Lula da Silva (hiperligação - clique) é uma figura incontornável da politica e da sociedade brasileira, que
já tem um lugar reservado na história do país. Neste momento, talvez seja
conveniente que tenha o discernimento necessário para saber sair de
cena sem por em causa o lugar que conquistou na memória coletiva do povo
brasileiro, assumindo com humildade, e por inteiro, todas as dimensões da
intervenção pública, que terá tido um conjunto muito significativo de coisas boas
e outras menos positivas, ou não fosse ele humano.
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sexta-feira, 6 de abril de 2018
sábado, 20 de janeiro de 2018
Donald Trump completa um ano de mandato
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos,
tomou posse há um ano. Qualquer balanço que se faça deste seu primeiro ano de
mandato não pode fugir ás evidências, e tenderá sempre a classifica-lo como
fraco, comprometedor e mesmo desastroso em alguns aspetos.
Em termos internacionais a administração Trump seguiu
uma politica de isolacionismo e confrontação com quase todo o mundo. Já durante
a campanha, o ainda candidato, tinha prometido rasgar acordos comerciais, subir
taxas aduaneiras e até construir um muro na fronteira que divide o México com
os EUA, numa intenção de pôr em prática uma politica claramente isolacionista.
Porém ninguém estava à espera que as posições da presidência republicana de Donald
Trump fossem tão longe neste primeiro ano de mandato. Se é certo que a
construção do muro ainda não avançou, talvez porque para além de ser uma ideia absurda,
tem um custo económico que nem o seu autor estimou, a política de Washington pôs
em sobressalto vários aspetos da política internacional. Em acontecimentos como
a cimeira da NATO ou a reunião do G7, ao arrepio das mais elementares regras
diplomáticas, Trump assumiu uma posição arrogante, enunciou as suas ideias,
algumas das quais em clara contradição com as posições tradicionais dos Estados
Unidos e furtou-se ao diálogo com os seus parceiros estratégicos. A politica de
isolamento prosseguiu com a decisão dramática à escala global de retirar o país
do Acordo de Paris sobre alterações climáticas, com clara oposição da sociedade
americana, e com a ameaça de rompimento do acordo nuclear com o Irão, sem motivo validado
pelas agências internacionais que fiscalizam o cumprimento do mesmo por parte daquele
país do médio oriente. E mais
recentemente, a decisão precipitada de mudar a embaixada americana em Israel de
Telavive para Jerusalém, uma resolução contestada pelos países árabes da região
e por grande parte da comunidade internacional. E finalmente os comentários xenófobos de Trump (hiperligação clique) em relação a El Salvador, ao Haiti e alguns países africanos, a
propósito das politicas de emigração americanas, que foram alvo da condenação
oficial do Departamento de Direitos Humanos das Nações Unidas.
Na frente interna o desempenho da Administração
Trump não tem sido mais pacifico, bem pelo contrário. Começa com uma relação conflituosa
com a generalidade dos meios de comunicação social, que se têm constituído nesta
fase como um autêntico contrapoder, e prossegue com a implementação de medidas impopulares
para remover as da anterior a administração, particularmente o Obamacare e
outras de natureza social de apoio ás classes mais desfavorecidas. Se a estas adiconarmos
umas quantas decisões de carater económico, claramente retrógradas em termos
ambientais, que têm merecido a contestação pública, e uma onda de suspeições a
propósito do seu comportamento pessoal e político, bem como de membros destacados
da sua administração, desemboca-se num resultado factual: Donald Trump é o
presidente menos popular dos Estados Unidos da América nos últimos setenta
anos.
Neste primeiro ano de mandato o único aspeto que correu verdadeiramente de feição à administração Trump foi o desempenho da economia onde se verificou um crescimento de cerca 3%. Mas perante o restante enquadramento será esta circunstancia suficiente para equilibrar os pratos da balança?
