sexta-feira, 2 de julho de 2010

As SCUT e o pricipio do UTLIZADOR/PAGADOR

Portugal é um Estado que não tem recursos próprios para auto-financiar os grandes investimentos públicos; desta forma só consegue promover esses grandes investimentos recorrendo a financiamento bancário e a parcerias público/privadas, sendo que neste caso a procura de fontes de financiamento é repartida entre o Estado e os parceiros privados.



Devido a esta situação de debilidade financeira os grandes investimentos em infra-estruturas públicas vêm o seu custo muito onerado, porque para além do preço da sua execução, comportam ainda uma fatia muito significativa de despesa, relacionada com o seu pagamento deferido no tempo, entenda-se, juros da dívida ou contrapartidas que o Estado tem que atribuir aos parceiros privados.
Por este facto, Portugal não se pode dar ao luxo de fazer como que fazem outros países desenvolvidos, que constroem auto-estradas e as põem ao serviço das populações com utilização completamente gratuita.
Quem viajou pela Europa, ou mesmo aqui ao lado em Espanha, já teve por certo oportunidade de testemunhar o que acabo de referir.

É que as receitas com a exploração destas infra-estruturas constituem fontes de rendimento do Estado, que delas bem precisa para a financiar as suas actividades correntes e para amortizar a dívida contraída para a sua construção.
É por tudo o que acabo de dizer que compreendo o princípio do utilizador/pagador.
No entanto, perceber este princípio não significa pensar que ele é justo, porque tendo em linha de conta que os portugueses suportam uma carga fiscal muito elevada, das mais elevadas da Europa, é difícil compreender que, ainda assim, estes sejam sujeitos a pagar muitos serviços públicos, bem como a utilização de bens da mesma natureza.
Mas o estado de debilidade económico-financeira que o país vive, agravado por um endividamento externo excessivo, conduziram-nos a esta situação, bem traduzida num dito popular “quem não tem dinheiro não tem vícios”.
Esta situação nem sequer é de agora, vive-se há décadas e tem-se agravado de forma substancial nos últimos anos.
Foi por isso que me pareceu uma imprudência muito grande que o governo socialista, presidido pelo engenheiro António Guterres, tenha introduzido em Portugal as SCUT, auto-estradas sem custos para o utilizador. Desde a sua introdução que se percebeu que se tratavam de projectos insustentáveis a médio e longo prazo, tais eram os encargos que o Estado teria que suportar para os manter, nomeadamente no que se refere às comparticipações financeiras à atribuir às empresas concessionárias, que com o passar dos anos iriam crescendo significativamente.
Daí a inevitabilidade de, mais dia, menos dia, mais ano menos ano, se ter que introduzir portagens nestas vias. Só quem estivesse menos avisado para esta realidade pode estranhar o processo de introdução de pagamento que actualmente está em curso.
Ainda assim, no meu entender, não se pode deixar de levantar algumas questões acerca de todo este processo. Primeira: quem introduziu no país este tipo de vias, foi ou não vendedor de ilusões? Enganou ou não os portugueses? Segunda: os governos que se seguiram aos do engenheiro Guterres sabiam que este era um processo inevitável, porque não introduziram as portagens nestas vias quando o clima económico em Portugal era mais favorável? Porque é que se guardaram para introduzir as portagens numa altura em que os portugueses passam por tantas dificuldades? Terceira: porque é que alguns insistem em tapar o sol com a peneira e ainda continuam a falar em isenções?

Falemos claro e sejamos honestos com os portugueses...

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Notícias de Tabuado na volta do Correio

Neste post partilho com todos uma resposta que dei através do correio electrónico a duas perguntas, versando o mesmo assunto e que me chegaram do estrangeiro, uma da Suíça outra do Brasil. Como estão em causa noticias de Tabuado, decidi publicar o conteúdo do e-mail de resposta.

