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sábado, 2 de maio de 2015
Greve dos pilotos da TAP e Portugália – 2º dia
O
lobo nem sempre consegue vestir a pele do cordeiro e quando o faz nem
sempre o fato lhe assenta bem. Neste caso, desde cedo se percebeu que o fato não lhe cobria todos os rabos (DN).
A postura
arrogante dos responsáveis do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil está a resultar num
aparente fracasso que para além de denegrir a imagem de uma classe pode constituir um rude golpe na credibilidade de todo o movimento sindical português, algo que me parece absolutamente indesejável. Que se salve a TAP, ainda que mal tratada.
sexta-feira, 1 de maio de 2015
Dia da caça ao consumidor
O episódio que aqui relatei aconteceu no 1.º de maio de 2012. De lá até agora, algumas das maiores cadeias de distribuição que
operam em Portugal, têm aproveitado o feriado do dia do trabalhador para lançar
ações de promoção das suas vendas. De forma mais ou menos declarada, e com
maior ou menor agressividade, a cada ano que passa, esses agentes têm procurado
acautelar as suas posições comerciais protegendo-se contra possíveis (e inesperadas)
investidas da concorrência.
O presente ano de 2015 não foi exceção, bem
pelo contrário. Logo pela manhã, bastava ligar a televisão e assistir a dois ou
três blocos publicitários, para se perceber que, neste dia do trabalhador, mais
uma vez, estava lançada a caça ao consumidor.
Faço votos para que não tarde o dia em que no
1.º de maio se volte a olhar para as pessoas mais na sua dimensão humana e social e
menos na sua qualidade de consumidores.
Nessa altura, já estaremos certamente menos acossados
pela crise e a nossa sociedade não estará tão exposta e vulnerável. Porém, até que
esse dia chegue, não deixemos de cultivar a dignidade que nos resta, nem que para
isso tenhamos que sonhar e ter saudades do futuro...quinta-feira, 20 de junho de 2013
Autores de palmo e meio!
Uma viagem de sonho
No final de um certo
dia, à tardinha, estava na escola… Como a jornada de trabalho já tinha
terminado, estava sentada na minha cadeira, com os braços apoiados na mesa e as
mãos a segurar-me o rosto. Esperava pela chegada dos meus pais que daí a pouco
me viriam buscar.
Àquela hora, lá na
frente, a professora Patrícia, sentada à secretária organizava as suas coisas,
preparando a aula do dia seguinte. Ao redor, os meus colegas, em voz baixa,
diziam graçolas, contavam segredos, mordiscavam-se uns aos outros… Enfim, uma
algazarra em preparação, mas que, por aquela altura, era contrariada pela
presença da professora!
E foi assim, neste
ambiente descontraído, que de repente me senti a sonhar. Sem sair da minha
sala, senti-me a viajar pelo mundo inteiro!
Nessa viagem imaginária,
estive em sítios muito distantes e percorri quatro continentes: Europa, Ásia,
África e América. Nas diversas paragens que fui fazendo fiquei a conhecer
alguns países: as suas características, as suas gentes e as suas tradições.
Para que saibam por
onde andei e o que aprendi vou partilhar convosco o roteiro da minha viagem!
Parti de Portugal, este
jardim à beira mar plantado e a minha primeira paragem foi em Espanha, o país
que se situa mesmo aqui ao lado!
Aí chegada, cruzei-me
com uma senhora vestida de sevilhana que me disse que a Espanha é um país situado na Península Ibérica, que tem
a sua capital em Madrid e que faz fronteira terrestre com Portugal e França.
Informou-me também que o regime político espanhol é uma monarquia, que o Rei se
chama Juan Carlos e que as principais tradições do seu país são as touradas e
as danças sevilhanas.
Dali parti de barco e
fui parar a Inglaterra.
Na rua, um polícia com um capacete muito engraçado, falou-me do seu país.
Fiquei a saber que a Inglaterra faz parte do Reino Unido,
que se situa na ilha da Grã-Bretanha e que a sua língua é o inglês. Que, tal como
Espanha, também é uma monarquia e que a sua Rainha se chama Elizabeth II. Então,
é caso para dizer “God save the Queen”!
Deixei aquele lugar num
grande navio e poucas horas depois fui parar a FRANÇA. Lá cruzei-me com um
ciclista que me deu boleia e me levou a conhecer a cidade de Paris, que é a
capital de França. Aí visitei a famosa
Torre- Eiffel e o Museu do Louvre e ainda assisti ao final de uma etapa
da volta a França em bicicleta, que é um dos eventos mais tradicionais deste
país, onde se fala o francês.
A minha viagem
continuou rumo ao centro da Europa e fui parar à Alemanha um
país cuja capital é Berlim e que tem uma mulher como chefe do Governo - Angela
Merkel. À porta de um bar, um homem alto e loiro, com uma grande caneca na mão,
explicou-me que as salsichas e a cerveja são dois dos produtos mais conhecidos
da Alemanha.
