domingo, 18 de março de 2012

As crianças têm solução para tudo!

A noite era de um dia próximo do fim de Fevereiro. A data era especial e justificou um jantar fora, em família. O inverno não vai rigoroso, mas nessa noite o calor podia-se bem com ele. Como sempre, no restaurante do J, o ambiente estava agradável. Naquela noite sentia-se o pronuncio do Carnaval que se iria comemorar numa sala do piso superior. A passagem dos foliões, devidamente aprumados (mascarados) para o evento, punha-nos bem-dispostos! O jantar aproxima-se do fim, os pratos e talheres já tinham sido retirados. Em cima da mesa permaneciam apenas os copos e as garrafas das bebidas, meio vazias. Faltavam as sobremesas. A um ritmo ligeiramente superior, tinha decorrido o jantar das duas mesas vizinhas. Numa delas, o empregado de mesa já tinha apontado os pedidos daqueles nossos vizinhos de ocasião. Na outra, o processo estava mais demorado. Contei cinco crianças e isso explica tudo... Ora, como a lista das sobremesas viria daquela para a nossa mesa, fui forçado a deter-me no impasse que por lá reinava. A conclusão tardava porque uma menina, que não teria mais que sete anos, insistia num gelado. A ideia não agradava aos adultos, que procuraram demove-la daquela preferência.  Os argumentos foram vários, desde os bolos de bolacha e chocolate que eram deliciosos (!), ao pudim que era igual ao que fazia a avó (!), até gelatina, guloseima á qual nenhum catraio resiste. Mas como menina foi dizendo que não a tudo, a escalada dos argumentos atingiu o máximo com a possibilidade de ter que “levar uma pica se a constipação e dores de garganta, há pouco curadas, voltassem, por causa da ingestão do gelado. Mas o certo é que ninguém conseguiu demover a miúda e o empregado concluiu a lista das sobremesas com um “Magnum de Chocolate”. Resolvido aquele impasse, chegou a nossa vez. Sem stress, porque o ambiente estava de tal forma agradável, que não era o atraso de alguns minutos que o iria estragar! Fizemos então os nossos pedidos e fomos rapidamente servidos. E eis que quando me preparava para cortar a rodela de ananás, que foi a minha sobremesa, me deparei com algo insólito. Olhei na direcção da lareira que existe na sala, que tem embutido um aparelho eletrico que simula uma fogueira e vai irradiando calor, e o que vejo? A menina do gelado! Sentada em frente à lareira com o corpo apoiado nas “perninhas à chinês”. Numa das mãos segurava o gelado que apontava na direcção da lareira. Como se o estivesse a aquecer, ali permanecia naquela posição uns 15 segundos e depois... trincava-o! E o gesto lá se foi repetindo, aquecia e trincava, aquecia e trincava...
Espero que o gelado não tenha feito mal à menina, porque afinal ela foi previdente: se o "gelado frio" faz mal, aquece-se... As crianças têm solução para tudo!

sexta-feira, 9 de março de 2012

Caixa Geral de Depósitos sem cortes salariais


Primeiro foi a TAP... e era a única exceção.
Agora é a Caixa Geral de Depósitos... e afinal, sem que soubesse, já era uma exceção desde Janeiro.
E pelo meio, ainda houve a trapalhada, da Lusoponte...
Por favor, digam-me que isto não está a acontecer no meu país.

sábado, 28 de janeiro de 2012

59º Dia Mundial dos Leprosos

Aqui está uma ideia solidária para este domingo. 


Se tiverem oportunidade não deixem de contribuir com a vossa ajuda para erradicação da lepra que é uma doença que afecta a humanidade há mais de 5000 anos.

Canções & Músicas TOP




André Rieu - O Fortuna (versão – Amesterdão Arena 2009)

Poema de Carmina Burana musicado Carl Orff (Hiperligação: clique para aceder)

Carvalho da Silva abandona o cargo de secretário-geral da CGTP-IN

Após mais de três décadas de ligação ao mundo sindical e 25 anos de liderança da CGTP-IN, Manuel Carvalho da Silva deixou ontem cargo de secretário-geral da maior Central Sindical portuguesa.
Oriundo de uma família de pequenos agricultores da zona de Famalicão, Carvalho da Silva, fez o curso industrial de montador electricista, na Escola Industrial Carlos Amarante, em Braga, tendo iniciado a sua vida profissional, aos 17 anos de idade, em empresas ligadas ao sector da electromecânica. E é precisamente neste sector de actividade que chega ao mundo sindical, através do Sindicato das Industrias Eléctricas do Norte. Em 1977, naquele que ficou conhecido como o congresso de todos os sindicatos, integra a Comissão Executiva da CGTP-IN (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional) e em 1986 chega ao cargo de coordenador da Central Sindical. A partir de Dezembro de 1999 passa a exercer as funções de secretário-geral, designação desde então adoptada para o cargo.
Passados que são 25 anos e aos 64 anos de idade, Carvalho da Silva abandona agora a liderança da CGTP-IN, sendo um caso raro de longevidade no exercício de um cargo de eleição, numa organização colectiva em Portugal.
Em algumas ocasiões, ao longo destes anos, o caso de Carvalho da Silva foi apontado como exemplo de um pertenço imobilismo da sociedade portuguesa, revelado pela falta de capacidade das suas organizações para se renovarem e adaptarem à evolução dos tempos. Em muitas situações o caso do dirigente sindical serviu até de exemplo para caracterizar os diversos poderes corporativos existentes no nosso país e cujos interesses instalados foram perdurando ao longo de décadas.
O que é certo é que Carvalho da Silva conseguiu em sucessivos mandatos, ao longo dos 25 anos em que esteve à frente da CGTP, mantê-la unida, como a maior Central Sindical portuguesa e independente de directórios partidários, pelo menos formalmente.
Em termos pessoais, o sindicalista retomou os estudos, tendo-se Licenciado e Doutorado em Sociologia, em 2000 e 2007,respectivamente.
Neste momento, quer se concorde ou não com as ideias e o pensamento político de Carvalho da Silva, quer se goste ou não do seu estilo, parece-me que é justo reconhecer-lhe mérito, quanto mais não seja porque ao longo dos anos se assumiu como uma personalidade que soube manter uma postura coerente com o seu discurso, qualidade que vai escasseando cada vez mais nas figuras públicas do nosso país.
Quanto ao seu futuro político, já ouvi comentadores experimentados, apontá-lo como um possível candidato da esquerda unida nas próximas eleições presidências, numa espécie de Lula à portuguesa. Tenho dúvidas que tal consenso venha a ser conseguido, mas logo se verá...