, em plena cidade do Porto.
Em tempos antigos, quando estes equídeos eram muito utilizados como meio de transporte humano, ou de mercadorias, a sua chegada a casa sem o respetivo condutor ou cavaleiro, era sinónimo de que alguma anormalidade teria ocorrido durante a viagem e motivo de alerta para famílias e comunidades.
Contam-se também histórias de animais que carregavam no dorso, durante quilómetros, donos inconscientes, acometidos por doenças súbitas e até embriagados…
Como é maravilhoso o mundo animal!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

“Grândola Vila Morena” cantada em Espanha

Quem é que disse que as exportações portuguesas estão a desacelerar?


Vinho do Porto, Cortiça, Pasteis de Belém... E agora o “Grândola Vila Morena”!

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Relvas, Relvas...

Depois do ser visto e ser “ouvisto” pelos portugueses...


Ficamos agora a saber que uma RTP que seja um fundo sem poço” nos concursos não é bom para o país...

Palavras para quê? No melhor "relvas" pode cair a nódoa... (!!!)

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Roupa blindada para crianças

Esta notícia, não é de todo surpreendente, mas ainda assim deixa-me a pensar.
Não me repugna a ideia de que em sociedades ditas violentas, como as da América do Norte, as pessoas procurem proteger-se o melhor que podem.
Quando os meios institucionais de ordenamento social – sistemas de segurança e justiça – são ultrapassados pela delinquência ou simplesmente pelas atitudes desviantes do comportamento humano, é compreensível que as pessoas acautelem o que têm de mais precioso, a vida.
É compreensível que assim seja, mas não é admissível que a isso sejam obrigadas.
Se assim não for que sentido faz a Declaração Universal dos Direitos do Homem? Leia-se o seu artigo 1º:
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”.
O facto do estilista colombiano, Miguel Caballero, ter desenhado e se preparar para comercializar uma coleção de vestuário e acessórios blindados para crianças, pode aos olhos da sociedade parecer uma atitude consequente, mas nunca esta a poderá encarar como normal. Nunca.
Já alguém imaginou, numa destas manhãs, ter que perguntar a um filho (ou filha) se já vestiu o blindado, com a mesma naturalidade que se lhe pergunta se já vestiu uma camisola interior?
Não, claro que não.
Mas o simples facto de haver locais neste planeta onde essa prática já faz parte do quotidiano dá-me que pensar...

quarta-feira, 4 de julho de 2012

O Códice Calixtino


Esta é uma notícia que me alegra muito. Devo confessar que fiquei estupefacto com o desaparecimento da obra e que era muito cético quanto à sua possível recuperação. Ainda bem que tudo terminou em bem... e sobretudo com códice intacto.


O Códice Calixtino  (no Latim "Codex Calixtinus")   é um manuscrito, de meados do século XII, que reúne um conjunto de textos em Latim, com ilustrações, que visavam a promoção da Catedral de Santiago de Compostela.
Trata-se de uma obra com grande valor literário para a época, onde sobressai a utilização do Latim, com um elevado nível de correção.
Muito embora a sua autoria seja atribuída ao Papa Calisto II, crê-se que tenha sido redigido por vários autores, entre os anos de 1130 e 1160.
O códice divide-se em cinco livros e é composto por um total de 225 folhas, de dupla face, com as dimensões de 295mm x 214 mm. A maioria das folhas compreende uma única coluna com 34 linhas de texto.
O exemplar mais antigo deste códice, que se crê ser uma cópia de um exemplar modelo, encontra-se à guarda da Catedral de Santiago de Compostela, sendo datado da década de cinquenta do século XII (entre 1150 e 1160).
O livro I, designado por "Anthologia liturgica" (Antologia litúrgica) é o mais longo do códice, compreendendo um total de 139 folhas e possui um caráter marcadamente litúrgico. Trata-se de uma coletânea de homilias, de cânticos litúrgicos, de cânticos de peregrinos e de sermões em honra do apóstolo Santiago proferidos na Catedral de Santiago de Compostela. O âmago da obra – o sermão "Veneranda dies"- procura mostrar o sentido e o valor espiritual da peregrinação a Santiago.
O segundo livro, "De miraculi sancti Jacobi" (Milagres de Santiago), estende-se da folha 139 à 155 e compreende uma compilação de 22 milagres atribuídos a Santiago, ocorridos em diversas partes da Europa, em especial no percurso do Caminho de Santiago.
O livro III, "Liber de translatione corporis sancti Jacobi ad Compostellam" (livro da transladação do corpo de Santiago para Compostela) compreende as folhas de 156 a 162 e nele é relatada a evangelização do apóstolo Santiago em Espanha e a transladação do seu corpo para Compostela.
O quarto livro, "Historia Karoli Magni et Rothalandi" (História de Carlos Magno e Rolando) encontra-se entre as folhas 163 e 191 do códice. Nele é narrada, em tom épico, a história de Carlos Magno e de Rolando em Espanha. Carlos Magno é apresentado como tendo sido o descobridor do túmulo do apóstolo Santiago e criador das primeiras peregrinações a Compostela e à sua Catedral.
O livro V, "Iter pro peregrinis ad Compostellam", é provavelmente o mais conhecido do grande público e constitui o mais antigo guia para os peregrinos do Caminho de Santiago, incluindo conselhos, descrições do percurso e das obras de arte nele existentes, assim como usos e costumes das populações que viviam ao longo da rota.
O códice foi impresso pela primeira vez em 1882 tendo em 1966 sido objeto de restauro, ocasião em que lhe foi reincorporado o Livro IV, que dele havia sido destacado em 1609.
No dia 5 de Julho de 2011 a obra foi dada como desaparecida pelos responsáveis do arquivo da Sé Catedral de Santiago de Compostela, na sequência de um pertenço roubo. Ontem, quando faltavam dois dias para fazer um ano do seu desaparecimento, o mesmo foi recuperado pela polícia, em bom estado, na garagem de antigo electricista da Catedral de Santiago de Compostela. 