Aquando da campanha para as eleições norte americanas tive oportunidade de referir que Hillary Clinton não me parecia ser a melhor candidata democrata para derrotar Trump, nem provavelmente ser a presidente que os Estados Unidos necessitavam para substituir Barac Obama, ainda assim, apelei ao respeito pelas regras democráticas que permitiram a eleição de Donald Trump e pedi que lhe fossem dadas condições para o exercício do mandato, para que no final do mesmo pudesse ser julgado segundo as regras da democracia como qualquer outro eleito democraticamente. Pensava assim porque entendia que passado processo eleitoral a postura de Donald Trump se converteria na de um estadista, ainda que com fato á sua medida, porque a isso o obrigariam as regras do exercício do cargo e o protocolo institucional da Casa Branca e do Pentágono. Passado um ano, o que mais me preocupa em todo este processo é a falta de maturidade politica e de responsabilidade cívica, e por vezes até ética, que o presidente americano revela. A maior nação do mundo nunca poderá ser governada da mesma forma que se gere um grande grupo empresarial, por maior e mais bem-sucedido que ele seja. Na gestão empresarial, ainda que a contragosto, pode ter que se conviver com excentricidades comportamentais de gestores de topo ou de detentores de capital, mesmo sendo essas práticas questionáveis socialmente, porque se está no domínio da vida privada, mas quando se sobe ao patamar da causa pública a bitola da moral e dos princípios elevam-se a níveis máximos e há comportamentos e práticas que não admissíveis a este nível.
Neste primeiro ano de mandato o único aspeto que correu verdadeiramente de feição à administração Trump foi o desempenho da economia onde se verificou um crescimento de cerca 3%. Mas perante o restante enquadramento será esta circunstancia suficiente para equilibrar os pratos da balança?
Aquando da campanha para as eleições norte americanas tive oportunidade de referir que Hillary Clinton não me parecia ser a melhor candidata democrata para derrotar Trump, nem provavelmente ser a presidente que os Estados Unidos necessitavam para substituir Barac Obama, ainda assim, apelei ao respeito pelas regras democráticas que permitiram a eleição de Donald Trump e pedi que lhe fossem dadas condições para o exercício do mandato, para que no final do mesmo pudesse ser julgado segundo as regras da democracia como qualquer outro eleito democraticamente. Pensava assim porque entendia que passado processo eleitoral a postura de Donald Trump se converteria na de um estadista, ainda que com fato á sua medida, porque a isso o obrigariam as regras do exercício do cargo e o protocolo institucional da Casa Branca e do Pentágono. Passado um ano, o que mais me preocupa em todo este processo é a falta de maturidade politica e de responsabilidade cívica, e por vezes até ética, que o presidente americano revela. A maior nação do mundo nunca poderá ser governada da mesma forma que se gere um grande grupo empresarial, por maior e mais bem-sucedido que ele seja. Na gestão empresarial, ainda que a contragosto, pode ter que se conviver com excentricidades comportamentais de gestores de topo ou de detentores de capital, mesmo sendo essas práticas questionáveis socialmente, porque se está no domínio da vida privada, mas quando se sobe ao patamar da causa pública a bitola da moral e dos princípios elevam-se a níveis máximos e há comportamentos e práticas que não admissíveis a este nível.
Se Donald Trump demorar muito mais tempo a assimilar estes princípios,
ou se se recusar assumi-los como seus, os Estados Unidos, em primeira linha, e o
resto de mundo por arrastamento, podem ser confrontados com um balanço bem pior
do que o de quatro anos perdidos.
sábado, 7 de janeiro de 2017
terça-feira, 7 de junho de 2016
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
sábado, 21 de julho de 2012
quinta-feira, 28 de junho de 2012
Siza Vieira vence Leão de Ouro de carreira na Bienal de Veneza
Álvaro Siza Vieira: um intelectual de excelência; uma
obra ímpar; uma personalidade discreta. O Homem e a sua obra – um todo merecedor
da maior admiração. Parabéns!
sábado, 28 de janeiro de 2012
Carvalho da Silva abandona o cargo de secretário-geral da CGTP-IN
Após mais de três décadas de ligação ao mundo sindical e 25 anos de liderança da CGTP-IN, Manuel Carvalho da Silva deixou ontem cargo de secretário-geral da maior Central Sindical portuguesa.
Oriundo de uma família de pequenos agricultores da zona de Famalicão, Carvalho da Silva, fez o curso industrial de montador electricista, na Escola Industrial Carlos Amarante, em Braga, tendo iniciado a sua vida profissional, aos 17 anos de idade, em empresas ligadas ao sector da electromecânica. E é precisamente neste sector de actividade que chega ao mundo sindical, através do Sindicato das Industrias Eléctricas do Norte. Em 1977, naquele que ficou conhecido como o congresso de todos os sindicatos, integra a Comissão Executiva da CGTP-IN (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional) e em 1986 chega ao cargo de coordenador da Central Sindical. A partir de Dezembro de 1999 passa a exercer as funções de secretário-geral, designação desde então adoptada para o cargo.
