A tragédia que atingiu a ilha da Madeira no passado sábado tomou proporções nunca vistas e a sua dimensão material e humana dão-me que pensar.
O grau de destruição é impressionante; os relatos feitos pelos madeirenses que viveram a catástrofe revelam sofrimento, medo e impotência.
Daí que, na minha opinião, perante estes acontecimentos, as autoridades deveriam, logo após garantidas as condições mínimas de segurança, dar prioridade às pessoas que sofreram com a catástrofe, garantindo-lhes, não só ajuda material de emergência, mas também ajuda psicológica.
Se a morte de uma única pessoa transformaria, por si só, o acontecimento em trágico, dezenas de mortos e feridos e centenas de desalojados agravam muito o problema.
Pensando assim, não posso deixar de dizer que foi com desagrado que poucas horas após tragédia, ouvi o Presidente do Governo Regional da Madeira, em declarações à imprensa, dizer que, por motivos económicos, que se prendem com a imagem da região, não se deveria dramatizar a situação.
No meu entender, as afirmações de Alberto João Jardim, proferidas naquele momento e naquele contexto foram infelizes. Noutro dia e com outro enquadramento talvez se admitissem, mas naquele momento não. Naquela hora, o sofrimento do povo madeirense sobrepunha-se à questão económica.
Por outro lado, também achei inadmissíveis, por não respeitarem os princípios que enumerei, algumas declarações que foram proferidas por adversários políticos de AJJ, nomeadamente a Eurodeputada Ana Gomes, procurando à custa desta tragédia retirar dividendos políticos. Aquela responsável política, 48 horas após a tragédia, num espaço radiofónico, imputava responsabilidades ao poder político da Região Autónoma, porque terá permitido práticas urbanísticas que não respeitaram as Leis do ordenamento do território (nacionais e europeias) e terão potenciado a ocorrência desta catástrofe.
Confesso que não sei o que me chocou mais, se as primeiras declarações, pela sua falta de sensibilidade para com o sofrimento humano, ou as segundas, pela sua falta de respeito para com aquele.
Pondo de lado estes pormenores, quero dizer que acho admirável a forma como os madeirenses reagiram a esta tragédia. A capacidade de mobilização de meios e a forma decidida como limpam casas, ruas e lojas, faz-me acreditar que a Madeira voltará, a breve prazo, a ser um jardim...
Mas atenção, não se pode assobiar para o lado, fingindo que nada se passou. Os bens e sobretudo as vidas que se perderam, obrigam os responsáveis a reconhecer que nem tudo estava bem. Penso eu que este acto de humildade não diminui ninguém e esta tragédia deverá ser o ponto de partida para tomar medidas que permitam que, em futuras catástrofes, os danos não sejam tão expressivos.
A este propósito, li no Jornal Público este artigo bem interessante, relacionado com esta problemática.
O grau de destruição é impressionante; os relatos feitos pelos madeirenses que viveram a catástrofe revelam sofrimento, medo e impotência.
Daí que, na minha opinião, perante estes acontecimentos, as autoridades deveriam, logo após garantidas as condições mínimas de segurança, dar prioridade às pessoas que sofreram com a catástrofe, garantindo-lhes, não só ajuda material de emergência, mas também ajuda psicológica.
Se a morte de uma única pessoa transformaria, por si só, o acontecimento em trágico, dezenas de mortos e feridos e centenas de desalojados agravam muito o problema.
Pensando assim, não posso deixar de dizer que foi com desagrado que poucas horas após tragédia, ouvi o Presidente do Governo Regional da Madeira, em declarações à imprensa, dizer que, por motivos económicos, que se prendem com a imagem da região, não se deveria dramatizar a situação.
No meu entender, as afirmações de Alberto João Jardim, proferidas naquele momento e naquele contexto foram infelizes. Noutro dia e com outro enquadramento talvez se admitissem, mas naquele momento não. Naquela hora, o sofrimento do povo madeirense sobrepunha-se à questão económica.
Por outro lado, também achei inadmissíveis, por não respeitarem os princípios que enumerei, algumas declarações que foram proferidas por adversários políticos de AJJ, nomeadamente a Eurodeputada Ana Gomes, procurando à custa desta tragédia retirar dividendos políticos. Aquela responsável política, 48 horas após a tragédia, num espaço radiofónico, imputava responsabilidades ao poder político da Região Autónoma, porque terá permitido práticas urbanísticas que não respeitaram as Leis do ordenamento do território (nacionais e europeias) e terão potenciado a ocorrência desta catástrofe.
Confesso que não sei o que me chocou mais, se as primeiras declarações, pela sua falta de sensibilidade para com o sofrimento humano, ou as segundas, pela sua falta de respeito para com aquele.
Pondo de lado estes pormenores, quero dizer que acho admirável a forma como os madeirenses reagiram a esta tragédia. A capacidade de mobilização de meios e a forma decidida como limpam casas, ruas e lojas, faz-me acreditar que a Madeira voltará, a breve prazo, a ser um jardim...
Mas atenção, não se pode assobiar para o lado, fingindo que nada se passou. Os bens e sobretudo as vidas que se perderam, obrigam os responsáveis a reconhecer que nem tudo estava bem. Penso eu que este acto de humildade não diminui ninguém e esta tragédia deverá ser o ponto de partida para tomar medidas que permitam que, em futuras catástrofes, os danos não sejam tão expressivos.
A este propósito, li no Jornal Público este artigo bem interessante, relacionado com esta problemática.