sexta-feira, 11 de novembro de 2011

D. Carlos Azevedo vai para Roma.


Trata-se de mais um português que é nomeado para o exercício de um cargo de relevo numa organização internacional, neste caso, na Igreja Católica.
Porque sempre me disseram que se tratava de um Homem com raras capacidades intelectuais, confesso que, há anos, acompanho com admiração o percurso e as intervenções públicas de D. Carlos Azevedo. Primeiro como Presbítero na Diocese do Porto e vice-reitor da Universidade Católica; depois como Prelado no Patriarcado de Lisboa e membro da Comissão Episcopal Portuguesa onde presidiu à Comissão Episcopal da Pastoral Social.
Naturalmente que, enquanto português, me alegro por ver que mais um cidadão deste país vê o seu mérito reconhecido e que por isso vai desempenhar um cargo de destaque a nível internacional. Mas por outro lado fico triste porque vejo partir um dos mais promissores na sua área, um daqueles a quem se advinha um futuro certo; vejo partir uma voz destemida, que se fazia ouvir sem ambiguidades e cujo eco ressoava nos mais diversos sectores da sociedade portuguesa.
Desejo as maiores felicidades a D. Carlos Azevedo para esta nova etapa da sua vida e tenho a certeza que não tardará muitos anos até que voltemos a ouvir falar dele por motivos semelhantes aos que hoje aqui evoco.

2 comentários:

  1. Meu caro Barros
    Completamente de acordo com o teu post.
    De facto o Senhor D. Carlos Azevedo é um dos Bispos portugueses com mais lucidez e com uma visão muito clara dos tempos do mundo e da Igreja Católica.
    Faz muita falta a este pobre Portugal o seu conhecimento e saber no domínio da dimensão social da Igreja que interpreta com muita clareza.
    Faz ainda falta uma voz como a deste prelado para juntar às milhares de vozes que estão prestes a ser confrontados com um orçamento de estado sem consciência social e num quase total desrepeito pelo povo que elegeu o actual governo para o desempenho de FUNÇÕES PÚBLICAS temporárias (em democracia é assim...).
    Hoje outra voz muito lúcida Frei Ventura afirmava que a DITADURA DO DINHEIRO tira a dignidade aos povos.
    Para o Senhor D.Carlos Azevedo na Santa Sé as maiores venturas e bençãos de Deus.
    Para este Povo de Portugal (doente) nada de resignação nem de permissão de humilhação por parte daqueles que têm obrigação de fazer a gestão do país que não é sua propriedade.
    E tomem cuidado, senhores no poder, isto vai acabar mal, estou mesmo a ver.

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  2. Caro Carlos Santos,
    Obrigado pela tua opinião.
    De facto, o nosso país, nestes tempos de grande turbulência, precisa muito de pessoas bem formadas, que tenham uma visão integrada da sociedade e que sejam capazes de reivindicar, de forma lúcida e serena, uma sociedade de valores, onde se defenda e promova a dignidade da pessoa humana, em todas as suas vertentes.
    Cumprimentos e volta sempre.

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