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sábado, 26 de janeiro de 2013

Centro Social Interfreguesias em Tabuado - Inauguração

Aspeto da fachada principal do edifício
Amanhã, dia 27 de Janeiro de 2013, pelas 15:00 horas, vai ser inaugurado o Centro Social Interfreguesias, em Tabuado.
Este equipamento, cuja área de intervenção abrange as atuais freguesias da Folhada, Tabuado e Várzea da Ovelha e Aliviada, compreende as valências de centro de dia, com capacidade para trinta utentes, serviço de apoio ao domicílio e centro de convívio.
O edifício, construído de raiz, contempla espaços devidamente equipados para a prossecução dos seus fins sociais, de que são exemplo uma ampla e muito luminosa sala de estar, uma não menos ampla sala de refeições, uma cozinha com equipamentos industriais e uma lavandaria. A estes espaços juntam-se-lhe zonas de apoio, devidamente adaptadas, como sejam sanitários, cabeleireiro, banho assistido, vestiários e despensas, de vários tipos.
A construção, desenvolvida em dois pisos, contempla ainda uma zona com gabinetes médicos e de enfermagem, com áreas para apoio administrativo e salas de espera, onde será reinstalada a extensão do centro de saúde que funciona em Tabuado. Numa outra parte do edifício funcionarão os serviços administrativos e de ação social da Casa do Povo de Tabuado, entidade promotora do projeto.
Esta obra foi implantada num terreno com 2.400m2 adquirido, há mais de 40 anos, pela população das três freguesias para construção da sede social da Casa do Povo de Tabuado e instalação da extensão de saúde. O custo total da obra rondará os 450 mil euros e foi comparticipada em 200 mil euros por fundos comunitários - verbas do QREN - em 70 mil euros pela Câmara Municipal de Marco de Canaveses, sendo o restante suportado pela promotora da obra, que angariou - e continua a angariar - fundos junto da população das três freguesias e não só.
Esta é uma obra muito importante para as populações da Folhada, de Tabuado e de Várzea. Permito-me referenciar aqui apenas dois aspetos que atestam, a meu ver, esta realidade. Primeiro – vem colmatar a falta de um equipamento multifuncional para apoio à população sénior desta zona geográfica; Segundo – vem permitir a reinstalação da extensão do centro de saúde em instalações adequadas, potenciando, desta forma, o seu funcionamento em pleno.
Em termos pessoais, a conclusão desta obra deixa-me particularmente contente.
As ligações da minha família à Casa do Povo de Tabuado são antigas. Os meus avós e os meus pais eram sócios daquela instituição e particularmente os meus avós - já falecidos - mantinham com ela uma relação funcional em termos de Caixa de Previdência. Por isso, quaisquer referências à Casa do Povo, fazem-me reviver episódios da minha infância e adolescência e devolvem-me a certeza de que os meus familiares também se incluem no rol dos que, há mais de quatro décadas, contribuíram para aquisição do terreno onde agora se implantou o centro social.
Por outro lado, a conclusão desta obra representa o concretizar de um sonho que, há quase duas décadas, me vinham confessando os impulsionadores do projeto. Muitos foram os avanços e recuos, a começar pela simples – impossível para alguns, mas óbvia para outros - legalização do terreno... Mas a persistência triunfou e com ela triunfaram aqueles que alimentaram o sonho e aquele que manteve viva, ainda que inativa, a Casa do Povo de Tabuado e o seu património social e material.
Estão por isso de parabéns e merecem o reconhecimento público.
Estão também de parabéns todos quantos colaboraram - e continuam a colaborar - para a concretização desta obra.  
Enquanto filho de Tabuado, deixo aqui um “bem-haja” para todos, pois estou certo de que estão contribuir para o engrandecimento das nossas terras – onde incluo Folhada e Várzea – e faço votos para que num futuro próximo se proporcionem as condições para que esta obra seja devidamente rentabilizada em proveito das populações.
O reconhecimento, tantas vezes inesperado e de conveniência, pode ser efémero, mas o mérito que alimentará este projeto traduzir-se-à na concretização do desafio que agora começa – criar as condições para o tornar útil e sustentável.
Parabéns... E sobretudo, força para o que aí vem!

domingo, 30 de dezembro de 2012

Notícias da Assembleia de Freguesia de Tabuado

Na passada sexta-feira teve lugar mais uma reunião da Assembleia de Freguesia de Tabuado, a última deste ano de 2012.
Nesta reunião, que voltou a ter uma assistência diminuta – apenas dois fregueses – foram aprovados, por unanimidade, as opções do plano, o orçamento e o mapa de pessoal para o ano de 2013.
Das linhas de trabalho apresentadas pelo Executivo para o próximo ano destacaria quatro: (I) a conclusão da construção do novo cemitério, (II) a intervenção, conservação ou remodelação de equipamentos públicos e rede viária, (III) a requalificação do centro cívico da freguesia na extensão que compreende a zona envolvente à Igreja Românica e o Largo das Capelas e (IV) a criação de um espaço tipo museu para preservação e divulgação do património histórico e sociocultural da freguesia de Tabuado.
Pelos dados apresentados pelo Executivo da Junta pôde perceber-se que a execução deste programa vai depender em muito de uma boa execução orçamental no campo da receita, na medida em que todos estes projetos serão executados com recurso a autofinanciamento.
Das intervenções dos membros da Assembleia de Freguesia registo apenas para uma em que o Executivo foi alertado para necessidade de limpeza e manutenção de alguns equipamentos públicos, por forma a manter a sua operacionalidade e evitar que, pelo seu uso menos frequente, possam ser confundidos com bens do domínio privado.
Como é habitual eu estive presente nesta reunião e aproveitei a sua fase final lançar um repto à Assembleia de Freguesia no sentido desta promover um evento tipo “Assembleia Aberta aos Jovens de Tabuado”.
Trata-se de uma ideia que me acompanha há anos mas que nunca tive oportunidade de partilhar com Assembleia de Freguesia. Com esta iniciativa pretendia tão-somente que aquele Órgão se debruçasse sobre a possibilidade de organizar um encontro, em todo semelhante a uma reunião da Assembleia de Freguesia, mas para o qual fossem especialmente convocadas as novas gerações de Tabuadenses. Nesse encontro a Assembleia de Freguesia teria oportunidade de se dar a conhecer aos mais novos, explicando a suas funções e quiçá partilhando com eles um balanço das suas atividades. Mas, na minha perspetiva, esse encontro serviria, acima de tudo, para ouvir os Tabuadenses mais novos. Para saber das suas expectativas em relação ao seu futuro e ao da sua terra; constituiria uma oportunidade para promover a participação cívica das novas gerações e potenciar uma aproximação de pontos vista entre os eleitos da freguesia e os seus eleitores (e futuros eleitores).
A ideia foi assim entendida por alguns dos presentes. Houve também quem sugerisse derivações no modelo do evento. No entanto logo se levantaram uma série de questões de âmbito logístico à volta da organização do mesmo. Por isso, não sei se ideia passará disso mesmo, mas a semente foi lançada.
É que numa altura em que (como tudo leva a crer) Tabuado viu assegurado, em termos administrativos, um caminho autónomo (ao contrário de muitas outras freguesias) importa preparar o futuro para que a terra possa tirar partido dessa circunstância.
A meu ver o futuro da freguesia dependerá em boa medida da preparação das pessoas e da sua vontade para trabalhar em prol das causas coletivas e públicas. Por isso, em termos estratégicos, torna-se necessário envolver, quanto antes, as novas gerações neste processo.

