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quinta-feira, 31 de maio de 2018

Eutanásia


A sociedade portuguesa, com esta decisão do seu órgão mais representativo, assume expressamente que a melhor forma de respeitar a liberdade individual de cada pessoa é proporcionar-lhe uma vida digna, desde a conceção até à morte. 

Esta decisão democrática deve agora ser devidamente interpretada pelos decisores políticos que devem assegurar os investimentos necessários à sua materialização, nomeadamente no estimulo ao desenvolvimento científico e na melhoria das redes de cuidados continuados e paliativos. 

O compromisso que levaria á implementação da eutanásia, se a decisão do parlamento fosse em sentido contrário, deve ser o mesmo para promover a dignidade da vida. Só assim seremos uma sociedade humana na verdadeira acessão do termo.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

domingo, 14 de janeiro de 2018

Alimentos ricos em vitamina D


A vitamina D é um nutriente muito importante para um bom funcionamento do nosso organismo e a sua absorção em doses adequadas pode prevenir o desenvolvimento de várias doenças.
Ao longo da vida é muito importante que o nosso organismo tenha níveis adequados de vitamina D, mas na adolescência e na velhice, essa necessidade revela-se ainda mais determinante, porque são idades em que os ossos estão crescimento, no primeiro caso, e em que importa mante-los saudáveis, no segundo.
A obtenção deste micronutriente pode operar-se a partir da dieta alimentar ou da exposição solar, sendo as duas formas de absorção importantes e complementares.
Verifica-se, porém, que uma percentagem significativa da população não tem oportunidade de oportunidade de praticar uma boa exposição solar no seu dia-a-dia (e em determinadas situações a mesma até não é aconselhada) privando assim o organismo de absorver a vitamina D por síntese cutânea. Por outro lado, há estudos que demonstram que uma parte também significativa da mesma população tem um défice de ingestão de alimentos ricos em vitamina D, o que priva o organismo de a absorver pela via intestinal.
Para corrigir os desequilíbrios provocados pelas situações descritas torna-se importante saber quais são os alimentos ricos em vitamina D, para que, através de uma dieta adequada, o nosso organismo a possa absorver pela via alimentar.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Centro Social Interfreguesias em Tabuado - Inauguração

