quinta-feira, 8 de abril de 2010

Inauguração das obras na Capela de Santo António em Tabuado

Como já aqui dei conta, a Câmara Municipal de Marco de Canaveses e a Junta de Freguesia de Tabuado efectuaram obras de requalificação na Capela de Santo António, que visaram assegurar a conservação do edifício e melhorar as condições de utilização do mesmo.
A conclusão das obras será assinalada com uma cerimónia oficial, na qual serão entregues ao Pároco de Tabuado, as chaves das novas portas da Capela.
A dita cerimónia terá lugar hoje, pelas 19,00 horas, e inclui, além da celebração de uma Missa em honra de Santo António, uma homenagem ao Reverendo Padre Joaquim Pereira da Cunha, que aos 97 anos de idade e após 71 anos como Pároco de Tabuado, cessará funções, nessa qualidade, no próximo domingo.
Na minha opinião, esta homenagem é um tributo justo e merecido que se presta a um Homem que dedicou quase toda a sua vida sacerdotal à comunidade de Tabuado.
Eu vou estar presente, espero ver por lá muita gente, porque a ocasião assim o justifica.

Emídio Rangel acusa juízes e magistrados

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Num Estado de Direito que se preze as palavras proferidas por Emídio Rangel não podem cair em saco roto.
De uma, duas: ou as afirmações são fundadas em factos concretos e constituem matéria para investigação com vista á responsabilização criminal dos prevaricadores; ou então, são destituídas de fundamento e o seu autor tem que ser responsabilizado pelo facto de ter atentado contra o bom nome de uma, ou várias, classes profissionais, ligadas a um dos pilares do Estado de Direito.
Alguém, com competência para tal, tem que fazer as perguntas que se impõem a Emídio Rangel, uma vez que, estranhamente, os deputados da oposição na Assembleia da República, não foram capazes sequer de as esboçar.

Esperemos para ver...

terça-feira, 6 de abril de 2010

O Terreiro do Paço percebeu?

Valença do Minho - Portugal
06 de Abril de 2010

Hoje fiquei triste porque compatriotas meus, para dizer que são tão portugueses como os outros, tiveram que hastear bandeiras de Espanha nas varandas e janelas de suas casas, em Valença do Minho

Nos tempos de faculdade tive colegas provenientes desta, muito bela, cidade fronteiriça portuguesa, e sei, pelos relatos que me faziam, que só uma situação extrema, de desespero absoluto, levaria esta gente a praticar este acto, ainda que simbólico.

Neste, como noutros casos, o país já percebeu que o que  está em jogo é muito mais do que o simples  encerramento de serviços públicos.

E o Terreiro do Paço também percebeu isso?

Obras na Capela de Santo António

A Capela de Santo António em Tabuado está a ser alvo obras de requalificação.
Este edifício que além de local de culto funciona também como casa mortuária da freguesia, há muito que necessitava desta intervenção.
Há vários anos que ouço a população falar no assunto, particularmente, por ocasião dos funerais e das festas de Santo António.
Agora, indo ao encontro do anseio do Povo e do Pároco de Tabuado, a Câmara Municipal de Marco de Canaveses e a Junta de Freguesia de Tabuado estão a realizar as obras que se imponham.
Passados que foram alguns anos sem que nada tenha sido feito, e oportunidades até não faltaram, só me apetece dizer que ainda bem que apareceu alguém que soube distinguir o que é essencial do que é acessório...
Esta é uma boa notícia para Tabuado.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Emílio Salgari

