quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Declaração Mensal de Remunerações - AT - Portaria n.º 40/201


Foi hoje publicada a Portaria n.º 40/2018 que aprova a Declaração Mensal de Remunerações - AT e respetivas instruções de preenchimento, para cumprimento da obrigação declarativa a que se referem a subalínea i) da alínea c) e a alínea d) do n.º 1 do artigo 119.º do Código do IRS.
Esta declaração deve ser entregue à AT pelas entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS, ainda que dele isentos, bem como os que se encontrem excluídos de tributação, nos termos dos artigos 2.º, 2.º-A e 12.º do Código do IRS, para comunicação daqueles rendimentos e respetivas retenções de imposto, das deduções efetuadas relativamente a contribuições obrigatórias para regimes de proteção social e subsistemas legais de saúde e a quotizações sindicais, relativas ao mês anterior.
A referida declaração deve ser enviada com a Declaração Mensal de Remunerações, por transmissão eletrónica de dados, através do Portal das Finanças ou da Segurança Social, disponíveis em www.portaldasfinancas.gov.pt e www.seg-social.pt, respetivamente.

Grupo Ricon... mais um exemplo

Nos processos especiais de revitalização de empresas que antecedem, em muitos casos, a sua declaração de insolvência, fala-se muito da posição assumida pelos credores. Nessas situações é muito frequente haver tentativas de justificação do insucesso dos processos negociais com a posição pouco flexível deste ou daquele credor e fala-se pouco das decisões de gestão que conduziram a empresa a esse estado de insolvabilidade. Neste contexto, porém, é necessário perceber a posição em que se encontram os diversos intervenientes no processo. 
Será justo exigir aos credores que façam cedências inusitadas, que abram mão de uma parte significativa dos seus créditos e que fiquem amarrados a planos de negócio que podem ser-lhes prejudiciais em termos estratégicos? 
Será justo branquear a atuação dos responsáveis das empresas insolventes, não os responsabilizando pelos seus atos de gestão, pela perda de postos de trabalho, pela frustração de créditos e ainda permitir-lhes que continuem a administrar as empresas insolventes, ou que se encontram a caminho dessa condição?
A resposta a estas questões parece evidente. Não se devem imputar a terceiros, ainda que de forma dissimulada, as consequências das más práticas de gestão, dos erros de estratégia, dos riscos mal calculados. Por outro, não raras vezes, verifica-se que  os detentores do capital das empresas que se encontram em situação de insolvência, em algum momento da vida daquelas, direta ou indiretamente, conseguiram realizar mais-valias generosas, obter lucros significativos ou alcançar situações patrimoniais confortáveis. É certo que não há regra sem exceção, mas os casos vão-se sucedendo.
Vem este apontamento a propósito da situação, que envolve o Grupo Ricon, em Vila Nova de Famalicão, que é bem ilustrado nesta noticia do Expresso e que lança pistas em relação ao que foi dito.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Dakar 2018: imagens do vencedor.

Carlos Sainz e Lucas Cruz celebram a vitória. (In El País).
O piloto espanhol Carlos Sainz ganhou a edição de 2018 do mítico Rali Dakar.
Ao volante de um carro da equipa oficial da Peugeot Total o experiente piloto de Madrid repetiu o triunfo que já tinha alcançado nesta prova no ano de 2010, ao volante de um volkswagen.
O Dakar deixa sempre imagens espetaculares... 
Momento em que um helicóptero da organização acompanha Sainz durante uma das etapas entre San Juan de Manorca e Arequipa, no Perú. (in El País).
Sainz e Cruz durante a etapa entre Belén e Chilecito (Argentina). (in El País).



A dupla espanhola atravessa uma duna durante a etapa que ligou Lima a Pico (Perú). (In El País).
Veja aqui o resumo de todas classificações do Dakar 2018 (Hiperligação: clique para aceder). Nesta da edição, não houve portugueses classificados em lugar de destaque. Foi pena...

O Sporting é campeão de inverno.



O Sporting Clube de Portugal venceu a Taça da Liga frente ao Vitória Futebol Clube (Vitória de Setúbal) no desempate por marcação de grandes penalidades. O resultado final, nos penaltis, foi de 5 – 4 favorável aos leões, após empate a uma bola durante o tempo regulamentar.
O Sporting C.P. conquistou pela primeira vez este troféu, que designa o seu vencedor, desde a última edição, por “Campeão de Inverno”.
Parabéns ao Sporting, aos seus sócios e aos seus simpatizantes pela vitória alcançada. Parabéns também ao Vitória de Setúbal pelo excelente desempenho na final e ao longo de todo a competição. Como fazia notar o seu treinador no final do jogo, o Vitória não conseguiu ganhar a Taça da Liga, mas ao longo da competição não perdeu com ninguém e no seu percurso defrontou o maiores emblemas do futebol português. 