Aqui vai ele:

" Olá amigos, dessas paragens distantes.
Obrigado por virem ao Cidadão com Opinião, através do opiniaodocidadao@gmail.com.
Achei curioso que ambos me solicitassem informações acerca do mesmo evento realizado em Tabuado, terra à qual, suponho (?), também têm ligações. Por isso tomei a liberdade de vos responder em conjunto.
Perguntam-me V. se estive presente no XVII Convívio de Folclore de Tabuado? E se sei como correu o evento?
Quero dizer-vos que tive oportunidade de estar presente e que aquele evento, organizado pela ACR de Tabuado, correu muito bem.
Foi no passado sábado. A noite estava muito agradável!
No convívio actuaram, além do rancho folclórico da ACRT, mais quatro grupos, em representação de outras tantas regiões, Estremadura, Beira Alta, Douro Litoral e Minho.
Todos nos apresentaram o seu folclore, de uma forma muito empenhada e com muita alegria. Foram três horas e meia passadas a saborear a música e a cultura tradicional portuguesa.
A assistência foi boa, vi por lá muita gente...
Eu gostei.
Espero ter correspondido ao vosso pedido.
Já agora uma pergunta: nós conhecemo-nos? (pelos vossos endereços de correio electrónico não consigo identificar-vos e só pelo nome próprio também não cheguei lá).
Um abraço para os dois e voltem sempre! "

IVA - Alteração de Taxas

Hoje, 30 de Junho de 2010, foi publicada em suplemento do Diário da República n.º 125, I Série, a Lei 12-A/2010 de 30/06, que, entre outras medidas previstas no PEC, também alterou as taxas do IVA.
As referidas alterações entram em vigor no Continente e nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira em 01-07-2010, amanhã.

Assim sendo passam a ser estas as novas taxas:
  • Taxa reduzida do IVA – prevista na alínea a) do n.º 1 do artigo 18º do CIVA, passa a ser, a partir de 01-07-2010, de 6% no que refere às operações realizadas no Continente, mantendo-se em 4% no que se refere às operações, que de harmonia com os nºs 2 e 3 do artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 347/85, de 23/08, sejam consideradas como efectuadas nas Regiões Autónomas.

  • Taxa intermédia do IVA – prevista na alínea b) do n.º 1 e no n.º 3 do artigo 18º do CIVA, passa a ser, a partir de 01-07-2010, de 13% no que refere às operações realizadas no Continente e de 9% no que se refere às operações, que de harmonia com os nºs 2 e 3 do artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 347/85, de 23/08, sejam consideradas como efectuadas nas Regiões Autónomas.

  • Taxa normal do IVA – prevista na alínea c) do n.º 1 e nos nºs 3 e 7 do artigo 18º do CIVA, passa a ser, a partir de 01-07-2010, de 21% no que refere às operações realizadas no Continente e de 15% no que se refere às operações, que de harmonia com os nºs 2 e 3 do artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 347/85, de 23/08, sejam consideradas como efectuadas nas Regiões Autónomas.

terça-feira, 29 de junho de 2010

"Portugal - Espanha" - O melhor e o pior jogador da equipa portuguesa.

O pior: Cristiano Ronaldo

Cristiano Ronaldo com a braçadeira de capitão na mão

Pelo que não jogou e sobretudo pela sua postura, escolhi para pior jogador, Cristiano Ronaldo.
Não é nos grandes desafios que sobressaem os grandes jogadores?
E a ser assim, não era este um jogo à medida do craque português?
Penso que sim.
Mas, incompreensivelmente, o que viu foi um Cristiano Ronaldo completamente apático, sem garra, pouco solidário e por vezes alheio do jogo. Pura e simplesmente uma desilusão, um fiasco!
No meu entender, esta postura do jogador prejudicou, em muito, o desempenho da equipa, e este comportamento é ainda mais censurável pelo facto de se tratar do capitão de equipa.
Devo dizer que, na minha opinião, este comportamento pouco condicente com um jogador que é capitão de equipa, sobretudo de uma Selecção Nacional, começou ainda antes do jogo se iniciar, quando foram entoados os hinos nacionais dos dois países. Com efeito pude verificar pelas imagens e pelo áudio que nos chegavam da África do Sul, que CR foi o único jogador da selecção nacional que não cantou o hino. Até Pepe, que é Luso-Brasileiro, fez questão de cantar o hino nacional.
Foi um mau pronuncio para o que veio a seguir..