sábado, 8 de dezembro de 2012

VIII Encontro de Cânticos de Natal em Tabuado



Amanhã, dia 9 de Dezembro, vai realizar-se em Tabuado o “VIII Encontro de Cânticos de Natal”.
Este evento, organizado pela Junta de Freguesia de Tabuado, vai já na sua oitava edição consecutiva e reúne grupos corais da freguesia e de fora dela, que se juntam, a cada ano que passa, para reviver uma tradição da época natalícia – o cantar ao Menino Jesus.
O Encontro de Cânticos de Natal transformou-se ao longo dos anos num acontecimento que extravasa a simples componente musical e se converte num momento de partilha e convívio entre os diversos grupos participantes, que na sua maioria representam as forças vivas da freguesia e a população que assiste ao espetáculo.
A edição deste ano decorrerá, mais uma vez na Igreja Românica de Tabuado, tendo o começo agendado para as 14h.30m. Aos grupos da terra juntar-se-à o Coro da Universidade Sénior do Marco de Canaveses, convidado especialmente para esta edição.
De acordo com o que está anunciado, as atuações acontecerão por esta ordem:
Coro dos Alunos do Jardim de Infância das Cerdeiras
Coro dos Alunos da EB1 de Ladário
Coro do Centro de Convívio da Casa do Povo de Tabuado
Coro da Universidade Sénior do Maro de Canaveses
Grupo Coral da Associação Cultural e Recreativa de Tabuado
Grupo Coral da Paróquia do Divino Salvador de Tabuado

A seguir ao “Encontro de Cânticos de Natal” decorre o tradicional lanche/convívio para toda a população e visitantes.
Quem tiver oportunidade de não deixe de ir Tabuado, porque este evento é uma ótima forma de reviver o verdadeiro Espírito de Natal.

domingo, 8 de julho de 2012

Padre Joaquim Pereira da Cunha faz 100 anos

Hoje, 08 de Julho de 2012, completa 100 anos de vida, o Senhor Padre Joaquim Pereira Cunha.
Este presbítero foi pároco de Tabuado, na Diocese do Porto, durante 71 anos, mais concretamente entre setembro de 1938 e abril de 2010, tendo sido também, durante décadas,  pároco de Rio de Galinhas, paróquia circunvizinha de Tabuado.
Segundo dados que apurei recentemente, na atualidade, em Portugal, existirão cerca de 3400 presbíteros diocesanos a que se juntam muitos outros, membros dos vários Institutos Religiosos, sendo que, nesta altura, o Senhor Padre Cunha, que completa hoje o seu centenário, será o segundo sacerdote mais velho do país.
Segundo o “Anuário Católico” o presbítero mais velho será o Cónego Monsenhor José Amaro, do Patriarcado de Lisboa, nascido no dia 19 de Agosto de 1911 e ordenado no dia 06 de Abril de 1935, sendo o Padre Joaquim Pereira da Cunha, da Diocese do Porto, nascido no dia 08 de Julho de 1912 e ordenado a 08 de Agosto de 1937, o segundo mais velho. Ambos se caracterizaram por terem um ministério pastoral extremamente longo, gozando agora os dois do merecido descanso nas Casas Sacerdotais de Lisboa e Porto.
A efeméride do centenário do Senhor Padre Joaquim Pereira Cunha é hoje assinalada de forma especial em Tabuado e Rio de Galinhas, com uma Eucaristia de ação de graças, um almoço e um convívio vespertino em honra do ilustre centenário.
O Senhor Padre Cunha é uma pessoa que muito estimo, com quem convivi ao longo da vida e a quem aprendi a respeitar de uma forma particular.
Neste dia tão especial, não posso deixar endereçar os parabéns ao meu amigo Senhor Padre Cunha e de fazer votos para que continue a celebrar esta data por muitos anos.

sábado, 28 de abril de 2012

Alunos de Tabuado pensam como gente grande




Na sequência da cerimónia de lançamento da primeira pedra da obra de construção do novo cemitério de Tabuado, a Escola EB1 do Ladário, numa iniciativa plena de oportunidade decidiu abordar com os alunos a importância da vida.
Nesse âmbito os alunos concluíram que “todos os seres vivos têm a mesma condição à nascença, distinguindo-se apenas pelo percurso que fazem ao longo da sua vida, pelo caráter e pelas suas capacidades e todo o processo de existência humana culmina com a morte, condição igual a todos os seres vivos.
Todo o ser vivo requer cuidados para uma vida mais longa: regar, alimentar, respeitar, proteger, amar...”.
Após uma breve reflexão sobre o tema, os alunos concluíram que “a vida é como as estações do ano, a primavera ligada à nascença e à infância e o inverno à velhice e à morte”.
Na sequência desta reflexão foi elaborado um documento onde foram compiladas as respostas dos alunos a dois pontos de discussão “o cemitério visto aos olhos de uma criança” e “o comportamento que devem ter quando visitam um cemitério”.
Para não me alongar abstenho-me de reproduzir aqui o conjunto das respostas dadas, mas podem crer que são surpreendentes pela consciência cívica que revelam e pela diversidade de conceitos que refletem.
Os alunos concluíram este trabalho dando largas ao seu poder criativo... Uma verdadeira delícia!
Parabéns a toda a comunidade educativa!