domingo, 28 de janeiro de 2018

Roger Federer faz história

Roger Federer venceu hoje o Open da Austrália em ténis. Esta é sexta vez que o jogador suíço, de trinta e seis anos, vence este torneiro do Grand Slam.
No final do encontro, o tenista, que atualmente ocupa o segundo lugar no ranking ATP, disse ao referir-se a mais esta vitória "é um sonho, o conto de fadas continua". A sua afirmação é oportuna e cheia de propriedade, porque Federer construi ao longo dos anos uma carreira de sonho e já conquistou um lugar na história do ténis.
Com este triunfo, o tenista helvético, filho de pai suíço e mãe sul-africana, torna-se o primeiro homem a conquistar vinte títulos do Grand Slam na modalidade de singulares, um feito até agora apenas alcançado por três mulheres: Margaret Court, vinte quarto conquistas, Serena Williams, vinte e três e finalmente Steffi Graf , vinte e duas.

sábado, 27 de janeiro de 2018

Marcelo Rebelo de Sousa: retrato com legenda de dois anos de mandato


No que leva do mandato, Marcelo Rebelo de Sousa foi elevado ao estatuto de monarca numa república constitucional e viu-se transformado no ombro amigo onde a nação pode reclinar a cabeça.

Marcelo Rebelo de Sousa: dois anos de mandato em jeito de opinião


Passaram dois anos sobre a tomada de posse do Chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa. O magistério do atual presidente da República tem sido marcado pelas suas caraterísticas de personalidade e influenciado pelas circunstâncias do tempo em que é exercido.
Marcelo é um homem ativo, metódico, calculista e muito inteligente. É católico convicto, profundo conhecedor dos princípios da doutrina social da Igreja e teve uma vida de décadas ligada ao ensino e á comunicação, a diversos níveis. Este caldo de caraterísticas de personalidade e experiência de vida concorreram para que Marcelo concebesse o exercício do magistério presidencial traduzido numa política de proximidade, de atenção aos mais vulneráveis, de pedagogia para causas, de afetos, mas também de intervenção e não apenas de mera influência. Esta derradeira caraterística idealizada por Marcelo para o exercício do cargo presidencial, era aquela que parecia ser de mais difícil concretização, porque, como se sabe, Portugal é uma república constitucional, semipresidencialista, em que os poderes executivos do Chefe do Estado, particularmente nesta Terceira República, estão bastante circunscritos.
Mas as circunstâncias políticas e sociais do momento em que Marcelo foi eleito encarregaram-se de lhe proporcionar, até agora, um exercício do mandato em moldes que vão para além dos por si concebidos.
De facto, em termos políticos, Rebelo de Sousa apresentou-se na corrida presidencial sob a capa de uma suposta independência e conseguiu ser eleito à primeira volta com números que ultrapassavam em muito, naquela altura, o eleitorado da sua área política e ideológica, ficando dessa forma numa posição confortável para o exercício do cargo, refém apenas das suas convicções, como pretendia.
A este nível tudo lhe correu de feição. Recebeu do seu antecessor, já resolvido, o difícil dossier da nomeação de um Governo com apoio parlamentar, mas liderado por um partido político que não ganhou as eleições legislativas. Passou a relacionar-se com um Primeiro-Ministro, seu antigo aluno, que apesar de não ser do seu espaço político, procurou nele apoio institucional e político para reforçar a sua legitimidade. Conviveu com um líder da oposição atordoado, que nunca se refez da armadilha parlamentar que o obrigou a retirar-se da chefia do Governo, e que não teve condições para reclamar dele mais do que a solidariedade institucional, apesar de pertencerem ambos ao mesmo partido político.
Em termos sociais, Marcelo recebeu em mãos um país com sinais de recuperação económica, mas dilacerado pelas medidas de austeridade. Depara-se com uma sociedade que anseia por uma figura protetora, por alguém que seja capaz de a ouvir e de lhe dar consolo e motivação. O Presidente encarnou na perfeição esse papel e de forma genuína foi ao encontro de pessoas, de empresas, de instituições, e entrou, sem esforço nem sobranceria, no seu quotidiano e transformou-se numa figura transversalmente consensual na sociedade portuguesa.
Entretanto, para compor o leque de condições favoráveis, deu-se a inversão do ciclo económico à escala mundial e Portugal começou a beneficiar do crescimento e do dinamismo das economias com quem se relaciona. Em paralelo, um conjunto de condições geopolíticas transformou Portugal num destino de oportunidade a nível internacional e o setor do turismo tornou-se fundamental no contexto da recuperação económica do país. País onde agora cresce a riqueza produzida, o emprego e o rendimento disponível. Onde se verifica o aumento das exportações, o reequilíbrio da balança comercial e a redução do défice e da dívida pública.
Este enquadramento politico e social tornou-se, nestes dois anos, chão fértil para Marcelo Rebelo de Sousa semear os seus planos pré-concebidos quanto ao exercício do magistério presidencial. Sem oposição política e com aprovação social generalizada, ratificada pelos elevados índices de popularidade, viu-se investido, em vários momentos, no papel de um presidente com poderes executivos, ainda que formalmente os não detenha. 
O Professor de Direito Constitucional, transformou a figura presidencial num agente político interventivo, que marca a agenda, que é próximo, que é afetuoso, que é pedagógico e que exerce uma influencia reclamada por muitos e consentida por todos.
Um resultado que supera as expectativas dos mais otimistas, e até talvez do próprio, e que faz dele, até ao momento, o Chefe de Estado mais consensual da democracia portuguesa.
Quanto ao futuro, o futuro dirá…, mas, até à data, o balanço é positivo, generosamente positivo!