O melhor: Eduardo
Eduardo guarda-redes da Selecção Nacional

Eduardo, com duas mãos cheias de grandes defesas, foi, na minha opinião, o melhor jogador português em campo (e até talvez o melhor jogador das duas equipas). O guarda-redes do Sporting de Braga, esteve pura e simplesmente espectacular. Defendeu tudo o que havia para defender, e não foi pouco! E mesmo o golo de David Villa, só foi conseguido à segunda tentativa, depois de uma primeira defesa do guardião português. Fosse Simão Sabrosa mais agressivo na cobertura ao dianteiro espanhol e talvez a esta hora a redes portuguesas ainda se mantivessem invioladas.


Parabéns Eduardo.

Espanha 1 - Queirós 0

Eduardo, o melhor jogador português em campo, prostrado no relvado no final do jogo.
Portugal foi há poucos minutos eliminado pela Espanha no Campeonato do Mundo de Futebol que se realiza na África do Sul.
Na minha opinião o primeiro responsável pela derrota de Portugal foi Carlos Queirós o técnico da Selecção Nacional.
O Seleccionador, a meu ver, voltou a ser pouco ambicioso e cometeu, outra vez, uma série de erros.

Desde logo, e para começar, na constituição da equipa.

Porque fez alinhar de inicio Pepe, um jogador a recuperar ritmo competitivo?
Porque não pôs a jogar Deco, um homem criativo e com boa capacidade de recuperação de bola?
Porque insistiu em jogar com um falso lateral direito, quando tinha dois laterais direitos de raiz na equipa?

Depois na forma como dispôs a equipa em campo.

Se a opção em estruturar a equipa a partir de uma defesa forte, se pode admitir, o mesmo já não se pode dizer, quando se obriga uma equipa com jogadores criativos a jogar em linhas muito recuadas para reduzir os espaços de criação á equipa adversária. Os médios e os extremos podem ter um papel muito importante na forma como a equipa defende, todos o sabemos, mas fazê-los recuar demasiado no terreno de jogo é fatal, porque retira capacidade à equipa para construir jogo e atacar o adversário. Este foi seguramente um dos equívocos de Queirós nesta noite - fazer jogar a equipa em linhas muito recuadas.

E depois, para continuar, o falhanço nas substituições.

Fazer substituições acertadas ao longo do jogo pode alterar o rumo deste e ser decisivo para que uma equipa chegue à vitória. Os grandes treinadores distinguem-se não só por serem bons teorizadores do treino, mas também pela sua capacidade para serem bons estrategas. Muita desta capacidade atesta-se no momento em que fazem as substituições. Mas no que toca a substituições, com Queirós a regra parece ser esta: se um jogador está a jogar bem arrisca-se a ser substituído! Hoje a fava saiu a Hugo Almeida. Este jogador estava a ser a nossa referência na frente de ataque e estava numa fase de nítida subida de rendimento. Resultado: com a sua saída a equipa desorientou-se por completo e perdeu a capacidade ofensiva. O guarda-redes espanhol viu-se transformado num mero espectador, tão raras vezes foi chamado a intervir.

E por fim, a falta de coragem.

Falta de coragem para definir como objectivo principal no jogo a vitória sobre a Espanha.
E falta de coragem para substituir Cristiano Ronaldo, que pela sua apatia e desinteresse pelo jogo, foi, na minha opinião, o pior jogador de Portugal.

É por tudo isto que digo que o resultado do jogo foi: Espanha 1 – Queirós 0.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Associação Cultural e Recreativa de Tabuado faz 30 anos.


Hoje dia 21 de Junho de 2010 a Associação Cultural e Recreativa de Tabuado completa 30 anos de existência.
Quero assinalar aqui este facto e testemunhar publicamente o meu apreço pelo trabalho que esta Associação tem desenvolvido ao longo da sua existência em prol da valorização sociocultural da população de Tabuado e na recolha e preservação dos elementos culturais mais característicos da freguesia.
Cumprimento todos os sócios, particularmente os fundadores e o actual Presidente, Sr. Rui Mendes, e na pessoa destes, endereço a todos os meus parabéns.
Continuem por muitos mais trinta anos!