Novo Cemitério de Tabuado


Estão finalmente em marcha os procedimentos que levarão à construção do novo cemitério da freguesia de Tabuado. Quis o destino que a minha pessoa tivesse uma intervenção de circunstância na cerimónia de lançamento da primeira pedra. Nesta, como noutras ocasiões, apesar dos gravadores, o relato feito por outos, nem sempre corresponde rigorosamente àquilo que por nós foi dito. Assim, parece-me pertinente que deixe aqui para memória futura as palavras que proferi na ocasião.

Exmo. Senhor, Presidente da Câmara Municipal de Marco de Canaveses;
(...)
Por força da ausência da Sra. Presidente da Junta de Freguesia Tabuado, Sra. Professora Maria de Fátima Vasconcelos, que aqui não pode estar presente por motivos de ordem pessoal, cabe-me a mim, na qualidade de Vogal da Junta e seu substituto legal, saudar-vos de forma muito fraterna e agradecer a vossa presença nesta cerimónia de lançamento da primeira pedra na obra de construção do novo complexo mortuário da freguesia de Tabuado.
Quis o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Marco de Canaveses, Sr. Dr. Manuel Moreira, assinalar de forma solene o início desta obra com esta cerimónia. Muito nos honra que assim tenha decidido, pois este ato tem um significado muito especial, não só para a Junta de Freguesia de Tabuado, mas também para todos Tabuadenses e amigos desta terra, pois ele representa o início do fim de um processo que se arrasta há mais de quarenta anos nesta freguesia: a construção de um novo cemitério.
Se me permitem uma breve sumula histórica de todo este processo, até porque estamos numa terra com história, começaria por dizer, que o atual cemitério desta freguesia, como os demais na generalidade do mundo rural em Portugal, se situa numa zona contígua à Igreja, numa prática ligada à tradição do culto cristão da idade média, de enterrar os mortos em sítios muito próximos dos locais de culto.
Com a evolução dos tempos esta tradição foi-se desvanecendo e a construção de novos cemitérios deixou de obedecer àquela regra de inspiração marcadamente religiosa e estas infraestruturas públicas passaram a ser implantadas em locais que respondem a preocupações de natureza diversa, como sejam questões ambientais, de saúde pública e urbanística. Com esta evolução permitiu-se que os espaços de enterramento passassem de locais de reduzida dimensão, muitas vezes sem condições adequadas, para novos espaços, com dimensões apropriadas, mais funcionais e também por isso mais dignos.
Mas, em muitas terras, como em Tabuado, os enterramentos continuaram a ser efetuados nos antigos cemitérios. Porém esses espaços deixaram de responder às necessidades das populações, pois tornaram-se locais exíguos, quero dizer tornaram-se pequenos (apertados), para responder ao número de enterramentos que era necessário lá realizar.
Pois bem, este problema foi pela primeira vez identificado na nossa terra, na década de setenta do século passado e logo aí foi determinado que a solução do problema passaria pela construção de um novo cemitério num local diferente do atual.
O processo de escolha e disponibilização de um novo local evoluiu com avanços e recuos, até que foi concluído com a construção de uma nova infraestrutura no lugar do Peso, que dista daqui cerca de 500 metros. Sucede que, por razões pouco percetíveis em termos de gestão pública, mas que não importa aqui abordar, o novo cemitério, depois de construído, nunca chegou a ser utilizado, continuando os enterramentos a ser efetuados no atual, com as condições de utilização do mesmo a degradarem-se progressivamente.
Neste contexto, quando o atual executivo da Junta de Freguesia tomou posse, foi confrontado com um projeto do anterior executivo que previa o alargamento do cemitério atual para terrenos da paróquia.
Confrontado com aquele projeto, o executivo, como se impunha, contactou o pároco de então, no sentido de saber da sua autorização para a concretização do referido alargamento. O Reverendo Padre Joaquim Pereira da Cunha disse-nos, nessa ocasião, que todo esse processo só poderia resultar de um equívoco, dado que nunca teria dado consentimento para a realização da obra que lhe estávamos a apresentar, nem de qualquer outra que previsse o alargamento do cemitério para terrenos da paróquia.
Ainda assim e no sentido de dissipar dúvidas e rumores que começaram a instalar-se quanto a uma possível autorização para a realização da obra por parte da Diocese, autorização essa que estaria a ser inviabilizada pelo Pároco, a Junta, com conhecimento deste, decidiu consultar diretamente o Sr. Bispo do Porto, para saber se a decisão da Diocese era concordante com a do Pároco, ou se por parte daquele Órgão Eclesiástico, haveria abertura para encontrar algum tipo de solução que fosse de encontro à resolução do problema da freguesia.
A resposta do Sr. Bispo, fundada num parecer emitido pela Comissão de Infraestruturas da Diocese foi perentória: a diocese, tal como o pároco, não autorizava o alargamento do cemitério antigo para terrenos da paróquia, porque isso em nada dignificaria o bem edificado mais precioso da freguesia de tabuado: a sua Igreja Românica.
Confrontado com essa decisão e no sentido de encontrar uma solução para aquele que identificamos ser o problema que merecia uma resolução mais imediata na freguesia, o executivo lançou-se na procura de um espaço onde pudesse ser construído um novo cemitério que fosse de encontro aos interesses da população.
Sabendo que algumas das razões evocadas para a não utilização do cemitério no lugar do Peso se prendiam com a sua localização, elegemos como critérios principais na procura de um novo local a sua localização nas imediações da Igreja, os bons acessos e que a sua dimensão fosse tal que não inviabilizasse futuros alargamentos.
Foi um trabalho muito árduo, que teve várias frentes e que exigiu da nossa parte muita descrição, respeito para com os nossos interlocutores e muita firmeza.
Depois de colocadas várias hipóteses, encontrámos o terreno que queríamos. Contactamos os proprietários e conseguimos, a muito custo, disponibilidade da sua parte para negociar. Foi então que solicitamos a ajuda necessária da CMMC, para a disponibilização dos meios financeiros e, em parceria, negociámos o terreno.
Foi uma negociação longa e muito difícil, na qual se empenhou particularmente o Sr. Presidente da Câmara, Dr. Manuel Moreira, mas que teve um desfecho feliz.
A CMMC adquiriu, em 07 de Fevereiro de 2007, pelo preço de 90.000,00€, esta parcela de terreno, com 5.795m2, para aqui se construir o complexo mortuário da freguesia de Tabuado, onde se incluiu a construção de um novo cemitério.
O passo decisivo estava dado mas outros se lhe seguiram, igualmente importantes e bastante morosos. Falo das questões de natureza jurídica e administrativa, relacionadas com a legalização do terreno, em termos que permitissem a construção desta infraestrutura. Mas com o tempo necessário, que é sempre muito para quem espera, o processo foi concretizado.
Seguiu-se a elaboração do projeto, mais uma vez com a colaboração fundamental da CMMC, que através dos seus serviços técnicos procedeu à sua elaboração. Este procedimento, que voltou ter um acompanhamento direto do Sr. Presidente da Câmara, foi, naturalmente, bastante demorado, por um lado devido às soluções técnicas e estéticas que foi necessário estudar e por outro, devido ao elevado volume de trabalho a que os serviços técnicos da CMMC têm que dar resposta.
Certo é que fruto de um diálogo quase permanente entre técnicos e autarcas o projeto foi elaborado e a sua versão final foi-nos apresentada em termos que correspondiam aos nossos objetivos, vertidos num projeto arrojado, funcional, bonito e que dignifica e prestigia a nossa terra de Tabuado e o nosso concelho de Marco de Canaveses.
Porém, como é de todos sabido, o país viu-se mergulhado numa financeira e económica, provocada por desequilíbrios orçamentais, que obrigaram inclusive o país a recorrer a ajuda externa, ajuda essa condicionada à execução de um plano de reequilíbrio das contas públicas.
A persecução deste plano está a obrigar o Estado a por em prática uma política de racionalização de gastos públicos, que afeta os diversos sectores públicos e com natural incidência nas autarquias locais que se viram privadas nestes dois últimos anos de percentagens significativas de verbas a que lhe provinham do orçamento geral do estado.
Estas condicionantes financeiras obrigaram a ter que repensar, mais uma vez, o nosso projeto. Foi neste contexto que em diálogo com CMMC, decidimos reformular o projeto inicial, para o tornar exequível nesta fase em termos financeiros. Sem diminuir a qualidade nem os princípios estruturantes da obra, decidiu-se construir a mesma por fazes. Assim nesta primeira fase vai construir-se o novo cemitério, com as mesmas características, mas com dimensões mais reduzidas que o inicialmente previsto. Ainda assim capaz de responder às necessidades da freguesia por muitos anos. Nesta fase construir-se-ão também os respetivos acessos. Numa segunda fase concluir-se-á a construção da parte restante do complexo, com a edificação da casa mortuária.

