Esta Senhora chamava-se
Miep Gies e morreu ontem na Holanda.
Nasceu na Áustria, a 12 de Fevereiro de 1909, mas aos 13 anos mudou-se, com a restante família, para a Holanda.
Quando deflagrou a II guerra mundial, era empregada do pai de
Anne Frank e juntamente com o seu marido e outros empregados, ajudou a menina judia e a família a esconderem-se dos Nazis, num sótão secreto de um prédio, em Amesterdão.
Mas na sequência de uma denúncia ás autoridades, os nazis descobriram o esconderijo e prenderam família Frank.
Depois dos alemães os terem levado,
Miep Gies voltou ao sótão e descobriu, no chão, os manuscritos de
Anne. Nessa altura, depois de perceber que se tratavam de escritos íntimos, limitou-se a recolher e a guardar os papéis, não os lendo, por respeito à privacidade da menina.
Manteve-os à sua guarda, a salvo dos Nazis e pensava devolve-los a
Anne quando esta regressasse do cativeiro. Não o pode fazer porque a adolescente acabou por morrer de febre tifóide no campo de concentração de Bergen-
Belsen, a 12 de Março de 1945, quando tinha apenas 15 anos. Por isso,
Miep entregou os documentos ao pai de
Anne,
Otto Frank, o único membro da família que conseguiu sobreviver aos campos de concentração alemães.
Os escritos da
Anne Frank foram publicados em 1947, sob a forma de diário, tendo-se transformado numa obra universal, um dos testemunhos mais genuínos e emocionantes do sofrimento porque passou o povo judeu durante o holocausto.
O livro encontra-se traduzido em 60 línguas e já vendeu mais de 25 milhões de exemplares.
Miep Gies, considerada a guardiã dos manuscritos de
Anne Frank, tinha 100 anos e morreu na sequência de uma queda que deu por ocasião do Natal.
Nesta hora só me apetece dizer o mínimo: pelo que fez e a pela forma como o fez, muito obrigado minha senhora!