Aqui pode ler-se que Belém, a cidade onde nasceu Jesus Cristo, já não é apenas uma referência Bíblica. Ao
que tudo indica, arqueólogos
israelitas, terão encontrado achados que evidenciam a existência da cidade durante
o período em que aparece descrito no livro sagrado.
quinta-feira, 24 de maio de 2012
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Tem a palavra Miguel Relvas
“Senhor ministro, o país é todo ouvidos...”
Que se investigue. Que o
assunto se esclareça em definitivo e se aja em consonância com a verdade dos
factos. Isso basta-me.
EDP Renováveis vai ser retirada da bolsa?
(in Diário Económico)
Este, que é um dos maiores fiascos dos últimos anos no mercado de
valores mobiliários em Portugal (na perspetiva do investidor), não poderá
pôr em causa a imagem de sucesso do modelo de gestão do grupo EDP?
domingo, 20 de maio de 2012
Taça de Portugal
Setenta e três anos
depois... a Académica deu uma grande lição no Jamor.
Na despedida... estiveram muito mal os adeptos do Sporting quando
arremessaram objetos e agrediram o arbitro Paulo Baptista quando este
subia à tribuna. Que tristeza...
Parabéns à briosa e ao meu conterrâneo Pedro Emanuel!
Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação do Porto
Continuando
a falar da cidade do Porto e de causas nobres, aqui fica uma sugestão para o
próximo fim-de-semana.
Refiro-me ao 2º Feirão da
Delegação do Porto da Cruz Vermelha Portuguesa. No evento estarão disponíveis
milhares de artigos (roupa - calçado - têxteis lar - mobiliário -
iluminação - livros - bricolage - decoração - brinquedos - louça - artesanato
- puericultura - bijutaria) novos e usados, para serem adquiridos a preços
de ocasião.
Será com certeza uma excelente oportunidade para fazer boas compras em tempos de crise e ao mesmo tempo ajudar esta Instituição Particular de Solidariedade Social que desenvolve na cidade do Porto ações muito relevantes ao nível do socorro e assistência a enfermos e no auxílio aos mais necessitados, particularmente idosos e acamados.
Corrida da Mulher no Porto.
Mulheres
a correr por uma causa: a luta contra o cancro da mama.
Excelente
iniciativa que aliou a prática de exercício físico a uma causa nobre.
Apesar
da ameaça de chuva o ambiente foi extraordinário. Um novo recorde de mulheres
inscritas: dezassete mil e seiscentas (17.600). Oito mil e quinhentos euros (€ 8.500,00)
oferecidos à Liga Portuguesa Contra o Cancro.
Sei de
quem esteve lá com muito entusiasmo a apoiar a causa e se divertiu imenso a percorrer os 5 quilómetros do percurso entre a Rotunda da Boavista e Avenida
dos Aliados!
Parabéns
a todas e à organização!
terça-feira, 8 de maio de 2012
Eleições na França e na Grécia
O que resulta das eleições em França e na Grécia?
Pouco, muito pouco.
Apenas um voto de protesto, de europeus massacrados
pela crise e completamente desorientados. Apenas um gemido doloroso de pessoas que sentem deitadas ao abandono.
Em França, François Hollande, ganhou as eleições presidenciais
com uma margem muito escassa e não tem folga orçamental para fazer grande parte
do que prometeu. Passará os próximos meses a explicar aos franceses que não lhes
mentiu, tentando por todos os meios criar condições para ganhar as
próximas eleições legislativas.