Sr. Presidente (...)
Minhas senhoras e meus senhores,

O que nos trás aqui hoje é a certeza da execução de uma obra há muito reclamada por esta terra e que muito a vai dignificar. Construir um complexo mortuário, com as características do que aqui vai ser edificado, traduz o ser e o sentir da gente da nossa terra, que prepara no presente o seu futuro, mas que alicerça este presente no seu passado, que pretende preservar, nas suas mais diversas vertentes em condições de dignidade absoluta. Nessa medida tornar mais dignas as condições de um cemitério representa o apreço por todos os que nos antecederam e o valor incalculável que para nós, enquanto comunidade, tem a sua memória.

Sr. Presidente (...)
Minhas senhoras e meus senhores,

È chegado o momento. Chegou o momento de por fim a um assunto que incomoda esta terra há demasiados anos; chegou o momento de dizer aos incrédulos, que podem acreditar; chegou o momento de transformar o sonho em realidade.

Sr. Presidente, meus senhores e minhas senhoras;

Somos chegados ao momento em que é possível afirmar que neste local se vai construir o complexo mortuário de Tabuado; complexo este, que originará o aparecimento de uma nova centralidade na freguesia, e que compreende a construção de um cemitério com capacidade, para 96 campas devidamente infraestruturadas e 4 espaços para jazigos em altura. Um cemitério moderno, funcional, com espaço aprazível e digno; um cemitério num local acessível e de horizontes abertos, que promova a dignidade da pessoa humana e que estimule a igualdade nessa condição, com respeito pela diversidade de origens e credos.
Um complexo mortuário que compreende ainda a construção de uma casa mortuária, com uma sala com capacidade para velar dois corpos em simultâneo e a possibilidade de ali realizar serviços religiosos; casa mortuária que compreende também uma sala de apoio e sanitários adaptados a pessoas com mobilidade limitada. Um complexo mortuário que compreende ainda a construção dos acessos e parque de estacionamento e uma casa de apoio para concessionar.
Uma obra que é necessária e mais uma vez repito, vai dignificar esta freguesia de Tabuado, o concelho do Marco de Canaveses, a Junta de Freguesia de Tabuado e Câmara Municipal do Marco de Canaveses.
Mas uma obra que envolve meios financeiros avultados e para a qual todos são chamados a contribuir e que só poderá realizar-se com a colaboração e apoio de todos.

Sr. Presidente (...)  

Termino agradecendo a V. Exa. em nome da Junta de Freguesia de Tabuado a realização desta cerimónia, que como disse no início, muito nos honra; agradeço-lhe todo o apoio técnico e financeiro prestado pela Câmara Municipal de Marco de Canaveses à realização deste projeto; e em particular agradeço o seu apoio pessoal e a preocupação que tem manifestado no acompanhamento deste projeto.
Em termos pessoais, e na qualidade de Tabuadense, formulo o desejo de que V. Exa. se sinta tão feliz quanto eu, neste dia tão importante para a terra, que a ambos nos serviu de berço.