Passados que são 25 anos e aos 64 anos de idade, Carvalho da Silva abandona agora a liderança da CGTP-IN, sendo um caso raro de longevidade no exercício de um cargo de eleição, numa organização colectiva em Portugal.
Em algumas ocasiões, ao longo destes anos, o caso de Carvalho da Silva foi apontado como exemplo de um pertenço imobilismo da sociedade portuguesa, revelado pela falta de capacidade das suas organizações para se renovarem e adaptarem à evolução dos tempos. Em muitas situações o caso do dirigente sindical serviu até de exemplo para caracterizar os diversos poderes corporativos existentes no nosso país e cujos interesses instalados foram perdurando ao longo de décadas.
O que é certo é que Carvalho da Silva conseguiu em sucessivos mandatos, ao longo dos 25 anos em que esteve à frente da CGTP, mantê-la unida, como a maior Central Sindical portuguesa e independente de directórios partidários, pelo menos formalmente.
Em termos pessoais, o sindicalista retomou os estudos, tendo-se Licenciado e Doutorado em Sociologia, em 2000 e 2007,respectivamente.
Neste momento, quer se concorde ou não com as ideias e o pensamento político de Carvalho da Silva, quer se goste ou não do seu estilo, parece-me que é justo reconhecer-lhe mérito, quanto mais não seja porque ao longo dos anos se assumiu como uma personalidade que soube manter uma postura coerente com o seu discurso, qualidade que vai escasseando cada vez mais nas figuras públicas do nosso país.
Quanto ao seu futuro político, já ouvi comentadores experimentados, apontá-lo como um possível candidato da esquerda unida nas próximas eleições presidências, numa espécie de Lula à portuguesa. Tenho dúvidas que tal consenso venha a ser conseguido, mas logo se verá...
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
sábado, 3 de dezembro de 2011
Morreu José Mensurado
José Mensurado trabalhou durante trinta e nove anos na RPT onde desempenhou várias funções, mas ficará na história pelo facto de ter sido o jornalista português que conduziu em directo a histórica emissão da chegada do homem à lua, que se prolongou por cerca de 18 horas.
Morreu ontem aos oitenta anos de morte natural.
sábado, 19 de novembro de 2011
A Propósito de "Portugal – que futuro?"
Carlos Santos, em comentário ao meu post anterior, escreveu um texto que me inspira uma reflexão algo “extensa” e por isso, decidi elevá-lo aqui à categoria de post para poder expor o meu ponto de vista acerca do mesmo.
Eis o texto:
Eis o texto:
" FRANCISCO SÁ CARNEIRO
Este Homem fundou um partido.
Este Homem sério ajudou Portugal e serviu Portugal.
Deve estar cheio de vergonha do partido que ele fundou.
O partido que ele fundou, hoje é indigno do seu fundador.
É um grupo de inqualificáveis politiqueiros e alucinados neo-liberais que enterraram a social-democracia tão cara ao fundador.
O actual partido nos seus prosélitos nem os sapatos do fundador são dignos de tocar. "
Como já por cá escrevi, Sá Carneiro foi um homem que deixou a sua marca, no seu tempo.
A época em que cada Homem vive e as circunstâncias em que é chamado a intervir, influenciam muito a forma como actua nesse tempo. Não raras vezes, deparamo-nos com exemplos de personalidades que ao longo dos tempos vão mudando de posição e evoluindo na sua forma de estar e pensar, sendo essa postura louvada por uns e criticada por outros. Infelizmente, Sá Carneiro morreu muito novo e por isso é-nos vedada a possibilidade de fazer essa avaliação em relação à sua personalidade.
Que influência teria tido no nosso país a sua forma de estar e pensar a sociedade? Como se teria posicionado no tabuleiro do xadrez politico entretanto estabilizado? Manter-se-ia na política activa ou teria optado por correr por fora, transformando-se numa espécie de reserva moral? Qual teria sido a sua posição face aos grandes desígnios da Nação, como por exemplo a integração europeia e a perda progressiva de soberania nacional, a que esse processo tem conduzido?