sábado, 23 de junho de 2012

Uma mulher que gosta da bola...

Imagem da chanceler alemã Ângela Merkel durante o jogo que opôs ontem a Alemanha à Grécia no Euro 2012. A Alemanha ganhou por 4-2...

sábado, 26 de maio de 2012

Festival Eurovisão da Canção 2012

Confesso que este ano nem me apercebi dele. Não fossem os comentários de uma colega, ainda dada àqueles tão nostálgicos assomos de nacionalismo, a dar-me conta de mais uma eliminação de Portugal e o certame tinha-me passado completamente ao lado.
Do “mal” que a colega Aldina ainda hoje sofre, também eu padeci fortemente na minha infância e adolescência. Todos os anos a mesma expectativa «é desta que Portugal vai obter uma boa classificação...». E depois, no dia euro festival, por volta das 21:00 horas – mais coisa, menos coisa – mais um banho de desilusão!
Com este desfecho a repetir-se a cada ano que passava, o meu fervor nacionalista foi esmorecendo e a minha indiferença foi aumentando.
Felizmente, o mesmo não acontece com a Aldina! E ainda bem que vai restando alguém para, ano após ano, comentar o triste fado das participações do nosso país.
Neste ano de 2012, a Aldina além de me fazer queixa da habitual “panelinha” dos países do norte e leste da europa nas votações, falou-me também de um fenómeno nunca visto: as avozinhas da Rússia. Fiquei curioso e fui ver.



Depois disto julgo estar descoberto o antídoto para Portugal ganhar o euro festival. Para o ano, vamos apresentar um grupo de canto alentejano a cantar a música dos “Bon Jovi “keep the faith” e para completar a coreografia enchemos o palco com um grupo de pauliteiros de Miranda. Talvez assim mereçamos o olhar arregalado de um qualquer membro do júri.
Quanto ao resto e porque hoje é o dia da grande final, desejo às “Avozinhas de Buranovo” – удача! (udacha) - que é como quem diz: boa sorte!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Maravilhas da tecnologia: edifico movimenta-se 63 metros.



Se lerem a notícia percebem que tudo se passa na Suíça.
Se fosse cá... Nem quero pensar! Veja-se o que aconteceu ao Palácio de Cristal no Porto, quando foi necessário construir o Pavilhão de Desportos...
Bom, para ser justo, tenho que admitir que por cá também se fazem coisas, se não semelhantes, pelo menos extraordinárias. Foi o que aconteceu na cidade de Aveiro, em 1998, quando foi possível "salvar do afundamento" o edifício da antiga Capitania do Porto de Aveiro. Na altura, por recurso a um sistema inovador, designado por micro-estacas, foi possível construir novas fundações e “in extremis” salvar o edifício (um antigo moinho de maré mandado construir em 1830 por Joaquim José de Oliveira, fundador da Fábrica Vista Alegre) de uma derrocada iminente para Ria de Aveiro.
Na ocasião, tive oportunidade de acompanhar de perto o processo e lembro-me bem de algum ceticismo que reinava quanto ao sucesso daquela intervenção. O certo é que passados estes anos, o edifício, classificado de interesse público, desde 30 de Outubro de 1997, ainda permanece firme, na extremidade sul da Avenida Lourenço Peixinho! Apesar de uma certa inclinação... Que, ainda assim, na altura me parecia bem mais notória!

