(leia-se no "Público")
sábado, 9 de junho de 2012
quinta-feira, 7 de junho de 2012
Fim do feriado do Corpo de Deus
Ainda a propósito do dia do Corpo de Deus, importará dizer, que
pelas razões que todos conhecem, este é o último ano em que o mesmo é feriado
em Portugal.
Este facto leva-me a tecer algumas considerações a propósito
desta circunstância.
Desde logo para dizer que há países onde, à semelhança do que
acontecia em Portugal, esta solenidade de natureza religiosa é feriado
nacional; mas também há exemplos de Estados onde o mesmo já foi feriado e
atualmente não o é.
Por outro lado, em termos estritamente religiosos, parece-me que
o desaparecimento do feriado e a transferência da celebração festiva para o
domingo seguinte é perfeitamente razoável. Assim já acontece com outras
festividades onde a celebração litúrgica não coincide com a data do acontecimento
referenciada pela tradição cristã. Estou a lembrar-me por exemplo do dia de
Reis.
Dito isto e pensando, repito, na pura prática religiosa,
parece-me que os crentes e particularmente os devotos do Santíssimo Sacramento,
não deixarão de o ser pelo facto de este dia deixar de ser feriado.
Ainda assim, não posso deixar de notar que em muitas terras do
nosso país, que se engalanavam (e de que maneira) para comemorarem esta
festividade, existe hoje um sentimento de que se perdeu um acontecimento que
fazia parte da sua tradição histórico religiosa e que era celebrado num dia de
calendário especial.Tapetes de Flores na festa do "Corpo de Deus" - Caminha |
Admitir este facto leva-me a constatar que as medidas
que o Governo tem tomado (ou tem sido obrigado a tomar) começam a atingir os
portugueses numa dimensão muito mais profunda que o indesejável “ir-lhes ao
bolso”. E isso é mau, muito mau.
E no caso do corte dos feriados, parece-me que essa
situação se torna evidente, pois falta demonstrar, em termos económicos, que o país
venha a beneficiar com tal medida. Pelo contrário, tenho ouvido opiniões de
gente muito informada (e bem formada), que garante que esta medida não terá
qualquer impacto na economia real. E mais, garantem também que há países com economias
bem mais desenvolvidas que a nossa onde o número de feriados até é superior.
Posto isto, e com o devido respeito por quem pensa de
forma diferente, julgo que num país civilizado o aumento da produtividade nunca
poderá ser alcançado com a degradação do bem-estar dos trabalhadores.
A diminuição do custo do fator trabalho parece-me que poderá
ser suficientemente conseguida pelos ajustamentos no mercado laboral, pois a
oferta de trabalho (por parte dos trabalhadores) supera em muito a procura do
mesmo (por parte dos empregadores) e esta realidade conduz necessariamente a um
abaixamento do preço de equilíbrio no mercado, facto que, por si só, já permite
que as empresas adquiram trabalho a preços significativamente mais baixos.
Não valorizar adequadamente a realidade económica e
social do país e tomar medidas com impacto na vida das pessoas que vão muito para
além da questão económica e cujos benefícios não estão suficientemente
comprovados, pode ferir de morte a credibilidade do Governo.
Passos Coelho disse, um
dia destes, admirar a paciência dos portugueses. Mas o primeiro-ministro deve
lembrar-se que a paciência é um recurso limitado e que tende acabar com o uso
frequente...
O Corpo de Deus
Hoje, a Igreja Católica, celebra a Solenidade
do Corpo e Sangue de Cristo, popularmente apelidada como a festa
do Corpo de Deus.
Segundo a norma canónica, esta
festividade católica que exalta a presença de Cristo no pão e vinho consagrados
na Eucaristia, acontece no 60.º dia após a Páscoa, coincidindo sempre com a
quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, que por sua vez sucede
ao domingo de Pentecostes.
Desta forma, estabelece-se uma ligação íntima entre o dia em que se celebra
esta festividade e a Quinta-feira Santa, precisamente o dia em que Cristo
instituiu a Eucaristia, durante a Última Ceia com os Apóstolos antes da Sua
crucificação e morte.
A origem desta celebração remonta ao século XIII e surge como resposta da
Igreja a um conjunto de heresias que colocavam em causa a presença real de
Cristo no pão consagrado, tendo-se afirmado a partir de então como um movimento
de devoção ao Santíssimo Sacramento.
A celebração começou a realizar-se em 1246, na cidade de Liége, na Bélgica,
impulsionada pela experiência de fé de uma freira agostiniana - Juliana de Mont
Comillon - que afirmava ter tido visões de Cristo demonstrando desejo de que o
mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque.
Esta celebração veio a estender-se a toda a Igreja com a instituição da
festa de Corpus Christ pelo Papa Urbano IV, em 1264.
Ora, Urbano IV, nascido em Troyese e a quem foi dado o nome batismo de
Jacques Pantaleon, foi cónego e diácono-chefe do Cabido Diocesano de Liège e
foi precisamente ele quem recebeu o segredo das visões da freira agostiniana.
Porém, segundo a tradição católica, há um outro episódio que contribuiu
decisivamente para que esta celebração se estendesse a toda a Igreja.
