domingo, 14 de março de 2010

O livro que estou a ler "Sandokan - Os Piratas da Malásia" - I

Com inicio do mês de Março estava em condições de começar a leitura de um novo livro.
Comentei o assunto em família e logo a minha filha me confrontou com a intenção de me indicar o próximo livro para ler.
Não fiquei surpreendido, mas um pouco embaraçado.
O facto é que a AR, que está agora a aprender as primeiras letras, quando se apercebe que estou a ler um livro faz-me uma marcação cerrada e questiona-me constantemente acerca do ponto de situação da leitura. “- Pai em que página vais?”, é a pergunta que me dirige com insistência; é também ela quem muitas vezes se senta ao meu lado imitando-me na prática da leitura, claro está, com livros apropriados aos seus conhecimentos… este facto enche-me de satisfação pelo interesse que ela mostra pela leitura.
Por isso a sua intenção não me surpreendeu, mas deixou-me embaraçado; afinal que livro poderia ela indicar-me?
Mas o certo é que, genuinamente, eu não queria desiludi-la.
Expliquei-lhe que os livros que ela me poderia indicar não seriam apropriados para mim, uma vez que se tratam de livros para quem está a prender as primeiras letras.
Ela não se mostrou sensibilizada e deu a volta à situação; passo a explicar como.
Há uns tempos, uma pessoa amiga decidiu fazer arrumações lá em casa, nomeadamente no quarto dos filhos, já adultos; antes de entregar os brinquedos e outros objectos, que estavam em bom estado, a uma Instituição de Solidariedade Social perguntou à AR se queria ficar com alguns brinquedos. Surpreendentemente ela escolheu quatro livros de literatura juvenil.
Chegou a casa toda entusiasmada! Eu expliquei-lhe que aqueles livros ainda não eram bem para a sua idade; provavelmente teria muita dificuldade para os ler e ainda não compreenderia o que lia. Nessa ocasião pediu-nos, ainda assim, para ficar com eles. Nós consentimos.
Ainda antes de ela os colocar na estante do seu quarto dei uma olhadela pelos livros em questão. Um deles intitulava-se Sandokan – Piratas da Malásia.
Este título trouxe-me à lembrança a minha infância. Imaginem só que a minha primeira pasta da escola tinha gravada uma imagem do Sandokan!
Lembro-me de seguir para a escola, de pasta às costas, e alguém me dizer: “hei lá: um menino tão pequenino e já consegue levar um herói tão grande às costas! …
E ali estivemos, largos minutos, em família, a recordar os heróis da nossa infância. A AR participou maravilhada na conversa e foi fazendo perguntas.
Agora… quando lhe explicava que os livros dela já não eram adequados para eu ler, eis que ela me interrompeu “ – Pai espera!”. Puxou a cadeira da sua secretária e foi coloca-la à frente da estante. Subiu à cadeira de forma a chegar a terceira prateleira. Remexeu os livros e retirou um; “- Pai vais ler um livro de um herói da tua infância, o Sandokan!”.
Aceitei o desafio.
Confesso que do Sandokan já só me lembrava do nome e de uma figura de cabelos compridos, atados por uma fita em redor da cabeça, com uma catana na mão; e de uma canção que cantávamos em miúdos na escola: “Sandokan, Sandokan, tiras as… e veste o…”. Será que alguém se lembra?

O autor desta obra é Emílio Salgari e estou a ler uma edição da Editorial Verbo – Clássicos Juvenis, de 1996, com tradução de Bárbara Caruso.

Já li 14 capítulos, 107 páginas.

Mais notícias do livro que estou a ler só para a semana. Até lá…

Quem, carinhoasamente, me dirigiu aquelas palavras em criança, foi a Dª Rosalina Vasconcelos, hoje esposa do Sr. Belarmino Queirós. Sabem onde? Um dia quando passava em frente ao talho e mercearia da Dª Virginia e do Sr. Francisco Cunha, em Tabuado.

sábado, 13 de março de 2010

José Rodrigues dos Santos

José Rodrigues dos Santos é o autor do romance "Fúria Divina", obra que acabei de ler.
O escritor e jornalista nasceu em Mocambique em 1964. Ingressou na carreira de jornalista em 1981, na Rádio Macau, tendo trabalhado ainda na BBC e colaborado com a CNN.
É douturado em ciências da comunicação e professor na Universidade Nova de Lisboa e continua a exercer a actividade de jornalista na RTP.
É um dos jornalistas portugueses mais premiados; entre os galardões destacam-se dois do Clube Português de Imprensa e três da CNN.