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Elefantes em Marte?

A realidade pode ir até onde a imaginação nos levar.

Eis a imagem de uma formação rochosa em Marte... 



De facto, sem grande esforço, podemos ver aqui um decalque de um paquiderme! 

domingo, 18 de março de 2012

As crianças têm solução para tudo!

A noite era de um dia próximo do fim de Fevereiro. A data era especial e justificou um jantar fora, em família. O inverno não vai rigoroso, mas nessa noite o calor podia-se bem com ele. Como sempre, no restaurante do J, o ambiente estava agradável. Naquela noite sentia-se o pronuncio do Carnaval que se iria comemorar numa sala do piso superior. A passagem dos foliões, devidamente aprumados (mascarados) para o evento, punha-nos bem-dispostos! O jantar aproxima-se do fim, os pratos e talheres já tinham sido retirados. Em cima da mesa permaneciam apenas os copos e as garrafas das bebidas, meio vazias. Faltavam as sobremesas. A um ritmo ligeiramente superior, tinha decorrido o jantar das duas mesas vizinhas. Numa delas, o empregado de mesa já tinha apontado os pedidos daqueles nossos vizinhos de ocasião. Na outra, o processo estava mais demorado. Contei cinco crianças e isso explica tudo... Ora, como a lista das sobremesas viria daquela para a nossa mesa, fui forçado a deter-me no impasse que por lá reinava. A conclusão tardava porque uma menina, que não teria mais que sete anos, insistia num gelado. A ideia não agradava aos adultos, que procuraram demove-la daquela preferência.  Os argumentos foram vários, desde os bolos de bolacha e chocolate que eram deliciosos (!), ao pudim que era igual ao que fazia a avó (!), até gelatina, guloseima á qual nenhum catraio resiste. Mas como menina foi dizendo que não a tudo, a escalada dos argumentos atingiu o máximo com a possibilidade de ter que “levar uma pica se a constipação e dores de garganta, há pouco curadas, voltassem, por causa da ingestão do gelado. Mas o certo é que ninguém conseguiu demover a miúda e o empregado concluiu a lista das sobremesas com um “Magnum de Chocolate”. Resolvido aquele impasse, chegou a nossa vez. Sem stress, porque o ambiente estava de tal forma agradável, que não era o atraso de alguns minutos que o iria estragar! Fizemos então os nossos pedidos e fomos rapidamente servidos. E eis que quando me preparava para cortar a rodela de ananás, que foi a minha sobremesa, me deparei com algo insólito. Olhei na direcção da lareira que existe na sala, que tem embutido um aparelho eletrico que simula uma fogueira e vai irradiando calor, e o que vejo? A menina do gelado! Sentada em frente à lareira com o corpo apoiado nas “perninhas à chinês”. Numa das mãos segurava o gelado que apontava na direcção da lareira. Como se o estivesse a aquecer, ali permanecia naquela posição uns 15 segundos e depois... trincava-o! E o gesto lá se foi repetindo, aquecia e trincava, aquecia e trincava...
Espero que o gelado não tenha feito mal à menina, porque afinal ela foi previdente: se o "gelado frio" faz mal, aquece-se... As crianças têm solução para tudo!

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Pode uma Pomba deitar o coliseu abaixo?

Por incrível que pareça, pode contribuir para isso...


“Foram os turistas que, na segunda-feira, deram o alerta em Roma. O coliseu sofreu um pequeno desabamento por culpa de uma pomba.
Este podia ser considerado um acidente normal e sem grandes consequências se o alvo não tivesse sido o Coliseu de Roma.
O choque de uma pomba partiu mais um pedaço de calcário da fachada exterior e provocou um pequeno desabamento.
O acontecimento foi testemunhado por turistas. As autoridades foram avisadas e o espaço foi delimitado.
O acidente com a pomba e a queda de pequenos pedaços de parede desde há dois dias vieram acentuar a preocupação e reforçar os alertas para a necessidade urgente de restaurar o monumento.
No mês passado o sub-secretário italiano da cultura dizia que o coliseu tinha sofrido três mil ferimentos em vários locais, mas que estes não representavam perigo.
Ao fim de vários anos de desgaste e diversos avisos o monumento vai agora ser restaurando por um empresário do calçado.
O início das obras está marcado para Março e vai custar 26 milhões de euros. Em troca, o empresário garante os direitos de imagem do monumento.
O coliseu também conhecido como Anfiteatro Flaviano foi construído entre os anos 72 e 80 depois de Cristo em honra da dinastia dos imperadores Flavia.
Demorou 10 anos a ser construído e tinha capacidade para abrigar perto de 50 mil pessoas, com 48 metros de altura, e era usado para variados espectáculos.
Em 1980 a Unesco declarou-o Património da Humanidade.”

