quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Candidato

Paulo Rangel é candidato à presidência do PSD.
Assisti pela televisão à apresentação da candidatura e devo confessar que o discurso que PR proferiu na ocasião me pareceu muito bom.
O euro deputado e agora candidato à liderança do partido social-democrata fez um discurso bem estruturado e virado para o país. Não se limitou a falar para os militantes do PSD, mas dirigiu-se a todos os portugueses. Fez o seu diagnóstico da situação actual do país, que considerou muito má, em diversos domínios e assumiu-se como um politico da nova geração, capaz de fazer rupturas que promovam a mudança do país.
Estou curioso para ver como vai ser recebida esta candidatura nas hostes sociais-democratas. Pareceu-me que PR se quis assumir como um candidato acima de facções. Penso que terá tudo a ganhar se prosseguir nessa linha.
A este propósito, já li comentários de militantes do PSD, afectos à candidatura de Passos Coelho, que procuram colar PR à actual liderança do partido e questionam os seus méritos e curriculum político, para ser líder do PSD e possível futuro Primeiro Ministro de Portugal.
Ora, a este propósito, eu quero aqui lembrar que Paulo Rangel, nascido no Porto a 18 de Fevereiro de 1968, é licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa sendo professor universitário e jurisconsulto;
Que teve a sua primeira intervenção politica em 2001, quando redigiu o programa de candidatura de Rui Rio à Câmara Municipal do Porto, que veio a revelar-se uma candidatura vencedora;
Que durante o governo de coligação PSD/CDS-PP, presidido por Santana Lopes, foi Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Justiça, Aguiar Branco, actual líder parlamentar do PSD;
Que depois de Manuela Ferreira Leite ter assumido a liderança do partido foi por ela escolhido para líder da bancada parlamentar, tendo feito um mandato em crescendo, sendo durante vários meses a principal cara do PSD e uma espécie de líder da oposição, enfrentando o Primeiro Ministro nos debates parlamentares;
E finalmente que, também por escolha pessoal de MFL, foi cabeça de lista pelo PSD às eleições para o Parlamento Europeu em 2009, as quais ganhou, num clima politico que nada o fazia prever.

A meu ver, para um Homem, com 41 anos de idade, com vida profissional para além da política, parece-me que o curriculum não o envergonha nada, mas mesmo nada…

Fico à espera para ver como decorre este processo para eleição do novo líder do PSD, sendo certo que, à semelhança de outros, também eu penso que faz falta à vida politica portuguesa um PSD forte, porque a democracia faz-se de alternância do poder.

Parte do discurso de PR pode ser visto aqui.

Era besga e tinha barba...

Leiam aqui uma história engraçada de uma noiva que era besga e tinta pelos na cara.
A meu ver este embaixador revelou-se muito pouco persistente. Quem gasta 92 mil euros a presentear a ex-futura mulher, gastava mais algum numa boa clínica de estética e com tratamento hormonal adequado podia perfeitamente resolver o problema da barba. Já o problema da visão, tenho que o reconhecer, era de mais difícil resolução!

Pedro Abrunhosa

O que se passou no domingo no programa Ídolos da SIC pode ser educativo para muita gente, pois  mostra que qualquer um pode cair e quando menos se espera... Desta vez foi o Pedro Abrunhosa!

Tabuado - falta de civismo

Tive conhecimento de um episódio caricato, com contornos de anedota, que ocorreu por estes dias em Tabuado.
A história é simples e conta-se em meia dúzia de linhas.
Imagine-se uma estrada, em terra batida, por sinal pouco movimentada e um inverno com dias de chuva bastante intensa.
Em consequência do mau tempo, e do inevitável escorrimento das águas pluviais, o pavimento da dita estrada ficou danificado.
Acto subsequente, alguém, por certo descontente com a situação, aproveitou os regos escavados pela chuva e decidiu plantar couves e arbustos a toda a largura da rua.
Resultado: temos uma rua, que é um bem público, transformado numa horta particular, de alguém cuja identidade se desconhece.
Seguramente este acto não foi praticado por nenhum amigo de Tabuado. Aliás os Tabuadenses, como pessoas de bem e cidadãos conscientes do seu papel na sociedade, sabem bem que os fins não justificam os meios.
Termino com um apelo. Numa época em que o país atravessa uma fase de grande nervosismo, em que se promove uma cultura de permanente achincalhamento (e contra-achincalhamento) de pessoas e instituições e em que muitas vezes até o próprio Estado de Direito é posto em causa, apelo  a todos os  Tabuadenses para que não deitem o seu civismo às couves, como o fez alguém que seguramente não é amigo da nossa terra.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

O livro que estou a ler “Fúria Divina” – II

Primeira semana de leitura: li o prólogo e quatro capítulos (71 páginas).
O que li já me deixou alguns indícios acerca da história. Começo a situá-la no tempo e no espaço; em paralelo começo também perspectivar o seu enredo.
A escrita é de leitura fácil; também apreciei as referências históricas.

O que li em...

Três Palavras-chave: Armas atómicas, Religião Muçulmana e Serviços de Segurança; e
Quatro Locais: Médio Oriente, Rússia (?), Estados Unidos,  e... Portugal (Açores).
Preciso de dobrar mais páginas, para ter outras certezas… mas a história começa a cativar-me!
Mais notícias de “o livro que estou a ler” só para semana! Até lá...

O valor do Trabalho

Na passada sexta-feira fui a uma celebração onde se comemoraram 25 anos de trabalho da professora de ballet da minha filha.
Foi uma cerimónia num local de culto mas que decorreu num ambiente muito familiar. A simplicidade e a ternura que marcaram aquele evento transformaram-no num acontecimento pouco habitual, mas muito belo e carinhoso.
Da participação naquela celebração retive duas notas que quero agora partilhar convosco.

Primeira: a professora Virgínia convidou-nos para estar presentes numa celebração de acção de graças pelos seus 25 anos de trabalho. Ao contrário do que quase sempre acontece nestas ocasiões a visada não se sentou na primeira fila assistindo à proclamação, por outros, dos seus méritos e ao desfiar de um rol de agradecimentos de quem com ela trabalhou ao longo deste tempo. Pelo contrário, durante toda a cerimónia trabalhou na orientação das “suas meninas”, apresentando a todos os presentes coreografias de dança adequadas ao momento e local, e referiu-se aos méritos que outros tiveram na sua formação como profissional e pessoa.

Retive a humildade desta Senhora pelo facto de ter agradecido 25 anos de trabalho, com trabalho e trabalhando…

Segunda: ao longo da celebração, como é natural, por muitas vezes foi abordado o tema do trabalho e a postura que o ser o humano deve ter perante o mesmo. A determinada altura, certamente tendo em mente que a professora Virgínia tem felicidade de fazer aquilo de gosta, o presidente da celebração desafiou os presentes a terem perante o trabalho que executam a postura que é preconizada no seguinte pensamento:

Se na vida não fazes aquilo gostas, procura que aquilo que fazes seja feito com gosto

Retive deste pensamento que nem todos podemos ter o trabalho que gostaríamos de ter, mas que todos podemos dignificar o trabalho que fazemos, porque todo o trabalho é digno quando é feito de forma honesta e empenhada.

De vez em quando é bom pensar nestas coisas…

Parabéns “professora Gininha” (é assim que a tratam carinhosamente as suas alunas de ballet)