Obras do Autor

Ensaio
Comunicação - 1992
Crónicas de Gerra I - Da Crimeia a Dachau - 2002
Crónicas de Gerra II - De Saigão a Bagdade - 2002
A Verdade da Guerra - 2002

Ficção
A Ilha das Trevas - 2002
A Filha do Capitão - 2004
O Codex 632 - 2005
A Fórmula de Deus - 2006
O Sétimo Selo - 2007
A Vida Num Sopro - 2008
Fúria Divina - 2009

O livro que estou a ler "Fúria Divina" - V

No final do mês de Fevereiro terminei a leitura do livro “Fúria Divina”, obra de José Rodrigues dos Santos.
Assim sendo, é chegado o momento para fazer uma apreciação final.
Como disse, nos artigos que fui escrevendo semanalmente, este foi um livro que gostei de ler. O tema da obra despertou o meu interesse e apreciei a escrita do autor, que se me revelou de leitura fácil.
No último “post” transmiti-vos a ideia de que, para mim, a narrativa tinha seguido por caminhos mais ou menos previsíveis. Compreenderão portanto, que não foi a incerteza do que vinha a seguir que me manteve colado ao livro. O que me prendeu à leitura da obra foi a narrativa, que me pareceu resultado de um estudo aprofundado do autor acerca da realidade que descrevia, ainda que de forma romanceada.
Ora, dada a consonância entre a minha intuição e o destino que JRS foi traçando para cada uma das personagens  questionei-me, nesse mesmo texto, acerca das possibilidades que o autor tinha (ou não) de me surpreender com o desenlace final.
Pois bem, o final do livro deixou-me com sentimentos contraditórios; por um lado surpreendeu-me pela positiva, por outro desiludiu-me.
A despedida da personagem “Rebeca” foi arrojada; confesso que ao longo da história perspectivei um desfecho bem mais convencional para aquela personagem. Estranhei até que o autor a tivesse resguardado bastante em termos comportamentais e nunca me ocorreu que o seu desfecho pudesse ser aquele. JRS surpreendeu-me pela positiva. Gostei.
Quanto ao resto, confesso que fiquei um pouco desiludido; pareceu-me que a qualidade da história  merecia outro final. Não gostei do estilo “contagem final”. Tomei-o por demasiado cinematográfico. Por outro lado, também não gostei que o autor tivesse abandonado, nos últimos capítulos, a personagem “Hamed”. Sendo ele, a meu ver, a personagem nuclear nesta história, acho que foi demasiado redutor, nos últimos capítulos, tê-lo encerrado numa casa e descrevê-lo apenas á distância.
Ainda assim e apesar destes reparos(!!), penso que trata de um romance muito bom, que pode até ser ponto de partida para outras formas de expressão artística.  Aconselho a leitura.
Parabéns ao autor, José Rodrigues dos Santos.
O que escrevi acerca da "Fúria Divina" pode ser lido aqui, aquiaqui e aqui.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Referência especial!

O recomeço é com uma referência prometida!
É que neste entretanto, duas Amigas do Peito, e que costumam passar por cá, fizeram anos.
Curiosamente têm a mesma idade e fazem anos no mesmo dia!
A este propósito, agora me lembro, que nunca lhes perguntei quem é a mais velha! (?) Ainda hei-de apurar esse pormenor…
Outra coisa curiosa é que estas duas meninas, que nasceram no mesmo dia e no mesmo hospital, têm ambas pavor de um dia virem a fazer trinta anos.
Descansem… ainda faltam muitos anos!
Mas quando isso acontecer, pára-se a máquina do tempo e resolve-se o problema! Combinado?
Vá lá agora cantem comigo...

Parabéns CF (TITA!!!) e SF (SU!!!).

Quarentena (de duas semanas)

Olá a todos!
O Cidadão com Opinião esteve duas semanas em silêncio por questões técnicas.
O problema teve origem num vírus que afectou o sistema operativo do meu computador e que lhe danificou parte do disco.
Resultado: máquina para o estaleiro; cinco dias para o diagnóstico; mais três para a reparação; e finalmente… estou de volta!
Entretanto fui acompanhando as visitas e respondendo a quem me contactou.
Podia ter dado notícias utilizando outras máquinas? Podia; mas não era a mesma coisa…

Compreenderam (!!!)??

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

George, o cão gigante!


Segundo o Guiness (livro de recordes) este cão, chamado George, é o mais alto do mundo!
O exemplar da raça "Dogue Alemão" mede um metro e nove centímetros das patas ao dorso e dois metros e vinte centímetros do focinho à cauda.
Tem quatro anos, pesa cento e onze quilos e vive no Arizona, nos Estados Unidos. Portanto também "ladra em inglês"... (brincadeira minha!!!)
Atenção que se trata cachorro moderno, tem um site próprio - www.giantgeorge.com - com fotos e vídeos, e também está nas redes sociais,  Facebook e Twitter.
Depois de aqui vos ter falado de um gato especial, agora foi a vez de um cão...