domingo, 13 de março de 2011

O Sismo no Japão

O sismo que atingiu o Japão na sexta-feira teve uma intensidade impressionante. A sua magnitude foi agora revista para 9 graus na “Escala de Richter”. Mas apesar da violência deste fenómeno natural que atingiu aquele país asiático, as estruturas edificadas resistiram de forma extraordinária. Viram-se arranha-céus que se moveram sobre si mesmos, mas não caíram – impressionante! Ficou assim provado que têm aplicação prática as teorias da construção anti-sísmica. O Japão que é um país desenvolvido e habituado a conviver com fenómenos desta natureza, há já muito tempo que implementou políticas de construção que seguem aquelas teorias. E o efeito está à vista: qual seria a dimensão da tragédia se todas aquelas grandes edificações não tivessem resistido?  
Ainda assim a natureza tem uma força inimaginável, e se o Homem foi capaz de enfrentar o tremor de terra pela resistência da construção, o mesmo já não conseguiu fazer em relação ao tsunami provocado pelo abalo. As ondas gigantes entraram pela terra adentro e investiram contra tudo o que encontraram pela frente, espalhando a destruição e a morte.
A dimensão desta tragédia naturalmente ainda não está determina e seguramente saldar-se-á em milhares de mortos, mas ainda assim, fica a ideia de que as suas consequências poderiam ser muito mais gravosas caso o Japão não tivesse investido de forma determinada em políticas de construção que aumentam a resistência a fenómenos desta natureza.
E por cá, temos feito o suficiente para nos preparamos para enfrentar um fenómeno semelhante a este? Até que ponto são acauteladas a regras de construção anti-sísmica no processo de licenciamento e fiscalização da construção no nosso país? Em que medida é que a nossa política de ordenamento do território prevê a protecção das zonas costeiras de fenómenos semelhantes aos tsunamis? De que forma temos investido na educação das nossas populações para agir em situações de catástrofe?
É que, tal como o Japão, Portugal também se encontra situado numa zona com propensão sísmica. É bom que não nos esqueçamos deste facto.

3 comentários:

  1. Boa Tarde António
    Aqui fica a minha dedada, esta minha espécie de "Gosto" ao seu blog ;-)
    A repetição de 1755 está anunciada para Lisboa, e daquilo que li ou vi, parecem haver bases científicas para acreditar que será brevemente (entenda-se, em poucas dezenas de anos).
    Infelizmente creio que está a acontecer com o litoral continental, no especto sísmico,
    o mesmo que aconteceu com o ciclone da Madeira no ano passado, porque também nesse caso a tragédia estava anunciada pelos geólogos e pouco ou nada foi feito para minimizar os danos.
    Ricardo Oliveira

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  2. Viva Ricardo.
    Gosto muito de te ver por cá, já sabes que és bem-vindo!
    De facto, não faltam alertas quanto à necessidade do país se preparar para a repetição de um fenómeno parecido com o que ocorreu em Lisboa em 1755, que, ao que parece, inclusive em termos científicos, é mais ou menos certo. E o que é tem sido feito para minimizar os possíveis danos dessa previsível tragédia? Pouco... para não dizer outra coisa (quase nada).
    Tomara que um dia destes não sejamos surpreendidos como fomos no caso da Madeira. Depois, talvez só nos reste dizer: não foi por falta de aviso.
    Um abraço e volta sempre.

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  3. E dificilmente acharemos um honrado marquês de pombal para nos erguer novamente.

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