Publicado na TSF online

sábado, 19 de novembro de 2011

“A ignorância dos nossos universitários” - Será mesmo?




A revista “Sábado” apelidou este apontamento de A ignorância dos nossos universitários.
Quero acreditar que para obter estes minutos de pura diversão o jornalista tenha que ter gasto horas em entrevistas.
A verdade é que até a pessoa mais douta, de vez em quando, lá tem a sua “branca”.
Caso assim não fosse e os conhecimentos demonstrados pelos actores deste vídeo fossem apenas estes... era grave. Mas como quero acreditar que assim não é (?) confesso que o vídeo até me pôs bem-disposto...

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Que piada!

Passava aí por um sítio onde a pretexto desta imagem alguém perguntava:

“Riem de quê?”


Ora... riem de quê?

Porventura, estará já ultrapassada a máxima popular que diz que rir é o melhor remédio? (!)

Naturalmente que se aceitam outras sugestões para resposta...

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

11 do 11 de 2011, uma data especial!

Hoje é um dia especial. Sim (!) é dia de são Martinho... mas além disso, já repararam na data? !!! ...

11-11-11

Nas nossas vidas não voltaremos a viver outra igual.

Aproveitem o momento e inspirem-se!

domingo, 30 de outubro de 2011

Vilar de Perdizes – Halloween à portuguesa

Halloween em Vilar de Perdizes (30 e 31 de Outubro)
Fica aqui uma sugestão para quem procura programa para celebrar o “dia das Bruxas”.
A exemplo de outros anos, em Montalegre, a aldeia de Vilar de Perdizes recebe os forasteiros com um programa de Halloweem bem à portuguesa, recheado de bruxas e feitiços, que por estes dias dão uma vida muito especial àquelas terras do Barroso, no extremo norte de Portugal.
Quem puder aproveite, pois, com toda certeza, não vai  arrenpender-se.
Mais pormenores deste programa, que promete ser “um trinta e um”, podem ser vistos aqui e aqui.

domingo, 10 de julho de 2011

O que se vê por aí...

Numa voltinha pela blogosfera vi esta com o seguinte título:



A propósito alguém dizia “O título para a imagem e a imagem para o título estão pura e simplesmente brilhantes...”

domingo, 20 de março de 2011

Como se ganha um ano de vida (ou a história de um engano)

Nestes dias, em que todos vivemos bastante amargurados com tantos problemas que nos rodeiam, sabe bem saber de coisas simples, quase caricatas, que nos vão dando pequenas alegrias e motivo para um bom par de gargalhadas. Digam lá se não é mesmo assim...
Um dia destes, liguei a um amigo (por coincidência um daqueles que também aparece por cá com frequência) para lhe dar os parabéns, por mais um aniversário.
Sabendo eu a sua idade, em tom de provocação, perguntei-lhe: então como te sentes com x... anos?
Propositadamente, na minha pergunta, acrescentei mais um ano à sua idade. Esperava eu ouvir do outro lado a resposta clássica (!): Alto lá (!)... Ainda não são x... anos, mas sim y... anos! Lá chegarei... aos x... anos!
Mas querem lá saber que esse meu amigo, ele próprio, durante um ano da sua vida também se enganou na sua própria idade! Disse-me que sempre que foi questionado acerca do assunto, durante o ano que passou, respondeu sempre que tinha a idade que só agora completou, ou seja, andou durante um ano convencido que tinha mais um ano de vida.
Naturalmente, só teve consciência dessa realidade agora, por ocasião do aniversário, quando se pôs a fazer contas à vida... que já viveu!
Dizia-me ele que, apesar do caricato, a situação lhe tinha provocado uma sensação de alívio, uma espécie de retrocesso no tempo, enfim, um rejuvenescimento... mesmo que fosse por engano!
Um grande abraço para o AM, o protagonista do rejuvenescimento (ou da história de um engano!).