E continuei a viajar
para leste, para o leste da Europa… Parei então num país muito frio! Estava na Ucrânia, a terra natal da
minha colega Sofia. Ali fala-se ucraniano e russo e a capital do país é Kiev.
As especialidades gastronomias da Ucrânia são “ o frango a la Kiev “ e o “bolo
de Kiev”.
E a viagem para leste
continuou. Abandonei o continente europeu e entrei na Ásia!
Fui parar à China, o país mais populoso do mundo.
Lá as pessoas pareceram-me ensonadas, porque tinham os olhos em bico! A capital
da China é Pequim e um dos seus alimentos mais característicos é o arroz. Aí
visitei o monumento mais imponente do mundo, a grande muralha da China e
aprendi algumas palavras de mandarim, a língua que se fala por lá.
Da China, parti por
terra e fui parar à ÍNDIA, o
segundo país mais populoso do mundo. A sua capital é Nova Deli e lá falam-se
várias línguas, mas as principais são o hindi e o inglês. A sua moeda é a rupia
indiana e este país é conhecido pelos seus tradicionais encantadores de
serpentes, pelas roupas com cores variadas e pelo uso de várias especiarias. A
pinta que todas as mulheres usam na testa deixou-me impressionada pois, num
primeiro momento, pareceu-me ser varicela! A atenção dada às vacas, que são
tratadas como deuses, também me deixou muito admirada...
E a viagem continuou...
Agora novamente de barco. A minha próxima paragem foi em Timor LESTE, um dos países mais pequenos do
mundo, cujo território corresponde a metade de uma ilha. Timor foi uma antiga
colónia Portuguesa, invadida e ocupada pela Indonésia durante 24 anos. As línguas mais faladas em Timor Leste
são o Tétum e o Português e a capital do país é Díli.
De Timor parti para Angola. Para trás deixei a Ásia e entrei noutro
continente: África!
Angola também foi uma colónia Portuguesa, descoberta pelo navegador Diogo Cão,
no século XV. Situa-se na parte sul do continente africano e sua língua oficial
é o português. Em Angola, cruzei-me com o Pedro Mantorras, antigo jogador do
Benfica! Ele levou-me a visitar a capital do seu país, Luanda e disse-me que em
Angola existem grandes produções de café e de cana-de-açúcar. Também me disse
que Angola é segundo maior produtor de petróleo de Africa e que no país são
explorados diamantes. Angola é um país com muitas riquezas e muito quentinho!
Mas a minha viagem
continuou, agora de Avião! Sobrevoei o Atlântico, deixando África para trás e
parti em direção à América.
Aterrei no México
e lá fui recebida por um homem muito simpático que falava espanhol e vestia
umas roupas muito coloridas e que na cabeça tinha um chapéu enorme. Começou por
me explicar que o seu chapéu se chamava sombrero e que aquele era um dos
símbolos mais conhecidos do seu país. Depois, informou-me que o México se
localiza na América do Norte e que a sua capital, que tem o mesmo nome do país,
Cidade do México, é a terceira maior cidade do mundo, com mais de vinte milhões
de habitantes. Tanta gente! Disse-me ainda que no México existem muitos
vestígios de civilizações antigas como os Maias, os Astecas e outras. Os
mexicanos são um povo muito divertido e obrigaram-me a provar os seus pratos
tradicionais: os Burritos e a Tortilha. Porque sou criança escapei-me de provar
a sua bebida mais famosa, a tequila!
E
do México rumei a norte e cheguei aos Estados Unidos da América, o país mais poderoso do mundo! Este país situa-se
na região central da América do Norte e é formado por 48 Estados. A sua língua
oficial é o inglês e a moeda usada é o dólar americano. A sua capital é
Washington e o presidente do país chama-se Barack Obama. Nos Estados Unidos é
muito característica a comida tipo “fast food”: hambúrgueres, batatas fritas,
cachorros-quentes, coca-cola… Hum! Tudo comida …
Viajava assim quando de
repente o meu sonho foi interrompido! Oh!
- Ana Rita Vieira…
Entoou a professora
Lina à porta da sala.
- Podes ir, chegaram os teus pais!
Terminava assim o meu
sonho... Logo ali pude perceber que esta minha viagem imaginária tinha sido
inspirada pelo projeto educativo que desenvolvemos ao longo do ano na minha
escola e que teve como objetivo dar-nos a conhecer os países incluídos neste
meu roteio de sonho.
Ah! Já agora e para que
saibam, o país que saiu em sorte à minha sala foi a Inglaterra. Então, é caso
para terminar dizendo: Goodbye my friends!
In “Jornal da Academia” – Academia de Ensino Particular.
Autora:
Ana Rita Vieira, aluna do 4º ano
(Publicado com autorização da autora)
(Publicado com autorização da autora)
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
“Grândola Vila Morena” cantada em Espanha
Quem é que disse que as
exportações portuguesas estão a desacelerar?
