sábado, 8 de dezembro de 2012

VIII Encontro de Cânticos de Natal em Tabuado



Amanhã, dia 9 de Dezembro, vai realizar-se em Tabuado o “VIII Encontro de Cânticos de Natal”.
Este evento, organizado pela Junta de Freguesia de Tabuado, vai já na sua oitava edição consecutiva e reúne grupos corais da freguesia e de fora dela, que se juntam, a cada ano que passa, para reviver uma tradição da época natalícia – o cantar ao Menino Jesus.
O Encontro de Cânticos de Natal transformou-se ao longo dos anos num acontecimento que extravasa a simples componente musical e se converte num momento de partilha e convívio entre os diversos grupos participantes, que na sua maioria representam as forças vivas da freguesia e a população que assiste ao espetáculo.
A edição deste ano decorrerá, mais uma vez na Igreja Românica de Tabuado, tendo o começo agendado para as 14h.30m. Aos grupos da terra juntar-se-à o Coro da Universidade Sénior do Marco de Canaveses, convidado especialmente para esta edição.
De acordo com o que está anunciado, as atuações acontecerão por esta ordem:
Coro dos Alunos do Jardim de Infância das Cerdeiras
Coro dos Alunos da EB1 de Ladário
Coro do Centro de Convívio da Casa do Povo de Tabuado
Coro da Universidade Sénior do Maro de Canaveses
Grupo Coral da Associação Cultural e Recreativa de Tabuado
Grupo Coral da Paróquia do Divino Salvador de Tabuado

A seguir ao “Encontro de Cânticos de Natal” decorre o tradicional lanche/convívio para toda a população e visitantes.
Quem tiver oportunidade de não deixe de ir Tabuado, porque este evento é uma ótima forma de reviver o verdadeiro Espírito de Natal.

domingo, 9 de setembro de 2012

Colocações no ensino superior 2012

Já foram divulgados os resultados da primeira fase do concurso de acesso ao ensino superior para o ano de 2012.
As listas de colocações podem ser consultadas aqui.
Os números dizem que, a exemplo do ano anterior, as instituições de Ensino Superior vão receber menos alunos.
Este desfecho já era expectável depois do número de candidaturas ter sido o mais baixo desde 2006 e número de vagas disponibilizadas também ter sido mais reduzido que no ano anterior.
Este ano, nesta primeira fase, foram admitidos 40415 estudantes - menos 1828 do que em 2011 e menos 5177 do que há dois anos.
Estes dados são reveladores de que, também neste aspeto, o nosso país está infelizmente a regredir. Apesar disso, este processo apresenta alguns dados positivos na medida em que 90% dos 45 mil candidatos ficaram colocados nesta primeira fase, com 54% deles a conseguir ser admitido na primeira opção e 87% numa das três primeiras escolhas.
A nível de taxa de colocação, a Universidade do Porto volta a liderar a tabela com a mais alta taxa de colocação - 99%, seguida pelo ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa que preencheu 96% das suas vagas. No polo oposto ficou a Universidade do Algarve que é a que tem maior percentagem de vagas por preencher 33%. Pela negativa destaca-se também o Instituto Politécnico de Tomar que apenas conseguiu ocupar 27% dos lugares que tinha disponíveis.
No âmbito desta analise constata-se ainda que me 2012 o número de vagas total voltou a ser superior ao número de candidatos, tendo 57 cursos ficado com vagas por preencher e de entre estes 203 que ficaram com menos de 10 alunos.
No ranking dos cursos com notas mais elevadas aparecem a liderar dois cursos de medicina, ambos lecionados no Porto, o da Universidade do Porto (UP) e do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) ambos com 18,3. No extremo oposto figuram 28 cursos (oito do ensino universitário e 20 do politécnico) em que a nota de acesso foi negativa.
Enfim, chega de dados e análise dos mesmos fica para os especialistas! Mais umas palavras (!) apenas para dar os parabéns àqueles que conseguiram vencer esta etapa (parabéns AC!) e para todos os outros um desejo de boa sorte para as segunda e terceira fases e para aqueles que nem candidatar se puderam devido a outras contingências, um voto para que o consigam para o ano.

sábado, 18 de agosto de 2012

Descanso

O post anterior lança pistas que justificam a falta de opiniões publicadas nas últimas semanas!
Findo este período de descanso, verifico, ao abrir as portas do “Cidadão com Opinião”, que há por cá trabalho para por em dia.
Mas antes preciso de arrumar as malas...

