sábado, 26 de maio de 2012

Festival Eurovisão da Canção 2012

Confesso que este ano nem me apercebi dele. Não fossem os comentários de uma colega, ainda dada àqueles tão nostálgicos assomos de nacionalismo, a dar-me conta de mais uma eliminação de Portugal e o certame tinha-me passado completamente ao lado.
Do “mal” que a colega Aldina ainda hoje sofre, também eu padeci fortemente na minha infância e adolescência. Todos os anos a mesma expectativa «é desta que Portugal vai obter uma boa classificação...». E depois, no dia euro festival, por volta das 21:00 horas – mais coisa, menos coisa – mais um banho de desilusão!
Com este desfecho a repetir-se a cada ano que passava, o meu fervor nacionalista foi esmorecendo e a minha indiferença foi aumentando.
Felizmente, o mesmo não acontece com a Aldina! E ainda bem que vai restando alguém para, ano após ano, comentar o triste fado das participações do nosso país.
Neste ano de 2012, a Aldina além de me fazer queixa da habitual “panelinha” dos países do norte e leste da europa nas votações, falou-me também de um fenómeno nunca visto: as avozinhas da Rússia. Fiquei curioso e fui ver.



Depois disto julgo estar descoberto o antídoto para Portugal ganhar o euro festival. Para o ano, vamos apresentar um grupo de canto alentejano a cantar a música dos “Bon Jovi “keep the faith” e para completar a coreografia enchemos o palco com um grupo de pauliteiros de Miranda. Talvez assim mereçamos o olhar arregalado de um qualquer membro do júri.
Quanto ao resto e porque hoje é o dia da grande final, desejo às “Avozinhas de Buranovo” – удача! (udacha) - que é como quem diz: boa sorte!

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Partiu a tia Maria da Conceição

Passava pouco das 6 da manhã. O telefone tocou. Do outro lado a voz tolhida de minha mãe ecoou com a notícia.
Um abraço sentido para o Paulo. Para a tia, um beijo e até sempre.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Maravilhas da tecnologia: edifico movimenta-se 63 metros.



Se lerem a notícia percebem que tudo se passa na Suíça.
Se fosse cá... Nem quero pensar! Veja-se o que aconteceu ao Palácio de Cristal no Porto, quando foi necessário construir o Pavilhão de Desportos...
Bom, para ser justo, tenho que admitir que por cá também se fazem coisas, se não semelhantes, pelo menos extraordinárias. Foi o que aconteceu na cidade de Aveiro, em 1998, quando foi possível "salvar do afundamento" o edifício da antiga Capitania do Porto de Aveiro. Na altura, por recurso a um sistema inovador, designado por micro-estacas, foi possível construir novas fundações e “in extremis” salvar o edifício (um antigo moinho de maré mandado construir em 1830 por Joaquim José de Oliveira, fundador da Fábrica Vista Alegre) de uma derrocada iminente para Ria de Aveiro.
Na ocasião, tive oportunidade de acompanhar de perto o processo e lembro-me bem de algum ceticismo que reinava quanto ao sucesso daquela intervenção. O certo é que passados estes anos, o edifício, classificado de interesse público, desde 30 de Outubro de 1997, ainda permanece firme, na extremidade sul da Avenida Lourenço Peixinho! Apesar de uma certa inclinação... Que, ainda assim, na altura me parecia bem mais notória!

Achado arqueológico prova a existência de Belém

Aqui pode ler-se que Belém, a cidade onde nasceu Jesus Cristo, já não é apenas uma referência Bíblica. Ao que tudo indica, arqueólogos israelitas, terão encontrado achados que evidenciam a existência da cidade durante o período em que aparece descrito no livro sagrado.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

domingo, 20 de maio de 2012

Taça de Portugal


Setenta e três anos depois... a Académica deu uma grande lição no Jamor.

Na despedida...  estiveram muito mal os adeptos do Sporting quando arremessaram objetos e agrediram o arbitro Paulo Baptista quando este subia à tribuna. Que tristeza...
Parabéns à briosa e ao meu conterrâneo Pedro Emanuel!

Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação do Porto

Continuando a falar da cidade do Porto e de causas nobres, aqui fica uma sugestão para o próximo fim-de-semana.

Refiro-me ao 2º Feirão da Delegação do Porto da Cruz Vermelha Portuguesa. No evento estarão disponíveis milhares de artigos (roupa - calçado -  têxteis lar - mobiliário - iluminação - livros - bricolage - decoração - brinquedos - louça  - artesanato - puericultura - bijutaria) novos e usados, para serem adquiridos a preços de ocasião.
Será com certeza uma excelente oportunidade para fazer boas compras em tempos de crise e ao mesmo tempo ajudar esta Instituição Particular de Solidariedade Social que desenvolve na cidade do Porto ações muito relevantes ao nível do socorro e assistência a enfermos e no auxílio aos mais necessitados, particularmente idosos e acamados. 
O evento terá lugar em Massarelos, na zona ribeirinha do Porto, o que permite transformar esta deslocação num passeio sempre agradável ao longo da marginal do Douro. E quem sabe, dar dali um pulinho até foz... Tudo ótimas sugestões!

Corrida da Mulher no Porto.

Mulheres a correr por uma causa: a luta contra o cancro da mama.



Excelente iniciativa que aliou a prática de exercício físico a uma causa nobre.
Apesar da ameaça de chuva o ambiente foi extraordinário. Um novo recorde de mulheres inscritas: dezassete mil e seiscentas (17.600). Oito mil e quinhentos euros (€ 8.500,00) oferecidos à Liga Portuguesa Contra o Cancro.



Sei de quem esteve lá com muito entusiasmo a apoiar a causa e se divertiu imenso a percorrer os 5 quilómetros do percurso entre a Rotunda da Boavista e Avenida dos Aliados! 


Parabéns a todas e à organização!



terça-feira, 8 de maio de 2012

Eleições na França e na Grécia

O que resulta das eleições em França e na Grécia?
Pouco, muito pouco.
Apenas um voto de protesto, de europeus massacrados pela crise e completamente desorientados. Apenas um gemido doloroso de pessoas que sentem deitadas ao abandono.
Em França, François Hollande, ganhou as eleições presidenciais com uma margem muito escassa e não tem folga orçamental para fazer grande parte do que prometeu. Passará os próximos meses a explicar aos franceses que não lhes mentiu, tentando por todos os meios criar condições para ganhar as próximas eleições legislativas.
Na Grécia, a tragédia avoluma-se. As eleições legislativas espartilharam completamente os espectro político. O partido vencedor não tem condições para formar Governo e já desistiu de o fazer, pondo em causa as expectativas geradas no seu eleitorado. Dos partidos que se lhe seguirão, não se me afigura provável que qualquer um deles consiga formar um Governo de unidade nacional, forte e coeso. A ser assim, mudar para quê? Para pior já basta assim... como se diz cá em Portugal.

sábado, 5 de maio de 2012

Políticas de Sócrates quase levaram o país à bancarrota


Este ponto de vista já à época aqui o tinha antecipado. Em 2010, escrevi por cá, que injetar dinheiro público na economia não resolveria a crise e que o acréscimo de despesa pública naquele contexto nunca geraria crescimento. Perecia-me, como me parece hoje, que foi um erro, que quase nos levou à bancarrota.
Agora o desafio para os novos governantes é outro. O que se lhes pede è que não salvem o país da bancarrota á custa da falência dos portugueses. A história já nos ensinou que de nada vale ter um país com contas públicas equilibradas estando o povo a definhar.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

