sábado, 5 de maio de 2012

Políticas de Sócrates quase levaram o país à bancarrota


Este ponto de vista já à época aqui o tinha antecipado. Em 2010, escrevi por cá, que injetar dinheiro público na economia não resolveria a crise e que o acréscimo de despesa pública naquele contexto nunca geraria crescimento. Perecia-me, como me parece hoje, que foi um erro, que quase nos levou à bancarrota.
Agora o desafio para os novos governantes é outro. O que se lhes pede è que não salvem o país da bancarrota á custa da falência dos portugueses. A história já nos ensinou que de nada vale ter um país com contas públicas equilibradas estando o povo a definhar.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

O túnel da luz volta à superfície


Confesso que até já tinha dado o assunto por encerrado.
Tinha-o considerado um “expediente” bem montado para levar o Benfica a ganhar um campeonato, na última jornada e com um ponto de avanço sobre o Braga.
Para um portista, na altura, foi um sapo difícil de engolir, mas a digestão já estava mais do que feita com a conquista dos dois campeonatos que se lhe seguiram!
Mas afinal, soube-se hoje, que este foi um assunto de difícil digestão para a Justiça. Então não é que uma Juíza de instrução demorou mais de dois anos a decidir que os jogadores do F C Porto envolvidos nos incidentes do túnel da Luz, vão a julgamento e podem ser condenados até três anos de cadeia.
Quanto a mim trata-se de mais uma manobra para pôr o Hulk "out"! Desta vez "out" do mercado... Será que vão conseguir?!!! ...

terça-feira, 1 de maio de 2012

Caos nas lojas do “Pingo Doce”

Felizmente nunca na minha vida experimentei a sensação de viver num país em estado de sítio, ou lá próximo. As imagens de pessoas a açambarcar bens essenciais, sempre me foram dadas pela televisão e diziam respeito a uma realidade que, repito, felizmente nunca foi a minha.
Nunca tinha experimentado essa sensação até hoje, mas hoje aconteceu.
Ao entrar circunstancialmente numa loja da cadeia “Pingo Doce”, para efetuar uma daquelas compras de ocasião, dei por mim a viver num qualquer país em situação de emergência, em estado guerra eminente. Uma loja, de média dimensão, mas que tinha no seu interior seguramente 4 centenas de pessoas. Mal se  podia circular. As filas para as caixas de pagamento estendiam-se em forma de serpente por todos os corredores e pelos espaços mais improváveis da loja. Cada pessoa na fila de espera tinha ao seu lado volumes e mais volumes de produtos. Produtos alimentares, de higiene e tudo o que é essencial á sobrevivência. Os característicos carros de supermercado eram raros e as compras eram transportadas em contentores improvisados: caixotes de papelão, sacos de ráfia e até caixas de fruta da própria loja.
Um ambiente caótico com pessoas esbaforidas que se lamentavam pela falta de produtos. Prateleiras e expositores completamente vazios, onde apenas se via o preço dos produtos que lá tinham estado expostos. Enfim uma situação inacreditável.
A minha mulher, pouco depois de entramos na loja, percebeu o porquê daquela confusão quando leu um panfleto promocional da cadeia que anunciava descontos de 50% para compras de valor superior a 100,00€. Ela quis voltar imediatamente para trás, até porque temia pela nossa integridade física.
Eu resisti e com a minha filha pela mão fiz questão de viver este momento que se não é tristemente histórico para o nosso país pelo menos é inédito. E lá andei cerca de 10 minutos mergulhado na triste realidade deste nosso Portugal do século XXI.

1º de Maio – Dia do Trabalhador

Hoje lembra-se o trabalhador - aquele que trabalha – e celebra-se o ato de trabalhar, como um direito que assiste a todos cidadãos e que deve ser exercido em condições dignas e respeitadoras da condição humana.
Foi precisamente a busca dessa dignidade que levou ativistas dos direitos dos trabalhadores a empreenderam no final do século XIX, nos Estados Unidos e em França, uma luta na defesa por uma jornada de trabalho com oito horas diárias. Os acontecimentos associados a essas lutas, como greves e grandes manifestações, inspiraram a comemoração deste dia à escala mundial.
Não deixa de ser espantoso que na atualidade, passado mais de um século, se assista a um movimento regressivo das conquistas dos trabalhadores de então.
Por isso, hoje, mais do que nunca, faz todo o sentido celebrar o "Dia do Trabalhador". Celebrar os direitos daqueles que trabalham; celebrar os direitos daqueles que queriam trabalhar, mas que não têm trabalho; e também, celebrar os direitos daqueles que já fizeram uma vida de trabalho.
Este é o dia para dizer bem alto, que não faz qualquer sentido destruir os alicerces sobre os quais se construiu a nossa sociedade.

Miguel Portas


Helena Sacadura Cabral, mãe de Miguel Portas, no “Delito de Opinião” a propósito da morte do filho:

Acabei como devia, entregando-o nas mãos de quem mo emprestou

sábado, 28 de abril de 2012

Alunos de Tabuado pensam como gente grande




Na sequência da cerimónia de lançamento da primeira pedra da obra de construção do novo cemitério de Tabuado, a Escola EB1 do Ladário, numa iniciativa plena de oportunidade decidiu abordar com os alunos a importância da vida.
Nesse âmbito os alunos concluíram que “todos os seres vivos têm a mesma condição à nascença, distinguindo-se apenas pelo percurso que fazem ao longo da sua vida, pelo caráter e pelas suas capacidades e todo o processo de existência humana culmina com a morte, condição igual a todos os seres vivos.
Todo o ser vivo requer cuidados para uma vida mais longa: regar, alimentar, respeitar, proteger, amar...”.
Após uma breve reflexão sobre o tema, os alunos concluíram que “a vida é como as estações do ano, a primavera ligada à nascença e à infância e o inverno à velhice e à morte”.
Na sequência desta reflexão foi elaborado um documento onde foram compiladas as respostas dos alunos a dois pontos de discussão “o cemitério visto aos olhos de uma criança” e “o comportamento que devem ter quando visitam um cemitério”.
Para não me alongar abstenho-me de reproduzir aqui o conjunto das respostas dadas, mas podem crer que são surpreendentes pela consciência cívica que revelam e pela diversidade de conceitos que refletem.
Os alunos concluíram este trabalho dando largas ao seu poder criativo... Uma verdadeira delícia!
Parabéns a toda a comunidade educativa!