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

João Ribas é o novo Diretor do Museu de Serralves


O novo Diretor do Museu de Serralves era, desde 2014, Diretor-adjunto daquele museu e foi nomeado na sequência de um concurso internacional. Tem 38 anos, é natural de Braga, mas viveu grande parte da sua vida nos Estados Unidos, onde fez carreira e foi distinguido com vários prémios ligados ao mundo da arte.
Substitui no cargo Susanne Cotter que é, desde dia 1 de janeiro, Diretora do Musé  d’Art Moderne Grand-Duc Jean (Mudam), no Luxemburgo.
Uma nomeação que se saúda, de um jovem português altamente qualificado para o exercício do cargo, a quem se deseja sucesso, porque as expectativas são muito elevadas!

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Hoje há Sporting - Porto

    

Daqui a pouco vai jogar-se a segunda meia final da Taça da Liga entre o Sporting e o Porto.
Espera-se um bom jogo de futebol entre as duas equipas que ocupam, nesta altura, os dois primeiros lugares no campeonato.
Os dois emblemas disputam o acesso à final da competição, que se disputará no próximo sábado e que atribuirá o segundo troféu oficial da época 2017/2018.
A competição vai já na sua 10ª edição e curiosamente nenhuma das equipas a venceu até hoje o que torna esta disputa ainda mais aliciante para cada uma delas.
A este propósito, fica aqui uma referência à estratégia falhada do F. C. do Porto, que nas primeiras edições desta competição a tentou menorizar em termos de prestigio e importância competitiva. Sem abordar aqui a natureza das razões que levaram o clube a seguir essa estratégia nas primeiras edições da competição, sempre direi que nunca concordei com essa postura estratégica dos dirigentes azuis e brancos. Se o F. C. do Porto é um clube que em cada época ambiciona ganhar tudo, e já o conseguiu em alguns momentos da sua história, nunca deveria, fossem quais fossem as razões, ter menosprezado a participação numa competição oficial do calendário futebolístico português.
Passados dez anos o que se verifica é que, ao contrário do que anteciparam os dirigentes portistas, a competição foi-se cimentando no contexto do futebol português e atualmente este é talvez o único grande troféu que falta nas vitrinas do museu do dragão, mormente o esforço que o clube tem posto na sua conquista nas últimas edições.  
Para acabar, desejo que hoje aconteça um bom jogo de futebol, os adeptos merecem!

IRS: Declaração Automática de Rendimentos e Comunicação do Agregado Familiar.

O Decreto Regulamentar 1/2018 (Hiperligação:clique para aceder) veio alargar o conjunto de Sujeitos Passivos que podem beneficiar da Declaração Automática de Rendimentos em sede de IRS. Lembre-se que este é um procedimento simplificado para entrega da declaração de rendimentos que consiste na aceitação e submissão de uma declaração pré-preenchida pela Autoridade Tributária com base nos elementos resultantes do cruzamento de informações que diversas entidades são obrigadas a fornecer á AT. Pode verificar desde já se continua, ou passa a poder beneficiar, deste tipo de declaração de rendimento.


Para que a declaração de rendimentos possa refletir a situação pessoal e familiar dos Sujeitos Passivos é necessário comunicar o agregado familiar através de acesso ao Portal das Finanças (Hiperligação: clique para aceder), devendo aceder para o efeito á funcionalidade em destaque, conforme a imagem acima, e proceder á comunicação nos termos lá indicados. Atenção: para efetuar este procedimento necessita das senhas de acesso de todos os membros do agregado familiar.

No Portal também pode aceder a esta funcionalidade através do item “Serviços”, disponível na página de entrada na barra do menu, no lado esquerdo, navegando até opção “Dados Pessoais Relevantes”.

IRS: Declarações em papel acabaram


Com a publicação da Portaria 385-H/2017 (Hiperligação: clique para aceder) a entrega da declaração modelo 3 de IRS, e quaisquer dos seus anexos, passa a fazer-se obrigatoriamente através da Internet. Deixam assim de haver declarações em papel, mesmo quando se trate de rendimentos de anos anteriores.

A entrega eletrónica da declaração faz-se através de acesso ao Portal das Finanças (Hiperligação: clique para aceder) necessitando os sujeitos passivos do imposto, e respetivos membros do agregado familiar, de estar registados no mesmo. Quem ainda não tem senha de acesso deve solicitá-la, o quanto antes, no Portal, ou em qualquer Serviço de Finanças.

A entrega da declaração eletrónica processa-se segundo os procedimentos indicados no portal para esse efeito e tende a ser um processo intuitivo. Ainda assim, na portaria acima podem consultar-se todos os modelos da declaração e respetivas instruções. Saber previamente qual o anexo a preencher e respetivos campos ajuda bastante.