São questões para as quais não temos resposta e por isso penso que, para sermos justos, devemos ter algum cuidado nas comparações que fazemos entre a sua personalidade (e a imagem que temos da sua pessoa) e a forma como agem hoje os herdeiros da sua ideologia e do partido que fundou. Podemos ter a percepção de que Sá Carneiro, quanto mais não fosse pelo seu carisma, agiria de forma diferente. Talvez. Mas não podemos ter isso como uma verdade absoluta. Quem pode garantir que Sá Carneiro, se fosse vivo, nas actuais circunstâncias, não defenderia (ou tomaria) as mesmas medidas que os actuais líderes do PPD/PSD, que encabeçam o Governo da Nação? Ninguém pode garantir que assim não seria. É possível que a forma como concebia a social-democracia o levasse em alguns aspectos (porventura muitos) a ter uma actuação diferente. Mas isso ficará sempre no campo das hipóteses.
Uma coisa parece certa, a social-democracia, que inspirou a fundação do PPD e a actuação de Sá Caneiro, parece ter hoje várias vias, com contornos e identidades alternativas cada vez mais marcados dentro do PPD/PSD. Esta realidade é retratada pelo número crescente de vozes que dentro do partido preconizam formas alternativas de consubstanciar as medidas políticas, particularmente aquelas que envolvem as pessoas na sua substância mais particular.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
D. Carlos Azevedo vai para Roma.
Trata-se de mais um português que é nomeado para o exercício de um cargo de relevo numa organização internacional, neste caso, na Igreja Católica.
Porque sempre me disseram que se tratava de um Homem com raras capacidades intelectuais, confesso que, há anos, acompanho com admiração o percurso e as intervenções públicas de D. Carlos Azevedo. Primeiro como Presbítero na Diocese do Porto e vice-reitor da Universidade Católica; depois como Prelado no Patriarcado de Lisboa e membro da Comissão Episcopal Portuguesa onde presidiu à Comissão Episcopal da Pastoral Social.
Naturalmente que, enquanto português, me alegro por ver que mais um cidadão deste país vê o seu mérito reconhecido e que por isso vai desempenhar um cargo de destaque a nível internacional. Mas por outro lado fico triste porque vejo partir um dos mais promissores na sua área, um daqueles a quem se advinha um futuro certo; vejo partir uma voz destemida, que se fazia ouvir sem ambiguidades e cujo eco ressoava nos mais diversos sectores da sociedade portuguesa.
Desejo as maiores felicidades a D. Carlos Azevedo para esta nova etapa da sua vida e tenho a certeza que não tardará muitos anos até que voltemos a ouvir falar dele por motivos semelhantes aos que hoje aqui evoco.
domingo, 6 de novembro de 2011
Isaltino e Duarte Lima
Falo aqui destas duas figuras públicas, Isaltino Morais, presidente da câmara municipal de Oeiras e Duarte Lima, advogado e antigo deputado e líder parlamentar do PSD, por uma razão comum: o facto de ambos estarem envolvidos em processos judiciais, com grande projecção mediática e que tiveram desenvolvimentos significativos nos últimos dias.
Quero começar por dizer que um e outro, até serem condenados em definitivo pela justiça, se presumem, tal como outro qualquer cidadão, inocentes.
Posto isto, quero dizer, em relação a Duarte Lima, que o seu silêncio face à acusação que lhe é movida pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, no Brasil, acusando-o da autoria da morte da sua cliente Rosalina Ribeiro, é ensurdecedor. A ausência de uma qualquer declaração sua soa-me a um estrondo fictício e deixa-me sem saber o que pensar. Um homem de origens humildes, que subiu na vida a pulso, que escapou milagrosamente à morte, que é dinamizador de uma associação que auxilia doentes vítimas da doença de que padeceu (leucemia), deveria ser uma pessoa que, talvez mais do que qualquer outra, tinha motivos para valorizar o dom da vida. Se um crime desta natureza, cometido por bandidos ou marginais, choca e fere a nossa sensibilidade, muito mais chocará se cometido, comprovadamente, por uma figura pública. A cada dia que passa, aguardo por um qualquer desenvolvimento, quiçá uma declaração do antigo deputado, que ajude a esclarecer os contornos deste caso.