Emílio Salgari é o autor do livro que li durante o mês de Março - Sandokan Os Piratas da Malásia, que foi sugerido pela AR.
O escritor, jornalista e romancista, de nacionalidade italiana, nasceu em Verona a 21 de Agosto de 1862 e faleceu a 25 de Abril de 1911, quando tinha apenas 48 anos de idade.
Filho de comerciantes modestos, desde criança sentiu fascínio pelas viagens marítimas. Em adolescente chega mesmo a ingressar na Academia Naval de Veneza, mas, talvez devido à sua condição de pobre, nunca chegou a formar-se. Após esta tentativa fracassada de se tornar oficial da marinha, alistou-se num barco mercantil e este trabalho permitiu-lhe fazer muitas viagens marítimas e percorrer toda a costa adriática.
Mais tarde vira-se para o mundo da escrita e passa a ser esta a fonte do seu sustento. Inspira-se em enciclopédias e revistas de viagens e as personagens que cria são das mais populares na sua época. O seu estilo preferido é a acção/aventura e com as suas obras, que começam por ser publicadas em jornais, atinge grande notoriedade, chegando mesmo a ser condecorado pela Rainha de Itália. Em termos familiares, casou com Ida Peruzzi, com quem teve quatro filhos. Mas apesar da sua popularidade e do êxito dos seus livros, continuou a ter uma vida muito pouco desafogada em termos económicos.
A pós a morte da sua mulher pôs fim á sua vida, suicidando-se.
Aos editores do jornal para quem trabalhava em Turim deixou as seguintes palavras em carta que escreveu antes de se suicidar:
"Para vocês que têm enriquecido a partir do suor do meu rosto, mantendo-me a mim e á minha família na miséria, só peço que a partir dos vossos lucros possam encontrar os fundos para pagar o meu funeral..."

Principais Obras

Os Mistérios da Selva Negra escrito em 1889
O Tigre da Malásia
Os Piratas da Malásia
O Rei do Mar
A Cimitarra de Buda
O Rei da Montanha
Um Drama no Oceano Pacífico
O Corsário Negro
Os Peles Vermelhas
O Leão de Damasco
As Maravilhas do Ano 2000
Os Dois Tigres

O livro que estou a ler "Sandokan Os Piratas da Malásia" - II

Conclui a leitura do livro Sandokan – Os Piratas da Malásia.
Trata-se de um romance de aventura, cuja história decorre no continente asiático, nos mares da Malásia, no século IXX.
Retrata as aventuras de Sandokan - um pirata temível, que Emílio Salgari (o autor) transforma num herói, porque, com a sua actividade delituosa e reprovável, aos olhos do poder instalado, luta contra a ganância dos exploradores e comerciantes que cruzam aqueles mares.
Também conhecido por “Tigre da Malásia”, Sandokan, vive na Ilha de Mompracem onde é idolatrado pelos seus irmãos de armas (também piratas) e dedica-se a pilhagem de navios. A morte da sua mulher provocou-lhe um grande desgosto que carrega consigo e o seu grande amigo é Eanes de Gusmão (de nome e nacionalidade portuguesa na versão que li).
Num ataque a um navio que se dirige a Sarawak o nosso herói poupa a vida a Kammamuri e Ada Corishant. Kammamuri, um indiano, pretende salvar o seu patrão prisioneiro na fortaleza de Sarawak. Sandokan descobre que Ada, apresentada como louca, é prima da sua mulher (já falecida) e oferece ajuda a Kammamuri.
Num enredo em que Emílio Salgari descreve cenários remotos e paisagens exóticas seguem-se peripécias envolvendo lutas do nosso herói e dos seus companheiros contra os inimigos, estes personificados na figura James Broke, um britânico, rajá de Sarawak.
Numa narrativa do tipo “o bem contra o mal” a história lá vai decorrendo e chega-se ao desfecho que era previsível. Depois de capturado, o herói é libertado e o inimigo é vencido. Ada, que entretanto recuperara a lucidez, junta-se ao seu amado (Tremal-Naïk), agora livre e partem para a Índia.

Ao longo da história o autor vai cultivando um certo espírito de humanismo, que cai bem ao leitor mais atento, porque num cenário de estratégias, lutas e traições, os vencedores tratam sempre com dignidade os vencidos.

Gostei…