Muito obrigado.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Assembleia de Fregusia de Tabuado

Hoje, pelas 21 horas, vai ter lugar a quarta sessão ordinária, do ano de 2011, da Assembleia de Freguesia de Tabuado.
Nos termos da Lei, esta sessão, que é a última do ano, tem obrigatoriamente que apreciar e votar as propostas de Opções do Plano e o Orçamento para o ano de 2012, apresentados pela Junta de Freguesia.
Da ordem de trabalhos constam ainda outros pontos, onde se incluem espaços para debate de assuntos de interesse para a freguesia e a intervenção do público.
Eu vou estar presente e penso que os Tabuadenses também deveriam assistir e participar nas sessões deste órgão onde se programa e debate o presente e o futuro da freguesia de Tabuado.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

"VII Encontro de Cânticos de Natal" em Tabuado


No passado Domingo realizou-se em Tabuado o VII Encontro de Cânticos de Natal .
Este evento, de natureza cultural, promovido pela Junta de Freguesia de Tabuado, decorreu na Igreja Românica e contou com a participação de seis grupos: Grupo Coral da Paróquia de Paredes de Viadores, Alunos da Escola Pré-Primária, Alunos da EB1, Grupo Coral do Centro de Convívio da Casa do Povo de Tabuado, Grupo Coral da Associação Cultural e Recreativa de Tabuado e Grupo Coral da Paróquia de Tabuado.
Os que assistiam (onde me eu incluía) tiveram oportunidade de presenciar um conjunto de actuações muito valorosas, onde se misturaram a ternura dos mais pequeninos, com o talento dos mais crescidos, para nos proporcionarem duas horas e meia de puro encanto, revivendo a tradição dos cânticos de natal.
Foi de facto um espectáculo muito bonito e a todos quantos na tarde do último Domingo, se recolheram no regaço das paredes centenárias da Igreja Românica, foi dado ver que Tabuado está vivo, e bem vivo, e que é uma terra com orgulho e identidade própria, que merece ser estimulada e promovida.
Deixo aqui os meus parabéns a todos os participantes e quantos colaboraram na organização e uma palavra de estímulo para que continuem a trabalhar, cada um à sua maneira, para a construção de uma terra mais unida, que se orgulhe do seu passado e promova as suas tradições e que se projecte no futuro através do talento dos seus filhos, de todas as gerações.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Tinha 101 anos – faleceu a Dª Maria

No dia em completou 100 anos falei-vos aqui da Dª Maria da Glória Fonseca. Hoje volto a falar-vos desta senhora para dar conta da sua morte ocorrida no dia de ontem.
É com tristeza que assiná-lo a partida da pessoa mais idosa da freguesia de Tabuado. Da sua longa caminhada deixa-nos a marca de uma vida simples, mas digna e a saudade duma figura característica da nossa terra.
Porque não o posso fazer pessoalmente, deixo aqui as minhas condolências à família da Dª Maria, particularmente ao Sr. António, seu filho.

domingo, 6 de novembro de 2011

Obras em Tabuado

Podem ler-se aqui notícias sobre Tabuado. Dizem respeito a obras de requalificação na casa paroquial e zona envolvente, promovidas pela Paróquia de Tabuado, com a ajuda da população e de instituições como a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal.

Ainda não pude comprovar, mas pelo que me dizem, aquele espaço foi de facto muito valorizado, estando mais agradável e sobretudo mais funcional para responder de forma adequada às necessidades da comunidade de Tabuado.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O São João e as travessuras em Tabuado

Em Tabuado não há, e julgo que nunca houve, festejos organizados em honra de São João, um dos santos populares mais festejados no nosso país. Sempre me foram relatados festejos antigos, em que grupos de amigos, de forma não organizada, faziam tronos em lugares particulares ou públicos, e ali organizavam os seus bailaricos. Mas ao nível da freguesia e de forma organizada, não havia a tradição de se festejar o São João.
No entanto, pelo São João e pelo São Pedro, havia uma tradição muito curiosa, que ainda vivi na minha infância e juventude: as travessuras.
Para quem não sabe o que são as travessuras, eu explico!
Na noite da véspera de São João, e também na de São Pedro, os rapazes de Tabuado dedicavam-se a fazer traquinices, que consistiam em mudar de lugar os mais diversos objectos pertencentes aos habitantes da terra. Por regra, esses objectos eram transportados para o adro da Igreja Românica e ali eram expostos, até que os seus donos dali os fossem retirar, não raras vezes com bastante embaraço.
Os objectos mais clássicos para estas tropelias eram os vasos de flores, de preferência “extorquidos” em casa onde houvesse raparigas solteiras e alfaias agrícolas.
Pelos relatos que me fazem, eram noites de pura aventura em que adrenalina subia a níveis não habituais para a rapaziada lá da terra. É que nesta contenda havia dois lados a debaterem-se: de um, os rapazes novos, cujo objectivo era apoderam-se dos vasos e de outros objectos para os irem colocar no adro da Igreja; do outro, eram os habitantes da terra, que procuravam resguardar-se da investida dos jovens, acautelando os seus bens da melhor forma que podiam.
Ao longo da vida foi ouvindo relatos hilariantes de situações que se passaram nestas noites. Actos consumados, actos falhados, situações embaraçosas... de tudo um pouco! Um dos mais engraçados e que me foi relatado referia-se a uma cabra, que nas suas horas de descanso foi retirada ao seu dono e colocada na torre do sino... Acontece, que por ironia do destino, quem a lá colocou também teve que de lá a retirar, porque o dono do animal, desconhecendo a identidade dos autores da diabrura, foi justamente pedir ao “culpado” ajuda para retirar o animal do campanário.
Com o decorrer dos anos a tradição foi perdendo força.
No entanto, na minha infância, ainda me lembro das azáfamas que eram aqueles anoiteceres na noite de São João e de São Pedro: sob direcção da minha mãe, recolhíamos todos os vasos (e objectos de possível remoção) para lugar seguro.   
Nas travessuras propriamente ditas, só me lembro ter participado por duas vezes, já na minha juventude. Da experiência, ficou o espírito de aventura e camaradagem na penumbra daquelas noites; uns quantos vasos transportados para o adro, pois claro (!) e o receio de que um qualquer cachorro se atravessasse no nosso caminho!   
Mas nessa fase a tradição já tinha esmorecido um pouco. Já nessa altura as travessuras eram prejudicadas pelos actos de vandalismo que entretanto se foram instalando na nossa sociedade e que por confusão, prejudicaram o carácter “saudável” da atitude irreverente dos jovens de Tabuado, naquelas noites de santos populares. Para os habitantes de Tabuado, começou a ser difícil distinguir o que era travessura do que era vandalismo.
Por algumas situações a que assisti ao longo dos anos, percebo a atitude das gentes de Tabuado, mas tenho pena e saudade, porque tradição é sempre tradição!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Festas de Santo António em Tabuado