Na Grécia, a tragédia avoluma-se. As eleições
legislativas espartilharam completamente os espectro político. O partido
vencedor não tem condições para formar Governo e já desistiu de o fazer, pondo
em causa as expectativas geradas no seu eleitorado. Dos partidos que se lhe
seguirão, não se me afigura provável que qualquer um deles consiga formar um
Governo de unidade nacional, forte e coeso. A ser assim, mudar para quê? Para
pior já basta assim... como se diz cá em Portugal.
segunda-feira, 7 de maio de 2012
sábado, 5 de maio de 2012
Políticas de Sócrates quase levaram o país à bancarrota
Este ponto de vista já à época aqui o
tinha antecipado. Em 2010, escrevi por cá, que injetar dinheiro público na
economia não resolveria a crise e que o acréscimo de despesa pública naquele
contexto nunca geraria crescimento. Perecia-me, como me parece hoje, que foi um
erro, que quase nos levou à bancarrota.
Agora o desafio para os novos governantes
é outro. O que se lhes pede è que não salvem o país da bancarrota á custa da
falência dos portugueses. A história já nos ensinou que de nada vale ter um
país com contas públicas equilibradas estando o povo a definhar.
quarta-feira, 2 de maio de 2012
O túnel da luz volta à superfície
Confesso
que até já tinha dado o assunto por encerrado.
Tinha-o
considerado um “expediente” bem montado para levar o Benfica a ganhar um
campeonato, na última jornada e com um ponto de avanço sobre o Braga.
Para um portista, na altura, foi um
sapo difícil de engolir, mas a digestão já estava mais do que
feita com a conquista dos dois campeonatos que se lhe seguiram!
Mas afinal,
soube-se hoje, que este foi um assunto de difícil digestão para a Justiça.
Então não é que uma Juíza de instrução demorou mais de dois anos a decidir que
os jogadores do F C Porto envolvidos nos incidentes do túnel da Luz, vão a
julgamento e podem ser condenados até três anos de cadeia.
Quanto a mim trata-se de
mais uma manobra para pôr o Hulk "out"! Desta vez "out" do mercado... Será que vão
conseguir?!!! ...
terça-feira, 1 de maio de 2012
Caos nas lojas do “Pingo Doce”
Felizmente
nunca na minha vida experimentei a sensação de viver num país em estado de sítio,
ou lá próximo. As imagens de pessoas a açambarcar bens essenciais, sempre me
foram dadas pela televisão e diziam respeito a uma realidade que, repito,
felizmente nunca foi a minha.
Nunca
tinha experimentado essa sensação até hoje, mas hoje aconteceu.
Ao
entrar circunstancialmente numa loja da cadeia “Pingo Doce”, para efetuar uma
daquelas compras de ocasião, dei por mim a viver num qualquer país em situação de
emergência, em estado guerra eminente. Uma loja, de média dimensão, mas que
tinha no seu interior seguramente 4 centenas de pessoas. Mal se podia circular. As filas para as caixas de pagamento estendiam-se em forma de
serpente por todos os corredores e pelos espaços mais improváveis da loja. Cada
pessoa na fila de espera tinha ao seu lado volumes e mais volumes de produtos. Produtos
alimentares, de higiene e tudo o que é essencial á sobrevivência. Os característicos
carros de supermercado eram raros e as compras eram transportadas em
contentores improvisados: caixotes de papelão, sacos de ráfia e até caixas de
fruta da própria loja.
Um
ambiente caótico com pessoas esbaforidas que se lamentavam pela falta de
produtos. Prateleiras e expositores completamente vazios, onde apenas se via o
preço dos produtos que lá tinham estado expostos. Enfim uma situação
inacreditável.
A minha
mulher, pouco depois de entramos na loja, percebeu o porquê daquela confusão quando
leu um panfleto promocional da cadeia que anunciava descontos de 50% para
compras de valor superior a 100,00€. Ela quis voltar imediatamente para trás,
até porque temia pela nossa integridade física.
Eu
resisti e com a minha filha pela mão fiz questão de viver este momento que se não é tristemente histórico para o nosso país pelo menos é inédito. E lá andei
cerca de 10 minutos mergulhado na triste realidade deste nosso Portugal do século XXI.
1º de Maio – Dia do Trabalhador
Hoje lembra-se o trabalhador - aquele que trabalha – e celebra-se o ato de
trabalhar, como um direito que assiste a todos cidadãos e que deve ser exercido
em condições dignas e respeitadoras da condição humana.