Aspeto da fachada principal do edifício
Amanhã, dia 27 de Janeiro de 2013, pelas 15:00 horas, vai ser inaugurado o Centro Social Interfreguesias, em Tabuado.
Este equipamento, cuja área de intervenção abrange as atuais freguesias da Folhada, Tabuado e Várzea da Ovelha e Aliviada, compreende as valências de centro de dia, com capacidade para trinta utentes, serviço de apoio ao domicílio e centro de convívio.
O edifício, construído de raiz, contempla espaços devidamente equipados para a prossecução dos seus fins sociais, de que são exemplo uma ampla e muito luminosa sala de estar, uma não menos ampla sala de refeições, uma cozinha com equipamentos industriais e uma lavandaria. A estes espaços juntam-se-lhe zonas de apoio, devidamente adaptadas, como sejam sanitários, cabeleireiro, banho assistido, vestiários e despensas, de vários tipos.
A construção, desenvolvida em dois pisos, contempla ainda uma zona com gabinetes médicos e de enfermagem, com áreas para apoio administrativo e salas de espera, onde será reinstalada a extensão do centro de saúde que funciona em Tabuado. Numa outra parte do edifício funcionarão os serviços administrativos e de ação social da Casa do Povo de Tabuado, entidade promotora do projeto.
Esta obra foi implantada num terreno com 2.400m2 adquirido, há mais de 40 anos, pela população das três freguesias para construção da sede social da Casa do Povo de Tabuado e instalação da extensão de saúde. O custo total da obra rondará os 450 mil euros e foi comparticipada em 200 mil euros por fundos comunitários - verbas do QREN - em 70 mil euros pela Câmara Municipal de Marco de Canaveses, sendo o restante suportado pela promotora da obra, que angariou - e continua a angariar - fundos junto da população das três freguesias e não só.
Esta é uma obra muito importante para as populações da Folhada, de Tabuado e de Várzea. Permito-me referenciar aqui apenas dois aspetos que atestam, a meu ver, esta realidade. Primeiro – vem colmatar a falta de um equipamento multifuncional para apoio à população sénior desta zona geográfica; Segundo – vem permitir a reinstalação da extensão do centro de saúde em instalações adequadas, potenciando, desta forma, o seu funcionamento em pleno.
Em termos pessoais, a conclusão desta obra deixa-me particularmente contente.
As ligações da minha família à Casa do Povo de Tabuado são antigas. Os meus avós e os meus pais eram sócios daquela instituição e particularmente os meus avós - já falecidos - mantinham com ela uma relação funcional em termos de Caixa de Previdência. Por isso, quaisquer referências à Casa do Povo, fazem-me reviver episódios da minha infância e adolescência e devolvem-me a certeza de que os meus familiares também se incluem no rol dos que, há mais de quatro décadas, contribuíram para aquisição do terreno onde agora se implantou o centro social.
Por outro lado, a conclusão desta obra representa o concretizar de um sonho que, há quase duas décadas, me vinham confessando os impulsionadores do projeto. Muitos foram os avanços e recuos, a começar pela simples – impossível para alguns, mas óbvia para outros - legalização do terreno... Mas a persistência triunfou e com ela triunfaram aqueles que alimentaram o sonho e aquele que manteve viva, ainda que inativa, a Casa do Povo de Tabuado e o seu património social e material.
Estão por isso de parabéns e merecem o reconhecimento público.
Estão também de parabéns todos quantos colaboraram - e continuam a colaborar - para a concretização desta obra.  
Enquanto filho de Tabuado, deixo aqui um “bem-haja” para todos, pois estou certo de que estão contribuir para o engrandecimento das nossas terras – onde incluo Folhada e Várzea – e faço votos para que num futuro próximo se proporcionem as condições para que esta obra seja devidamente rentabilizada em proveito das populações.
O reconhecimento, tantas vezes inesperado e de conveniência, pode ser efémero, mas o mérito que alimentará este projeto traduzir-se-à na concretização do desafio que agora começa – criar as condições para o tornar útil e sustentável.
Parabéns... E sobretudo, força para o que aí vem!

domingo, 20 de maio de 2012

Corrida da Mulher no Porto.

Mulheres a correr por uma causa: a luta contra o cancro da mama.



Excelente iniciativa que aliou a prática de exercício físico a uma causa nobre.
Apesar da ameaça de chuva o ambiente foi extraordinário. Um novo recorde de mulheres inscritas: dezassete mil e seiscentas (17.600). Oito mil e quinhentos euros (€ 8.500,00) oferecidos à Liga Portuguesa Contra o Cancro.



Sei de quem esteve lá com muito entusiasmo a apoiar a causa e se divertiu imenso a percorrer os 5 quilómetros do percurso entre a Rotunda da Boavista e Avenida dos Aliados! 


Parabéns a todas e à organização!



sábado, 28 de janeiro de 2012

59º Dia Mundial dos Leprosos

Aqui está uma ideia solidária para este domingo. 


Se tiverem oportunidade não deixem de contribuir com a vossa ajuda para erradicação da lepra que é uma doença que afecta a humanidade há mais de 5000 anos.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

As taxas moderadoras aumentaram porque não há dinheiro.

Texto de Ricardo Oliveira

No dia 1, o  Ministro da Saúde declarou aos jornalistas que “metade dos hospitais do SNS estão em falência técnica”.