Lisboa: Taxa Municipal de Proteção Civil inconstitucional - acórdão

Foi publicado em Diário da República o acórdão do Tribunal Constitucional n.º 848/2017 (hiperligação: clique para ver) que declara inconstitucionais, com força obrigatória geral, as normas constantes dos nºs 1 e 2 do artigo 59.º, dos nºs 1 e 2 do artigo 60.º, da primeira parte do artigo 61.º, dos nºs 1 e 2 do artigo 63.º e do nº 1 do artigo 64.º, todos do Regulamento Geral de Taxas, Preços e outras Receitas do Município de Lisboa e respeitantes à Taxa Municipal de Proteção Civil.
Este assunto que foi alvo de ampla cobertura noticiosa, vai obrigar o Município lisboeta a devolver 58 milhões de euros cobrados desde 2015 (hiperligação: clique para ver).  
Os que têm interesse nestes assuntos podem agora consultar o acórdão acima e inteirar-se da fundamentação jurídica que levou à declaração de inconstitucionalidade das normas em questão.
Este tema deve também merecer a atenção dos restantes autarcas, de câmaras e de freguesias, para que, quando chamados a legislar em situações semelhantes, não cometam o mesmo tipo de erros. Lembre-se que uma norma idêntica instituída pela Câmara de Vila Nova de Gaia também já havia sido declarada inconstitucional.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Mário Centeno iniciou presidência do Eurogrupo


O Ministro das Finanças português iniciou formalmente o seu mandato de dois anos e meio como presidente do organismo europeu que reúne os Ministros das Finanças dos Estados-membros da Zona Euro, países que já aderiram á moeda única, o Euro.
É mais um português a exercer um alto cargo internacional, facto que prestigia o país e isso deve ser devidamente valorizado.
O Eurogrupo é o órgão que coordena e supervisiona as politicas e estratégias económicas comuns aos países da Zona Euro e assumiu um papel de relevo no contexto da resolução dos problemas financeiros que afetaram vários Estados-membros decorrentes da crise financeira global do ano 2010 e seguintes.
É muito significativo que tendo sido Portugal um dos países intervencionados na sequência dessa crise financeira, veja agora o seu Ministro das Finanças ser eleito para a presidência do órgão que supervisiona, a nível das instâncias comunitárias, essa mesma intervenção. É um sinal de reconhecimento do esforço feito pelo nosso país na sua recuperação económico-financeira e de confiança na competência politica e técnica do Ministro Mário Centeno.
É claro que sendo o Eurogrupo o órgão de coordenação das politicas económicas e financeiras de um conjunto de 19 países  as suas decisões e orientações refletirão sempre a opinião dominante no seio do conjunto dos países que o compõem, ainda assim, existe a expectativa de que Mário Centeno possa deixar a sua marca pessoal no exercício deste cargo, exercício que se quer vá muito para além do simbólico tocar da sineta para dar início ás reuniões!

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Estado não paga atualizações salariais a todos

A notícia (hiperligação clique) de que uma grande parte dos organismos do Estado não vai pagar neste mês de janeiro o acréscimo salarial decorrente do descongelamento de carreiras aos funcionários que dele podem beneficiar, dá imagem de que o Estado é uma máquina burocrática, ineficiente e pouco confiável.
Estes danos na imagem podiam ter sido evitados porque esta alteração foi negociada e está prevista há muito tempo, ainda que estivesse dependente da publicação do orçamento do estado para 2018.
Na qualidade de Chefe de Estado irá Marcelo Rebelo de Sousa pronunciar-se a propósito do sucedido?

domingo, 21 de janeiro de 2018

Regeneração das células envelhecidas será possível em humanos?

Cientistas Portugueses do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes desenvolveram um estudo, publicado na revista Nature Communications (hiperligação clique), onde descobriram que a manipulação de um gene ajudou a reverter o envelhecimento celular na pele de ratinhos. Ao reduzir esse gene nas células dos ratos envelhecidos os cientistas conseguiram reverter células adultas em células estaminais, que são células que têm capacidade de se diferenciar e auto-renovar.
Falando a propósito do estudo, Bruno de Jesus, um dos responsáveis pelo estudo, afirmou que "os resultados são um importante avanço no sentido de virmos a ser capazes de regenerar tecidos doentes em pessoas idosas".
Parabéns aos autores e participantes no estudo! Muito sucesso para o desenvolvimento do mesmo na vertente humana. Toda a humanidade fica na expectativa…