Foi precisamente a busca dessa dignidade que levou ativistas dos direitos
dos trabalhadores a empreenderam no final do século XIX, nos Estados Unidos e
em França, uma luta na defesa por uma jornada de trabalho com oito horas
diárias. Os acontecimentos associados a essas lutas, como greves e grandes
manifestações, inspiraram a comemoração deste dia à escala mundial.
Não deixa de ser espantoso que na atualidade, passado mais de um século, se
assista a um movimento regressivo das conquistas dos trabalhadores de então.
Por isso, hoje, mais do que nunca, faz todo o sentido celebrar o "Dia
do Trabalhador". Celebrar os direitos daqueles que trabalham; celebrar os
direitos daqueles que queriam trabalhar, mas que não têm trabalho; e também,
celebrar os direitos daqueles que já fizeram uma vida de trabalho.
Este é o dia para dizer bem alto, que não faz qualquer
sentido destruir os alicerces sobre os quais se construiu a
nossa sociedade.
Miguel Portas
Helena
Sacadura Cabral, mãe de Miguel Portas, no “Delito de Opinião” a propósito da
morte do filho:
“Acabei
como devia, entregando-o nas mãos de quem mo emprestou”
sábado, 28 de abril de 2012
Alunos de Tabuado pensam como gente grande
Na sequência da cerimónia de lançamento da primeira pedra da obra de construção do novo cemitério de Tabuado, a Escola EB1 do Ladário, numa iniciativa plena de oportunidade decidiu abordar com os alunos a importância da vida.
Nesse âmbito os alunos concluíram que “todos os seres vivos têm a mesma condição à nascença, distinguindo-se apenas pelo percurso que fazem ao longo da sua vida, pelo caráter e pelas suas capacidades e todo o processo de existência humana culmina com a morte, condição igual a todos os seres vivos.
Todo o ser vivo requer cuidados para uma vida mais longa: regar, alimentar, respeitar, proteger, amar...”.
Após uma breve reflexão sobre o tema, os alunos concluíram que “a vida é como as estações do ano, a primavera ligada à nascença e à infância e o inverno à velhice e à morte”.
Na sequência desta reflexão foi elaborado um documento onde foram compiladas as respostas dos alunos a dois pontos de discussão “o cemitério visto aos olhos de uma criança” e “o comportamento que devem ter quando visitam um cemitério”.
Para não me alongar abstenho-me de reproduzir aqui o conjunto das respostas dadas, mas podem crer que são surpreendentes pela consciência cívica que revelam e pela diversidade de conceitos que refletem.
Os alunos concluíram este trabalho dando largas ao seu poder criativo... Uma verdadeira delícia!
Parabéns a toda a comunidade educativa!
Novo Cemitério de Tabuado
Estão
finalmente em marcha os procedimentos que levarão à construção do novo cemitério
da freguesia de Tabuado. Quis o destino que a minha pessoa tivesse uma
intervenção de circunstância na cerimónia de lançamento da primeira pedra.
Nesta, como noutras ocasiões, apesar dos gravadores, o relato feito por outos, nem
sempre corresponde rigorosamente àquilo que por nós foi dito. Assim, parece-me
pertinente que deixe aqui para memória futura as palavras que proferi na
ocasião.
Exmo.
Senhor, Presidente da Câmara Municipal de Marco de Canaveses;
(...)
Por
força da ausência da Sra. Presidente da Junta de Freguesia Tabuado, Sra. Professora
Maria de Fátima Vasconcelos, que aqui não pode estar presente por motivos de
ordem pessoal, cabe-me a mim, na qualidade de Vogal da Junta e seu substituto
legal, saudar-vos de forma muito fraterna e agradecer a vossa presença nesta
cerimónia de lançamento da primeira pedra na obra de construção do novo
complexo mortuário da freguesia de Tabuado.
