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sábado, 2 de maio de 2015
domingo, 16 de dezembro de 2012
Elementar
Pedro Passos Coelho disse ontem que Portugal vai necessitar de duas ou três
décadas para resolver o problema a dívida pública (e privada – acrescento eu).
Tenho uma vontade muito grande de dizer que o primeiro-ministro está enganado,
mas não posso afirmá-lo, porque temo que tenha algum fundamento o seu
vaticínio.
É lamentável que, enquanto nação, tenhamos chegado a este ponto. Que, sendo um povo com identidade secular, não tenhamos sido capazes de exigir dos responsáveis pela gestão do país duas atitudes muito simples:
(I) Rigor na seleção e qualificação dos investimentos efetuados ao longo dos anos; e
(II) Uma planificação a pensar no futuro do país e não apenas nos quatro anos de cada legislatura.
Atitudes que um chefe de família minimamente previdente teria sem que para isso necessitasse de grandes avisos. Elementar!
É lamentável que, enquanto nação, tenhamos chegado a este ponto. Que, sendo um povo com identidade secular, não tenhamos sido capazes de exigir dos responsáveis pela gestão do país duas atitudes muito simples:
(I) Rigor na seleção e qualificação dos investimentos efetuados ao longo dos anos; e
(II) Uma planificação a pensar no futuro do país e não apenas nos quatro anos de cada legislatura.
Atitudes que um chefe de família minimamente previdente teria sem que para isso necessitasse de grandes avisos. Elementar!
segunda-feira, 25 de junho de 2012
A síntese da execução orçamental e a necessidade de alterar a rota.
A síntese de execução orçamental recentemente
divulgada pelo Ministério das Finanças mostra que nos primeiros 5 meses do ano
houve uma deterioração das contas públicas.
Os números publicados revelam que no período compreendido entre os meses de
Janeiro e Maio a receita efetiva do Estado
caiu 2,3%. O aumento da receita não fiscal, na ordem dos 7,9%, não foi
suficiente para compensar a queda da receita fiscal que se cifrou em 3,5%. A
contribuir para a esta derrapagem da receita estiveram os impostos indiretos
com uma redução global na ordem dos 5,9% (com o IVA a cair 2,8%) e o IRC cuja
cobrança baixou 15,5%.
Não obstante se ter registado uma redução de 7,3% nas
despesas com pessoal e de 7,9% nas compras de bens e serviços, no mesmo período,
a despesa do Estado aumentou, destacando-se o crescimento da rúbrica Juros e
outros encargos (80,1%) e das prestações sociais, particularmente o subsídio de
desemprego.
A evolução das contas públicas, marcada sobretudo pela
quebra das receitas, torna mais complicado o objetivo de alcançar um défice de
4,5% no final de ano de 2012.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, diz que
ainda é cedo para pensar em novas medidas de austeridade. No entanto, vai
ganhando forma a ideia de que a manter-se esta meta para o défice, elas serão
inevitáveis. A grande questão é esta: quem é que ainda pode suportar mais
medidas de austeridade?
Os funcionários públicos, que em muitos casos viram a
retribuição pelo seu trabalho reduzida em mais de 20%, em apenas dois anos?
Provavelmente não.
Os pensionistas, a quem foi cancelado o subsídio de
férias e natal? Certamente que não.
Então, preparem-se os outros... E os outros já todos
sabemos quem são. Ao que parece, nesse rol “dos outros”, não estão incluídos os
parceiros das parcerias público-privadas.
O facto é que muito boa gente vem dizendo há muito
tempo (e particularmente desde a elaboração do Orçamento de Estado para 2012)
que as metas constantes do pacto de reequilíbrio financeiro são
inatingíveis no atual contexto económico. Por isso, têm solicitado ao executivo
liderado por PPC, uma renegociação dos termos do acordo celebrado entre
Portugal e a Troika, no sentido de que seja concedido ao nosso país um alargamento
do prazo para a consolidação das contas públicas e uma diminuição da taxa de
juro cobrado pelo empréstimo que nos foi concedido. Essa hipótese sempre foi
negada pelos responsáveis governamentais e particularmente pelo
primeiro-ministro que chegou a afirmar que as metas são para cumprir “custe o
que custar”.
Ora, perante os factos que se vão conhecendo e a
posição do primeiro-ministro, apetece-me dizer que firmeza na ação não deve ser confundida com irrealismo.
