Mostrar mensagens com a etiqueta Rádio. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Rádio. Mostrar todas as mensagens

sábado, 19 de novembro de 2011

Reestruturação da RTP – Rádio e Televisão de Portugal

Nos últimos tempos muito se tem falado na reestruturação da RTP. No actual contexto de crise económica que obriga o Estado a racionalizar gastos a todo os níveis, seja na Administração Pública, seja no Sector Empresarial do Estado, parece-me adequado que a RTP – Rádio e Televisão de Portugal, não fique fora deste esforço. Tanto mais que é público que ao longo dos últimos anos, sobretudo na área televisiva, os resultados dessa actividade têm sido desastrosos para o Estado.
Sem conhecer ao certo todos os contornos do problema, nomeadamente os financeiros, posso, no entanto, enquanto espectador e ouvinte, dar a minha sugestão acerca daquilo que poderia ser feito, neste tempos que são de grande aperto.
Para mim os serviços de rádio e televisão pública em Portugal poderiam assegurados através da existência de apenas dois canais de rádio e dois canais de televisão.
Na Rádio, um dos canais poderia ser marcadamente generalista, com conteúdos de formato mais clássico, onde fossem assegurados tempos razoáveis para programação alternativa ao longo dos diversos períodos do dia e/ou semana. Neste canal deveria também ser assegurado o serviço de informação pública.
No outro canal, mais vanguardista, teríamos uma programação mais próxima do conceito comercial, que assegurasse também, em tempos adequados, modalidades alternativas de expressão.
Quanto ao serviço público de televisão, penso que, neste contexto também se poderia reduzir a dois canais. Um canal generalista e um internacional.
No canal generalista procurar-se-ia juntar os conteúdos tradicionais, os noticiosos e a reposição de conteúdos passados da RTP, que penso têm um valor inquestionável. Acabavam assim o 2º canal, a RTP Notícias e a RPT Memória. Neste canal, deveria ser assegurada em períodos determinados, programação alternativa. O canal internacional dividir-se-ia em dois grandes grupos temáticos de programação: um com programação direccionada para a diáspora portuguesa espalhada pelo mundo, que divulgasse Portugal nas suas diversas vertentes e que informasse da actualidade do país. O outro grupo temático, direccionado especificamente para a realidade dos PALOP – Países de Língua Oficial Portuguesa e Timor. Desta forma acabava a RTP África.
Nesta solução, defendo que os quatro canais devem assegurar a publicidade institucional, podendo esta ser complementada com publicidade comercial que ajude a financiar o serviço público. A publicidade comercial não deverá em todo o caso ser um obstáculo à plena concretização do serviço público, nomeadamente por lhe ocupar tempos excessivos de emissão, sendo natural uma redução desta.
Concordo com a venda da licença do 2º canal de televisão, na medida em que esta poderia gerar receitas para custear parte dos custos inerentes a esta reestruturação. Bem sei que há quem critique a existência de mais um canal em sinal aberto porque diminuirá potencialmente as receitas de publicidade para os restantes, mas quero lembrar que, a acontecer uma reestruturação semelhante à que defendo, ela já prevê que a RTP possa ter que prescindir de parte das receitas de publicidade que aufere actualmente, que assim poderão ser canalizadas para os outros operadores de mercado.
Não sei ao certo que tipo de implicações poderia ter a implementação de uma solução como esta, o que é certo é que a mim como ouvinte, como espectador e sobretudo como português esta solução me agradava, nos tempos que correm.

terça-feira, 22 de março de 2011

Morreu Artur Agostinho


Artur Agostinho
25-12-1920
22-03-2011

Aos 90 anos de idade, morreu hoje Artur Agostinho, um dos mais brilhantes comunicadores portugueses.
Artur Agostinho foi um Homem da rádio, da televisão, do cinema e fez ainda uma investida no mundo da escrita.
No pequeno ecrã, Artur Agostinho, apresentou o primeiro concurso da televisão portuguesa, o "Quem Sabe, Sabe", e participou em programas como "O Senhor que se Segue", "No Tempo Em Que Você Nasceu" e "Curto-Circuito". Participou ainda em séries e telenovelas como “Casa da Saudade”, “Ganância”, “Clube das Chaves”, “Ana e os Sete”, “Sonhos Traídos”, "Inspector Max","Tu e Eu", "Pai à Força" e "Perfeito Coração".
No cinema, como actor, Artur Agostinho, participou nos filmes Cais do Sodré (1946), “O Leão da Estrela (1947), “Capas Negras" (1947), “Cantiga da Rua"(1950), “Sonhar é Facil" (1951), “O Tarzan do 5º Esquerdo" (1958), “Dois Dias no Paraíso" (1958), “O Testamento do Senhor Napumoceno" (1977), “A Sombra dos Abutres (1998) e “Perfeito Coração" (2009).
Artur Agostinho, foi também jornalista, tendo dirigido o jornal “Record” entre 1963 e 1974 e escreveu dois livros, “Português sem Portugal” em 1977 e “Bela, riquíssima e além disso...viúva” em 2009.
Como radialista notabilizou-se aos microfones da Emissora Nacional de Radiodifusão, onde também se distinguiu como brilhante relator desportivo.
E foi a ouvir relatos de futebol, ao Domingo à tarde, na Rádio Renascença, corriam os anos 80 do século passado, que eu, então menino, soube quem era o Artur Agostinho... Grandes dérbis, boas memórias!

Obrigado Artur Agostinho.