O túnel da luz volta à superfície


Confesso que até já tinha dado o assunto por encerrado.
Tinha-o considerado um “expediente” bem montado para levar o Benfica a ganhar um campeonato, na última jornada e com um ponto de avanço sobre o Braga.
Para um portista, na altura, foi um sapo difícil de engolir, mas a digestão já estava mais do que feita com a conquista dos dois campeonatos que se lhe seguiram!
Mas afinal, soube-se hoje, que este foi um assunto de difícil digestão para a Justiça. Então não é que uma Juíza de instrução demorou mais de dois anos a decidir que os jogadores do F C Porto envolvidos nos incidentes do túnel da Luz, vão a julgamento e podem ser condenados até três anos de cadeia.
Quanto a mim trata-se de mais uma manobra para pôr o Hulk "out"! Desta vez "out" do mercado... Será que vão conseguir?!!! ...

terça-feira, 1 de maio de 2012

Caos nas lojas do “Pingo Doce”

Felizmente nunca na minha vida experimentei a sensação de viver num país em estado de sítio, ou lá próximo. As imagens de pessoas a açambarcar bens essenciais, sempre me foram dadas pela televisão e diziam respeito a uma realidade que, repito, felizmente nunca foi a minha.
Nunca tinha experimentado essa sensação até hoje, mas hoje aconteceu.
Ao entrar circunstancialmente numa loja da cadeia “Pingo Doce”, para efetuar uma daquelas compras de ocasião, dei por mim a viver num qualquer país em situação de emergência, em estado guerra eminente. Uma loja, de média dimensão, mas que tinha no seu interior seguramente 4 centenas de pessoas. Mal se  podia circular. As filas para as caixas de pagamento estendiam-se em forma de serpente por todos os corredores e pelos espaços mais improváveis da loja. Cada pessoa na fila de espera tinha ao seu lado volumes e mais volumes de produtos. Produtos alimentares, de higiene e tudo o que é essencial á sobrevivência. Os característicos carros de supermercado eram raros e as compras eram transportadas em contentores improvisados: caixotes de papelão, sacos de ráfia e até caixas de fruta da própria loja.
Um ambiente caótico com pessoas esbaforidas que se lamentavam pela falta de produtos. Prateleiras e expositores completamente vazios, onde apenas se via o preço dos produtos que lá tinham estado expostos. Enfim uma situação inacreditável.
A minha mulher, pouco depois de entramos na loja, percebeu o porquê daquela confusão quando leu um panfleto promocional da cadeia que anunciava descontos de 50% para compras de valor superior a 100,00€. Ela quis voltar imediatamente para trás, até porque temia pela nossa integridade física.
Eu resisti e com a minha filha pela mão fiz questão de viver este momento que se não é tristemente histórico para o nosso país pelo menos é inédito. E lá andei cerca de 10 minutos mergulhado na triste realidade deste nosso Portugal do século XXI.

1º de Maio – Dia do Trabalhador

Hoje lembra-se o trabalhador - aquele que trabalha – e celebra-se o ato de trabalhar, como um direito que assiste a todos cidadãos e que deve ser exercido em condições dignas e respeitadoras da condição humana.
Foi precisamente a busca dessa dignidade que levou ativistas dos direitos dos trabalhadores a empreenderam no final do século XIX, nos Estados Unidos e em França, uma luta na defesa por uma jornada de trabalho com oito horas diárias. Os acontecimentos associados a essas lutas, como greves e grandes manifestações, inspiraram a comemoração deste dia à escala mundial.
Não deixa de ser espantoso que na atualidade, passado mais de um século, se assista a um movimento regressivo das conquistas dos trabalhadores de então.
Por isso, hoje, mais do que nunca, faz todo o sentido celebrar o "Dia do Trabalhador". Celebrar os direitos daqueles que trabalham; celebrar os direitos daqueles que queriam trabalhar, mas que não têm trabalho; e também, celebrar os direitos daqueles que já fizeram uma vida de trabalho.
Este é o dia para dizer bem alto, que não faz qualquer sentido destruir os alicerces sobre os quais se construiu a nossa sociedade.

Miguel Portas


Helena Sacadura Cabral, mãe de Miguel Portas, no “Delito de Opinião” a propósito da morte do filho:

Acabei como devia, entregando-o nas mãos de quem mo emprestou