PPC deve atentar no que sucedeu a José Sócrates, a
quem tanto criticou a ação política. A teimosia, quase birra pessoal, em
protelar o pedido de ajuda internacional ia sendo fatal para o nosso país.
Espero que idêntica circunstância não venha a repetir-se com o atual
primeiro-ministro, agora com a negação da hipótese de renegociação das metas do
défice, até porque, parece ser claro, que outros países intervencionados se
preparam para renegociar os termos dos acordos que celebraram com os organismos
internacionais, com vista a tornar exequíveis os respetivos planos de
recuperação financeira e económica.
O
primeiro-ministro tem-se mostrado determinado em fazer seguir o barco (o país)
no rumo que julga ser o correto. No entanto PPC deve saber que a avaliação que
os portugueses fazem do seu trabalho enquanto timoneiro do barco pode oscilar
entre a admiração, por ter conseguido chegar ao porto de destino com a
embarcação em bom estado e a tripulação feliz, apesar de exausta; e o repúdio,
por ter lá chegado com a embarcação semidestruída e a tripulação num estado
dilacerante. É que muitas vezes, para chegar com o barco são e salvo ao seu
destino, os comandantes têm que alterar rotas para contornar tempestades e isso
é que faz deles grandes “homens do leme”quinta-feira, 7 de junho de 2012
Fim do feriado do Corpo de Deus
Ainda a propósito do dia do Corpo de Deus, importará dizer, que
pelas razões que todos conhecem, este é o último ano em que o mesmo é feriado
em Portugal.
Este facto leva-me a tecer algumas considerações a propósito
desta circunstância.
Desde logo para dizer que há países onde, à semelhança do que
acontecia em Portugal, esta solenidade de natureza religiosa é feriado
nacional; mas também há exemplos de Estados onde o mesmo já foi feriado e
atualmente não o é.
Por outro lado, em termos estritamente religiosos, parece-me que
o desaparecimento do feriado e a transferência da celebração festiva para o
domingo seguinte é perfeitamente razoável. Assim já acontece com outras
festividades onde a celebração litúrgica não coincide com a data do acontecimento
referenciada pela tradição cristã. Estou a lembrar-me por exemplo do dia de
Reis.
Dito isto e pensando, repito, na pura prática religiosa,
parece-me que os crentes e particularmente os devotos do Santíssimo Sacramento,
não deixarão de o ser pelo facto de este dia deixar de ser feriado.
Ainda assim, não posso deixar de notar que em muitas terras do
nosso país, que se engalanavam (e de que maneira) para comemorarem esta
festividade, existe hoje um sentimento de que se perdeu um acontecimento que
fazia parte da sua tradição histórico religiosa e que era celebrado num dia de
calendário especial.Tapetes de Flores na festa do "Corpo de Deus" - Caminha |
Admitir este facto leva-me a constatar que as medidas
que o Governo tem tomado (ou tem sido obrigado a tomar) começam a atingir os
portugueses numa dimensão muito mais profunda que o indesejável “ir-lhes ao
bolso”. E isso é mau, muito mau.
E no caso do corte dos feriados, parece-me que essa
situação se torna evidente, pois falta demonstrar, em termos económicos, que o país
venha a beneficiar com tal medida. Pelo contrário, tenho ouvido opiniões de
gente muito informada (e bem formada), que garante que esta medida não terá
qualquer impacto na economia real. E mais, garantem também que há países com economias
bem mais desenvolvidas que a nossa onde o número de feriados até é superior.
Posto isto, e com o devido respeito por quem pensa de
forma diferente, julgo que num país civilizado o aumento da produtividade nunca
poderá ser alcançado com a degradação do bem-estar dos trabalhadores.
A diminuição do custo do fator trabalho parece-me que poderá
ser suficientemente conseguida pelos ajustamentos no mercado laboral, pois a
oferta de trabalho (por parte dos trabalhadores) supera em muito a procura do
mesmo (por parte dos empregadores) e esta realidade conduz necessariamente a um
abaixamento do preço de equilíbrio no mercado, facto que, por si só, já permite
que as empresas adquiram trabalho a preços significativamente mais baixos.
Não valorizar adequadamente a realidade económica e
social do país e tomar medidas com impacto na vida das pessoas que vão muito para
além da questão económica e cujos benefícios não estão suficientemente
comprovados, pode ferir de morte a credibilidade do Governo.
Passos Coelho disse, um
dia destes, admirar a paciência dos portugueses. Mas o primeiro-ministro deve
lembrar-se que a paciência é um recurso limitado e que tende acabar com o uso
frequente...
