Paulo Rangel é candidato à presidência do PSD.
Assisti pela televisão à apresentação da candidatura e devo confessar que o discurso que PR proferiu na ocasião me pareceu muito bom.
O euro deputado e agora candidato à liderança do partido social-democrata fez um discurso bem estruturado e virado para o país. Não se limitou a falar para os militantes do PSD, mas dirigiu-se a todos os portugueses. Fez o seu diagnóstico da situação actual do país, que considerou muito má, em diversos domínios e assumiu-se como um politico da nova geração, capaz de fazer rupturas que promovam a mudança do país.
Estou curioso para ver como vai ser recebida esta candidatura nas hostes sociais-democratas. Pareceu-me que PR se quis assumir como um candidato acima de facções. Penso que terá tudo a ganhar se prosseguir nessa linha.
A este propósito, já li comentários de militantes do PSD, afectos à candidatura de Passos Coelho, que procuram colar PR à actual liderança do partido e questionam os seus méritos e curriculum político, para ser líder do PSD e possível futuro Primeiro Ministro de Portugal.
Ora, a este propósito, eu quero aqui lembrar que Paulo Rangel, nascido no Porto a 18 de Fevereiro de 1968, é licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa sendo professor universitário e jurisconsulto;
Que teve a sua primeira intervenção politica em 2001, quando redigiu o programa de candidatura de Rui Rio à Câmara Municipal do Porto, que veio a revelar-se uma candidatura vencedora;
Que durante o governo de coligação PSD/CDS-PP, presidido por Santana Lopes, foi Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Justiça, Aguiar Branco, actual líder parlamentar do PSD;
Que depois de Manuela Ferreira Leite ter assumido a liderança do partido foi por ela escolhido para líder da bancada parlamentar, tendo feito um mandato em crescendo, sendo durante vários meses a principal cara do PSD e uma espécie de líder da oposição, enfrentando o Primeiro Ministro nos debates parlamentares;
E finalmente que, também por escolha pessoal de MFL, foi cabeça de lista pelo PSD às eleições para o Parlamento Europeu em 2009, as quais ganhou, num clima politico que nada o fazia prever.
A meu ver, para um Homem, com 41 anos de idade, com vida profissional para além da política, parece-me que o curriculum não o envergonha nada, mas mesmo nada…
Fico à espera para ver como decorre este processo para eleição do novo líder do PSD, sendo certo que, à semelhança de outros, também eu penso que faz falta à vida politica portuguesa um PSD forte, porque a democracia faz-se de alternância do poder.
Parte do discurso de PR pode ser visto aqui.