Durante este fim-de-semana decorrem em Tabuado as festas em honra de Santo António.
O programa, que inclui manifestações de carácter popular e religioso, prolonga-se por tês dias, começa hoje e termina no próximo Domingo.
Constava-se, e agora é certo, que por motivos que se prendem com a gestão dos gastos na freguesia, este é último ano em que estas festas se realizam nos moldes actuais.
Penso que é bom que as comunidades, sobretudo em tempo de crise, estabeleçam prioridades para as suas manifestações/realizações colectivas. É salutar que assim seja e atitudes deste tipo também são reveladoras do seu grau de maturidade cívica.
No entanto, a maturidade cívica e o grau de desenvolvimento social, económico e cultural de uma terra, também se revela pela sua capacidade de manter (ou não) a sua identidade ao longo do tempo, adaptando-se ás condições socioeconómicas específicas de cada época.
Digo isto, porque entendo que o património colectivo, aquilo que é a nossa identidade enquanto terra única, tem que ser preservado. Que as manifestações sejam menos exuberantes, que se poupe dinheiro e que se dê prioridade a investimentos de capital, indutores de melhores condições de vida, sempre foi a linha que defendi. Mas esta linha de pensamento não me afasta de uma outra realidade que me leva a considerar que há dinâmicas que se instalaram, que há hábitos que se enraizaram, que há locais que se preservaram e valorizaram, enfim, que há todo um património sociocultural específico, que foi construído ao longo de anos, e que não pode pura e simplesmente desaparecer. Nem a terra pode prescindir dele.
Nessa medida o desafio que lanço aqui à sociedade de Tabuado, e a todos os seus agentes, é de que com imaginação, se encontrem formas alternativas para continuar a festejar o Santo António na nossa terra. Dessa forma, quiçá através de manifestações mais modestas, estaremos a perseverar uma tradição popular e a contribuir para que se continue a dinamizar o espaço da Capela de Santo António, um edifício embelemático da nossa freguesia e que foi recentemente alvo de obras de conservação e beneficiação.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Assembleia de Freguesia de Tabuado

Amanhã, dia 08 de Abril, vai ter lugar a primeira sessão ordinária, deste ano de 2011, da Assembleia de Freguesia de Tabuado.
Nos termos da Lei, esta sessão, por ser a primeira do ano, tem obrigatoriamente que apreciar e votar os documentos de prestação de contas relativas ao ano anterior.
Da ordem de trabalhos constam ainda outros pontos com interesse para a freguesia, como por exemplo a apreciação do inventário de todos os bens, e respectiva avaliação, a apreciação da norma de controlo interno e a apreciação do novo mapa de limites da freguesia.
Está também previsto um ponto para debate de outros assuntos com interesse para a freguesia e um outro para a intervenção do público.
Eu vou estar presente e apelo a todos os Tabuadenses para que participem nas sessões deste órgão onde se debate o dia-a-dia e o futuro da freguesia de Tabuado.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Notícias da Assembleia de Freguesia de Tabuado


Devido a compromissos de natureza profissional e pessoal só agora vos posso dar conhecimento de que decorreu ontem a quarta reunião ordinária, deste ano, da Assembleia de Freguesia de Tabuado.
Eu estive presente na dita reunião e de seguida dou-vos notícias, naturalmente resumidas, do que lá se passou.
A reunião começou com uma saudação do Presidente da Assembleia de Freguesia aos presentes.
No primeiro ponto da ordem de trabalhos, alguns membros da Assembleia, apresentaram para discussão assuntos de interesse para a freguesia. Destaco aqui as questões colocadas à Presidente da Junta relacionadas com o fornecimento de refeições nos estabelecimentos de ensino e uma questão relacionada com a segurança dos cidadãos, posta em causa pela existência de um prédio devoluto, situado numa  das ruas mais movimentadas da freguesia e que ameaça ruir, pelo menos em parte.
Neste mesmo período, um dos membros da Assembleia, propôs a aprovação de um voto de louvor a todos quantos se empenharam no movimento de angariação de fundos para aquisição de uma nova cadeira de rodas eléctrica, já entregue ao Paulo Barbosa, louvor extensivo a toda a população de Tabuado (e não só) que contribuiu com os seus donativos para aquele fim.
Na sequência da ordem de trabalhos, seguiu-se a apreciação e votação das propostas de Orçamento, Opções do Plano e Mapa de Pessoal, para o ano de 2011, apresentadas pelo Executivo da Junta de Freguesia.
Na apresentação destes documentos foram abordadas temáticas como a crise económica que afecta o país e o combate ao défice das contas públicas, cujas medidas (e respectivas consequências) têm reflexo directo na diminuição das receitas da Autarquia, sendo o exemplo mais flagrante desta realidade o corte, superior a 4%, nas transferências provenientes da Administração Central do Estado.
Apesar de todas as condicionantes que se advinham para a execução orçamental do próximo ano, o Executivo deu a conhecer à Assembleia de Freguesia, as linhas orientadoras da gestão que pretende prosseguir e as obras que se propõe levar a efeito, estando à cabeça de todas elas a construção do novo cemitério.
Postos à votação, estes documentos foram aprovados por unanimidade.
Para terminar a reunião, seguiu-se o período para intervenção do público. Neste espaço, um dos cidadãos presentes, colocou algumas questões à Presidente da Junta, relacionadas com aspectos do dia-a-dia da freguesia. Registei o facto do mesmo ter dito que compreende todas as condicionantes que afectam o trabalho da Junta, mas que, ainda assim, entende que há mais freguesia para além da construção do novo cemitério (expressão minha); e que o Executivo não deve viver obcecado apenas com a construção daquela infra-estrutura. O freguês, antigo Autarca, manifestou ainda interesse em que a Junta mantivesse o seu sítio na INTERNET devidamente actualizado, para que essa ferramenta electrónica pudesse funcionar como veículo de informação entre a Autarquia e os Fregueses. Curiosamente nesta parte da sua intervenção, fez uma referência ao "Cidadão com Opinião”, manifestando apreço pelas referências que neste espaço faço à freguesia de Tabuado. No entanto, prosseguiu dizendo que gostaria de ver reforçado este trabalho de divulgação da freguesia, também  aqui no "Cidadão com Opinião".
Os trabalhos prolongaram-se por cerca de três horas, decorreram num ambiente sereno, propicio para a discussão de assuntos com interesse para o presente e para o futuro de Tabuado e todas as intervenções, independentemente dos pontos de vista dos seus autores, foram pautadas pela elevação. Já passava da meia-noite quando o Presidente da Assembleia de Freguesia deu por terminada a reunião.
Eu gostei da forma como decorreram os trabalhos, mas continuo a dizer, o que aqui disse noutras ocasiões: os Tabuadenses deviam assistir, e participar, em maior número nas Assembleias de Freguesia.
Quanto à referência a este blog, feita pelo Sr. AC na sua intervenção, naturalmente que agradeço as suas palavras e quero dizer-lhe aqui, como lhe disse na ocasião, que vou fazer um esforço para continuar este trabalho, porque gosto muito da terra que viu nascer. Mas o mesmo só poderá ser melhorado com a colaboração dos Tabuadenses...