sábado, 20 de janeiro de 2018

Donald Trump completa um ano de mandato


Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, tomou posse há um ano. Qualquer balanço que se faça deste seu primeiro ano de mandato não pode fugir ás evidências, e tenderá sempre a classifica-lo como fraco, comprometedor e mesmo desastroso em alguns aspetos.
Em termos internacionais a administração Trump seguiu uma politica de isolacionismo e confrontação com quase todo o mundo. Já durante a campanha, o ainda candidato, tinha prometido rasgar acordos comerciais, subir taxas aduaneiras e até construir um muro na fronteira que divide o México com os EUA, numa intenção de pôr em prática uma politica claramente isolacionista. Porém ninguém estava à espera que as posições da presidência republicana de Donald Trump fossem tão longe neste primeiro ano de mandato. Se é certo que a construção do muro ainda não avançou, talvez porque para além de ser uma ideia absurda, tem um custo económico que nem o seu autor estimou, a política de Washington pôs em sobressalto vários aspetos da política internacional. Em acontecimentos como a cimeira da NATO ou a reunião do G7, ao arrepio das mais elementares regras diplomáticas, Trump assumiu uma posição arrogante, enunciou as suas ideias, algumas das quais em clara contradição com as posições tradicionais dos Estados Unidos e furtou-se ao diálogo com os seus parceiros estratégicos. A politica de isolamento prosseguiu com a decisão dramática à escala global de retirar o país do Acordo de Paris sobre alterações climáticas, com clara oposição da sociedade americana, e com a ameaça de rompimento do acordo nuclear com o Irão, sem motivo validado pelas agências internacionais que fiscalizam o cumprimento do mesmo por parte daquele país do médio oriente.  E mais recentemente, a decisão precipitada de mudar a embaixada americana em Israel de Telavive para Jerusalém, uma resolução contestada pelos países árabes da região e por grande parte da comunidade internacional. E finalmente os comentários xenófobos de Trump (hiperligação clique) em relação a El Salvador, ao Haiti e alguns países africanos, a propósito das politicas de emigração americanas, que foram alvo da condenação oficial do Departamento de Direitos Humanos das Nações Unidas.
Na frente interna o desempenho da Administração Trump não tem sido mais pacifico, bem pelo contrário. Começa com uma relação conflituosa com a generalidade dos meios de comunicação social, que se têm constituído nesta fase como um autêntico contrapoder, e prossegue com a implementação de medidas impopulares para remover as da anterior a administração, particularmente o Obamacare e outras de natureza social de apoio ás classes mais desfavorecidas. Se a estas adiconarmos umas quantas decisões de carater económico, claramente retrógradas em termos ambientais, que têm merecido a contestação pública, e uma onda de suspeições a propósito do seu comportamento pessoal e político, bem como de membros destacados da sua administração, desemboca-se num resultado factual: Donald Trump é o presidente menos popular dos Estados Unidos da América nos últimos setenta anos.
Neste primeiro ano de mandato o único aspeto que correu verdadeiramente de feição à administração Trump foi o desempenho da economia onde se verificou um crescimento de cerca 3%. Mas perante o restante enquadramento  será esta circunstancia suficiente para equilibrar os pratos da balança?
Aquando da campanha para as eleições norte americanas tive oportunidade de referir que Hillary Clinton não me parecia ser a melhor candidata democrata para derrotar Trump, nem provavelmente ser a presidente que os Estados Unidos necessitavam para substituir Barac Obama, ainda assim, apelei ao respeito pelas regras democráticas que permitiram a eleição de Donald Trump e pedi que lhe fossem dadas condições para o exercício do mandato, para que no final do mesmo pudesse ser julgado segundo as regras da democracia como qualquer outro eleito democraticamente. Pensava assim porque entendia que passado processo eleitoral a postura de Donald Trump se converteria na de um estadista, ainda que com fato á sua medida, porque a isso o obrigariam as regras do exercício do cargo e o protocolo institucional da Casa Branca e do Pentágono.  Passado um ano, o que mais me preocupa em todo este processo é a falta de maturidade politica e de responsabilidade cívica, e por vezes até ética, que o presidente americano revela. A maior nação do mundo nunca poderá ser governada da mesma forma que se gere um grande grupo empresarial, por maior e mais bem-sucedido que ele seja. Na gestão empresarial, ainda que a contragosto, pode ter que se conviver com excentricidades comportamentais de gestores de topo ou de detentores de capital, mesmo sendo essas práticas questionáveis socialmente, porque se está no domínio da vida privada, mas quando se sobe ao patamar da causa pública a bitola da moral e dos princípios elevam-se a níveis máximos e há comportamentos e práticas que não admissíveis a este nível.
Se Donald Trump demorar muito mais tempo a assimilar estes princípios, ou se se recusar assumi-los como seus, os Estados Unidos, em primeira linha, e o resto de mundo por arrastamento, podem ser confrontados com um balanço bem pior do que o de quatro anos perdidos.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Cabras vão ajudar na prevenção dos incêndios


