sábado, 29 de outubro de 2011

Acabou a guerra na Líbia

Porque, em tempos, abordei aqui a situação na Líbia, quero agora, já com algum distanciamento, dizer que saúdo com naturalidade o fim do conflito naquele país do norte de África.
A satisfação que manifesto pelo fim anunciado da guerra, não significa todavia que aprove os últimos actos que levaram ao fim de regime liderado, durante 42 anos, por Muammar Kadafi.
A morte do ditador, a forma como ela ocorreu e a sua divulgação mediática, merecem a minha repulsa total.
Naquele episódio deplorável, que foi amplamente divulgado, não foram respeitados os mais elementares direitos do ser humano; havia ali um homem que foi capturado e gravemente ferido; que depois disso, por um período de tempo que não se consegue determinar com exactidão, foi humilhado e vítima de maus tratos; e que por fim, depois de grande sofrimento, foi executado de forma sumária, com exposição pública do cadáver.
Era difícil pedir um fim pior para o ditador.
Os que criticaram os métodos bárbaros, repressivos e antidemocráticos de Kadafi, não deviam ter utilizado esses mesmos métodos para fazer justiça por mãos próprias. Um mal nunca se repara com outro mal, tal como a justiça nunca se repõe por via de uma injustiça.
No final deste conflito não posso também deixar de apontar o dedo à comunidade internacional. Primeiro porque entrou tarde na contenda, já depois daquela ter assumido um carácter bélico de guerra cível. E por fim porque não foi capaz de assegurar que a mesma terminasse com respeito pelos direitos do homem e pelas convenções internacionais que regem os direitos dos beligerantes em conflitos armados.
Resta-nos esperar que com o fim do conflito e da ditadura militar, nasça na Líbia um regime verdadeiramente democrático, ainda que adaptado aos costumes ancestrais daquele povo. Muito mau seria que assistíssemos ao nascimento de uma democracia assente nos interesses do petróleo, como alguns já receiam.

O futuro

O tempo tem o condão de impor restrições àquilo que fazemos.
Porque não é elástico, a sua falta, obriga-nos a fazer opções e a decidir “o que fazer” e “quando fazer”.
Neste jogo de forças, do tipo custo/beneficio, há actividades que, ciclicamente, têm que ficar para trás em detrimento de outras que se mostram mais prementes em determinadas ocasiões.
O “Cidadão com Opinião”, nos últimos meses, tem sido reflexo desse jogo de forças que tem acontecido no meu dia-a-dia.
Ocasiões houve, em que a actividade de “blogar” levou a melhor sobre outras. Nos últimos tempos assim não pôde ser...
Aos que por cá foram passando, mesmo na ausência de novidades, o meus agradecimentos e as minhas desculpas pela ausência de opiniões publicadas. Àqueles que gentilmente procuraram pessoalmente, ou através do "opiniaodocidadao@gmail.com", saber de mim, agradeço-lhes publicamente a atenção.
Mas aqui chegados e pelo respeito que me merecem todos os que por cá foram passando, e continuam a passar, impunha-se-me dizer algo sobre o futuro deste espaço.
Dizer que nos tempos que atravessamos, porventura mais do que em quaisquer outros que já tenhamos vivido, é importante que nos façamos ouvir e que marquemos a nossa posição.
Como alguém me escrevia por estes dias é bom que nos mantenhamos activos e que não deixemos de exercitar a nossa cidadania. Andar de blogue em blogue, de jornal em jornal, de sítio em sítio, estimula-nos e contribui para que as nossas mentes se mantenham alerta. Mas para alguns isso não é suficiente. “Blogar” é bom, mas escrever e publicar torna-se quase uma imposição.
Espicaçado por essa ideia escrita e pelas mais de 16.700 visitas feitas a este espaço e pelas mais de 23.500 páginas visitadas, quero anunciar-vos que é minha intenção voltar “a publicar opiniões” com mais frequência, para continuar a dar a conhecer o meu pensamento e para permitir que outros também o façam neste espaço.
É provável que em certas alturas, tenha que alterar ligeiramente o registo habitual, mas ainda assim, vou tentar voltar ao tempo em que opiniões (e não só) por aqui circulavam a bom ritmo.
Portanto o futuro é um até já! 

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Canções & Músicas TOP


 Paco Bandeira - A ternura dos quarenta (original)
                                                        

sábado, 17 de setembro de 2011

Buraco na Madeira é inadmissível

A ocultação de divida por parte do governo regional da Madeira é inadmissível. PONTO FINAL!
Por mais explicações que Alberto João Jardim venha dar, nada pode justificar uma prática ilegal, seguida desde 2008 e que levou à omissão de despesas no valor 1.113 milhões de euros.
Este episódio, ocorrido num período em que o país luta com as poucas forças que tem para tentar recuperar a sua credibilidade junto dos mercados e das instituições internacionais, reveste-se de uma gravidade extrema. Além de acrescentar mais uns largos milhões ao já depauperado défice das nossas contas públicas, o que exigirá sacrifícios adicionais a todos os portugueses para a sua correcção, pode ainda provocar desconfiança nas instituições internacionais (FMI, BCE e UE) que garantem actualmente ao nosso país os meios financeiros para a sua sobrevivência, com todas as consequências que daí podem advir.
Em tempos de políticas orçamentais bastante rigorosas, o mínimo que se pede aos órgãos de soberania, aos organismos públicos e aos seus agentes, é rigor, disciplina e o cumprimento escrupuloso da lei orçamental. Quem não cumprir, deve ser punido. De que forma não sei... mas penso que deve ter uma sanção.
Segundo revela a imprensa de hoje o Procurador-geral da República vai analisar a omissão de dívida da Madeira revelada pelo Banco de Portugal e pelo Instituto Nacional de Estatística para saber se houve uma violação da lei de crimes da responsabilidade de titulares de cargos políticos, nomeadamente a violação consciente de leis orçamentais por parte do governo regional da Madeira.

Será que, por uma vez, haverá responsáveis políticos em Portugal?

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Estratégia Orçamental 2011-2015

Neste dia em que muito se falou de subida de impostos e de cortes na despesa do Estado deixo aqui o Documento de Estratégia Orçamental 2011-2015, onde os mais curiosos podem obter informações mais precisas a cerca daquilo que nos espera nos próximos anos.

Lista de colocação de professores 2011/2012

Foi publicada hoje, no sítio da Direcção-Geral dos Recursos Humanos do Ministério da Educação  a lista definitiva de colocação de professores para o ano lectivo 2011/2012.
Quem necessitar de aceder a esta informação pode clicar aqui.
Desejo que todos tenham boas notícias...