Esta notícia, não é de todo surpreendente, mas ainda assim deixa-me a pensar.
Não
me repugna a ideia de que em sociedades ditas violentas, como as da América do
Norte, as pessoas procurem proteger-se o melhor que podem.
Quando
os meios institucionais de ordenamento social – sistemas de segurança e justiça
– são ultrapassados pela delinquência ou simplesmente pelas atitudes desviantes
do comportamento humano, é compreensível que as pessoas acautelem o que têm de
mais precioso, a vida.
É compreensível
que assim seja, mas não é admissível que a isso sejam obrigadas.
Se
assim não for que sentido faz a Declaração Universal dos Direitos do Homem?
Leia-se o seu artigo 1º:
“Todos os seres humanos nascem
livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência,
devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”.
O facto do estilista colombiano, Miguel
Caballero, ter desenhado e se preparar para comercializar uma coleção de
vestuário e acessórios blindados para crianças, pode aos olhos da sociedade parecer
uma atitude consequente, mas nunca esta a poderá encarar como normal. Nunca.
Já alguém imaginou, numa destas manhãs, ter
que perguntar a um filho (ou filha) se já vestiu o blindado, com a mesma
naturalidade que se lhe pergunta se já vestiu uma camisola interior?
Não, claro que não.
Mas o simples facto de haver locais neste planeta onde essa prática
já faz parte do quotidiano dá-me que pensar...
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