domingo, 20 de março de 2011

Como se ganha um ano de vida (ou a história de um engano)

Nestes dias, em que todos vivemos bastante amargurados com tantos problemas que nos rodeiam, sabe bem saber de coisas simples, quase caricatas, que nos vão dando pequenas alegrias e motivo para um bom par de gargalhadas. Digam lá se não é mesmo assim...
Um dia destes, liguei a um amigo (por coincidência um daqueles que também aparece por cá com frequência) para lhe dar os parabéns, por mais um aniversário.
Sabendo eu a sua idade, em tom de provocação, perguntei-lhe: então como te sentes com x... anos?
Propositadamente, na minha pergunta, acrescentei mais um ano à sua idade. Esperava eu ouvir do outro lado a resposta clássica (!): Alto lá (!)... Ainda não são x... anos, mas sim y... anos! Lá chegarei... aos x... anos!
Mas querem lá saber que esse meu amigo, ele próprio, durante um ano da sua vida também se enganou na sua própria idade! Disse-me que sempre que foi questionado acerca do assunto, durante o ano que passou, respondeu sempre que tinha a idade que só agora completou, ou seja, andou durante um ano convencido que tinha mais um ano de vida.
Naturalmente, só teve consciência dessa realidade agora, por ocasião do aniversário, quando se pôs a fazer contas à vida... que já viveu!
Dizia-me ele que, apesar do caricato, a situação lhe tinha provocado uma sensação de alívio, uma espécie de retrocesso no tempo, enfim, um rejuvenescimento... mesmo que fosse por engano!
Um grande abraço para o AM, o protagonista do rejuvenescimento (ou da história de um engano!).

sábado, 19 de março de 2011

Canções & Músicas TOP


 Roberto Carlos - Meu querido, meu velho, meu amigo (original)

Dia do Pai

Comemora-se neste dia 19 de Março o do Pai. A minha homenagem a todos os Pais, e em particular ao meu, fica aqui na forma de um humilde poema (da minha autoria...).

Dia do Pai

O Pai é como um dia,
Que começa no amanhecer,
Da vida,
De cada Filho.

O Pai é como a vida,
Que se consome,
Em cada dia, da vida,
De cada Filho.

Enquanto a vida der mais um dia,
A cada Filho,
Cada Pai viverá, mais um dia,
Pela vida, e na vida,
De cada Filho.

Então cada dia,
Na vida de cada Filho,
Será dia do Pai,
Porque cada Filho, prolonga na vida,
A vida de cada Pai.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Intervenção internacional na Líbia

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas aprovou ontem a Resolução 1973 que autoriza o uso da força na Líbia com base no capítulo VII da Carta da ONU. O documento foi aprovado com dez votos a favor, zero votos contra, e cinco abstenções – Alemanha, Brasil, China, índia e Rússia.
Numa manobra incoerente e de pura táctica política, o regime de Kadafi apressou-se a decretar unilateralmente o cessar-fogo para cumprir a resolução da ONU e declarou-se “interessado em proteger os civis”. (Como se alguém acreditasse em tão súbita mudança...)
Entretanto, pelo que se lê aquiaqui e também aqui, a comunidade internacional vai tomado posição e começa a organizar-se e a reunir meios para levar a cabo uma intervenção militar que faça cumprir a resolução da ONU.
Espero que a intervenção seja rápida e eficaz, porque tardia já ela o é. No entanto, mais vale tarde que nunca...

quinta-feira, 17 de março de 2011

PEC 4: a imagem da insensibilidade social

O Governo apresentou esta semana a “actualização anual do programa de estabilidade e crescimento” que fica conhecido como o PEC 4.
Genericamente este documento elenca uma série de medidas que o Governo se propõe implementar, quer do lado da despesa, quer do lado da receita, para conseguir alcançar as metas de redução do défice para os anos de 2011, 2012 e 2013.
Ora, no que diz respeito à despesa, o Governo propõe-se diminuir o valor daquela em 2,4% do PIB nos anos de 2012 e 20013.
Uma das medidas que o Governo pensa pôr em prática para atingir aquele desiderato é o congelamento dos salários no sector público e das pensões. No caso das pensões está ainda prevista a aplicação de uma contribuição especial com impactos semelhantes à da redução nos salários da Administração Pública, o que significa que os pensionistas com pensão superior a 1.500,00€ verão o valor daquela reduzida.
Esta medida parece-me extremamente injusta e revela uma grande insensibilidade social na hora de repartir os sacrifícios necessários para o equilíbrio das contas públicas.
Como é que é possível congelar pensões de 300,00€? Numa época de inflação crescente, como a que estamos a viver, em que todos os dias somos confrontados com aumentos dos medicamentos, da água, da luz, do pão, etc., atrevo-me a perguntar: como é que vão sobreviver os mais de um milhão de pensionistas que tê pensões iguais ou inferiores a 300,00€?
Não estará na hora de se ser mais justo na distribuição dos sacrifícios que se pedem às pessoas? Não será chegado o momento de pedir um esforço aos que mais podem?
Estou certo que sim e explico como e porquê.
O Governo já congelou os salários dos funcionários do sector público e reduziu a remuneração de todos aqueles que auferiam salários brutos mensais superiores a 1.500,00€; o mesmo Governo prepara-se agora para congelar todas as pensões e reduzir também as de valor superior a 1.500,00€.
Ora, porque que é ficam fora deste esforço, todos aqueles portugueses, que não sendo empregados do Estado ou do sector público, nem pensionistas, auferem também salários superiores a 1.500,00?
Não seria justo, por uma questão de equidade, fazer incidir também sobre estes salários uma contribuição especial nestes dois anos de esforço nacional para equilíbrio das contas públicas?
Penso que sim. Quanto mais não seja, pelo facto de também esses portugueses, empregados por conta de outrem ou trabalhadores por conta própria, profissionais liberais, empresários ou comerciantes, serem beneficiários do Estado, que a todos proporciona, por exemplo, ensino, assistência na saúde e segurança, tendencialmente gratuitos.
Se assim procedesse, o Governo por certo não necessitaria de congelar as pensões mais baixas e deixar uma percentagem significativa da população portuguesa num estado de autêntica emergência social.

quarta-feira, 16 de março de 2011

A comunidade internacional abandonou a Líbia?

Numa entrevista ao canal televisivo Euronews, que será transmitida esta quarta-feira à noite, Seif al-Islam (filho de Kadafi) disse que a eventual aprovação pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas de uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia "virá demasiado tarde", porque "dentro de 48 horas tudo estará concluído".

A ofensiva das forças governamentais sobre Benghazi, segunda cidade da Líbia e capital da revolta contra Muammar Kadafi, está em curso e poderá incluir bombardeamentos aéreos, o que acontecer se poderá transformar numa verdadeira chacina dos revoltosos.

Na minha opinião, trata-se de uma vergonha para a comunidade internacional...