Eduardo, o melhor jogador português em campo, prostrado no relvado no final do jogo.
Portugal foi há poucos minutos eliminado pela Espanha no Campeonato do Mundo de Futebol que se realiza na África do Sul.
Na minha opinião o primeiro responsável pela derrota de Portugal foi Carlos Queirós o técnico da Selecção Nacional.
O Seleccionador, a meu ver, voltou a ser pouco ambicioso e cometeu, outra vez, uma série de erros.
Desde logo, e para começar, na constituição da equipa.
Porque fez alinhar de inicio Pepe, um jogador a recuperar ritmo competitivo?
Porque não pôs a jogar Deco, um homem criativo e com boa capacidade de recuperação de bola?
Porque insistiu em jogar com um falso lateral direito, quando tinha dois laterais direitos de raiz na equipa?
Depois na forma como dispôs a equipa em campo.
Se a opção em estruturar a equipa a partir de uma defesa forte, se pode admitir, o mesmo já não se pode dizer, quando se obriga uma equipa com jogadores criativos a jogar em linhas muito recuadas para reduzir os espaços de criação á equipa adversária. Os médios e os extremos podem ter um papel muito importante na forma como a equipa defende, todos o sabemos, mas fazê-los recuar demasiado no terreno de jogo é fatal, porque retira capacidade à equipa para construir jogo e atacar o adversário. Este foi seguramente um dos equívocos de Queirós nesta noite - fazer jogar a equipa em linhas muito recuadas.
E depois, para continuar, o falhanço nas substituições.
Fazer substituições acertadas ao longo do jogo pode alterar o rumo deste e ser decisivo para que uma equipa chegue à vitória. Os grandes treinadores distinguem-se não só por serem bons teorizadores do treino, mas também pela sua capacidade para serem bons estrategas. Muita desta capacidade atesta-se no momento em que fazem as substituições. Mas no que toca a substituições, com Queirós a regra parece ser esta: se um jogador está a jogar bem arrisca-se a ser substituído! Hoje a fava saiu a Hugo Almeida. Este jogador estava a ser a nossa referência na frente de ataque e estava numa fase de nítida subida de rendimento. Resultado: com a sua saída a equipa desorientou-se por completo e perdeu a capacidade ofensiva. O guarda-redes espanhol viu-se transformado num mero espectador, tão raras vezes foi chamado a intervir.
E por fim, a falta de coragem.
Falta de coragem para definir como objectivo principal no jogo a vitória sobre a Espanha.
E falta de coragem para substituir Cristiano Ronaldo, que pela sua apatia e desinteresse pelo jogo, foi, na minha opinião, o pior jogador de Portugal.
É por tudo isto que digo que o resultado do jogo foi: Espanha 1 – Queirós 0.