No que a Isaltino Morais diz respeito, quer-me parecer que o seu caso está a transformar-se em mais um exemplo de que a justiça só funciona para aqueles que não têm meios para a enfrentarem. Se em resultado dos sucessivos recursos apresentados pela sua defesa, houver crimes que prescrevam, sem que em relação aos mesmos seja proferida, em tempo, uma decisão conclusiva, estamos perante mais um caso que envergonha o nosso sistema judicial. E devemos sentir-nos todos envergonhados por duas ordens de razão: primeira – se o presidente da câmara municipal de Oeiras e antigo ministro do ambiente, for de facto inocente, a Justiça do seu pais não foi capaz de lhe fazer justiça; segunda – se Isaltino for culpado, é mais um criminoso que passa sem ser punido, simplesmente porque é poderoso. Uma autêntica vergonha que convém evitar.
domingo, 10 de julho de 2011
Rui Costa vence 8ª etapa do Tour – edição de 2011
O ciclista Rui Costa, nascido na Póvoa de Varzim, venceu ontem a oitava etapa na Volta a França em Bicicleta. O corredor, de 24 anos de idade, torna-se assim o quinto português a vencer etapas na prova rainha do ciclismo mundial.
Todos os que gostam e acompanham esta modalidade desportiva sabem quão exigente è a sua prática, e nessa medida, vitórias como esta, merecem um destaque muito especial.
Felizmente para o nosso país este é o segundo ano consecutivo em ciclistas portugueses alcançam tal feito; na edição do ano passado foi Sérgio Paulinho, que também integra o pelotão da presente edição, e este ano foi o jovem poveiro.
Numa edição que tem sido marcada por muitas quedas, que têm obrigado ao abandono de alguns nomes sonantes, vamos ver o que nos reserva o resto da competição que entrará nos próximos dias na sua fase decisiva, com etapas de montanha nos Pirenéus e nos Alpes.
Faço votos para que estes dois portugueses alcem novos êxitos para sua valorização pessoal e do nosso país.
Por agora deixo aqui os parabéns merecidos para o Rui Costa, cuja vitória merece ainda mais destaque devido à sua juventude.
Aqui podem saber pormenores e ver imagens da vitória de RC.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Morreu Maria José Nogueira Pinto
Tinha 59 anos e era uma personalidade eminente na vida pública portuguesa. È extensa a lista de cargos que ocupou. Foi provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, directora da Maternidade Alfredo da Costa, vice-presidente do Instituto Português de Cinema e subsecretária de estado da cultura do XII Governo Constitucional, dirigido por Cavaco Silva. Foi ainda consultora da Fundação Calouste Gulbenkian e vereadora da Câmara Municipal de Lisboa, onde ocupou a pasta da Habitação Social entre 2005 e 2007.
Em termos partidários, aderiu ao Partido Popular em 1996, partido pelo qual já era deputada independente na Assembleia da República desde 1995, cargo que exerceu até 1999. Neste período chegou a líder do grupo parlamentar tendo sido a primeira mulher a desempenhar este cargo.
Em 2007 saiu do CDS-PP incompatibilizada com Paulo Portas, no período em que este quis voltar à presidência do partido, liderado então por Ribeiro e Castro. Em 2009, voltou a ser eleita deputada independente, agora nas listas do PSD, liderado por Manuela Ferreira Leite, mantendo a esta condição com o actual líder e Primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
Na actual legislatura, apesar de bastante debilitada pela doença, esteve presente nas duas primeiras sessões plenárias onde se procedeu à eleição do presidente da Assembleia da República, não tendo já comparecido à discussão do programa do Governo, quinta e sexta-feira da semana passada.
Padecia de um cancro no pâncreas, mas ainda assim, manteve os seus comentários habituais na SIC Notícias e continuou a escrever artigos no Diário de Notícias.
Maria José Pinto da Cunha Avilez Nogueira Pinto, irmã da jornalista Maria João Avilez, nasceu em Lisboa a 23 de Março de 1952 e era jurista de formação, licenciada pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Era casada há 39 anos com o empresário e escritor Jaime Nogueira Pinto, com quem teve três filhos.
Partiu uma senhora culta, independente e frontal. Uma mulher de Fé e de família. Uma pessoa trabalhadora e de causas. Uma personalidade por quem tinha apreço sobretudo porque nas suas diversas facetas nunca se coibiu de afirmar os princípios em que acreditava.
Foi um exemplo para a nossa sociedade.
segunda-feira, 28 de março de 2011
Souto Moura vence o prémio Pritzker 2011
Soube-se hoje que o arquitecto Souto Moura, foi galardoado com o prémio Pritzker, que é considerado o “Nobel” da arquitectura.
O galardão, criado em 1979 pela Fundação Hyatt, sediada nos Estados Unidos, tem como objectivo distinguir anualmente um arquitecto vivo pelo seu trabalho excepcional e já foi atribuído a nomes como Philip Jonhson (1979), Oscar Niemeyer (1988), Frank Gehry (1989) ou Álvaro Siza Vieira (1992).