O Governo quer por em marcha uma politica integrada de defesa da floresta, vertida numa diretiva operacional única, onde se identifiquem, em simultâneo, medidas de prevenção e medidas combate aos fogos florestais.
No que se refere ás medidas de prevenção, o Executivo vai investir na continuação da execução da Rede Primária de Faixas de Gestão de Combustível (Hiperligação) que quer ver concluída a nível nacional no prazo de 3 anos, prevendo intervenções ao nível da componente mecânica, com o uso do fogo controlado e ao nível da componente biológica, com recurso á silvo-pastorícia.
No caso particular da componente biológica, o Governo quer implementar um projeto piloto em que vai utilizar cabras em rebanhos dedicados à gestão do combustível florestal da rede primária.
A estratégia do Governo parece ser a correta. As linhas de ação dadas a conhecer pelo Executivo parecem ser consonantes com as revindicações de um conjunto muito alargado de vozes da sociedade portuguesa que, há muitos anos, defendem a implementação de uma política integrada de defesa da nossa floresta. No conjunto de intenções agora anunciadas pelo Secretário de Estado das Florestas, é especialmente interessante, em termos ambientais, a utilização de rebanhos de cabras dedicados à gestão do combustível florestal. As cabras, sendo animais ruminantes, essencialmente herbívoros, que se alimentam à base ervas e plantas lenhosas e que têm grande resistência física e capacidade de adaptação a diferentes habitats, parecem ser aliados ideais para uma intervenção cem por cento natural no controlo do combustível florestal, particularmente em áreas da rede primária.
A expressão utlizada pelo governante, que chamou aos caprinos “cabras sapadoras”, numa alusão ao papel que potencialmente desempenharão no processo de prevenção dos incêndios, motivou uma reação enérgica da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais que julgou abusiva a utilização do termo “sapadoras” e considera que comparar as funções de um animal a um ser humano é desrespeitoso por parte de um Estado de Direito (Hiperligação).
Esta reação foi desproporcionada, provida de sentido e nada dignificante para aquela classe profissional.
Atitude bem diferente têm os profissionais da Polícia e da Guarda que nunca acharam desrespeitoso que se apelidassem os seus camaradas de quatro patas de “Cães Polícia” e que lhe atribuem o estatuto de colegas, com direito a condecorações por mérito e festa de despedida quando deixam o ativo… Formas diferentes de encarar a mesma realidade, mas atenção, aqui não se confunde a associação de classe com os profissionais que ela representa. Uma boa parte deles, provavelmente, concorda com o que aqui foi dito.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

IAS – Indexante de Apoios Sociais/2018 (Portaria nº 21/2018)


Foi hoje publicada em Diário da República a portaria que procede à atualização anual do valor do indexante dos apoios sociais (IAS).
O valor do IAS, que para o ano de 2018 foi fixado em 428,90 euros, é o referencial para a fixação, cálculo e atualização das prestações de segurança social, onde se incluem as que são atribuídas pela Segurança Social, mas também serve como referência para atribuição de alguns benéficos fiscais consagrados na legislação tributária, como por exemplo a isenção de IMI concedida aos prédios rústicos e ao prédio urbano (ou parte dele) destinado a habitação própria e permanente do sujeito passivo (ou do seu agregado familiar) com baixos rendimentos (artigo 11-A do Código do Imposto Municipal Sobre Imóveis).

Resíduos de plástico


Os resíduos de plástico estão identificados como um dos problemas ambientais que mais afligem a sociedade atual. A integração do plástico de forma generalizada no quotidiano das nossas sociedades e a resistência deste material ao processo de decomposição natural, têm conduzido á sua acumulação, sob diversas formas, no meio ambiente.
Este assunto está na agenda de governos e organizações ambientais e com frequência são apresentados estudos que alertam para a dimensão do problema a diversos níveis, como ainda recentemente aconteceu a propósito do lixo acumulado nos oceanos.
Pouco estudado está ainda o impacto que o plástico pode ter na cadeia alimentar humana, decorrente, por exemplo, do consumo de peixe que esteve em contacto com plástico no seu habitat natural, ou da ingestão de agua sujeita às mesmas condições.
Até hoje, as políticas destinadas a combater este problema ambiental têm seguido dois grandes vetores, um deles aponta para a redução da produção e utilização do plástico e o outro para a sua reutilização.
No primeiro caso, a intervenção estratégica é direccionada sobretudo para os agentes económicos que são convidados/instigados a substituir o plástico por materiais alternativos e biodegradáveis. Na vertente da reutilização, são de novo visados os agentes económicos ligados ao sector, que são persuadidos a abandonar a política do descartável e a produzir artigos mais resistentes e por isso com maiores possibilidades de reutilização, mas são também visados os cidadãos, que são chamados a colaborar neste processo através de uma prática quotidiana ambientalmente responsável e da participação na cadeia de tratamento e reciclagem do lixo, particularmente na sua separação.
Com problemática do plástico muito presente e a pensar na preservação ambiental e na promoção da economia verde, foi esta terça-feira apresentada a primeira estratégia europeia para o plástico.
As metas são ambiciosas, até 2030 a União Europeia deve reciclar 55% do plástico.
O documento contém um conjunto vasto de medidas sectoriais destinadas a reduzir o impacto do plástico no meio ambiente que se espera venham a ser implementadas em tempo útil para que se alcancem as metas propostas.
Neste processo pela defesa do meio ambiente, que envolve autoridades nacionais e comunitárias,  é atribuído um papel particularmente importante e decisivo a todos cidadãos. Estudos recentes, publicados pelo Euro Barómetro, o organismo europeu de estatística, mostram que os portugueses são dos cidadãos europeus mais sensibilizados para este assunto e aqueles que mais longe querem ir na implementação de medidas para a sua resolução. Ainda bem que assim é porque tudo começa por nós. Evitar, o mais possível, produtos de plástico descartáveis, particularmente os de demissão reduzida, reutilizar sacos e embalagens, dar preferência a produtos embalados com materiais alternativos como vidro ou papel, fazer a separação do lixo e coloca-lo nos ecopontos para reciclagem, e, fundamental, nunca abandonar o plástico no meio ambiente. São hábitos que temos que enraizar no nosso dia-a-dia para vencermos juntos este desafio. 