domingo, 19 de dezembro de 2010

Resultado da solidariedade em Tabuado

Em Julho dei aqui a notícia de uma campanha solidária que tinha como objectivo a aquisição de uma nova cadeira de rodas eléctrica para o Paulo Barbosa, um jovem paraplégico de Tabuado.
Pois bem, é com muita alegria que, em tempo de Natal, dou a notícia de que a referia cadeira de rodas vai finalmente ser entregue. Será hoje pelas 16:00 horas e juntamente com a cadeira de rodas vão também ser inauguradas melhorias nos acessos à habitação do Paulo, promovidas pela Junta de Freguesia em parceria com a Câmara Municipal.
O meu apreço e admiração para todos quantos contribuíram, e foram muitos, para que este processo tivesse este desfecho.
Um abraço para o Paulo.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Igreja Românica de Tabuado vai ser restaurada

Há algum tempo que se falava no possível restauro da Igreja Românica de Tabuado, ao abrigo de um protocolo entre o Ministério da Cultura e a Fundação Iberdrola. Finalmente, entre estas duas entidades e a Junta de Castela e Leão, foi celebrado um acordo de base que vai permitir, a manutenção e restauro de 33 edificações religiosas do estilo românico, situadas nas imediações dos rios Douro e Tâmega, onde se incluiu Igreja de Divino Salvador de Tabuado.


A NOTÍCIA ESTÁ AQUI - O Ministério da Cultura de Portugal, a Junta de Castela e Leão e a Fundação Iberdrola subscreveram um acordo com base no qual as três instituições levarão a cabo o mais ambicioso projecto de restauro e manutenção de arte românica em ambos os países, que abrangerá 33 edificações religiosas deste estilo situadas nas imediações dos rios Douro e Tâmega.

Esta é uma óptima notícia para Tabuado!

Finalmente estão reunidas as condições para levar a cabo uma intervenção que visa o restauro e a manutenção deste Templo - Imóvel de Interesse Público - já por alguém apelidado como "O bem (edificado) mais precioso de Tabuado"

Espero que a crise económica, que os dois países atravessam, não provoque constrangimentos na execução desta obra.

sábado, 9 de outubro de 2010

Tabuado e a República... Jovem

Na noite do passado dia 4 de Outubro, celebraram-se em Tabuado os 100 da implantação da República.
A evocação da data esteve a cargo de um grupo de cerca de 20 Jovens, que num espectáculo de representação, dança e música, recrearam o ambiente da época, apresentando cenas ilustrativas da implantação da República. Tudo culminou com o hastear simbólico da Bandeira e o cântico do Hino Nacional.
Eu assisti e gostei. Os Jovens e quem os orienta fizeram um óptimo trabalho, por isso estão de parabéns!
A sala onde decorreu o evento estava muito composta. Ainda assim penso que mais população de Tabuado poderia ter aproveitado esta oportunidade, proporcionada pelos Jovens, para conhecer mais em detalhe este momento marcante na vida da nossa Nação. Os que lá estiveram, como eu, saíram muito satisfeitos, eu pude testemunhá-lo.
Na assistência havia gente de todas as idades e a este propósito quero deixar aqui duas notas. Uma para fazer referência a um sinal de esperança: uma fila da assistência era só de crianças, de tenra idade, que assistiram ao espectáculo com uma concentração digna de registo e vibraram à sua maneira; outra para referenciar os mais idosos que no final agradeciam os momentos lá passados e diziam que este tipo de trabalhos é muito bom para ensinar aos Jovens um pouco da nossa história. Nada mais verdadeiro! Fala a voz da experiência... e está tudo dito!

E foi assim que eu comemorei o centenário da República.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Implantação da República - passaram 100 anos