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Armando Vara no papel da pouca vergonha

Quero começar por dizer que a atitude do cidadão Armando Vara, nem carece de classificação da minha parte, tal é o grau censurabilidade que ela me merece.
Pelo que vamos ouvindo na rua, e nas conversas de café, este tipo de enviesamentos ao ordenamento social, praticados por uma classe de privilegiados, é comum. A nossa sociedade, na sua imensa e perniciosa tolerância, vai aceitando a existência deste tipo de procedimentos e considera-os males menores. Entretanto a nossa vergonha colectiva vai-se contendo, porque, regra geral, sabe-se que estas situações acontecem, mas não se conhece o rosto dos prevaricadores e assim vamos continuando a enganarmo-nos a nós próprios, fingindo que nada acontece.
Agora o que eu noto é que, de há uns tempos a esta parte, uns quantos, das ditas elites, parecem ter perdido a noção de que vivemos num Estado democrático e civilizacionalmente dito avançado e actuam como se estivéssemos num qualquer país do terceiro mundo, onde reina a lei do mais forte e impera a corrupção.
Não estará na hora da nossa sociedade acordar para esta realidade, pondo termo à impunidade dos que perderam a vergonha, que mais não seja pela forte reprovação pública dos seus comportamentos?
Por outro lado, este caso também me leva a reflectir acerca do comportamento da classe médica.
Será que aquela clínica não deveria ter tido um comportamento diferente?
Então entra-lhe pelo consultório dentro um utente, sem que tenha sido chamado, e dá-lhe ordens para que lhe passe um atestado, porque tem que apanhar um avião... e ela obedece?(!!!)
Bem sei que, ao que parece, a médica foi ludibriada pela acção do ex-governante e viu-se completamente ultrapassada pelos acontecimentos. Mas será que se pela mesma porta tivesse entrado um cidadão anónimo, que estivesse a faltar ao seu emprego, a pedir-lhe que lhe passasse uma simples receita para medicação de um familiar, doente crónico, a mesma médica teria a acedido ao seu pedido, como o fez em relação a Armando Vara?
 A dúvida ficará para sempre no ar...

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Nem parecem portugueses


A propósito do post anterior - prazo para entrega do IRS em 2011 – deixo aqui a minha homenagem àqueles portugueses que, contrariando o que se diz ser regra, fazem questão de entregar a sua declaração de IRS logo no primeiro dia do prazo.
Só que hoje aconteceu um insólito, que passo a explicar...
Há já muitos anos, o prazo para entrega da declaração de IRS tinha o seu início precisamente neste dia 1 de Fevereiro. Sucede que este ano esse prazo foi alterado e a entrega da declaração de rendimentos, em suporte de papel, decorre apenas durante o mês de Março. Ora, esta alteração, apanhou de surpresa muitos daqueles portugueses a que me referi no inicio, que desconhecendo o novo prazo, se dirigiram hoje aos Serviços de Finanças para entregar a sua declaração de rendimentos e ainda não o puderam fazer, porque o prazo ainda não está a decorrer!
Eu assisti hoje, logo pela manhã, a situações dessas...
É caso para dizer que estes portugueses, ainda que involuntariamente neste caso, e contrariando aquilo que se diz ser a regra do povo português (que deixa sempre tudo para o fim) rebentaram a escala do cidadão cumpridor...
Nem parecem portugueses... e talvez por isso merecem a minha admiração.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Querem silenciar os consumidores

Numa viagem ocasional pela blogosfera deparei-me com esta situação inacreditável vivida pela Maria João Nogueira. Dêem uma vista de olhos nos 7 posts escritos pela mesma a propósito do assunto, para perceberem o calvário porque passa uma cidadã consumidora para fazer valer os seus direitos.
De facto só me apetece dizer que esta história, cujo desfecho ainda não se conhece, parece inacreditável!
Se a atitude da empresa ENSITEL ao não assumir as suas responsabilidades perante a cliente, cujos direitos, enquanto consumidora, estão consagrados na Lei, parece um comportamento altamente reprovável, o que dizer agora desta tentativa, de a silenciar, pela via da censura dos seus escritos?
O que me parece claro é que das relações comerciais entre as empresas e os seus clientes resultam obrigações e deveres que vão muito além do pagamento do preço e da entrega do produto. Também me parece evidente que há cada vez mais consumidores conscientes dos seus direitos e dispostos a fazê-los valer, quando se sentem lesados. Mas também parece certo, e por este exemplo se pode ver, que ainda há empresas que quando falham, entendem que a melhor forma de resolver os problemas é tentar vencer os clientes pelo desgaste, pela desproporção de meios e até pelo seu silenciamento.
Talvez não fosse pior que as empresas que têm práticas parecidas com a da ENSITEL começassem a retirar ensinamentos de episódios como este; é que caso ainda não se tenham dado por isso, o mundo vive o tempo da informação global e nesta era dos blogues e das redes sociais, tratar mal um cliente pode significar bem mais do que perder esse cliente...
Quanto ao desenvolvimento mais recente deste caso, parece-me admissível a tentativa de silenciamento da cliente por parte da empresa e esta atitude representa a subida de mais um degrau na escada dos seus equívocos.