Mota Amaral, deputado do PSD e antigo Presidente da Assembleia da República, escreveu um artigo de opinião no Diário dos Açores onde critica violentamente as políticas seguidas pelo governo.
O
PSD através do seu vice-presidente Pedro Pinto já veio dizer que Mota Amaral “fez uma declaração que não está ao nível do seu passado e das suas responsabilidades”.
Não
quero qualificar as afirmações de Mota Amaral, nem a reação de Pedro Pinto, porque
a envolvente económica e social o fará suficientemente, no entanto apetece-me
perguntar: não foi Mota Amaral um dos deputados que aprovou o OE para 2013? Se
assim foi, como pode um deputado contribuir com o seu voto para aprovação de um
documento que antevê com efeitos tão nefastos (e supríveis) para aqueles que o
elegeram e representa no parlamento?
Nesta democracia, que se diz representativa, há procedimentos políticos muito pouco compreensíveis à luz do senso comum. Ou melhor, compreensíveis, talvez; aceitáveis, é que não. Sobretudo para quem se rege por princípios morais exigentes.
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