quinta-feira, 13 de maio de 2010

13 de Maio - "Dia da Libertação dos Impostos"

Segundo revela esta notícia do Diário Económico, só a partir de amanhã os portugueses começam a ganhar para si próprios, pois até hoje, estiveram a trabalhar para pagar Impostos ao Estado.
De acordo com o estudo da Associação Industrial Portuguesa (AIP), citado nesta notícia do DE, foram precisos 133 dias de trabalho para pagar os Impostos relativos ao ano de 2010.
Dá que pensar...

terça-feira, 11 de maio de 2010

Visita à casa de Anne Frank

A partir de agora já é possível fazer uma visita virtual à casa onde viveu Anne Frank durante a II Guerra Mundial.


A iniciativa de disponibilizar esta visita virtual ao sótão onde se escondeu a jovem judia partiu do museu Anne Frank, que existe há 50 anos e contabiliza visitas anuais na ordem de um milhão de pessoas.


Annelisse Maria Frank, mais conhecida como Anne Frank, era uma jovem de origem judaica, filha de Otto Frank e Edith Holländer. Nasceu a 12 de Junho de 1929, em Frankfurt am Main, na Alemanha.
Com subida do partido nazi ao poder e por questões de segurança a família Frank vai viver para Amesterdão, na Holanda, no final do ano de 1933 (inicio de 1934).
A cidade holandesa aparentemente era segura e os refugiados judeus gostavam de lá viver. Mas no dia 5 de Julho de 1942 a família é surpreendida por uma convocatória para Margot Frank, irmã mais de Anne, ordenando a sua ida para o campo de trabalhos forçados de Westerbork, na Alemanha.
Perante este facto, Otto Frank, pai de Anne, decide esconder a família num anexo contíguo ao seu escritório, local que vinha preparando,  para se tornar esconderijo da família, caso fosse necessário.
Pouco tempo depois juntou-se-lhes no refúgio a família Van Pels, com três elementos, e um pouco mais tarde Fritz Pfeffer. Todos judeus clandestinos.
Durante dois anos, viveram todos juntos, naquele espaço exíguo, como uma autêntica família, sempre com medo de serem descobertos pelos nazis ou pelos seus informadores.

Foi durante este período que Anne Frank escreveu o diário, que veio a ficar celebre.

Mas a  4 de Agosto de 1944, após uma denúncia, o esconderijo foi descoberto pelos nazis e os seus ocupantes foram todos presos e encaminhados para campos de concentração. Foram poupados á morte pelos opressores mas o único que sobreviveu ás doenças que se propagavam pelos campos de detenção foi o pai de Anne.
Anne Frank morreu com 16 anos, no campo de concentração de Bergen Belsen, vítima de tifo.

A propósito, já aqui falei de Miep Gies, que era empregada de Otto Frank e ajudou a sua família a esconder-se e que depois foi a guardiã do diário de Anne.

Visita do Papa


O Papa Bento XVI já está em Portugal...
A esta hora o Sua Santidade visita o Mosteiro dos Gerónimos.

