quarta-feira, 17 de março de 2010

José Sócrates Vs “ José Trocas-Te…”



A cerimónia de apresentação da Estratégia Nacional para a Energia até 2020 ficou marcada por situação caricata. O apresentador de serviço quando chamou o Primeiro-Ministro para fazer a sua intervenção apelidou-o de José Trocas-Te
Ora, sendo este um Governo, por muitos, apelidado de “Governo da Propaganda” devido ao investimento que faz em cerimónias como estas, este episódio faz lembrar alguém que teima em manejar uma arma muito perigosa para disparar um tiro para um alvo predefinido, mas que acaba por acertar no próprio pé.

domingo, 14 de março de 2010

O livro que estou a ler "Sandokan - Os Piratas da Malásia" - I

Com inicio do mês de Março estava em condições de começar a leitura de um novo livro.
Comentei o assunto em família e logo a minha filha me confrontou com a intenção de me indicar o próximo livro para ler.
Não fiquei surpreendido, mas um pouco embaraçado.
O facto é que a AR, que está agora a aprender as primeiras letras, quando se apercebe que estou a ler um livro faz-me uma marcação cerrada e questiona-me constantemente acerca do ponto de situação da leitura. “- Pai em que página vais?”, é a pergunta que me dirige com insistência; é também ela quem muitas vezes se senta ao meu lado imitando-me na prática da leitura, claro está, com livros apropriados aos seus conhecimentos… este facto enche-me de satisfação pelo interesse que ela mostra pela leitura.
Por isso a sua intenção não me surpreendeu, mas deixou-me embaraçado; afinal que livro poderia ela indicar-me?
Mas o certo é que, genuinamente, eu não queria desiludi-la.
Expliquei-lhe que os livros que ela me poderia indicar não seriam apropriados para mim, uma vez que se tratam de livros para quem está a prender as primeiras letras.
Ela não se mostrou sensibilizada e deu a volta à situação; passo a explicar como.
Há uns tempos, uma pessoa amiga decidiu fazer arrumações lá em casa, nomeadamente no quarto dos filhos, já adultos; antes de entregar os brinquedos e outros objectos, que estavam em bom estado, a uma Instituição de Solidariedade Social perguntou à AR se queria ficar com alguns brinquedos. Surpreendentemente ela escolheu quatro livros de literatura juvenil.
Chegou a casa toda entusiasmada! Eu expliquei-lhe que aqueles livros ainda não eram bem para a sua idade; provavelmente teria muita dificuldade para os ler e ainda não compreenderia o que lia. Nessa ocasião pediu-nos, ainda assim, para ficar com eles. Nós consentimos.
Ainda antes de ela os colocar na estante do seu quarto dei uma olhadela pelos livros em questão. Um deles intitulava-se Sandokan – Piratas da Malásia.
Este título trouxe-me à lembrança a minha infância. Imaginem só que a minha primeira pasta da escola tinha gravada uma imagem do Sandokan!
Lembro-me de seguir para a escola, de pasta às costas, e alguém me dizer: “hei lá: um menino tão pequenino e já consegue levar um herói tão grande às costas! …
E ali estivemos, largos minutos, em família, a recordar os heróis da nossa infância. A AR participou maravilhada na conversa e foi fazendo perguntas.
Agora… quando lhe explicava que os livros dela já não eram adequados para eu ler, eis que ela me interrompeu “ – Pai espera!”. Puxou a cadeira da sua secretária e foi coloca-la à frente da estante. Subiu à cadeira de forma a chegar a terceira prateleira. Remexeu os livros e retirou um; “- Pai vais ler um livro de um herói da tua infância, o Sandokan!”.
Aceitei o desafio.
Confesso que do Sandokan já só me lembrava do nome e de uma figura de cabelos compridos, atados por uma fita em redor da cabeça, com uma catana na mão; e de uma canção que cantávamos em miúdos na escola: “Sandokan, Sandokan, tiras as… e veste o…”. Será que alguém se lembra?

O autor desta obra é Emílio Salgari e estou a ler uma edição da Editorial Verbo – Clássicos Juvenis, de 1996, com tradução de Bárbara Caruso.

Já li 14 capítulos, 107 páginas.

Mais notícias do livro que estou a ler só para a semana. Até lá…

Quem, carinhoasamente, me dirigiu aquelas palavras em criança, foi a Dª Rosalina Vasconcelos, hoje esposa do Sr. Belarmino Queirós. Sabem onde? Um dia quando passava em frente ao talho e mercearia da Dª Virginia e do Sr. Francisco Cunha, em Tabuado.

sábado, 13 de março de 2010

José Rodrigues dos Santos

José Rodrigues dos Santos é o autor do romance "Fúria Divina", obra que acabei de ler.
O escritor e jornalista nasceu em Mocambique em 1964. Ingressou na carreira de jornalista em 1981, na Rádio Macau, tendo trabalhado ainda na BBC e colaborado com a CNN.
É douturado em ciências da comunicação e professor na Universidade Nova de Lisboa e continua a exercer a actividade de jornalista na RTP.
É um dos jornalistas portugueses mais premiados; entre os galardões destacam-se dois do Clube Português de Imprensa e três da CNN.