Nascido no Porto, em 1952, Eduardo Souto Moura, um dos grandes nomes da arquitectura moderna portuguesa, terminou a licenciatura, na Escola Superior de Belas Artes do Porto, em 1980 e iniciou a sua carreira colaborando no atelier de Álvaro Siza Vieira, com quem trabalhou durante 5 anos.
Entre as suas obras mais conhecidas, destacam-se, além do Estádio Municipal de Braga (2000/03), a Casa das Histórias – museu da pintora Paula Rego, em Cascais, a Casa das Artes no Porto (1981/91), a Estação de Metro da Trindade, o Centro de Arte Contemporânea de Bragança (2004/2008), o Hotel do Bom Sucesso, em Óbidos, o Mercado da Cidade de Braga (1980/84), a Marginal de Matosinhos - Sul (1995), o Crematório de Kortrijk (Bélgica) ou o Pavilhão de Portugal na 11ª Bienal de Arquitectura de Veneza (1985).
No comunicado emitido pelo júri do prémio, pode ler-se «Durante as últimas três décadas, Eduardo Souto Moura, produziu um corpo de trabalho que é do nosso tempo mas que também tem ecos da arquitectura tradicional. Os seus edifícios apresentam uma capacidade única de conciliar características opostas, como o poder e a modéstia, a coragem e a subtileza, a ousadia e simplicidade - ao mesmo tempo». O júri sublinha ainda a confiança que arquitecto português tem em «usar uma pedra com mais de mil anos ou a inspirar-se num detalhe moderno de Mies van der Rohe».
Na minha opinião esta distinção é, antes de mais, um prémio justo para o trabalho que Souto Moura vem desenvolvendo há anos e que lhe tem granjeado grande prestígio a nível nacional e internacional; e para Portugal, é uma honra, que no espaço de pouco mais de trinta anos de existência, o prémio já tenha sido atribuído a dois arquitectos portugueses, e da escola do Porto.
terça-feira, 22 de março de 2011
Morreu Artur Agostinho
Artur Agostinho
25-12-1920
22-03-2011
Aos 90 anos de idade, morreu hoje Artur Agostinho, um dos mais brilhantes comunicadores portugueses.
Artur Agostinho foi um Homem da rádio, da televisão, do cinema e fez ainda uma investida no mundo da escrita.
No pequeno ecrã, Artur Agostinho, apresentou o primeiro concurso da televisão portuguesa, o "Quem Sabe, Sabe", e participou em programas como "O Senhor que se Segue", "No Tempo Em Que Você Nasceu" e "Curto-Circuito". Participou ainda em séries e telenovelas como “Casa da Saudade”, “Ganância”, “Clube das Chaves”, “Ana e os Sete”, “Sonhos Traídos”, "Inspector Max","Tu e Eu", "Pai à Força" e "Perfeito Coração".
No cinema, como actor, Artur Agostinho, participou nos filmes “Cais do Sodré” (1946), “O Leão da Estrela” (1947), “Capas Negras" (1947), “Cantiga da Rua"(1950), “Sonhar é Facil" (1951), “O Tarzan do 5º Esquerdo" (1958), “Dois Dias no Paraíso" (1958), “O Testamento do Senhor Napumoceno" (1977), “A Sombra dos Abutres” (1998) e “Perfeito Coração" (2009).
Artur Agostinho, foi também jornalista, tendo dirigido o jornal “Record” entre 1963 e 1974 e escreveu dois livros, “Português sem Portugal” em 1977 e “Bela, riquíssima e além disso...viúva” em 2009.
Como radialista notabilizou-se aos microfones da Emissora Nacional de Radiodifusão, onde também se distinguiu como brilhante relator desportivo.
E foi a ouvir relatos de futebol, ao Domingo à tarde, na Rádio Renascença, corriam os anos 80 do século passado, que eu, então menino, soube quem era o Artur Agostinho... Grandes dérbis, boas memórias!
Obrigado Artur Agostinho.
Obrigado Artur Agostinho.
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Políticos de outra estirpe
Há dias o meu colega AAR enviou-me um e-mail com o seguinte texto:
Outra gente
Era oriundo de famílias aristocráticas e descendente de flamengos.
Por causa do seu envolvimento na política, o pai deixou de lhe pagar os estudos e deserdou-o.
