Pouco, muito pouco.
Apenas um voto de protesto, de europeus massacrados
pela crise e completamente desorientados. Apenas um gemido doloroso de pessoas que sentem deitadas ao abandono.
Em França, François Hollande, ganhou as eleições presidenciais
com uma margem muito escassa e não tem folga orçamental para fazer grande parte
do que prometeu. Passará os próximos meses a explicar aos franceses que não lhes
mentiu, tentando por todos os meios criar condições para ganhar as
próximas eleições legislativas.
Na Grécia, a tragédia avoluma-se. As eleições
legislativas espartilharam completamente os espectro político. O partido
vencedor não tem condições para formar Governo e já desistiu de o fazer, pondo
em causa as expectativas geradas no seu eleitorado. Dos partidos que se lhe
seguirão, não se me afigura provável que qualquer um deles consiga formar um
Governo de unidade nacional, forte e coeso. A ser assim, mudar para quê? Para
pior já basta assim... como se diz cá em Portugal.
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