Numa altura em que fala na reestruturação
do sector dos transportes - identificado pelos responsáveis políticos como um
dos maiores sorvedores de recursos públicos – onde se preveem reestruturações
extremamente dolorosas, com extinções de postos de trabalho, redução nos
serviços prestados e aumento de tarifas, voltar à carga com um projeto que, há
pouco mais de um ano, foi abandonado por razões de insustentabilidade económica
é uma decisão que me custa a compreender.
Este tempo que vivemos, em que (1)
se sucedem as notícias de uma pertença economia de meios – EP vai cortarnos limpa-neves, iluminação e patrulhamento das estradas – em que (2)
se promove o fim da exploração da linha férrea tradicional e se reduz a mínimos
questionáveis o investimento na sua manutenção – veja-se o exemplo do
projeto de eletrificação da linha do douro no troço Caíde-Marco de Canaveses – em
que (3) se fala da necessidade qualificação/racionalização dos investimentos
públicos, em que (4) se estabelece como prioridade a reindustrialização
do país e em que (5) se submete os portugueses a um esfoço fiscal
incomportável - o maior de que há memória - este tempo, dizia, não é o tempo
para as meias verdades, ou para verdades de conveniência, é o tempo da coerência,
ou da falta dela...
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