Trabalhou, dando lições de inglês para poder continuar o curso.
Formou-se em Direito.Foi advogado, professor, escritor, político e deputado.
Foi também vereador da Câmara Municipal de Lisboa.
Foi reitor da Universidade de Coimbra.
Foi Procurador-Geral da República.
Passou cinquenta anos da sua vida a defender uma sociedade mais justa.
Com 71 anos foi eleito Presidente da República.
Disse na tomada de posse: "Estou aqui para servir o país. Seria incapaz de alguma vez me servir dele..."
Recusou viver no Palácio de Belém, tendo escolhido uma modesta casa anexa a este.
Pagou a renda da residência oficial e todo mobiliário do seu bolso.
Recusou ajudas de custo, prescindiu do dinheiro para transportes, não quis secretário, nem protocolo e nem sequer Conselho de Estado.
Foi aconselhado a comprar um automóvel para as deslocações, mas fez questão de o pagar também do seu bolso.
Este SENHOR era Manuel de Arriaga e foi o primeiro Presidente da República Portuguesa.
Por causa do seu envolvimento na política, o pai deixou de lhe pagar os estudos e deserdou-o.
Trabalhou, dando lições de inglês para poder continuar o curso.
Formou-se em Direito.Foi advogado, professor, escritor, político e deputado.
Foi também vereador da Câmara Municipal de Lisboa.
Foi reitor da Universidade de Coimbra.
Foi Procurador-Geral da República.
Passou cinquenta anos da sua vida a defender uma sociedade mais justa.
Com 71 anos foi eleito Presidente da República.
Disse na tomada de posse: "Estou aqui para servir o país. Seria incapaz de alguma vez me servir dele..."
Recusou viver no Palácio de Belém, tendo escolhido uma modesta casa anexa a este.
Pagou a renda da residência oficial e todo mobiliário do seu bolso.
Recusou ajudas de custo, prescindiu do dinheiro para transportes, não quis secretário, nem protocolo e nem sequer Conselho de Estado.
Foi aconselhado a comprar um automóvel para as deslocações, mas fez questão de o pagar também do seu bolso.
Este SENHOR era Manuel de Arriaga e foi o primeiro Presidente da República Portuguesa.
Estes pormenores da vida do primeiro Presidente da República Portuguesa podem ser conferidos aqui na sua biografia.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Pôncio Monteiro
Pôncio Monteiro foi hoje sepultado.
Eu tive oportunidade de comprovar, em quatro ou cinco ocasiões, as qualidades humanas que, por estes dias, vi serem-lhe atribuídas por figuras públicas que com ele privaram.
Nessas ocasiões - eventos de natureza social com fins beneficência - pude verificar que se tratava de homem de trato muito elegante e muito estimado por aqueles que o rodeavam.
Embora os meus contactos com ele não tenham passado de repetidas saudações de cortesia, e pouco mais, pude verificar nesses momentos que se tratava de um homem genuíno, que era capaz de dizer as coisas tal como as pensava, sem grandes filtros e de forma muito divertida, mas sem nunca perder as características de um verdadeiro gentleman.
domingo, 19 de dezembro de 2010
Gio Rodrigues - solidário neste Natal
Neste tempo de Natal as acções de solidariedade e partilha vão-se sucedendo. Dou aqui conta de uma muito particular de que tive conhecimento.
O estilista portuense, Gio Rodrigues, decidiu que 20% do resultado das suas vendas, neste Domingo, vão reverter a favor da Delegação do Porto da Cruz Vermelha Portuguesa.
Esta Instituição de Solidariedade Social desenvolve na Cidade Invicta um trabalho de natureza social muito importante na ajuda aos mais desfavorecidos, particularmente aos mais idosos. Certamente, nesta época de crise, para a CVP, todas as ajudas são importantes para poder ajudar quem mais precisa.
Quem quiser e puder juntar-se a Gio Rodrigues nesta acção solidária só tem que passar pelas suas instalações situadas na baixa do Porto, na Rua 31 de Janeiro, no n.º 114.
Para comodidade dos visitantes, no fundo desta rua, existe um parque de estacionamento situado na Rua da Madeira, que dá apoio à loja.
Porque não passar por lá?
Aproveitem para sentir o pulsar tão característico da baixa da cidade neste tempo de Natal e sejam solidários!
Parabéns ao Gio Rodrigues pela iniciativa.
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