O Papa Bento XVI visita Portugal

Papa Bento XVI

Sua Santidade o Papa Bento XVI inicia hoje, 11 de Maio, a sua primeira visita, enquanto sumo pontífice, ao nosso país.
Esta visita, que também é de Estado, acontece a convite do Presidente da República Portuguesa e da Igreja de Portugal e terá a duração de quatro dias, repartindo-se por três cidades, Lisboa, Fátima e Porto.
Ao longo dos últimos dias tenho lido e ouvido comentários bastante antagónicos a cerca desta visita, mas como estamos num Estado de Direito e Democrático, todas as opiniões devem ser respeitadas, ainda que algumas delas, pareçam completamente desprovidas de sentido e oportunidade.
Penso que, de uma forma geral, a Igreja portuguesa, tem tido uma postura correcta ao longo deste processo, porque soube colocar todo o enfoque da visita na sua dimensão religiosa e pastoral, afastando-se desta forma, das polémicas em que alguns queriam envolve-la.
O exemplo mais recente desta tentativa aconteceu ontem no programa de Miguel Sousa Tavares, na SIC, “Sinais de Fogo”.
Lá foram apresentadas algumas peças jornalísticas em que se tentou fazer passar a ideia de que esta seria uma visita oportunista, feita à medida de um desagravo programado à pessoa do Papa, que ultimamente viu a sua imagem afectada com a divulgação pública de casos de pedofilia no seio da Igreja Católica. Nas mesmas peças foram ainda abordados, em tom crítico, a excentricidade dos gastos com esta visita e a postura errada do Governo de Portugal, um Estado laico, que ao conceder tolerância de ponto aos funcionários públicos, estava a provocar efeitos gravosos na economia do país.
Começando pelo final, e analisando friamente os dados, penso que a atitude do Governo pode merecer algum reparo, porque de facto a decisão de conceder tolerância de ponto pode ter repercussões ao nível da economia do país, nomeadamente, no que aos níveis de produtividade diz respeito. Mas a decisão governamental pode ainda ser merecedora de maior reparo, porque, em meu entender, ela teve objectivos eminentemente políticos. Posso estar enganado, mas vejo esta decisão, como um gesto de “falsa cortesia”, do Governo para com a Igreja Católica, a quem no âmbito da sua actuação tem afrontado em diversas ocasiões, sendo a mais recente, a Lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Enfim, uma acção de charme, não vá acontecer algum reparo público a cerca da actuação governamental, neste momento tão delicado para o executivo.
Quanto às críticas aos gastos com logística desta visita, eles são de facto muito elevados, mas parecem-me semelhantes aqueles que se suportam com outros eventos de natureza política e social que se realizam no país. Acho que estar a empolar este facto, neste momento, para o contrapor à doutrina social da Igreja, é demagogia barata. Além do mais, ao que consta a Igreja portuguesa não celebrou protocolos com o Estado para custear as despesas com as infra-estruturas para as celebrações e cerimónias públicas. Creio, e é público, que estas terão sido pagas com recursos próprios e com o contributo dos fiéis e de mecenas.
Por fim, perdoem-me a sinceridade, mas parece-me um atentado ao bom senso, dizer, como foi dito, que esta viagem acontece num momento estratégico e que foi programada para “dar ao Papa um banho de multidões” numa altura em que a sua imagem precisa de ser reabilitada. E que Portugal, sendo um país de brandos costumes, é o local próprio para que isso aconteça, fazendo crer que o povo português estaria a ser manietado.
Sem comentários.
Apenas dizer que, como é público, esta visita estava programada há muito tempo. Muito antes de terem sido revelados os recentes escândalos de pedofilia envolvendo a Igreja Católica. Que o Papa vem a Portugal porque foi convidado. E que os portugueses, e os Católicos em especial, apesar de não serem tão inteligentes como o Dr. Miguel Sousa Tavares, são pessoas de bom senso, que não se deixam manietar por instituições, sejam elas religiosas, políticas ou de outra natureza; nem por profissionais da comunicação, que na sua luta pelas audiências, desdizem os princípios éticos que afirmam abraçar.

Quanto ao essencial, faço votos para que a visita de Sua Santidade corra bem e seja um sucesso.

domingo, 9 de maio de 2010

Sócrates & Passos II

Esta notícia de que o primeiro-ministro voltará a reunir-se com o líder do maior partido da oposição para acertarem medidas adicionais para a redução do défice das contas públicas a mim não me surpreende.
aqui tinha dito, que ficou muito aquém das minhas expectativas o resultado do primeiro encontro, com este mesmo fim, ocorrido entre estes mesmos protagonistas, a 28 do mês passado.
O curso dos acontecimentos vem dar-me razão, a mim, e a todos os que pensam como eu.
O desequilíbrio das contas publicas é um problema grave que o país tem que resolver, e com urgência. Este combate deve ser encarado de forma decidida, com verdade e os seus custos devem ser repartidos de forma justa.
Aflige-me o facto do país ainda não ter percebido isso. Vejo que a grande maioria das pessoas ainda assobia para o lado, como se nada de grave (muito grave mesmo) se estivesse a passar.
Já para não falar da actuação do Governo no combate à crise, cuja postura tem deixado, a meu ver, muito a desejar. Penso eu que, nestas circunstâncias, se aconselhava tudo, menos uma politica de ziguezagues. Uma verdade que hoje é absoluta para o executivo (mas contra a corrente) daqui a quinze dias já é o seu contrário, por força de imposições internacionais.
Aconteceu isso com os grandes investimentos em obras públicas. Foi preciso que os parceiros europeus puxassem as orelhas ao primeiro-ministro de Portugal, para que este invertesse o sentido de certas decisões de investimento nessas mesmas obras públicas.
Pergunto eu: não poderia José Sócrates ter dado ouvidos a quem, entre portas, há tanto tempo dele reclamava essas decisões?
Poder, podia; só que o primeiro-ministro julga que corrigir uma decisão, por sugestão alheia é uma derrota. É pena que assim seja, porque quem sai prejudicado é o país.

Parabéns!


Com uns dias de atraso, quero fazer aqui uma referencia especial  ao aniversário de um amigo que costuma passar por cá com muita frequência.
J.L., muitos parabéns, faço votos para que celebres muitos, com saúde e que sejamos todos vivos para os festejar.
Um grande abraço.