Como é sabido, no mesmo dia entraram em vigor as novas taxas moderadoras.
Desligando-me por momentos das simpatias partidárias, este comentário indignou-me, mesmo não sendo a primeira vez que o ouço.
Um hospital, tal como uma escola, tal como um tribunal, não entra em falência.
Se isso acontece, segue-se á falência do próprio Estado. Estamos perto, mas ainda não chegamos lá...
Pouco interessa nesta opinião entrar nos conceitos de gestão - sei que o Ministro não disse que o SNS estava falido, mas o melhor que o Ministro fazia no dia de entrada em vigor das novas taxas, era estar calado.
O que o Ministro acabou por dizer é que as taxas moderadoras aumentaram porque a saúde tem estado a dar prejuízo.
A oposição também gostaria, mas eu preferia que o Sr. Ministro tivesse dito: as taxas moderadoras foram aumentadas porque não há dinheiro!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Nos sítios mais improváveis

... Por vezes acontecem coisas maravilhosas!
A 16 de Novembro, quatro cantores líricos juntaram-se na Gare do Oriente e deram voz à DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica).

terça-feira, 28 de junho de 2011

O cinto que salva vidas

O acidente de viação que recentemente envolveu o músico e actor Angélico Vieira vem, mais uma vez, alertar-nos para a necessidade do uso do cinto de segurança sempre que viajamos de carro.
Nunca será de mais lembrar que o uso deste dispositivo é obrigatório para todos os passageiros e não apenas para os ocupantes dos bancos da frente.
Os ganhos em segurança estão comprovados por estudos técnico-científicos e são atestados pela dura realidade dos factos.
O acidente de que foi vítima o artista de 28 anos, foi provocado pelo rebentamento de um pneu, seguido de vários capotamentos da viatura onde viajava, acompanhado por três amigos. Dos quatro ocupantes, apenas aquele que viajava ao lado do condutor, tinha o cinto de segurança colocado.
O resultado do acidente foi trágico e não deixa margem para dúvidas quanto à interpretação dos factos. Um dos ocupantes que seguia no banco de trás foi projectado para o exterior do veículo tendo sido atropelado por outra viatura que passava no local e morreu. O outro ocupante que seguia no banco de trás, uma rapariga de 17 anos, ficou gravemente ferida e corre risco de vida. Angélico Vieira, que conduzia o carro, está entre a vida e a morte. E o amigo do cantor que seguia ao seu lado, com o cinto de segurança colocado, saiu praticamente ileso do acidente, tendo sofrido apenas ligeiras escoriações.
Ora, aqui está um exemplo, infelizmente trágico, de como o uso do cinto de segurança pode fazer a diferença entre a vida e a morte.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Bactéria E.coli - quem provocou os danos devia pagar a factura

O surto infeccioso provocado por uma estirpe perigosa da bactéria E.coli, que surgiu na Alemanha, já provocou 37 vítimas mortais registadas – 36 de nacionalidade alemã e uma de nacionalidade sueca.
Segundo dados revelados a E.coli é uma bactéria comum e bem conhecida do mundo científico. O seu habitat natural é o intestino dos seres humanos e de outros animais de sangue quente. A estirpe mais comum da bactéria raramente provoca problemas uma vez que é controlada pelo sistema imunitário dos seres onde habita. Mas estirpe detectada na Alemanha, identificada como 0104:H4, é bastante perigosa e pode provocar a paralisação da função renal e danos no cérebro.
Ao que se suspeita, a contaminação de seres humanos por esta variante da bactéria, foi feita através da ingestão de vegetais crus, em cuja produção foram utilizadas fezes de animais como fertilizante.
Chegados a este ponto, diria que se trata de um caso de saúde pública, tanto mais que para além das mortes registadas, contabilizam-se já mais de 3.200 pessoas contagiadas.
E perante um caso de saúde pública como actuaram as autoridades alemãs?
Mal, muito mal.
Identificada a origem da contaminação – a ingestão de legumes – as autoridades daquele país da Europa central seguiram uma estratégia altamente questionável para detectar o foco infeccioso. Com aparente ligeireza, foram disparando suspeições, pouco fundamentadas, na direcção dos diversos tipos de legumes.
Mas o mais grave é que esta espécie de tiro ao alvo, começou com a identificação de um primeiro suspeito estrangeiro: os pepinos importados de Espanha. Esta atitude alarmista das autoridades alemãs, configura a actuação de um mau perdedor que procura sacudir a água do capote, para limitar ao máximo os danos na sua própria imagem.
Mas o que é certo é que foram provocados enormes prejuízos aos produtores agrícolas, á escala europeia. Numa época do ano em que as explorações agrícolas apostam em força na produção de legumes, porque com a chegada do tempo quente aumenta o consumo daqueles produtos, os produtores agrícolas viram as suas vendas reduzidas ao mínimo e a sua produção ir para o lixo por falta de escoamento. Resultado: milhões e milhões de euros de prejuízo.
Os agricultores europeus reclamam agora uma ajuda, que a meu ver é justa.
 Mas quem deveria suportar o custo dessa ajuda? Todos os europeus, através das autoridades da União Europeia, ou quem esteve na sua origem?
A resposta parece-me óbvia: quem provocou os danos devia pagar a factura.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Cientistas portugueses dão cartas

