Confesso
que este ano nem me apercebi dele. Não fossem os comentários de uma colega, ainda
dada àqueles tão nostálgicos assomos de nacionalismo, a dar-me conta de mais
uma eliminação de Portugal e o certame tinha-me passado completamente ao lado.
Do “mal”
que a colega Aldina ainda hoje sofre, também eu padeci fortemente na minha
infância e adolescência. Todos os anos a mesma expectativa «é desta que Portugal
vai obter uma boa classificação...». E depois, no dia euro festival, por volta
das 21:00 horas – mais coisa, menos coisa – mais um banho de desilusão!
Com
este desfecho a repetir-se a cada ano que passava, o meu fervor nacionalista foi
esmorecendo e a minha indiferença foi aumentando.
Felizmente,
o mesmo não acontece com a Aldina! E ainda bem que vai restando alguém para,
ano após ano, comentar o triste fado das participações do nosso país.
Neste ano de 2012, a
Aldina além de me fazer queixa da habitual “panelinha” dos países do norte e
leste da europa nas votações, falou-me também de um fenómeno nunca visto: as avozinhas
da Rússia. Fiquei curioso e fui ver.
Depois
disto julgo estar descoberto o antídoto para Portugal ganhar o euro festival. Para
o ano, vamos apresentar um grupo de canto alentejano a cantar a música dos “Bon
Jovi “keep the faith” e para completar a coreografia enchemos o palco com um
grupo de pauliteiros de Miranda. Talvez assim mereçamos o olhar arregalado de um qualquer membro do júri.
Quanto
ao resto e porque hoje é o dia da grande final, desejo às “Avozinhas de Buranovo” – удача! (udacha) - que é como
quem diz: boa sorte!