Estamos hoje a lembrar a implantação da República, facto histórico que ocorreu em Portugal há 100 anos, a 5 de Outubro de 1910.
Celebramos a mudança de regime político: a passagem de uma Monarquia Constitucional, para uma República Parlamentar.
Mas mais do que celebrar a alteração do regime político, celebramos a atitude inconformista do Povo Português, personificada na acção dos partidários republicanos.
Esses portugueses, lideres e simpatizantes do Partido Republicano Português, recusaram-se a aceitar o fatalismo de viver numa sociedade injusta e fechada, dominada por lóbis e instituições, que promovia o bem-estar apenas de uns quantos em detrimento da maioria que passava por grandes dificuldades. O Povo trabalhava de sol a sol, no campo, a grande maioria, ou então na indústria, ou nos serviços, mas ganhava muito pouco, e não tinha quaisquer regalias sociais, nem segurança no trabalho.
Esses mesmos portugueses, os revolucionários de 1910, rejeitaram também um sistema político pouco transparente, que embora sustentado por uma Monarquia Liberal que não restringia o direito à opinião, assentava numa alternância de poder entre os dois grandes partidos da época, o Partido Regenerador e o Partido Progressista. Sempre que um deles estava no poder e surgiam problemas graves, o Rei demitia-o, dissolvia o parlamento, marcava eleições, e chamava o outro para governar.
Esses portugueses opuseram-se ainda à prática diplomática da casa real, porque não concordavam com a capitulação sistemática dos interesses portugueses aos pés de outros Estados. Sentiam-se humilhados pelo facto do Rei de Portugal, Nação soberana com séculos de história, ceder sempre nas grandes negociações internacionais em que se via envolvido.
Este situacionismo social foi-se agravando durante décadas e conduziu o país para um beco sem saída.
Mas povo português não aceitou permanecer nesse marasmo e foram surgindo diversos grupos, liderados por intelectuais e figuras proeminentes da sociedade de então, que defendiam novas teorias para a organização da sociedade. Uma sociedade que fosse mais justa, verdadeiramente democrática e onde todo o cidadão nascesse e crescesse livre e tivesse a possibilidade escolher o seu futuro.
Da acção, por vezes clandestina e conspiradora de todos esses movimentos, eclodiu em 1910, o processo revolucionário que conduziu à implantação da República.
Os Republicanos tinham disseminado as suas ideias em sectores cada vez mais alargados da sociedade portuguesa, desde os intelectuais aos operários, e naquela época o Partido Republicano Português tinha já uma representação parlamentar digna de relevo e era, seguramente, o partido não monárquico, mais importante do país.
Na sua acção, os partidários republicanos criticavam com veemência a figura do Rei e da casa real, os seus gastos e a sua inoperância para resolver os problemas do país. O aumento de impostos, as fraudes eleitorais e a corrupção que grassava, eram males atribuídos à incapacidade dos políticos monárquicos para conduzirem o país no rumo certo.
Defendiam por isso que a resolução dos problemas do país começaria desde logo pelo derrube do regime monárquico, e a sua substituição por uma República parlamentar, devolvendo assim ao povo a possibilidade de escolher periodicamente o Chefe do Estado.
Ao longo anos sucederam-se algumas tentativas falhadas de proclamação da República, a primeira das quais, no Porto a 31 de Janeiro de 1891. A cada tentativa falhada, seguiam-se detenções, condenações e deportações, mas a determinação dos republicanos não esmorecia.
Em 1908, o país vivia uma situação explosiva, com grande descontentamento social e político, em muito potenciados pela existência de uma ditadura constitucional, encabeçada por João Franco e apoiada pelo Rei.
È neste clima de grande instabilidade que é morto o Rei D. Carlos e o Príncipe Herdeiro Luís Filipe, por membros da Carbonária, uma organização revolucionária com ligação à causa republicana.
Com a morte do Rei, e do herdeiro na sucessão ao trono, assume o poder o outro filho de D. Carlos – D. Manuel II, com apenas 18 anos de idade, a quem o povo inicialmente devotou grande simpatia e renovou a esperança de inverter o rumo do país. No entanto, apesar de D. Manuel II ter tomado algumas medidas populares e acabado com a ditadura constitucional, protagonizada por João Franco, os problemas sociais e económicos continuaram a agravar-se, e em Outubro de 1910, acontece a revolução que, após horas de luta armada, há-de culminar com a proclamação da República, no dia 5, pela boca de José Relvas, na varanda dos Paços do Concelho em Lisboa.
Estava assim consumada a mudança de regime político em Portugal, tinha acabado a Monarquia e começado a República.
Como dizia acima, hoje, mais do que celebrar a alteração do regime político, celebramos a atitude de um Povo, que foi perseguindo o sonho de um ter futuro melhor. Por certo, nem todos teriam a certeza que a mudança de regime pudesse acudir a todos os males da nação, mas ousaram tentar, porque esta é atitude que se impõe aos audazes – aqueles de quem reza a história.
Hoje, passados 100 anos, sabemos que o processo de implantação da República que se seguiu à sua proclamação em 5 de Outubro de 1910 foi tudo menos pacífico. Há com certeza, pessoas e instituições, que poderão queixar-se de terem sido vítimas de um processo pós revolucionário em que reinou o desnorte, a desconfiança e o medo. Mas com o tempo a normalidade voltou à Nação e foram feitos os ajustes sociais que se impunham num processo como este.
O país começou então a ser governado por uma República parlamentar, em que o Chefe do Estado – O Presidente da República - passou a ser eleito directamente pelo Povo, cabendo o poder executivo ao Governo nomeado por iniciativa daquele, ou eleito, também directamente pelo Povo.
Mas qual é o significado desta mudança? O que significa, em teoria, que uma nação é governada por uma República?
Ora, a palavra República provem do latim “Rés Pública” que significa "Coisa Pública"; Assim sendo, fazendo uma a associação entre a etimologia desta palavra e acção dos agentes políticos, que ocupam os Órgãos do Estado, num regime republicano, pode dizer-se que quem ocupa um lugar público assume o compromisso com a sociedade de cuidar bem daquilo que é de todos, cuidar do que é comum como se seu fosse.
Certamente foi esta ilusão de cuidar bem da coisa pública, que moveu os revolucionários há 100 anos e deve também mover todos quantos são agentes públicos em Portugal, nos dias de hoje. O sonho de ter um futuro melhor, ainda hoje, passados 100 anos, continuar a perseguir muitos e muitos milhares portugueses, cujas condições de vida não são as melhores. O trabalho de construção de uma nação mais justa e mais fraterna está inacabado. Na actualidade a crise social e política, tirando a qualificação em diversos domínios, que 100 anos se encarregaram de fazer, assemelha-se em alguns aspectos à vivida nos finais do século XIX e inicio do século XX.
Por isso eu ouso perguntar: hoje o país não padece com o flagelo do desemprego, que afecta milhares e milhares de portugueses? Também hoje Portugal não sofre com os salários baixos e a degradação das relações e condições de trabalho? Também hoje a Nação não se vê ameaçada na sua soberania, pelo problema cada vez mais premente da dívida externa? Também hoje o sistema político português não assenta no rotativismo dos dois maiores partidos? Também não grassa às escâncaras a corrupção no nosso Portugal?
Passados 100 anos da proclamação da República, a resposta a estas questões só pode ser dada pelo povo português, com uma atitude inconformista que combata o desânimo e o descrédito, a exemplo do que fizeram há 1 século os revolucionários. Essa atitude de pro-actividade e participação, servirá para qualificar a nossa República, para a pôr verdadeiramente ao serviço dos portugueses, sobretudo daqueles que realmente mais precisam, repito, daqueles que realmente mais precisam.
Assim seremos dignos da herança que nos legaram António José de Almeida, Miguel Bombarda, José Relvas, Cândido dos Reis... e tantos outros portugueses, eminentes ou anónimos, que de uma forma digna e empenhada serviram a República Portuguesa ao longo destes 100 anos.

Por eles e por nós, Viva a República, Viva Portugal.

Neste post reproduzo o conteúdo de uma intervenção que proferi numa evocação histórica da implantação da República, levada a cabo por um grupo de jóvens de Tabuado.