Em Portugal nem tudo são más noticias.
É com muita esperança e entusiasmo que leio estas notícias, que, felizmente, vão sendo cada vez mais frequentes, e que provam que os portugueses, quando lhes são dadas condições, conseguem estar na vanguarda do mundo científico, ser inovadores, enfim, ser tão bons como os melhores.
São os portugueses que continuam a fazer-me acreditar que o fado de Portugal pode ser diferente!
Parabéns para a equipa da Dra. Paula Soares e uma palavra de estimulo, para lhes dizer, que há muita gente que segue com admiração o seu trabalho de investigação e que deposita nele muita esperança.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Armando Vara no papel da pouca vergonha

Quero começar por dizer que a atitude do cidadão Armando Vara, nem carece de classificação da minha parte, tal é o grau censurabilidade que ela me merece.
Pelo que vamos ouvindo na rua, e nas conversas de café, este tipo de enviesamentos ao ordenamento social, praticados por uma classe de privilegiados, é comum. A nossa sociedade, na sua imensa e perniciosa tolerância, vai aceitando a existência deste tipo de procedimentos e considera-os males menores. Entretanto a nossa vergonha colectiva vai-se contendo, porque, regra geral, sabe-se que estas situações acontecem, mas não se conhece o rosto dos prevaricadores e assim vamos continuando a enganarmo-nos a nós próprios, fingindo que nada acontece.
Agora o que eu noto é que, de há uns tempos a esta parte, uns quantos, das ditas elites, parecem ter perdido a noção de que vivemos num Estado democrático e civilizacionalmente dito avançado e actuam como se estivéssemos num qualquer país do terceiro mundo, onde reina a lei do mais forte e impera a corrupção.
Não estará na hora da nossa sociedade acordar para esta realidade, pondo termo à impunidade dos que perderam a vergonha, que mais não seja pela forte reprovação pública dos seus comportamentos?
Por outro lado, este caso também me leva a reflectir acerca do comportamento da classe médica.
Será que aquela clínica não deveria ter tido um comportamento diferente?
Então entra-lhe pelo consultório dentro um utente, sem que tenha sido chamado, e dá-lhe ordens para que lhe passe um atestado, porque tem que apanhar um avião... e ela obedece?(!!!)
Bem sei que, ao que parece, a médica foi ludibriada pela acção do ex-governante e viu-se completamente ultrapassada pelos acontecimentos. Mas será que se pela mesma porta tivesse entrado um cidadão anónimo, que estivesse a faltar ao seu emprego, a pedir-lhe que lhe passasse uma simples receita para medicação de um familiar, doente crónico, a mesma médica teria a acedido ao seu pedido, como o fez em relação a Armando Vara?
 A dúvida ficará para sempre no ar...

sábado, 8 de janeiro de 2011

A gripe A anda por aí, outra vez...

