sábado, 13 de março de 2010

O livro que estou a ler "Fúria Divina" - V

No final do mês de Fevereiro terminei a leitura do livro “Fúria Divina”, obra de José Rodrigues dos Santos.
Assim sendo, é chegado o momento para fazer uma apreciação final.
Como disse, nos artigos que fui escrevendo semanalmente, este foi um livro que gostei de ler. O tema da obra despertou o meu interesse e apreciei a escrita do autor, que se me revelou de leitura fácil.
No último “post” transmiti-vos a ideia de que, para mim, a narrativa tinha seguido por caminhos mais ou menos previsíveis. Compreenderão portanto, que não foi a incerteza do que vinha a seguir que me manteve colado ao livro. O que me prendeu à leitura da obra foi a narrativa, que me pareceu resultado de um estudo aprofundado do autor acerca da realidade que descrevia, ainda que de forma romanceada.
Ora, dada a consonância entre a minha intuição e o destino que JRS foi traçando para cada uma das personagens  questionei-me, nesse mesmo texto, acerca das possibilidades que o autor tinha (ou não) de me surpreender com o desenlace final.
Pois bem, o final do livro deixou-me com sentimentos contraditórios; por um lado surpreendeu-me pela positiva, por outro desiludiu-me.
A despedida da personagem “Rebeca” foi arrojada; confesso que ao longo da história perspectivei um desfecho bem mais convencional para aquela personagem. Estranhei até que o autor a tivesse resguardado bastante em termos comportamentais e nunca me ocorreu que o seu desfecho pudesse ser aquele. JRS surpreendeu-me pela positiva. Gostei.
Quanto ao resto, confesso que fiquei um pouco desiludido; pareceu-me que a qualidade da história  merecia outro final. Não gostei do estilo “contagem final”. Tomei-o por demasiado cinematográfico. Por outro lado, também não gostei que o autor tivesse abandonado, nos últimos capítulos, a personagem “Hamed”. Sendo ele, a meu ver, a personagem nuclear nesta história, acho que foi demasiado redutor, nos últimos capítulos, tê-lo encerrado numa casa e descrevê-lo apenas á distância.
Ainda assim e apesar destes reparos(!!), penso que trata de um romance muito bom, que pode até ser ponto de partida para outras formas de expressão artística.  Aconselho a leitura.
Parabéns ao autor, José Rodrigues dos Santos.
O que escrevi acerca da "Fúria Divina" pode ser lido aqui, aquiaqui e aqui.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Referência especial!

O recomeço é com uma referência prometida!
É que neste entretanto, duas Amigas do Peito, e que costumam passar por cá, fizeram anos.
Curiosamente têm a mesma idade e fazem anos no mesmo dia!
A este propósito, agora me lembro, que nunca lhes perguntei quem é a mais velha! (?) Ainda hei-de apurar esse pormenor…
Outra coisa curiosa é que estas duas meninas, que nasceram no mesmo dia e no mesmo hospital, têm ambas pavor de um dia virem a fazer trinta anos.
Descansem… ainda faltam muitos anos!
Mas quando isso acontecer, pára-se a máquina do tempo e resolve-se o problema! Combinado?
Vá lá agora cantem comigo...

Parabéns CF (TITA!!!) e SF (SU!!!).

Quarentena (de duas semanas)

Olá a todos!
O Cidadão com Opinião esteve duas semanas em silêncio por questões técnicas.
O problema teve origem num vírus que afectou o sistema operativo do meu computador e que lhe danificou parte do disco.
Resultado: máquina para o estaleiro; cinco dias para o diagnóstico; mais três para a reparação; e finalmente… estou de volta!
Entretanto fui acompanhando as visitas e respondendo a quem me contactou.
Podia ter dado notícias utilizando outras máquinas? Podia; mas não era a mesma coisa…

Compreenderam (!!!)??

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

George, o cão gigante!