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Que piada!
Passava aí por um sítio onde a pretexto desta imagem alguém perguntava:
“Riem de quê?”
Ora... riem de quê?
Porventura, estará já ultrapassada a máxima popular que diz que rir é o melhor remédio? (!)
Naturalmente que se aceitam outras sugestões para resposta...
terça-feira, 21 de junho de 2011
Tomada de posse do XIX Governo Constitucional
Pedro Passos Coelho tomou hoje posse como Primeiro-Ministro.
Ficam aqui, para memória futura, afirmações que proferiu na cerimónia de tomada de posse:
“Ninguém será deixado para trás... Não queremos uma sociedade que abandona os seus pobres, que ignora as pessoas com deficiência, que não socorre os seus aflitos, que esquece os seus emigrantes, que rejeita os que procuram o nosso País para trabalhar e viver, que desampara os seus idosos, que se fecha aos seus desempregados”
“Portugal não pode falhar e não falhará".
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Sócrates e Passos Coelho empatados
Há poucos dias assisti a uma conversa entre dois amigos, em que um deles perguntava ao outro, em tom de provocação: “como é que explicas que, se o país está num caos como dizem, o Sócrates esteja empatado com o Passos Coelho?”.
O outro respondeu: “queres que te explique mesmo... eu explico-te em duas palavras – porta bandeiras!”
Eles continuaram a sua conversa e eu retive a expressão “os porta bandeiras”.
Nem de propósito agora somos confrontados com esta sondagem.
Alguém quer explicar?
domingo, 9 de maio de 2010
Sócrates & Passos II
Esta notícia de que o primeiro-ministro voltará a reunir-se com o líder do maior partido da oposição para acertarem medidas adicionais para a redução do défice das contas públicas a mim não me surpreende.
Já aqui tinha dito, que ficou muito aquém das minhas expectativas o resultado do primeiro encontro, com este mesmo fim, ocorrido entre estes mesmos protagonistas, a 28 do mês passado.
O curso dos acontecimentos vem dar-me razão, a mim, e a todos os que pensam como eu.
O desequilíbrio das contas publicas é um problema grave que o país tem que resolver, e com urgência. Este combate deve ser encarado de forma decidida, com verdade e os seus custos devem ser repartidos de forma justa.
Aflige-me o facto do país ainda não ter percebido isso. Vejo que a grande maioria das pessoas ainda assobia para o lado, como se nada de grave (muito grave mesmo) se estivesse a passar.
Já para não falar da actuação do Governo no combate à crise, cuja postura tem deixado, a meu ver, muito a desejar. Penso eu que, nestas circunstâncias, se aconselhava tudo, menos uma politica de ziguezagues. Uma verdade que hoje é absoluta para o executivo (mas contra a corrente) daqui a quinze dias já é o seu contrário, por força de imposições internacionais.
Aconteceu isso com os grandes investimentos em obras públicas. Foi preciso que os parceiros europeus puxassem as orelhas ao primeiro-ministro de Portugal, para que este invertesse o sentido de certas decisões de investimento nessas mesmas obras públicas.
Pergunto eu: não poderia José Sócrates ter dado ouvidos a quem, entre portas, há tanto tempo dele reclamava essas decisões?
Poder, podia; só que o primeiro-ministro julga que corrigir uma decisão, por sugestão alheia é uma derrota. É pena que assim seja, porque quem sai prejudicado é o país.
Já para não falar da actuação do Governo no combate à crise, cuja postura tem deixado, a meu ver, muito a desejar. Penso eu que, nestas circunstâncias, se aconselhava tudo, menos uma politica de ziguezagues. Uma verdade que hoje é absoluta para o executivo (mas contra a corrente) daqui a quinze dias já é o seu contrário, por força de imposições internacionais.
Aconteceu isso com os grandes investimentos em obras públicas. Foi preciso que os parceiros europeus puxassem as orelhas ao primeiro-ministro de Portugal, para que este invertesse o sentido de certas decisões de investimento nessas mesmas obras públicas.
Pergunto eu: não poderia José Sócrates ter dado ouvidos a quem, entre portas, há tanto tempo dele reclamava essas decisões?
Poder, podia; só que o primeiro-ministro julga que corrigir uma decisão, por sugestão alheia é uma derrota. É pena que assim seja, porque quem sai prejudicado é o país.
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Sócrates & Passos: uma mão cheia de nada...