Obras do Autor

Ensaio
Comunicação - 1992
Crónicas de Gerra I - Da Crimeia a Dachau - 2002
Crónicas de Gerra II - De Saigão a Bagdade - 2002
A Verdade da Guerra - 2002

Ficção
A Ilha das Trevas - 2002
A Filha do Capitão - 2004
O Codex 632 - 2005
A Fórmula de Deus - 2006
O Sétimo Selo - 2007
A Vida Num Sopro - 2008
Fúria Divina - 2009

O livro que estou a ler "Fúria Divina" - V

No final do mês de Fevereiro terminei a leitura do livro “Fúria Divina”, obra de José Rodrigues dos Santos.
Assim sendo, é chegado o momento para fazer uma apreciação final.
Como disse, nos artigos que fui escrevendo semanalmente, este foi um livro que gostei de ler. O tema da obra despertou o meu interesse e apreciei a escrita do autor, que se me revelou de leitura fácil.
No último “post” transmiti-vos a ideia de que, para mim, a narrativa tinha seguido por caminhos mais ou menos previsíveis. Compreenderão portanto, que não foi a incerteza do que vinha a seguir que me manteve colado ao livro. O que me prendeu à leitura da obra foi a narrativa, que me pareceu resultado de um estudo aprofundado do autor acerca da realidade que descrevia, ainda que de forma romanceada.
Ora, dada a consonância entre a minha intuição e o destino que JRS foi traçando para cada uma das personagens  questionei-me, nesse mesmo texto, acerca das possibilidades que o autor tinha (ou não) de me surpreender com o desenlace final.
Pois bem, o final do livro deixou-me com sentimentos contraditórios; por um lado surpreendeu-me pela positiva, por outro desiludiu-me.
A despedida da personagem “Rebeca” foi arrojada; confesso que ao longo da história perspectivei um desfecho bem mais convencional para aquela personagem. Estranhei até que o autor a tivesse resguardado bastante em termos comportamentais e nunca me ocorreu que o seu desfecho pudesse ser aquele. JRS surpreendeu-me pela positiva. Gostei.
Quanto ao resto, confesso que fiquei um pouco desiludido; pareceu-me que a qualidade da história  merecia outro final. Não gostei do estilo “contagem final”. Tomei-o por demasiado cinematográfico. Por outro lado, também não gostei que o autor tivesse abandonado, nos últimos capítulos, a personagem “Hamed”. Sendo ele, a meu ver, a personagem nuclear nesta história, acho que foi demasiado redutor, nos últimos capítulos, tê-lo encerrado numa casa e descrevê-lo apenas á distância.
Ainda assim e apesar destes reparos(!!), penso que trata de um romance muito bom, que pode até ser ponto de partida para outras formas de expressão artística.  Aconselho a leitura.
Parabéns ao autor, José Rodrigues dos Santos.
O que escrevi acerca da "Fúria Divina" pode ser lido aqui, aquiaqui e aqui.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Referência especial!

O recomeço é com uma referência prometida!
É que neste entretanto, duas Amigas do Peito, e que costumam passar por cá, fizeram anos.
Curiosamente têm a mesma idade e fazem anos no mesmo dia!
A este propósito, agora me lembro, que nunca lhes perguntei quem é a mais velha! (?) Ainda hei-de apurar esse pormenor…
Outra coisa curiosa é que estas duas meninas, que nasceram no mesmo dia e no mesmo hospital, têm ambas pavor de um dia virem a fazer trinta anos.
Descansem… ainda faltam muitos anos!
Mas quando isso acontecer, pára-se a máquina do tempo e resolve-se o problema! Combinado?
Vá lá agora cantem comigo...

Parabéns CF (TITA!!!) e SF (SU!!!).

Quarentena (de duas semanas)

Olá a todos!
O Cidadão com Opinião esteve duas semanas em silêncio por questões técnicas.
O problema teve origem num vírus que afectou o sistema operativo do meu computador e que lhe danificou parte do disco.
Resultado: máquina para o estaleiro; cinco dias para o diagnóstico; mais três para a reparação; e finalmente… estou de volta!
Entretanto fui acompanhando as visitas e respondendo a quem me contactou.
Podia ter dado notícias utilizando outras máquinas? Podia; mas não era a mesma coisa…

Compreenderam (!!!)??