Segundo o Guiness (livro de recordes) este cão, chamado George, é o mais alto do mundo!
O exemplar da raça "Dogue Alemão" mede um metro e nove centímetros das patas ao dorso e dois metros e vinte centímetros do focinho à cauda.
Tem quatro anos, pesa cento e onze quilos e vive no Arizona, nos Estados Unidos. Portanto também "ladra em inglês"... (brincadeira minha!!!)
Atenção que se trata cachorro moderno, tem um site próprio - www.giantgeorge.com - com fotos e vídeos, e também está nas redes sociais,  Facebook e Twitter.
Depois de aqui vos ter falado de um gato especial, agora foi a vez de um cão...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A Madeira voltará a ser um jardim, mas...

A tragédia que atingiu a ilha da Madeira no passado sábado tomou proporções nunca vistas e a sua dimensão material e humana dão-me que pensar.
O grau de destruição é impressionante; os relatos feitos pelos madeirenses que viveram a catástrofe revelam sofrimento, medo e impotência.
Daí que, na minha opinião, perante estes acontecimentos, as autoridades deveriam, logo após garantidas as condições mínimas de segurança, dar prioridade às pessoas que sofreram com a catástrofe, garantindo-lhes, não só ajuda material de emergência, mas também ajuda psicológica.
Se a morte de uma única pessoa transformaria, por si só, o acontecimento em trágico, dezenas de mortos e feridos e centenas de desalojados agravam muito o problema.
Pensando assim, não posso deixar de dizer que foi com desagrado que poucas horas após tragédia, ouvi o Presidente do Governo Regional da Madeira, em declarações à imprensa, dizer que, por motivos económicos, que se prendem com a imagem da região, não se deveria dramatizar a situação.
No meu entender, as afirmações de Alberto João Jardim, proferidas naquele momento e naquele contexto foram infelizes. Noutro dia e com outro enquadramento talvez se admitissem, mas naquele momento não. Naquela hora, o sofrimento do povo madeirense sobrepunha-se à questão económica.
Por outro lado, também achei inadmissíveis, por não respeitarem os princípios que enumerei, algumas declarações que foram proferidas por adversários políticos de AJJ, nomeadamente a Eurodeputada Ana Gomes, procurando à custa desta tragédia retirar dividendos políticos. Aquela responsável política, 48 horas após a tragédia, num espaço radiofónico, imputava responsabilidades ao poder político da Região Autónoma, porque terá permitido práticas urbanísticas que não respeitaram as Leis do ordenamento do território (nacionais e europeias) e terão potenciado a ocorrência desta catástrofe.
Confesso que não sei o que me chocou mais, se as primeiras declarações, pela sua falta de sensibilidade para com o sofrimento humano, ou as segundas, pela sua falta de respeito para com aquele.
Pondo de lado estes pormenores, quero dizer que acho admirável a forma como os madeirenses reagiram a esta tragédia. A capacidade de mobilização de meios e a forma decidida como limpam casas, ruas e lojas, faz-me acreditar que a Madeira voltará, a breve prazo, a ser um jardim...
Mas atenção, não se pode assobiar para o lado, fingindo que nada se passou. Os bens e sobretudo as vidas que se perderam, obrigam os responsáveis a reconhecer que nem tudo estava bem. Penso eu que este acto de humildade não diminui ninguém e esta tragédia deverá ser o ponto de partida para tomar medidas que permitam que, em futuras catástrofes, os danos não sejam tão expressivos.
A este propósito, li no Jornal Público este artigo bem interessante, relacionado com esta problemática.

Tragédia na Madeira

O temporal que atingiu a ilha da Madeira no passado dia 20 de Fevereiro deixou atrás de si um rasto de destruição.


A força da natureza mostrou-se implacável...


Ribeiras transformadas em torrentes de entulho e lamas.
Derrocadas e casas destruídas.



 
 
 
 
 
 
 
 
 
    Ruas intransitáveis e danificadas...
 

Veículos e infra-estruturas destruídos...

Um horror, algo inimaginável...


E os números mais cruéis e ainda provisórios:

48 Vítimas mortais;
32 Pessoas desaparecidas; e
370 Pessoas desalojadas.

Ao povo da Madeira, transmito a minha solidariedade e, em particular, ás famílias enlutadas os meus votos de profundo pesar.