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Tabelas de Retenção na Fonte para 2018 - Açores


Foram hoje publicadas em Diário da República as tabelas de retenção na fonte sobre rendimentos do trabalho dependente e pensões, auferidas por titulares residentes na Região Autónoma dos Açores.

Especialmente para os concidadãos residentes nas Ilhas de Bruma e para todos os demais a quem informação aproveitar, divulgam-se as:

Iluminação pública com tecnologia LED em Valongo


Um contrato celebrado entre a EDP Comercial e o Município de Valongo, com a duração de 16 anos e o custo 6 milhões de euros, permite á Autarquia dotar toda a rede de iluminação pública de tecnologia LED.
Este projeto que envolve a substituição de cerca de 16 mil luminarias, incluindo as cerca de 5 mil que estavam desligadas desde 2012 para poupar eletricidade, encontra-se em grande medida já concretizado e vai permitir á Autarquia alcançar reduções muito significativas nos consumos e gastos energéticos o que lhe permitirá pagar investimento com as poupanças alcançadas.
Pelo que se percebe trata-se de um projeto inteligente, amigo do ambiente e auto-sustentável. Boa despesa pública.
Está de parabéns o Município de Valongo por ter tomado a dianteira na implementação deste novo processo tecnológico, que é um bom exemplo para a sociedade e deve ser seguido pelas restantes autarquias locais.
Por fim, e porque de justiça se faz a causa pública,  espera-se que na execução deste projeto seja dada a devida prioridade aos múnicipes que ao longo dos últimos cinco anos se viram privados de iluminação pública em resultado da desativação de pontos luz para economia de custos. A contribuição que esses cidadãos deram para o bem comum, em jeito de sacrifício, deve agora ser justamente recompensada.

Faleceu Madalena Iglésias

A cantora Madalena Iglésias, que venceu o Festival da Canção em 1966 com a música "Ele e Ela", faleceu esta terça-feira aos 78 anos, em Barcelona, onde vivia desde 1987.
Deixa-nos mais uma referência dos anos 60, essa década revolucionária no cenário musical e não só….
Numa altura em o país se prepara para organizar o Festival Eurovisão da Canção, na sequência da vitória alcançada por Salvador Sobral no ano transato, na Ucrânia, e após décadas de tentativas frustradas para alcançar a vitória, é triste ver partir a interprete de uma das canções mais associadas a essas tão esforçadas, e por vezes tão inglórias, participações.
Partiu “Ela”, a cantora, mas “Ele”, o ícone da música portuguesa, fica a imortalizá-la.




terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Casa da Música – Iniciativa Casa Aberta



Decorre entre 17 e 21 de janeiro a “Casa Aberta”, iniciativa promovida pela Casa da Música, no Porto.

Esta é uma atividade que se repete e que permite ao visitante, de forma gratuita, aceder aos recantos daquele edifício emblemático onde se respira música.

O programa contém um conjunto diversificado de iniciativas que inclui visitas guiadas gratuitas e possibilidade de assistir a ensaios, participar em atividades educativas, ver filmes e ainda visitar palcos e bastidores.

É uma boa oportunidade para os que são menos propensos a este género de manifestação cultural lhe fazerem uma primeira abordagem, de forma descontraída.  Também me parece interessante para gente de tenra idade, que por lá fui vendo em número considerável nos anos anteriores.

Está de parabéns a Casa da Música por, mais uma vez, promover esta iniciativa, cujo programa pode ser consultado aqui.

Alimentos contra o frio



Porque estamos na época dele vem a propósito dar uma vista de olhos nisto: os 10 alimentos mais potentes contra o frio (in sapo lifestyle).

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Morreu Dolores O´Riordan vocalista dos The Cranberries

Tinha 46 anos e morreu, aparentemente, de forma inesperada (pode ler-se no Público).
Lamento a partida de mais uma referência musical dos idos anos 90 e 2000…
Apreciava particularmente a sua voz que encaixava na perfeição com a sonoridade, marcadamente irlandesa, da música produzida pelos The Cranberries.
Em sua homenagem deixo aqui uma das minhas preferidas: Ode To My Famaly!




Futebol – Liga espanhola




Que o Barcelona esteja na liderança do campeonato espanhol é normal!
Que o Real Madrid esteja no quarto lugar, era uma possibilidade...
O que me parece anormal e inesperado é que nesta altura da temporada a diferença pontual que separa as duas equipas seja tamanha: 19 pontos!
Algo se passa no reino do Real… 

Temporada 2018 da Casa da Música - País tema: Áustria




Em termos musicais, e não só, a Áustria antecipa exuberância e agudiza expectativas.

O programa anual da Casa da Música é bastante completo e diversificado.