Se bem se lembram, sensivelmente há um ano, o assunto estava na ordem do dia. Por causa da pandemia da gripe A éramos bombardeados com números diários (ou semanais) fazendo o balanço do número de infectados, com campanhas de vacinação e com avisos para práticas de higiene que evitassem o contágio e a disseminação do vírus H1N1.
Feito o balanço, que não o final, porque esse nunca se poderá fazer em questões de saúde pública, verificou-se que os danos da pandemia não tiveram a expressão catastrofista que se chegou a prever. Ainda assim é bom não esquecer que em Portugal morreram, pelo menos, 122 pessoas, de causas comprovadamente relacionadas com a infecção por este vírus.
Entretanto veio o tempo quente, a OMS (Organização Mundial de Saúde) decretou o fim da pandemia, devolveram-se os lotes de vacinas não utilizadas e todos nós relaxamos...
Mas atenção (!), o tempo frio voltou e com ele a gripe, seja ela sazonal, ou de outro qualquer subgrupo. Desta forma, aqui e ali, voltamos a ter notícias de que o H1N1, a estirpe mais perigosa, volta a fazer estragos.
É por isso que vos digo, façamos o que mais ninguém pode fazer por nós: protejamo-nos.
Para relembrar, ficam aqui as regras de protecção e os sintomas.


Sintomas:
Febre de início súbito (superior a 38.ºC)
Tosse
Dores de Garganta, Musculares e de Cabeça
Arrepios de Frio
Cansaço
Vómitos ou Diarreia




LINHA SAÚDE 24 808 24 24 24

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Papa Bento XVI admite uso do preservativo

Papa Bento XVI admitiu pela primeira vez o uso do preservativo em determinadas circunstâncias, nomeadamente, "para reduzir os riscos de contaminação" do vírus da SIDA.
Esta posição do Sumo Pontífice consta de um livro de entrevistas intitulado "Luz do Mundo", feito com um jornalista alemão, Peter Seewald, e onde o Papa aborda temas como a pedofilia, o celibato dos padres, a ordenação das mulheres e a relação com o Islão, entre outros.
Diz o Papa que "pode haver casos pontuais, justificados, como por exemplo a utilização do preservativo por um prostituto, em que a utilização do preservativo possa ser um primeiro passo para a moralização, uma primeira parcela de responsabilidade para voltar a desenvolver a consciência de que nem tudo é permitido e que não se pode fazer tudo o que se quer”. Ainda assim, acrescenta que o uso do preservativo “não é, contudo, a forma apropriada para controlar o mal causado pela infecção por HIV. Essa tem, realmente, de residir na humanização da sexualidade."
Ora, esta afirmação de Bento XVI, não me surpreende, entendo-a como mais uma prova de que a Igreja Católica quer estar com sociedade de hoje e que com ela quer fazer o seu caminho. Aliás, a posição agora expressa pelo Papa, vem na linha daquela que era já assumida por outros responsáveis da Igreja e que entendiam que o uso do preservativo no combate à propagação do vírus da SIDA era um mal menor.
Todavia, quanto a mim, esta posição agora expressa pelo Papa que, diga-se, não tem força de doutrina, peca por tardia. De facto, ao longo dos últimos 20 anos a Igreja deixou-se enredar pelos contornos mediáticos e doutrinais desta questão e não viu convenientemente valorizado o trabalho que foi desenvolvendo, em todo o mundo, na assistência aos infectados pelo vírus da SIDA. Na realidade não há outra Instituição ou Organização Internacional, que tenha feito tanto como a Igreja Católica, no auxílio àqueles que sofrem desta doença. Este trabalho valiosíssimo não merecia ter sido ofuscado, como foi, pela questão da oposição da Igreja ao uso do preservativo.
Por último, e a propósito deste tema, deixo aqui expressa uma ideia que me acompanha há anos. Parece-me que João Paulo II, em alguns momentos do seu pontificado, terá tido vontade de manifestar a posição agora expressa pelo actual Papa. Mas terá  esbarrado sempre na intransigência da Congregação para a Doutrina da Fé, na altura presidida pelo então Cardeal Ratzinger, actual Bento XVI.
Este é só um palpite meu, que me acompanha há anos, como disse; quanto ao resto, saúdo a vontade da Igreja em caminhar cada vez mais ao lado da sociedade actual.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Gripe A ou Gripe E(scandalo)

Eu não posso crer no que se diz…
Que os ganhos da Indústria Farmacêutica com o fabrico de vacinas contra a gripe A estão sob suspeita do Conselho da Europa.
Que os laboratórios terão exercido pressão sobre a Organização Mundial de Saúde (OMS) para ter declarado a doença como uma pandemia.
Mas afinal onde é que isto vai parar? A face oculta é à escala global???....

