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sexta-feira, 30 de março de 2018

Lixo espacial


Vem a propósito do artigo anterior falar da questão do lixo espacial.
Em 4 de outubro de 1957, a União Soviética (URSS) deu início à corrida espacial enviando para espaço o Sputnik (hiperligação - clique para saber mais), o primeiro satélite artificial construído pelo Homem a orbitar o planeta Terra. Desde então, os lançamentos espaciais registados já ultrapassam os 5.000 e a maioria deles teve como objetivo a colocação em órbita de material com fins comerciais, militares e científicos. O material colocado no espaço é diverso, vai desde simples satélites, de pequena ou média dimensão, até estruturas de grande porte, as denominadas estações espaciais, algumas habitadas em permanência por astronautas.
Com tanto material a circular na órbita da Terra os especialistas começam a ser confrontados com problemas de tráfego que em grande parte resultam da existência do chamado lixo espacial que também circula livremente em redor do planeta e que pode chocar com o material em funcionamento e danificá-lo ou mesmo destruí-lo.
De que é composto o lixo espacial?
O lixo que circula no espaço é constituído por objetos que lá foram abandonados de forma involuntária ou por opção dos seus proprietários, quando estes deixaram de ter utilidade.  Entre esses objetos encontram-se, por exemplo, partículas de tinta ou combustíveis, detritos ou componentes de satélites, ferramentas perdidas pelos astronautas, restos de foguetões espaciais, satélites abandonados, etc.
Algumas curiosidades sobre o lixo espacial.
Os objetos que compõem o lixo espacial têm tamanhos e pesos variados, que vão desde gramas até toneladas, e circulam a uma velocidade aproximada de 40.000 km por hora, o que equivale a dizer que até as partículas mais pequenas terão energia cinética (hiperligação - clique para saber mais) suficiente para provocar uma explosão violenta se chocarem com outro objeto em órbita.
Estima-se que em redor Terra orbitam cerca de 750.000 pedaços de lixo espacial com dimensão superior a 1 cm e que de entre estes mais de 18.500 têm dimensão suficiente para, em caso de colisão, provocar acidentes espaciais capazes de destruir foguetões, satélites e até estações espaciais. A perceção do perigo é de tal ordem que os objetos de maior dimensão são permanentemente vigiados por radares de vários países que têm material em circulação no espaço.
Todos os satélites quando são lançados na órbita terrestre têm uma vida útil estimada. Muitos deles quando esgotam esse período estimado de vida ou quando deixam de funcionar, são simplesmente abandonados, passando a constituir lixo espacial. A este propósito, em dezembro 2007, a ONU aprovou uma resolução que obrigava à desativação de todos os satélites no final da sua vida útil, mas como não foi prevista nenhuma sanção para os incumpridores os efeitos da resolução ficaram-se pelo papel.
Provavelmente, a falta de pressão legal e a circunstância de apenas uma percentagem ínfima dos detritos chegarem a colidir com a superfície terrestre, contribuíram para que os países com maios interesse no trafego espacial, não tenham feito, nas décadas anteriores, grandes investimentos na procura de soluções cientificas e técnicas para limpeza do lixo espacial. Todavia, na última década, os alertas dos especialistas intensificaram-se apontando no sentido de que se a quantidade lixo espacial continuar a aumentar, no futuro, será mesmo posta em causa a circulação de satélites artificiais na órbita terrestre.
Talvez por causa destes alertas nos últimos anos surgiram as primeiras propostas técnicas preconizadas por alguns países para implementação de sistemas para remoção de lixo espacial. Uma delas é explicada aqui (hiperligação - clique para ver). Veja também o vídeo que a ilustra.

