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sábado, 13 de janeiro de 2018

Rui Rio eleito 18º presidente do PSD

O ex-autarca do Porto foi hoje eleito líder do Partido Social Democrata em eleições diretas onde derrotou Pedro Santana Lopes. Sucede no cargo a Pedro Passos Coelho, eleito em 2010 e que não se recandidatou a novo mandato.




Do seu discurso de vitória retive esta declaração "O PSD não foi fundado para ser um clube de amigos, nem foi pensado para ser uma agremiação de interesses individuais" que me parece constituir um sério aviso à navegação no PSD.
Rui Rio é um político que gosta das coisas feitas à sua maneira e que é determinado em cumprir uma estratégia quando acredita nela.  Se atentarmos em declarações que proferiu durante campanha, tudo indica que irá seguir uma estratégia que passa, numa primeira fase, por arrumar o partido, e, numa segunda, por conquistar o país. Nem uma nem outra se antevêem fáceis.
Quanto ao partido, analisando o discurso de derrota de Santana Lopes, verifica-se que o antigo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa não encaixou bem a derrota, creio mesmo que acreditava convictamente que ia vencer a eleição e no desfecho da contenda pareceu-me decido a aquartelar tropas. Este facto pode vir dificultar a vida ao presidente eleito e o próximo congresso do partido será, talvez, a primeira ocasião para avaliar esta situação. Conseguirá Rui Rio uma representatividade suficientemente forte nos órgãos eleitos do partido que lhe permitam implementar a estratégia que tem delineada? A breve tempo se verá.
Quanto ao país, a tarefa ainda se antevê mais difícil. Certamente não faltarão oportunidades para abordar o tema nos próximos dois anos, ainda assim, parece-me que Rio, a esse nível, deverá começar pela difícil tarefa de redefinir com clareza a ideologia política e a linha programática do PSD. Se o país não perceber claramente o posicionamento ideológico do partido, o voto da emoção, e porque não da razão, terão certamente outro destinatário: António Costa. 
Porém há uma coisa que ninguém retira a Rui Rio: o mérito da vitória. E tem-no, de facto, porque se tratou de uma vitória difícil e conquistada a pulso, como foram aliás todas as do antigo presidente da Câmara do Porto. A este propósito, nas últimas semanas pareceu-me evidente que a comunicação social levou claramente Santana Lopes ao colo e a postura de muitos dirigentes de topo do partido foi, no mínimo, questionável.
Entre os dois candidatos, o PSD escolheu Rio. O país se tivesse que fazer a mesma escolha parece-me que não teria dúvidas.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Rui Rio

Rui Rio em reacção à decisão do Ministério das Finanças, que mandou recentemente vários autarcas repor os salários que auferiram na empresa "Metro do Porto", onde exerciam, em acumulação, as funções de administradores não executivos:

              "Demito-me... porque não estou disponível para este enxovalho público"

 

Um Homem frontal, consequente e rápido a agir... até por comparação com os restantes envolvidos.
Sem conhecer os contornos exactos da questão, para poder avaliar os méritos dos seus argumentos, gostei da atitude porque revela um elevado sentido de honorabilidade.
Mais pormenores podem ser lidos aqui.