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
O Papa Bento XVI renunciou hoje ao seu ministério
Quando foi eleito para a cátedra de
Pedro, em 2005, o Cardeal Joseph Ratzinger carregava um fardo, a meu ver,
pesado: tinha sido durante 24 anos Prefeito da Congregação para a Doutrina da
Fé.
Este órgão, que tem a incumbência de
promover e salvaguardar a doutrina sobre a fé e a moral católica em todo o
mundo, é talvez o mais importante na estrutura Cúria Romana. Mas, simultaneamente,
e por força das suas atribuições, é também aquele que mais frequentemente é
visado pelos críticos da Igreja, que vêm nele uma espécie de “condicionador” da
liberdade dos fiéis, a quem impõe valores éticos e morais e regras doutrinais.
Virá a propósito referir que até ao início do século XX a Congregação para a
Doutrina da Fé era conhecida como o Tribunal da Santa Inquisição.
Ora, o exercício do cargo de Prefeito da
Congregação para a Doutrina da Fé, durante grande parte do pontificado de João Paulo
II - um dos Papas mais carismáticos de sempre - investiu Ratzinger no papel de
uma personagem extremamente conservadora, tendo sido muitas vezes apontado aos
olhos da opinião pública como o responsável pela falta de adaptação da doutrina
da Igreja aos tempos modernos.
Porventura,
por causa desta condicionante, quando a 19 de Abril de 2005 o Cardeal Joseph
Ratzinger foi eleito Papa, fiquei algo expectante quanto ao exercício do seu
ministério. Também eu fui muito marcado pelo pontificado avassalador de João
Paulo II e em muitos momentos fiquei com a sensação de que Papa polaco teria
ido mais além em questões fraturantes para sociedade contemporânea, não fossem
as imposições emanadas pela Congregação para a Doutrina da Fé, de que era
responsável o Cardeal alemão.
E os
meus receios não se desvaneceram nos primeiros tempos do seu pontificado altura
em que Bento XVI promoveu a recuperação de alguns símbolos tradicionais da
indumentária pontifícia, como por exemplo, o uso de sapatos vermelhos... Esta e outras práticas, confesso-o, afiguraram-se-me a uma espécie de tentativa de restauração de
uma certa "aristocracia papal" que achava desadequada para o nosso tempo.
Mas
com o passar dos meses, e dos anos, a minha opinião acerca deste Papa foi-se
clarificando e fui descobrindo nele um número crescente de qualidades que me
levaram a respeita-lo e a admirar cada vez mais a sua personalidade.
Homem
estudioso, muito inteligente e extremamente culto, Ratzinger é dado a uma timidez
muitas vezes encontrada em personalidades com estas características, mas longo
do tempo foi transformando a sua forma de estar em público, adequando-a às suas
funções de Sumo Pontífice. Uma transformação deste género é sempre merecedora
de relevo, mas, na minha opinião, a de Bento XVI, merece ainda mais destaque dado
que se operou, e de uma forma particularmente notória, num homem de idade já
avançada.
De
resto, o pontificado de Joseph Ratzinger, não foi fácil, sendo pontuado por
momentos de grande intensidade e polémica, de que será exemplo mais
significativo, a denúncia de casos de pedofilia em larga escala no seio da
Igreja Católica. E foi nestes momentos, e noutros, em que por exemplo assumiu
publicamente erros históricos da Igreja, que Bento XVI se revelou um homem
determinado e um líder particularmente incisivo, que procurou demonstrar a
todos quantos o rodeiam que a resolução dos problemas começa pela aceitação da sua
existência, sem ambiguidades e passa pelo seu tratamento de forma séria nas
suas diversas vertentes, sejam elas religiosas, jurídicas, económicas,
políticas, etc.
Em
termos doutrinais/intelectuais, Bento XVI lega à Igreja e aos crentes em
particular, um pontificado marcado por um pensamento focalizado particularmente
no tema da fé. Seja sob a forma escrita, editada e publicada, seja através das
intervenções que foi proferindo ao longo dos últimos oito anos, o Santo Padre, teorizou
profundamente sobre a forma de entender a fé à luz da razão. Sobre a forma como
cada ser humano pode livremente descobrir a verdade da fé se se predispuser a
percorrer o caminho que leva à verdade, alimentado pela fé.
Em
termos pastorais, do pontificado de Bento XVI ficam as suas viagens apostólicas,
realizadas algumas delas em circunstâncias muito difíceis, e os seus encontros com
personalidades ligadas a meios académicos, científicos, culturais e políticos, onde
procurou constantemente lançar pontes para o diálogo inter-religioso, cultural
e científico.
Enfim, um pontificado relativamente curto, mas muito valoroso, que chega ao fim por vontade do próprio, num gesto sem paralelo na história recente da Igreja.
Enfim, um pontificado relativamente curto, mas muito valoroso, que chega ao fim por vontade do próprio, num gesto sem paralelo na história recente da Igreja.
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