Lugares


Praia de São Rafael – Albufeira

domingo, 22 de julho de 2012

Os incêndios florestais em Portugal

Nos últimos dias o nosso país tem sido flagelado, mais uma vez, pelos incêndios florestais. Esta calamidade vem-se repetindo, ano após ano, com custos económicos, ambientais e até com perda de vidas humanas.
O que me angustia, há anos, é aparente indiferença com que a nossa sociedade olha para este problema.
Os portugueses habituaram-se a conviver com as notícias dos fogos florestais, em épocas mais ou menos definidas no calendário e tirando as notícias de perdas de vidas humanas, tudo o resto se assemelha a peças de um circo mediático que todos os anos se monta em alturas definidas, tal como um acontecimento desportivo ou cultural. Esta espécie de rotina que se tem instalado ao longo de décadas na nossa sociedade tem levado a uma acomodação coletiva perante o drama dos fogos florestais. Isso é mau, muito mau.
Para esta situação muito terão contribuído as alterações estruturais que foram acontecendo no nosso país ao longo das últimas décadas, transformando-o num território com um número crescente de aglomerados urbanos e a consequente deslocalização das populações do mundo rural.
Esta dinâmica demográfica reflete-se na forma como a nossa sociedade encara a questão dos fogos florestais. Por um lado, como a calamidade atinge particularmente as zonas rurais o problema localiza-se geograficamente longe da zona de influência de uma parte, cada vez mais significativa, da população. As chamas vêm-se nas imagens televisivas mas não atingem as varandas nem os logradouros dos prédios citadinos e nessa medida uma grande parte da nossa população olha para o problema como espectador e não com um interesse sentimental particular, como o de um proprietário ou de um habitante das localidades atingidas. Por outro lado, a não convivência com a realidade rural, torna as populações menos sensíveis à questão económico-ambiental. Ouvir dizer que um pinheiro bravo leva 30 a 40 anos a criar, até que tenha valor económico, é um dado que as pessoas assimilam, mas que não complementam com uma imagem visual (diária) do crescimento lento das arvores, ao longo de décadas. Ouvir dizer que a área ardida atinge anualmente números elevadíssimos, ainda que possa ter impacto noticioso, não é mesma coisa que viver a experiência de percorrer montes e vales, completamente despidos de floresta e recordar os tempos em que os mesmos eram povoados por vegetação. Ouvir dizer que os incêndios destroem os ecossistemas, ainda que possa ter igual impacto, é diferente quando comparado com a realidade rural de quem não pode ir ao monte apanhar uma urze ou um azevinho e ouvir os melros, as rolas ou as cotovias... e ver raposas, ouriços-cacheiros ou carreiros de formigas.
Enfim, estou em crer que a ausência de contacto com a realidade física (e quotidiana) das florestas e do mundo rural, leva a maioria das pessoas a um estado de passividade cívica perante a questão dos fogos florestais, por via de se não sentirem diretamente afetados pelo problema. E volto a repetir, isto é mau, muito mau.
E o que é pode ser feito para alterar este estado de coisas? É preciso, antes de mais, investir na educação ambiental das populações. Estou a pensar, por exemplo, em campanhas de sensibilização para a necessidade de proteção das florestas, semelhantes àquelas que se desenvolvem no âmbito da prevenção dos acidentes rodoviários ou da separação do lixo para reciclagem. Com campanhas desse género, sistemáticas em termos temporais e que abarcassem uma componente educativa em áreas como a fauna e flora, poderiam potenciar-se práticas mais amigas da floresta, uma consciência cívica e ambiental que atenuasse a separação entre os aglomerados urbanos e o mundo rural e ainda a formação de uma consciência coletiva para a necessidade de defesa da floresta. Dessa forma, a nossa sociedade não seria tão indiferente aos crimes contra a floresta, que, a cada ano que passa, se vão sucedendo e aparentemente passam impunes.
Ao mesmo tempo também é necessário investir no ordenamento da floresta e tomar medidas de natureza jurídica, judicial e política que combatam os negócios que aparentemente gravitam à volta dos fogos: o imobiliário, o comércio de madeira e o dispositivo de combate a incêndios.
Estou convencido que medidas deste género poderiam contribuir para proteção dos ecossistemas, para promover um desenvolvimento mais harmonioso do país e para garantir a sustentabilidade de setores económicos que dependem da floresta, como por exemplo, o da indústria do mobiliário.