A agência de raiting Standard & Poor´s (S&P) fez na passada terça-feira um corte na notação da dívida pública portuguesa. Os mercados estremeceram. Na bolsa de Lisboa o PSI 20 deu um trambolhão.
Por algumas horas o pânico instalou-se.
Eu fui acompanhando o evoluir da situação à distância. Amigos meus que trabalham no sector financeiro foram-me ligando, dando notícias do descalabro.
No final da tarde, depois de lhes dar tempo para contabilizar as perdas, fui eu quem pegou no telemóvel para fazer balanços e saber de perspectivas para o futuro.
Todos tinham a mesma opinião a cerca desta situação: trata-se de um ataque de especuladores que se aproveitam da débil situação económico-financeira do país para instalar o pânico entre os pequenos e médios investidores, para adquirirem as suas posições a preço de pechincha e para ganharem dividendos muito mais elevados à custa da dívida pública portuguesa.
Todos me transmitiram a ideia de que é necessária uma reacção forte dos responsáveis políticos do país. Deram-me a notícia de que «amanhã (ontem) José Sócrates (primeiro-ministro) e Passos Coelho (líder do principal partido da oposição) se vão reunir». Todos depositavam muita esperança nesse encontro.
Ontem durante o almoço segui com a atenção as notícias que davam conta do encontro entre os dois responsáveis políticos e de uma eminente declaração a dois. Aconteceu já no final do meu almoço.
Fiquei com sensação de que se tratou disso mesmo: uma declaração política. Um pacto de não agressão entre o governo e o maior partido da oposição. Quanto ao resto: uma mão cheia de nada...
Acham que antecipar a aplicação de algumas medidas previstas no PEC, como o pagamento de portagens nas SCUT ou aumento na fiscalização nas atribuições das prestações sociais, vai resolver o problema do desequilíbrio das nossas contas públicas?
Tenho dúvidas e confesso que esperava mais, muito mais.
Pensava que era chegada a hora de repensar os investimentos megalómanos em obras públicas; de impor uma redução nos gastos supérfluos e depois se necessário fosse, inclusive, um aumento do IVA para 21%.
Pensava... e não era só eu que pensava!
domingo, 11 de abril de 2010
Tributo social
Hoje tive oportunidade de ouvir parte do discurso que Pedro Passos Coelho proferiu no encerramento do congresso do PSD.
Quanto á forma, pareceu-me, em termos gerais, um bom discurso. Num tom acutilante, mas só quanto baste, PPC, procurou afastar-se da retórica apocalíptica da sua antecessora e ensaiou uma pose de estadista.
Quanto ao conteúdo, entendo que veio de encontro ao que os militantes do PSD e o país esperavam, ou seja, um discurso que lançou ideias e propostas para a governação.
Destas, retive três:
Destas, retive três:
1ª - Retirar o Estado dos negócios.
Diz PPC que com esta medida se moraliza a actividade do Estado e se combate o fenómeno da corrupção.
A ideia, em tese, até parece boa; mas será PPC avaliou convenientemente o impacto de tal medida? Quantos milhões deixariam de entram nos cofres do Estado se este deixasse de ter uma intervenção activa na economia?
Por outro lado, será que a regulação no nosso país está suficientemente madura para que o Estado possa por nas mãos do mercado sectores estratégicos onde mantém participações?
2. Revisão Constitucional quanto antes.
Diz PPC que é necessário libertar o Estado de determinadas obrigações Constitucionais, por forma a dar liberdade de escolha aos cidadãos em matérias como a educação ou a saúde. Tenho curiosidade para verificar como se traduziria, em termos práticos, esta liberdade de escolha.
3. Tributo social.
Diz PPC, quem recebe a solidariedade do Estado (que é como quem diz de todos os contribuintes) sob a forma de subsídios, tem que retribuir com aquilo que pode dar: trabalho para a comunidade. É tempo de acabar com o subsídio sem contrapartidas.
Eu concordo.
Este pode ser o ponto de partida para uma nova geração de políticas sociais que eu, particularmente, há muito que defendo. Eu também penso como PPC: quem trabalha e ganha a retribuição mínima garantida, vulgo ordenado mínimo, não pode olhar para o lado e ver que o vizinho recebe mais em subsídios e nada faz; é injusto.
Mas também aqui eu tenho curiosidade para ver como é que se vai moralizar o sistema.
Em suma, o discurso foi bom, mas é preciso transformar as ideias, que parecem boas, em propostas concretas...
Em suma, o discurso foi bom, mas é preciso transformar as ideias, que parecem boas, em propostas concretas...
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