sexta-feira, 23 de abril de 2010

O livro que estou a ler “O Primo Bazilio” – I

Neste mês de Abril propus-me visitar, em termos de leitura, um dos autores clássicos da literatura de língua portuguesa: Eça de Queiroz.
Devo confessar-vos que gosto particularmente de Eça de Queirós; gosto da sua escrita e da forma como através dela retrata a sociedade do seu tempo.
Escolhi o “O Primo Bazilio” porque é um romance que comecei a ler algures, há uns anos atrás, mas que nunca conclui. Espero, e tenho a certeza, vir a conseguir faze-lo desta vez.
Estou a ler uma edição de Junho de 2003 dos «Livros do Brasil», que é publicada de acordo com a segunda edição da obra, datada de 1878. Esta edição tem 457 páginas e a fixação do texto e notas foi feita por Helena Cidade Moura.
A leitura também tem sido afectada pela falta de tempo, mas está correr de forma razoável.
Para a semana darei mais notícias a propósito de “O livro que estou a ler”.

Afazeres: profissionais e outros.

Os afazeres impediram-me, nos últimos dias, de vir ao “Cidadão com Opinião” deixar a minha opinião, os meus pontos de vista e as minhas notícias.
Coisas da vida...
Agradeço os contactos de alguns dos que por cá passam, que procuraram saber os motivos para minha ausência.
Motivos de ordem profissional e outros afazeres a isso me obrigaram.
Quem me conhece sabe que esta altura do ano é muito preenchida para mim... mas cá estou de novo!
Isso é que é importante.

domingo, 18 de abril de 2010

Jesualdo Ferreira...

Declarações de Jesualdo Ferreira no dia em que o Futebol Clube do Porto perdeu, matematicamente, a possibilidade de revalidar o título de campeão nacional:


"Não fomos tão competentes como nas épocas passadas... quando costumávamos garantir o título a cinco ou seis jornadas do fim"

Pragmático o homem... mas não resistiu à tentação de dar a alfinetada da ordem! 
Professor Jesualdo, as alfinetadas sem resultados não valem nada e até soam ridículo; e vá-se preparando porque, daqui a dois ou três fins-de-semana, vai haver muito barulho e nessa altura não mande calar ninguém... Olhe que o senhor também foi dos que contribuiu para que esse barulho se venha a poder fazer. Proteja-se!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Mansa é a tua tia, pá!

Assembleia da República, debate quinzenal com o Primeiro-ministro...

Diz o Deputado da Nação Francisco Louçã:

Sr. Primeiro-Ministro, eu vejo que de intervenção em intervenção vai ficando um pouco mais manso e vai tentando requalificar e justificar sempre sobre as suas próprias acusações…"

Responde José Sócrates, Primeiro-ministro de Portugal, com microfone desligado:






Manso é a tua Tia, pá!”

 
 
 

A qualidade do debate político em Portugal está a degradar-se a olhos vistos; os exemplos sucedem-se a cada dia que passa e ninguém parece importar-se com este estado de coisas.
Já não será tempo do Dr. Jaime Gama, Presidente da Assembleia da República, por ordem na casa?
É que, sendo o Parlamento a "casa mãe" da democracia, tem que ser prestigiado pela conduta, pelas atitudes e também pela postura dos eleitos do povo. Os Deputados da Nação e os Membros do Governo devem funcionar como exemplos para a sociedade e não como espelhos reflectores do que ela tem de pior ou pelo menos de mais pitoresco. Estar sentado nas cadeiras do hemiciclo não é propriamente a mesma coisa que estar sentado na mesa de um café, a beber uns copos com os amigos, a comentar futebol e a debater a sociedade.

Isto penso eu... estarei errado?

Podem ver o video aqui no Diário de Notícias

A nuvem... que não é passageira!

Esta é a nuvem de que se fala!

É composta por cinzas vulcânicas e formou-se a partir da erupção de um vulcão, sob glaciar Eyjafjllajokull, no sul da Islândia.
É muito perigosa para a navegação aérea uma vez que as cinzas se podem alojar nos reactores dos motores dos aviões provocando a sua paragem; por isso a circulação de aviões nos céus da Europa tem sido muito afectada.

Os dados são impressionantes:
  • O espaço aéreo completamente fechado na Irlanda, Reino Unido, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia, Estónia, República Checa e Eslováquia;
  • São também afectados o norte da França e da Suíça alguma regiões da Alemanha, da Polónia e da Itália;
  • Segundo a Agência Europeia para a Segurança na Navegação Aérea, só nesta sexta-feira, a nuvem levou ao cancelamento de 17 mil voos em toda a Europa;
  •  Só no dia de hoje, foram afectados 1 milhão e 360 mil passageiros;
  • O caos nas ligações aéreas está lançado um pouco todo o mundo.
Por apurar estão ainda os prejuízos para economia mundial e os riscos para a saúde humana.

Impressionante a força natureza...

domingo, 11 de abril de 2010

Tributo social


Hoje tive oportunidade de ouvir parte do discurso que Pedro Passos Coelho proferiu no encerramento do congresso do PSD.
Quanto á forma, pareceu-me, em termos gerais, um bom discurso. Num tom acutilante, mas só quanto baste, PPC, procurou afastar-se da retórica apocalíptica da sua antecessora e ensaiou uma pose de estadista.
Quanto ao conteúdo, entendo que veio de encontro ao que os militantes do PSD e o país esperavam, ou seja, um discurso que lançou ideias e propostas para a governação.
Destas, retive três:
1ª - Retirar o Estado dos negócios.
Diz PPC que com esta medida se moraliza a actividade do Estado e se combate o fenómeno da corrupção.
A ideia, em tese, até parece boa; mas será PPC avaliou convenientemente o impacto de tal medida? Quantos milhões deixariam de entram nos cofres do Estado se este deixasse de ter uma intervenção activa na economia?
Por outro lado, será que a regulação no nosso país está suficientemente madura para que o Estado possa por nas mãos do mercado sectores estratégicos onde mantém participações?
2. Revisão Constitucional quanto antes.
Diz PPC que é necessário libertar o Estado de determinadas obrigações Constitucionais, por forma a dar liberdade de escolha aos cidadãos em matérias como a educação ou a saúde. Tenho curiosidade para verificar como se traduziria, em termos práticos, esta liberdade de escolha.
3. Tributo social.
Diz PPC, quem recebe a solidariedade do Estado (que é como quem diz de todos os contribuintes) sob a forma de subsídios, tem que retribuir com aquilo que pode dar: trabalho para a comunidade. É tempo de acabar com o subsídio sem contrapartidas.
Eu concordo.
Este pode ser o ponto de partida para uma nova geração de políticas sociais que eu, particularmente, há muito que defendo. Eu também penso como PPC: quem trabalha e ganha a retribuição mínima garantida, vulgo ordenado mínimo, não pode olhar para o lado e ver que o vizinho recebe mais em subsídios e nada faz; é injusto.
Mas também aqui eu tenho curiosidade para ver como é que se vai moralizar o sistema.

Em suma, o discurso foi bom, mas é preciso transformar as ideias, que parecem boas, em propostas concretas...