domingo, 6 de março de 2011

Que futebol este (fora de campo)

O Benfica perdeu esta noite com Sporting de Braga por 2 a 1 e disse adeus à revalidação do título nacional. Este é um facto que parece pacífico...
Acompanhei o final do jogo, através do relato de uma emissora de rádio, via INTERNET. Depois senti-me tentado a fazer um zapping pelos diversos canais de notícias para ver o que por lá se dizia a propósito da derrota do Benfica.
Na TVI e na RTPN, nada de novo: o reconhecimento de que o campeonato teria acabado para o Benfica; a ideia de que o Clube da Luz, neste jogo, esteve uns furos abaixo da performance que vinha apresentando nas últimas semanas; os deslizes individuais na equipa encarnada; e mais nada... (desempenho e/ou mérito do Braga – zero opiniões!)
Na SIC Noticias, o supra sumo dos comentadores desportivos em Portugal: Rui Santos.
Como habitualmente, cotovelos em cima da secretária, mãos ao nível do peito, em constante movimento, ora gesticulando, ora esfregando-as uma na outra. Semblante pouco expressivo, e quanto ao jogo: disputado num clima muito agreste para o Benfica; arbitragem com erros; a equipa (o Benfica) chegava a este jogo muito desgastada porque vinha a praticar um futebol espectáculo, muito exigente em termos físicos, ao longo dos 90 minutos.
Mas o melhor estava para vir. Quanto ao Sporting de Braga, nas palavras do comentador, o clube encarou este jogo de forma desmesurada: “parece que até ganharam a liga dos campeões...”
Realmente, que saloios estes rapazes do Minho! Não saberiam eles que a sua função era estender a passadeira vermelha aos vermelhos da segunda circular?
Faltas de isenção e facciosismo, cada um toma os que quer. Eu mudei de canal, fui ver o Canal História!

Conflito na Líbia


Na Líbia, fruto da revolta popular contra o Coronel Muammar Kadafi, começa a ganhar forma um rio em que corre o sangue das vítimas do conflito. Ao certo, ninguém sabe qual é a dimensão exacta do drama humano provocado por aquela espécie de guerra civil, não declarada, em que aquele país do Norte de África se viu mergulhado.
Comparando a revolta que eclodiu na Líbia com as que se lhe antecederam na Tunísia e Egipto, poder-se-á perguntar: o que distingue esta das outras para que o número de vítimas seja já, nesta altura do conflito, muito superior?
Na minha opinião tudo tem a ver com a forma de organização dos Estados e com estruturação das forças de segurança e militares. Quero com isto dizer que nos outros dois países, Tunísia e Egipto, as forças de segurança e militares, sobretudo o exército, apesar de estarem submetidas ao poder político, eram organizacionalmente estruturadas e obedeciam a uma hierarquia autónoma e bem definida. Foi por isso que quando a estrutura militar decidiu ficar neutra, não investindo contra a população, se pouparam seguramente muitas vidas. No caso da Líbia parece-me que o grau de autonomia organizacional das forças policiais e militares é muito menos perceptível. Daí que, o ainda Chefe de Estado, se permita comandar de forma “musculada” estruturas militares (que não sei se a sua totalidade) e as faça investir contra os revoltosos, transformando esta revolução num conflito que assemelha a uma espécie de guerra civil, em que perda de vidas humanas e muito mais significativa.
E que futuro terá a Líbia?
Creio que o caminho só pode ser um: o de um Estado democrático, ou semi-democrático, onde possa coexistir a democracia, tal como a conhecemos, e uma espécie de poder tribal, ainda reminiscente naquele país.
O que parece indubitável, é que não se antevê futuro para um regime em que um Chefe de Estado diz que lutará até à morte pelo país, quando do outro lado da contenda  está uma grande parte da população desse mesmo país.
Um líder só o é, enquanto é querido pelos liderados, tudo o resto é uma questão de tempo... Mesmo que a comunidade internacional invente uma solução para este conflito semelhante à que encontrou para a primeira guerra do Iraque.

sábado, 5 de março de 2011

Pensamentos e citações

"Aceita o conselho dos outros, mas nunca desistas da tua própria opinião"

William Shakespear

(Dramaturgo, Poeta, Actor e Compositor inglês - 1564/1616)

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Canções & Músicas TOP



Nat King Cole - Ansiedad (original)


IRS: NIF dos dependentes - é obrigatório mencionar

De acordo com as regras introduzidas pelo Orçamento de Estado para 2011, passa a ser obrigatório indicar na declaração de rendimentos o NIF (Número de Identificação Fiscal) dos dependentes, ascendentes ou colaterais para os quais sejam invocadas deduções.
Esta alteração terá mais relevância sobretudo para quem tem filhos pequenos e ainda não solicitou a atribuição do respectivo NIF.
Quem está nessas condições, pode deslocar-se a qualquer Serviço de Finanças e solicitar a respectiva emissão, bastando para tal que apresente o comprovativo de identificação civil do cidadão (assento do nascimento, no caso dos menores que ainda não tenham outro documento de identificação).
A este propósito, podem ser lidas aqui mais informações.
Já agora, é bom não esquecer que é já no próximo dia 01 de Março que começa o prazo para entrega das declarações de rendimento (neste caso em suporte de papel).

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Judite de Sousa e José Alberto Carvalho vão para a TVI

A jornalista mais carismática da RTP, Judite de Sousa e o seu director de informação, José Alberto Carvalho, vão deixar a televisão estatal para rumar à TVI.
A opção destes dois profissionais não estará porventura relacionada com a política de cortes salariais determinada pelo Governo para a Administração Pública e para o Sector Empresarial do Estado?
Desconfio que sim, e quer me parecer que este pode ser apenas um primeiro exemplo do êxodo para o sector privado dos profissionais mais destacados que exercem funções nas diversas áreas da esfera estatal. Se assim for, ninguém pode condenar estes e outros profissionais por procurarem outro patrão que lhes garanta melhores condições para exercerem a sua profissão e dar continuidade aos seus projectos de vida.
Parece-me no entanto que a qualidade dos serviços públicos poderá ser bastante afectada com a partida dos seus melhores profissionais.
Enfim, a (má) política de cortes salariais seguida pelo Governo tem destas coisas; é bom que tenhamos consciência que os seus efeitos não se limitam apenas à redução da despesa pública, mas que existe também o reverso da medalha.