Conta a história que um sacerdote chamado Pedro de Praga vivia angustiado
por dúvidas sobre a presença de Cristo na Eucaristia. Decidiu então ir em
peregrinação ao túmulo dos apóstolos Pedro e Paulo em Roma, para pedir o Dom da
fé. Ao passar por Bolsena (cidade italiana), enquanto celebrava a Missa, foi de
novo assaltado pela dúvida. Mas no momento da consagração as suas dúvidas foram
esclarecidas por meio de um milagre: a Hóstia branca transformou-se em carne
viva, pingando sangue, manchando o corporal, e a toalha do altar sem no entanto
manchar as mãos do sacerdote, pois, a parte da Hóstia que estava entre seus
dedos, conservou as características de pão ázimo.
Foi então que, por solicitação do Papa Urbano IV, os objetos milagrosos de
Bolsena, foram levados para Orvieto numa grande procissão sendo recebidos
solenemente por Sua Santidade e levados para a Catedral de Santa Prisca. Crê-se
que esta tenha sido a primeira grande procissão do Corporal Eucarístico.
Entretanto, a 11 de agosto de 1264, o Papa lançou desde a cidade de Orvieto para todo o
mundo católico, através da bulaTransiturus o preceito de uma
festa com grande solenidade em honra do Corpo do Senhor.
E ainda hoje a procissão com o Santíssimo
Sacramento é recomendada pelo Código de Direito Canónico, no qual se refere que
"onde, a juízo do Bispo diocesano, for possível, para testemunhar
publicamente a veneração para com a santíssima Eucaristia faça-se uma procissão
pelas vias públicas, sobretudo na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo"
(cânone 944, §1). É o que acontece, neste dia, em muitas cidades, vilas e aldeias do nosso país.
terça-feira, 5 de junho de 2012
T-Shirt Solidária da Cruz Vermelha Portuguesa (Delegação do Porto)
Anabela Baldaque, Miguel Vieira e Nuno Gama vestem Campanha de Solidariedade da
Cruz Vermelha Portuguesa.
Numa altura em que se comemora o “Ano Europeu do Envelhecimento Ativo
e da Solidariedade entre Gerações”, a Delegação do Porto da Cruz
Vermelha Portuguesa desafiou os estilistas Anabela Baldaque, Miguel Vieira e
Nuno Gama a criarem uma T-Shirt Solidária para a campanha I Help with My
T-Shirt and You?
Celebrar a partilha e o fortalecimento das relações intergerações
é o ponto de partida para uma iniciativa que envolve toda a população e várias
parcerias.
Cada uma das T-Shirts desenvolvidas pelos criadores
portugueses faz parte de um pack que custa €10 e inclui, ainda, várias
surpresas.
Os
packs estarão à venda nos locais oficiais da Cruz Vermelha Portuguesa –
Delegação do Porto, Lojas TMN e Clínicas Bodyscience.
Os criadores a propósito da campanha:
“Porque
todas as folhas dão força e beleza a uma árvore... assim nasceu a inspiração do
projeto Ano da solidariedade entre
Gerações”. Ana Baldaque
“Nós
não podemos ser somente o rosto do que vestimos ou do que criamos... Nós temos
de ser a pele de Causas Nobres!!!”. Miguel
Vieira
"Um
abraço que abre espaço para o puro ato da compartilha, dando-me aos outros com
o único objetivo de conexão com a vida. Quanto mais dou mais recebo em troca...”. Nuno Gama
A
ideia é excelente. A causa é nobre. Os criadores são altruístas. Os promotores
são empenhados. As T-Shirt são muito interessantes. E sobretudo, ajudar faz-nos
bem... Por isso não deixem de ajudar esta causa!
Reportagem
televisiva pode ser vista aqui:
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Dia da Criança
“Não existe revelação
mais nítida da alma de uma sociedade do que a forma como esta trata as suas
crianças.”
Nelson Mandela
sábado, 26 de maio de 2012
Festival Eurovisão da Canção 2012
Confesso
que este ano nem me apercebi dele. Não fossem os comentários de uma colega, ainda
dada àqueles tão nostálgicos assomos de nacionalismo, a dar-me conta de mais
uma eliminação de Portugal e o certame tinha-me passado completamente ao lado.
Do “mal”
que a colega Aldina ainda hoje sofre, também eu padeci fortemente na minha
infância e adolescência. Todos os anos a mesma expectativa «é desta que Portugal
vai obter uma boa classificação...». E depois, no dia euro festival, por volta
das 21:00 horas – mais coisa, menos coisa – mais um banho de desilusão!
Com
este desfecho a repetir-se a cada ano que passava, o meu fervor nacionalista foi
esmorecendo e a minha indiferença foi aumentando.
Felizmente,
o mesmo não acontece com a Aldina! E ainda bem que vai restando alguém para,
ano após ano, comentar o triste fado das participações do nosso país.
Neste ano de 2012, a
Aldina além de me fazer queixa da habitual “panelinha” dos países do norte e
leste da europa nas votações, falou-me também de um fenómeno nunca visto: as avozinhas
da Rússia. Fiquei curioso e fui ver.
Depois
disto julgo estar descoberto o antídoto para Portugal ganhar o euro festival. Para
o ano, vamos apresentar um grupo de canto alentejano a cantar a música dos “Bon
Jovi “keep the faith” e para completar a coreografia enchemos o palco com um
grupo de pauliteiros de Miranda. Talvez assim mereçamos o olhar arregalado de um qualquer membro do júri.
Quanto
ao resto e porque hoje é o dia da grande final, desejo às “Avozinhas de Buranovo” – удача! (udacha) - que é como
quem diz: boa sorte!
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