A estação espacial chinesa Tiangong-1 vem a caminho da terra para se desintegrar

Resultado de imagem para estação espacial chinesa está a cair

Prevê-se que durante este fim de semana (mais dia menos dia, mais hora menos hora!) a estação espacial chinesa Tiangong-1 “regresse” á terra.
Num tempo em que os avanços científicos e tecnológicos têm potenciado a conquista do espaço e a sua utilização para concretizar um número crescente de atividades ligadas ao progresso da humanidade, a desativação de uma estrutura espacial, por ter chegado ao fim da sua vida útil, não só deve ser considerado um acontecimento normal como até recomendável. Por isso, a notícia deste acontecimento, para lá do seu caráter excecional e relevância cientifica, revestir-se-ia de alguma normalidade não fosse a circunstância desta estrutura ter deixado de funcionar em março de 2016 e a sua viagem de regresso, segundo noticiaram algumas agências internacionais, estar fora do controlo dos responsáveis pela missão, devido á falta de resposta da estação espacial.
Para já os especialistas vão dizendo que a “Palácio Celestial 1” (nome da estação na tradução para português), colocada em órbita em setembro de 2011, que pesa 8500 quilos e tem 10 metros de comprimento e 3,5 metros de diâmetro, já está na sua fase de aproximação á terra e que entre sábado e a segunda-feira deverá entrar na atmosfera iniciando o seu processo de desintegração. Alguns destes especialistas admitem a possibilidade de alguns dos seus destroços não se desintegrarem por completo na atmosfera e virem a chocar com a superfície terrestre em lugar ainda indeterminado em regiões tão diversas como o norte da China, o Médio Oriente, a Itália central, o norte de Portugal e Espanha, o norte dos Estados Unidos, a Nova Zelândia, a Tasmânia e a parte sul dos continentes americano e africano.
A possibilidade de colisão de destroços com a superfície terrestre e a falta de precisão quanto à região onde tal pode suceder, veio lançar um clima de incerteza quanto ao acontecimento, mas a entidade chinesa responsável pela estação espacial já veio tranquilizar a população dizendo que uma estrutura deste tipo “não cai violentamente sobre a Terra como nos filmes de ficção científica, mas desintegra-se como uma magnífica chuva de meteoros num belo céu estrelado, à medida que os respetivos destroços avançam em direção à Terra”.
Esperemos que assim seja! Uma coisa parece certa, a ser o norte de Portugal a região onde se desencadeará o processo de desintegração na atmosfera, não é provável que tenhamos céu limpo nos próximos dias para observar o processo… Quanto ao resto, pensamento positivo, boa disposição e vamos acreditar nos chineses e no efeito protetor da nossa atmosfera!

domingo, 21 de janeiro de 2018

Regeneração das células envelhecidas será possível em humanos?

Cientistas Portugueses do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes desenvolveram um estudo, publicado na revista Nature Communications (hiperligação clique), onde descobriram que a manipulação de um gene ajudou a reverter o envelhecimento celular na pele de ratinhos. Ao reduzir esse gene nas células dos ratos envelhecidos os cientistas conseguiram reverter células adultas em células estaminais, que são células que têm capacidade de se diferenciar e auto-renovar.
Falando a propósito do estudo, Bruno de Jesus, um dos responsáveis pelo estudo, afirmou que "os resultados são um importante avanço no sentido de virmos a ser capazes de regenerar tecidos doentes em pessoas idosas".
Parabéns aos autores e participantes no estudo! Muito sucesso para o desenvolvimento do mesmo na vertente humana. Toda a humanidade fica na expectativa…

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Achado arqueológico prova a existência de Belém

Aqui pode ler-se que Belém, a cidade onde nasceu Jesus Cristo, já não é apenas uma referência Bíblica. Ao que tudo indica, arqueólogos israelitas, terão encontrado achados que evidenciam a existência da cidade durante o período em que aparece descrito no livro sagrado.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Elefantes em Marte?

A realidade pode ir até onde a imaginação nos levar.

Eis a imagem de uma formação rochosa em Marte... 



De facto, sem grande esforço, podemos ver aqui um decalque de um paquiderme! 

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Península Ibérica à noite


Imagem da Península Ibérica, captada durante a noite pela Estação Espacial Internacional (ISS), no início do mês de Dezembro.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Cientistas portugueses dão cartas

Em Portugal nem tudo são más noticias.
É com muita esperança e entusiasmo que leio estas notícias, que, felizmente, vão sendo cada vez mais frequentes, e que provam que os portugueses, quando lhes são dadas condições, conseguem estar na vanguarda do mundo científico, ser inovadores, enfim, ser tão bons como os melhores.
São os portugueses que continuam a fazer-me acreditar que o fado de Portugal pode ser diferente!
Parabéns para a equipa da Dra. Paula Soares e uma palavra de estimulo, para lhes dizer, que há muita gente que segue com admiração o seu trabalho de investigação e que deposita nele muita esperança.