Prevê-se
que durante este fim de semana (mais dia menos dia, mais hora menos hora!) a
estação espacial chinesa Tiangong-1 “regresse” á terra.
Num
tempo em que os avanços científicos e tecnológicos têm potenciado a conquista
do espaço e a sua utilização para concretizar um número crescente de atividades
ligadas ao progresso da humanidade, a desativação de uma estrutura espacial,
por ter chegado ao fim da sua vida útil, não só deve ser considerado um acontecimento
normal como até recomendável. Por isso, a notícia deste acontecimento, para lá do
seu caráter excecional e relevância cientifica, revestir-se-ia de alguma
normalidade não fosse a circunstância desta estrutura ter deixado de funcionar
em março de 2016 e a sua viagem de regresso, segundo noticiaram algumas
agências internacionais, estar fora do controlo dos responsáveis pela missão,
devido á falta de resposta da estação espacial.
Para
já os especialistas vão dizendo que a “Palácio Celestial 1” (nome da estação na
tradução para português), colocada em órbita em setembro de 2011, que pesa 8500 quilos e tem 10
metros de comprimento e 3,5 metros de diâmetro, já está na sua fase de
aproximação á terra e que entre sábado e a segunda-feira deverá entrar na atmosfera
iniciando o seu processo de desintegração. Alguns destes especialistas admitem
a possibilidade de alguns dos seus destroços não se desintegrarem por completo na
atmosfera e virem a chocar com a superfície terrestre em lugar ainda
indeterminado em regiões tão diversas como o
norte da China, o Médio Oriente, a Itália central, o norte de Portugal e
Espanha, o norte dos Estados Unidos, a Nova Zelândia, a Tasmânia e a parte sul
dos continentes americano e africano.
A possibilidade de colisão de destroços com a superfície terrestre
e a falta de precisão quanto à região onde tal pode suceder, veio lançar um
clima de incerteza quanto ao acontecimento, mas a entidade chinesa responsável
pela estação espacial já veio tranquilizar a população dizendo que uma
estrutura deste tipo “não cai violentamente sobre a Terra como nos filmes de
ficção científica, mas desintegra-se como uma magnífica chuva de meteoros num
belo céu estrelado, à medida que os respetivos destroços avançam em direção à
Terra”.
Esperemos que assim seja! Uma coisa parece certa, a ser o
norte de Portugal a região onde se desencadeará o processo de desintegração na
atmosfera, não é provável que tenhamos céu limpo nos próximos dias para observar
o processo… Quanto ao resto, pensamento positivo, boa disposição e vamos
acreditar nos chineses e no efeito protetor da nossa atmosfera!
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