Há que fazer boas escolhas, e for o caso, como acontece por cá, aproveitar para recordar todo esplendor de Viena na época do Natal. Bom… muito bom!

domingo, 14 de janeiro de 2018

Alimentos ricos em vitamina D


A vitamina D é um nutriente muito importante para um bom funcionamento do nosso organismo e a sua absorção em doses adequadas pode prevenir o desenvolvimento de várias doenças.
Ao longo da vida é muito importante que o nosso organismo tenha níveis adequados de vitamina D, mas na adolescência e na velhice, essa necessidade revela-se ainda mais determinante, porque são idades em que os ossos estão crescimento, no primeiro caso, e em que importa mante-los saudáveis, no segundo.
A obtenção deste micronutriente pode operar-se a partir da dieta alimentar ou da exposição solar, sendo as duas formas de absorção importantes e complementares.
Verifica-se, porém, que uma percentagem significativa da população não tem oportunidade de oportunidade de praticar uma boa exposição solar no seu dia-a-dia (e em determinadas situações a mesma até não é aconselhada) privando assim o organismo de absorver a vitamina D por síntese cutânea. Por outro lado, há estudos que demonstram que uma parte também significativa da mesma população tem um défice de ingestão de alimentos ricos em vitamina D, o que priva o organismo de a absorver pela via intestinal.
Para corrigir os desequilíbrios provocados pelas situações descritas torna-se importante saber quais são os alimentos ricos em vitamina D, para que, através de uma dieta adequada, o nosso organismo a possa absorver pela via alimentar.

Tabelas de Retenção na Fonte para 2018


Por despacho do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, de 29 de dezembro de 2017, foram aprovadas as tabelas de retenção na fonte para vigorarem durante o ano de 2018.


Pela análise do documento verifica-se que houve uma diminuição das percentagens a reter mensalmente para salários até 3.094,00 euros. Porém esta diminuição não reflete, na mesma medida, o desagravamento da carga fiscal que incide sobre os rendimentos do trabalho e pensões previsto no Orçamento de Estado para 2018, resultante do aumento do rendimento mínimo de existência, para 8.500.00 e do alargamento para 7 do número de escalões para determinação da taxa de imposto. Assim sendo, todos os contribuintes que auferem este tipo de rendimentos e que fazem retenção na fonte, vão ver ser-lhe retidas mensalmente importâncias que, previsivelmente, vão ser superiores ao imposto devido a final. Resultado: a redução do IRS só vai ser cumprida na integra aquando do reembolso em 2019.

Orçamento de Estado para 2018


A Lei 114/2017, de 29 de dezembro, aprovou o Orçamento de Estado para 2018.
Na página da Direção Geral do Orçamento estão disponíveis a Lei e os mapas anexos que o integram Orçamento de Estado para 2018.

sábado, 13 de janeiro de 2018

Rui Rio eleito 18º presidente do PSD

O ex-autarca do Porto foi hoje eleito líder do Partido Social Democrata em eleições diretas onde derrotou Pedro Santana Lopes. Sucede no cargo a Pedro Passos Coelho, eleito em 2010 e que não se recandidatou a novo mandato.




Do seu discurso de vitória retive esta declaração "O PSD não foi fundado para ser um clube de amigos, nem foi pensado para ser uma agremiação de interesses individuais" que me parece constituir um sério aviso à navegação no PSD.
Rui Rio é um político que gosta das coisas feitas à sua maneira e que é determinado em cumprir uma estratégia quando acredita nela.  Se atentarmos em declarações que proferiu durante campanha, tudo indica que irá seguir uma estratégia que passa, numa primeira fase, por arrumar o partido, e, numa segunda, por conquistar o país. Nem uma nem outra se antevêem fáceis.
Quanto ao partido, analisando o discurso de derrota de Santana Lopes, verifica-se que o antigo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa não encaixou bem a derrota, creio mesmo que acreditava convictamente que ia vencer a eleição e no desfecho da contenda pareceu-me decido a aquartelar tropas. Este facto pode vir dificultar a vida ao presidente eleito e o próximo congresso do partido será, talvez, a primeira ocasião para avaliar esta situação. Conseguirá Rui Rio uma representatividade suficientemente forte nos órgãos eleitos do partido que lhe permitam implementar a estratégia que tem delineada? A breve tempo se verá.
Quanto ao país, a tarefa ainda se antevê mais difícil. Certamente não faltarão oportunidades para abordar o tema nos próximos dois anos, ainda assim, parece-me que Rio, a esse nível, deverá começar pela difícil tarefa de redefinir com clareza a ideologia política e a linha programática do PSD. Se o país não perceber claramente o posicionamento ideológico do partido, o voto da emoção, e porque não da razão, terão certamente outro destinatário: António Costa. 
Porém há uma coisa que ninguém retira a Rui Rio: o mérito da vitória. E tem-no, de facto, porque se tratou de uma vitória difícil e conquistada a pulso, como foram aliás todas as do antigo presidente da Câmara do Porto. A este propósito, nas últimas semanas pareceu-me evidente que a comunicação social levou claramente Santana Lopes ao colo e a postura de muitos dirigentes de topo do partido foi, no mínimo, questionável.
Entre os dois candidatos, o PSD escolheu Rio. O país se tivesse que fazer a mesma escolha parece-me que não teria dúvidas.