sábado, 3 de dezembro de 2011

Falar de Dezembro (3)



As laranjas maduras




Não sei se sabem, mas Dezembro é o mês em que amadurecem as laranjas.
Lá pela terra costumava dizer-se “que pelo Natal se vai ao laranjal”, sinónimo de que estes citrinos amadurecem neste mês do ano.
Nos dias que correm este pormenor pode parecer irrelevante, sobretudo para os mais novos, porque temos ao nosso dispor todos os tipos de fruta, ao longo de todo o ano, mas em tempos mais remotos, em que consumíamos essencialmente fruta de época, era em Dezembro que podíamos provar as primeiras laranjas.
Bons tempos!

Pescadores das Caxinas resgatados



Bem-vindos a casa!

Uma palavra de reconhecimento para a equipa de militares da força aérea que localizou e resgatou os pescadores do “Virgem do Sameiro”.

Morreu José Mensurado

José Mensurado trabalhou durante trinta e nove anos na RPT onde desempenhou várias funções, mas ficará na história pelo facto de ter sido o jornalista português que conduziu em directo a histórica emissão da chegada do homem à lua, que se prolongou por cerca de 18 horas.
Morreu ontem aos oitenta anos de morte natural.

Ermesinde em obras e o desespero do cidadão

Fica aqui a minha homenagem às gentes de Ermesinde que têm aguentado com paciência de Jó as intermináveis obras que decorrem na via pública, em diversos pontos da cidade.
Por vezes o desespero é total. Parece que o centro cidade está sitiado. As obras começam nos Montes da Costa, prolongam-se até Rua da Formiga, vão desembocar na Rua José Joaquim Ribeiro Teles - que desespero. Mas ainda há mais. A zona de acesso à A4, a Rua das Presas de Sá, a zona da Vila Beatriz, a zona do Largo da Estação e Rua Rodrigues de Freitas. Enfim, um autêntico caos, para quem todos os dias tem que passar por estes locais.
Não sei a quem pedir explicações a propósito deste estado de coisas. Não sei quem são os titulares das obras, que decorrem há meses a fio, nem quem as autorizou. O que peço é que as mesmas sejam céleres e se acabe rapidamente com este calvário para os cidadãos.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Cuidado com as generalizações

Hoje ouvi alguém dizer a propósito de outra pessoa: “admiro a forma como fala, o modo expressivo e a convicção como o faz, até se parece com os políticos”. Para logo de seguida acrescentar: “os políticos que são todos uns aldrabões e uns gatunos”. E rematou com ironia, referindo-se à pessoa de que falava, dizendo que essas qualidades dos políticos, a dita pessoa, felizmente, ainda não as tinha aprendido.
Ao ouvir aquelas palavras fiquei a reflectir nos atributos que tinham sido assacados, de forma genérica, aos políticos. Parece-me que é muito perigoso fazer generalizações quando se aprecia questões de carácter, ainda mais, quando se o faz em relação a um grupo muito alargado de pessoas. È verdade que pode haver entre a classe política indivíduos a quem aqueles epítetos assentem como uma luva, mas que daí se parta para uma avaliação de todos os políticos pela mesma bitola parece-me injusto e perigoso.
Penso assim, porque julgo que se na nossa classe política há muitos exemplos do mau exercício dos respectivos cargos, também haverá muito mais exemplos de políticos que exercem os seus mandatos de forma empenhada e honesta. Por isso parece-me injusto que valorizem apenas os que exercem mal o seu cargo e não se dê o devido destaque aos outros, que são, com toda a certeza, em muito maior número que os primeiros.
Por outro lado parece-me perigoso que se faça este tipo de generalizações porque a nossa sociedade, tal como a generalidade das sociedades contemporâneas, está estruturada de uma forma que atribuiu um papel fundamental na sua organização à classe política. A ser assim, o ideal seria que ao exercício de cargos políticos fossem chamados os melhores, os mais capazes e os que realmente tivessem vocação para servir a causa pública. Mas para que assim seja, também é necessário que a política seja respeitada e prestigiada, para que a ela sejam atraídos os melhores. Ora, parece-me que com a banalização de apreciações negativas, do género da que acima relatei, em nada se estará contribuir para a valorização da  política, antes se tenderá afastar dela aqueles de quem ela mais precisa, ou seja, os mais capazes e os mais vocacionados para o exercício do serviço público. Desta forma corre-se o risco de entregar o exercicio da politica, a figuras de segunda linha, mal preparados e sem vocação verdadeira para o exercicio dos cargos, uma vez que os mais capazes não se sentem motivados para o exercicio de funções em que serão alvo de avaliações furtuítas e genericas.

Faço esta referência, por consideração aos políticos que conheço e aos muito mais que não conheço, mas que sei  se dedicam de alma e coração ao exercício dos cargos políticos, muitas vezes até com prejuízo para as suas vidas profissionais e particulares.

Falar de Dezembro (2)



OS DIAS PEQUENOS



Dezembro é o mês que tem os dias mais pequenos do ano.
Não é facto dos dias serem pequenos que me faz gostar particularmente deles, mas a circunstância de a dias pequenos se seguirem noites mais longas, propicias ao aconchego e aos serões em família.
É nestes dias que, ao redor de uma lareira acesa, ou de um qualquer outro ponto de calor, Pais, Filhos, Avós (...) têm condições ideais para dialogar e para aprofundarem os laços que os unem! São momentos únicos que permanecem na nossa memória e nos acompanham ao longo das nossas vidas.