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A culpa é da tosse...

Este é o meu primeiro “post” de 2010.
Não tinha intenção de estar oito dias sem aqui escrever, mas aconteceu…
Sabem quem foi a culpada?
Uma tosse arreliadora que me ataca sobretudo à noite!
Para escrever teria que estar com uma mascara, caso contrário o monitor do computador ia ficar lindo…
Meus amigos é fruta da época!!!!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Nós percebemos, sr. bastonário...

O primeiro-ministro deslocou-se hoje a Aveiro para formalizar oficialmente o curso de medicina, que irá ser ministrado na Universidade daquela cidade, a partir do próximo ano lectivo. Este novo curso, que resulta da parceria entre duas Universidades, Aveiro e Porto, tem a particularidade de se destinar a indivíduos já possuidores de licenciaturas na área da saúde e terá a duração de quatro anos. Trata-se de um curso de medicina diferente dos que são tradicionalmente leccionados nas Universidades portuguesas e funcionará em moldes idênticos a um outro, na mesma área, que arrancou este ano lectivo na Universidade do Algarve. No primeiro ano de funcionamento, 2010/2011, o curso abrirá 40 vagas.
Aqui está uma notícia que merece o meu aplauso, porque Portugal precisa de formar mais médicos e como dizia o primeiro-ministro, trata-se de corrigir um erro histórico. Como é que as Universidades portuguesas na década de 70, com menos cursos e muito menos recursos, conseguiam formar muito mais médicos que actualmente?
Parece impossível, mas é a nossa realidade.
Este é assunto que me toca particularmente, porque durante três anos acompanhei de perto os esforços que tiveram que ser desenvolvidos para que uma população rural, com um universo de 2000 utentes, não ficasse privada de cuidados médicos e de uma extensão de saúde que esteve na iminência de encerrar, pura e simplesmente porque não existiam médicos que fossem ocupar o lugar do clínico que se aposentou. Durante este período pude sentir, muito de perto, o pânico que se apoderava das pessoas, sobretudo das mais idosas, face espectro de ficarem privados de um médico de família. Foi uma “luta” que teve um final feliz, pelo menos até ver… Mas quantos milhares e milhares de portugueses não têm médico de família? Muitos seguramente.
Por isso é que me parece que é de aplaudir esta noticia e me merece uma repulsa muito veemente a atitude corporativista do bastonário da ordem dos médicos, que veio pôr em causa a formação ministrada a estes futuros clínicos, questionando nomeadamente o facto destes novos cursos terem uma duração de apenas quatro anos, quando os cursos de medicina “tradicionais” têm a duração de seis anos.
Eu não partilho desses receios, que me parecem ser oriundos de um “lobby” da classe médica, que procura defender interesses instalados.
Os cursos para serem homologados passaram, com certeza, pelo crivo de comissões, que aprovaram as suas bases científicas e práticas pedagógicas. Além do mais, parece-me evidente que estes cursos, sendo destinados a licenciados na área da saúde, alicerçar-se-ão, também, na formação de base dos seus candidatos.
Fiquei por isso estupefacto quando ouvi aquele senhor, Dr. Pedro Nunes, dizer que recorrendo-se a estes novos métodos para formação de clínicos dentro em breve haverá médicos no desemprego.
Se fosse esse o real receio do bastonário da ordem dos médicos, eu diria que poderia ele ficar descansado… Mas o que o senhor receia, de facto, é a concorrência na classe médica. Ora, em meu entender é “saudável” que essa concorrência aconteça, como na generalidade das profissões. A verdade é esta, aumentando-se o número de médicos formados em Portugal e regressando ao país as largas centenas dos que se estão a formar em Espanha, em Inglaterra e na República Checa, os médicos não vão deixar de ter trabalho, poderão é ter que exercer a sua profissão, longe dos grandes aglomerados urbanos, se calhar no interior do país… Mas também aí há portugueses que precisam deles, como precisam de outros profissionais que não se arrogam ao direito de exercer a sua profissão a seu belo prazer, de manhã no público, à tarde no privado, e por aí adiante…