quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Afinal não silenciaram os consumidores

Mais abaixo, sob o título “Querem silenciar os consumidores”, dei a conhecer a iniciativa, para mim inadmissível, da ENSITEL (uma empresa especializada em telecomunicações) que tentava, pela via judicial, silenciar uma consumidora que decidiu reclamar porque adquiriu numa das lojas da empresa um telemóvel com defeito.
Maria João, a consumidora, decidiu partilhar a sua história rocambolesca com os leitores do seu blogue, para tornar pública a injustiça, de que no seu entender, dizia ter sido vítima.    
Em reacção a empresa decidiu interpor uma acção judicial para obrigar a consumidora a “apagar” os seus escritos.
Perante este desenvolvimento, de que MJ deu conhecimento aos seus leitores, o caso alcançou uma visibilidade pública fora do vulgar. Eu próprio dei aqui conhecimento do caso por achar esta última acção da empresa, um atropelo à liberdade de expressão dos cidadãos, independentemente de também me parecer que, na parte restante história, o comportamento da empresa ser, eventualmente, criticável.
Pois bem, eis o “Último Episódio”: a ENSITEL deu o braço a torcer.
Ainda bem que o bom senso imperou.
A empresa, de certa forma, foi obrigada por todos nós a reconhecer o direito á livre expressão dos seus clientes. Ao menos isso, uma vez que a questão do telemóvel, já há muito tempo, a MJ a tinha dado por perdida.
No final desta história fica aqui o meu aplauso para MJ pela persistência que manifestou durante a contenda que a opôs à empresa. Muito obrigado, em nome dos consumidores.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Festival do Sudoeste



A propósito de uma dúvida, levantada por estes dias, aqui está a prova... é só ler!
Minhas queridas MJ, AP e AC e meus queridos AM e PM - nós estivemos lá, no montar da tenda(!!!), em 1997, na primeira edição.
Por isso meus amigos, se quiserem, podem difundir a informação, com toda a certeza!
AP, ainda há pouco(!!!) falávamos sobre isto...

Ano Novo

Caros leitores e leitoras, bem-vindos a 2011.
Está agora a começar um novo ano que se advinha difícil. Para descontrair um bocadinho, quero brindar-vos com uma das coisas boas da vida: a música!
Deixo-vos aqui um registo sempre agradável nesta época do ano: o Concerto de Ano Novo, pela Orquestra Filarmónica de Viena.
Neste excerto, do ano de 2009, é apresentada a “Radetzky March” e a orquestra é dirigida pelo maestro Daniel Barenboim.

Vejam bem o papel do maestro...
A forma competente como dirige a orquestra; a sua versatilidade e habilidade a interagir com o público; e a sua boa-disposição!
Grande maestro! Destes precisávamos muitos... a todos os níveis! Não acham?

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Querem silenciar os consumidores

Numa viagem ocasional pela blogosfera deparei-me com esta situação inacreditável vivida pela Maria João Nogueira. Dêem uma vista de olhos nos 7 posts escritos pela mesma a propósito do assunto, para perceberem o calvário porque passa uma cidadã consumidora para fazer valer os seus direitos.
De facto só me apetece dizer que esta história, cujo desfecho ainda não se conhece, parece inacreditável!
Se a atitude da empresa ENSITEL ao não assumir as suas responsabilidades perante a cliente, cujos direitos, enquanto consumidora, estão consagrados na Lei, parece um comportamento altamente reprovável, o que dizer agora desta tentativa, de a silenciar, pela via da censura dos seus escritos?
O que me parece claro é que das relações comerciais entre as empresas e os seus clientes resultam obrigações e deveres que vão muito além do pagamento do preço e da entrega do produto. Também me parece evidente que há cada vez mais consumidores conscientes dos seus direitos e dispostos a fazê-los valer, quando se sentem lesados. Mas também parece certo, e por este exemplo se pode ver, que ainda há empresas que quando falham, entendem que a melhor forma de resolver os problemas é tentar vencer os clientes pelo desgaste, pela desproporção de meios e até pelo seu silenciamento.
Talvez não fosse pior que as empresas que têm práticas parecidas com a da ENSITEL começassem a retirar ensinamentos de episódios como este; é que caso ainda não se tenham dado por isso, o mundo vive o tempo da informação global e nesta era dos blogues e das redes sociais, tratar mal um cliente pode significar bem mais do que perder esse cliente...
Quanto ao desenvolvimento mais recente deste caso, parece-me admissível a tentativa de silenciamento da cliente por parte da empresa e esta atitude representa a subida de mais um degrau na escada dos seus equívocos. 

