quinta-feira, 29 de abril de 2010

TGV, Novo Aeroporto... brincar com o fogo.

Depois dos acontecimentos dos últimos dias, esta notícia de que projectos como o TGV, o novo aeroporto, e a nova travessia do Tejo são para manter, leva-me a comparar o governo a alguém que anda  a brincar com o fogo.
Oxalá não se queime, para bem de todos os Portugueses.

Rui Rio

Rui Rio em reacção à decisão do Ministério das Finanças, que mandou recentemente vários autarcas repor os salários que auferiram na empresa "Metro do Porto", onde exerciam, em acumulação, as funções de administradores não executivos:

              "Demito-me... porque não estou disponível para este enxovalho público"

 

Um Homem frontal, consequente e rápido a agir... até por comparação com os restantes envolvidos.
Sem conhecer os contornos exactos da questão, para poder avaliar os méritos dos seus argumentos, gostei da atitude porque revela um elevado sentido de honorabilidade.
Mais pormenores podem ser lidos aqui.

Sócrates & Passos: uma mão cheia de nada...


 
A agência de raiting Standard & Poor´s (S&P) fez na passada terça-feira um corte na notação da dívida pública portuguesa. Os mercados estremeceram. Na bolsa de Lisboa o PSI 20 deu um trambolhão.
Por algumas horas o pânico instalou-se.
Eu fui acompanhando o evoluir da situação à distância. Amigos meus que trabalham no sector financeiro foram-me ligando, dando notícias do descalabro.
No final da tarde, depois de lhes dar tempo para contabilizar as perdas, fui eu quem pegou no telemóvel para fazer balanços e saber de perspectivas para o futuro.
Todos tinham a mesma opinião a cerca desta situação: trata-se de um ataque de especuladores que se aproveitam da débil situação económico-financeira do país para instalar o pânico entre os pequenos e médios investidores, para adquirirem as suas posições a preço de pechincha e para ganharem dividendos muito mais elevados à custa da dívida pública portuguesa.
Todos me transmitiram a ideia de que é necessária uma reacção forte dos responsáveis políticos do país. Deram-me a notícia de que «amanhã (ontem) José Sócrates (primeiro-ministro) e Passos Coelho (líder do principal partido da oposição) se vão reunir». Todos depositavam muita esperança nesse encontro.
Ontem durante o almoço segui com a atenção as notícias que davam conta do encontro entre os dois responsáveis políticos e de uma eminente declaração a dois. Aconteceu já no final do meu almoço.
Fiquei com sensação de que se tratou disso mesmo: uma declaração política. Um pacto de não agressão entre o governo e o maior partido da oposição. Quanto ao resto: uma mão cheia de nada...
Acham que antecipar a aplicação de algumas medidas previstas no PEC, como o pagamento de portagens nas SCUT ou aumento na fiscalização nas atribuições das prestações sociais, vai resolver o problema do desequilíbrio das nossas contas públicas?
Tenho dúvidas e confesso que esperava mais, muito mais.
Pensava que era chegada a hora de repensar os investimentos megalómanos em obras públicas; de impor uma redução nos gastos supérfluos e depois se necessário fosse, inclusive, um aumento do IVA para 21%.
Pensava... e não era só eu que pensava!

domingo, 25 de abril de 2010

Tolerância de Ponto - Visita do Papa.

Foi publicado em Diário da República o despacho do Primeiro-Ministro concedendo tolerância de ponto aos trabalhadores que exercem funções exercem funções públicas na administração central e nos institutos públicos (vulgo funcionários públicos), por ocasião da visita a Portugal do Papa Bento XVI. A referida tolerância abrange três dias, e processa-se da forma que se segue:
  • Dia 11 de Maio de 2010, da parte da tarde - trabalhadores que exercem funções públicas na administração central e nos institutos públicos, no concelho de Lisboa.
  • Dia 13 de Maio de 2010 - trabalhadores que exercem funções públicas na administração central e nos institutos públicos, em todo o território nacional.
  • Dia 14 de Maio de2010, da parte da manhã - trabalhadores que exercem funções públicas na administração central e nos institutos públicos, no concelho de Porto.
Portanto quem tiver que tratrar de assuntos relacionados com a Administração Pública nessa semana, trate de se organizar...

Lince Ibérico – morreram as duas crias

Tinha ficado contente com a notícia de que, a 4 de Abril, tinham nascido as duas primeiras crias de Lince Ibérico, geradas em cativeiro no Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico, em Silves.
Já sabia que uma delas tinha morrido a 11 de Abril. Agora pela notícia que leio no Público, vejo que morreu a segunda.
Parece que este fenómeno não é tão raro quanto isso, mas fico com pena porque o Lince Ibérico é uma espécie em risco de extinção e a reprodução em cativeiro é uma medida extrema para tentar repor o efectivo desta comunidade de felinos. Estima-se que actualmente existam apenas cera de 150 exemplares em toda a Península Ibérica.
Imagino que no Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico reine a desilusão, mas paciência... é a natureza.
Aguardemos por melhores notícias.

Assembleia de Freguesia de Tabuado

Tal como aqui noticiei, decorreu ontem a 1ª sessão ordinária, do ano de 2010, da Assembleia de Freguesia de Tabuado.
Os trabalhos iniciaram-se pelas vinte e uma horas e terminaram perto da uma da manhã.
A sessão decorreu num ambiente de grande cordialidade, o que nos dias de hoje e face às notícias que nos vão chegando, de vários locais, é um facto de assinalar e que muito enobrece os agentes políticos de Tabuado.
Foram abordados alguns temas de interesse para a freguesia, colocados à discussão por membros da Assembleia e foram também aprovadas, por unanimidade, as contas de gerência do ano de 2009.
Eu também tive oportunidade de intervir. Falei aos presentes no 36º aniversário do 25 de Abril, que hoje se comemora, salientando que a "revolução dos cravos" também foi um marco importante para a dinamização do poder Autárquico em Portugal. Coloquei ainda à Assembleia a possibilidade deste Órgão se pronunciar a propósito das palavras proferidas recentemente pelo Sr. Ministro das Finanças a propósito da reivindicação para que o orçamento do estado contemple verbas para as remunerações dos Presidentes de Junta em regime de permanência «No money for the boys». A Assembleia achou oportuno o tema e pronunciou-se no sentido da infelicidade daquelas declarações, só compreensíveis por terem sido proferidas sob grande pressão e de forma irreflectida, uma vez que todos Presidentes de Junta, quer sejam de grandes ou pequenas freguesias, são eleitos do povo e não "boys".
A sessão terminou com a intervenção do público, que nesta se sessão se fez representar em menor número o que defraudou um pouco as minhas expectativas. Neste ponto, o ambiente alterou-se um pouco porque vieram à discussão questiúnculas passadas, resquícios do período eleitoral...
Mas tudo acabou serenamente, tal como se impunha.