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Notícias da Assembleia de Freguesia de Tabuado


Devido a compromissos de natureza profissional e pessoal só agora vos posso dar conhecimento de que decorreu ontem a quarta reunião ordinária, deste ano, da Assembleia de Freguesia de Tabuado.
Eu estive presente na dita reunião e de seguida dou-vos notícias, naturalmente resumidas, do que lá se passou.
A reunião começou com uma saudação do Presidente da Assembleia de Freguesia aos presentes.
No primeiro ponto da ordem de trabalhos, alguns membros da Assembleia, apresentaram para discussão assuntos de interesse para a freguesia. Destaco aqui as questões colocadas à Presidente da Junta relacionadas com o fornecimento de refeições nos estabelecimentos de ensino e uma questão relacionada com a segurança dos cidadãos, posta em causa pela existência de um prédio devoluto, situado numa  das ruas mais movimentadas da freguesia e que ameaça ruir, pelo menos em parte.
Neste mesmo período, um dos membros da Assembleia, propôs a aprovação de um voto de louvor a todos quantos se empenharam no movimento de angariação de fundos para aquisição de uma nova cadeira de rodas eléctrica, já entregue ao Paulo Barbosa, louvor extensivo a toda a população de Tabuado (e não só) que contribuiu com os seus donativos para aquele fim.
Na sequência da ordem de trabalhos, seguiu-se a apreciação e votação das propostas de Orçamento, Opções do Plano e Mapa de Pessoal, para o ano de 2011, apresentadas pelo Executivo da Junta de Freguesia.
Na apresentação destes documentos foram abordadas temáticas como a crise económica que afecta o país e o combate ao défice das contas públicas, cujas medidas (e respectivas consequências) têm reflexo directo na diminuição das receitas da Autarquia, sendo o exemplo mais flagrante desta realidade o corte, superior a 4%, nas transferências provenientes da Administração Central do Estado.
Apesar de todas as condicionantes que se advinham para a execução orçamental do próximo ano, o Executivo deu a conhecer à Assembleia de Freguesia, as linhas orientadoras da gestão que pretende prosseguir e as obras que se propõe levar a efeito, estando à cabeça de todas elas a construção do novo cemitério.
Postos à votação, estes documentos foram aprovados por unanimidade.
Para terminar a reunião, seguiu-se o período para intervenção do público. Neste espaço, um dos cidadãos presentes, colocou algumas questões à Presidente da Junta, relacionadas com aspectos do dia-a-dia da freguesia. Registei o facto do mesmo ter dito que compreende todas as condicionantes que afectam o trabalho da Junta, mas que, ainda assim, entende que há mais freguesia para além da construção do novo cemitério (expressão minha); e que o Executivo não deve viver obcecado apenas com a construção daquela infra-estrutura. O freguês, antigo Autarca, manifestou ainda interesse em que a Junta mantivesse o seu sítio na INTERNET devidamente actualizado, para que essa ferramenta electrónica pudesse funcionar como veículo de informação entre a Autarquia e os Fregueses. Curiosamente nesta parte da sua intervenção, fez uma referência ao "Cidadão com Opinião”, manifestando apreço pelas referências que neste espaço faço à freguesia de Tabuado. No entanto, prosseguiu dizendo que gostaria de ver reforçado este trabalho de divulgação da freguesia, também  aqui no "Cidadão com Opinião".
Os trabalhos prolongaram-se por cerca de três horas, decorreram num ambiente sereno, propicio para a discussão de assuntos com interesse para o presente e para o futuro de Tabuado e todas as intervenções, independentemente dos pontos de vista dos seus autores, foram pautadas pela elevação. Já passava da meia-noite quando o Presidente da Assembleia de Freguesia deu por terminada a reunião.
Eu gostei da forma como decorreram os trabalhos, mas continuo a dizer, o que aqui disse noutras ocasiões: os Tabuadenses deviam assistir, e participar, em maior número nas Assembleias de Freguesia.
Quanto à referência a este blog, feita pelo Sr. AC na sua intervenção, naturalmente que agradeço as suas palavras e quero dizer-lhe aqui, como lhe disse na ocasião, que vou fazer um esforço para continuar este trabalho, porque gosto muito da terra que viu nascer. Mas o mesmo só poderá ser melhorado com a colaboração dos Tabuadenses...

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Coimas dos dirigentes partidários pagas pelo Estado


Tal como noticia o Jornal Público "O chefe prevarica, o Partido paga, o Estado devolve".
Segundo as regras contidas na nova Lei do Financiamento dos Partidos Políticos, as coimas aplicadas aos dirigentes partidários vão poder ser acrescentadas às despesas dos partidos. Ora, a inclusão das coimas nas despesas tem uma aplicação prática. É que como é a partir das despesas que o Estado calcula a subvenção que é concedida aos partidos, ao incluir as coimas nessas despesas, os partidos acabam por receber de volta, mais tarde, o valor monetário das coimas que lhe foram aplicadas.
As mudanças agora introduzidas vêm chocar com a jurisprudência seguida pelo Tribunal Constitucional ao longo dos últimos anos (na apreciação às contas dos partidos), que se vinha orientando no sentido da responsabilização pessoal dos dirigentes partidários pelas infracções cometidas.
Numa altura em que são pedidos tantos sacrifícios aos portugueses e em que estes mesmos agentes políticos legislam tantas vezes no sentido de punir o cidadão incumpridor, o que dizer da legislação agora produzida e promulgada pelo Presidente da República?