Quis
o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Marco de Canaveses, Sr. Dr. Manuel
Moreira, assinalar de forma solene o início desta obra com esta cerimónia. Muito
nos honra que assim tenha decidido, pois este ato tem um significado muito
especial, não só para a Junta de Freguesia de Tabuado, mas também para todos
Tabuadenses e amigos desta terra, pois ele representa o início do fim de um
processo que se arrasta há mais de quarenta anos nesta freguesia: a construção
de um novo cemitério.
Se
me permitem uma breve sumula histórica de todo este processo, até porque
estamos numa terra com história, começaria por dizer, que o atual cemitério
desta freguesia, como os demais na generalidade do mundo rural em Portugal, se
situa numa zona contígua à Igreja, numa prática ligada à tradição do culto
cristão da idade média, de enterrar os mortos em sítios muito próximos dos locais
de culto.
Com
a evolução dos tempos esta tradição foi-se desvanecendo e a construção de novos
cemitérios deixou de obedecer àquela regra de inspiração marcadamente religiosa
e estas infraestruturas públicas passaram a ser implantadas em locais que respondem
a preocupações de natureza diversa, como sejam questões ambientais, de saúde
pública e urbanística. Com esta evolução permitiu-se que os espaços de
enterramento passassem de locais de reduzida dimensão, muitas vezes sem
condições adequadas, para novos espaços, com dimensões apropriadas, mais
funcionais e também por isso mais dignos.
Mas,
em muitas terras, como em Tabuado, os enterramentos continuaram a ser efetuados
nos antigos cemitérios. Porém esses espaços deixaram de responder às
necessidades das populações, pois tornaram-se locais exíguos, quero dizer
tornaram-se pequenos (apertados), para responder ao número de enterramentos que
era necessário lá realizar.
Pois
bem, este problema foi pela primeira vez identificado na nossa terra, na década
de setenta do século passado e logo aí foi determinado que a solução do
problema passaria pela construção de um novo cemitério num local diferente do
atual.
O
processo de escolha e disponibilização de um novo local evoluiu com avanços e
recuos, até que foi concluído com a construção de uma nova infraestrutura no
lugar do Peso, que dista daqui cerca de 500 metros. Sucede que, por razões
pouco percetíveis em termos de gestão pública, mas que não importa aqui abordar,
o novo cemitério, depois de construído, nunca chegou a ser utilizado,
continuando os enterramentos a ser efetuados no atual, com as condições de
utilização do mesmo a degradarem-se progressivamente.
Neste
contexto, quando o atual executivo da Junta de Freguesia tomou posse, foi
confrontado com um projeto do anterior executivo que previa o alargamento do
cemitério atual para terrenos da paróquia.
Confrontado
com aquele projeto, o executivo, como se impunha, contactou o pároco de então,
no sentido de saber da sua autorização para a concretização do referido
alargamento. O Reverendo Padre Joaquim Pereira da Cunha disse-nos, nessa
ocasião, que todo esse processo só poderia resultar de um equívoco, dado que
nunca teria dado consentimento para a realização da obra que lhe estávamos a
apresentar, nem de qualquer outra que previsse o alargamento do cemitério para
terrenos da paróquia.
Ainda
assim e no sentido de dissipar dúvidas e rumores que começaram a instalar-se
quanto a uma possível autorização para a realização da obra por parte da
Diocese, autorização essa que estaria a ser inviabilizada pelo Pároco, a Junta,
com conhecimento deste, decidiu consultar diretamente o Sr. Bispo do Porto,
para saber se a decisão da Diocese era concordante com a do Pároco, ou se por
parte daquele Órgão Eclesiástico, haveria abertura para encontrar algum tipo de
solução que fosse de encontro à resolução do problema da freguesia.
A
resposta do Sr. Bispo, fundada num parecer emitido pela Comissão de Infraestruturas
da Diocese foi perentória: a diocese, tal como o pároco, não autorizava o
alargamento do cemitério antigo para terrenos da paróquia, porque isso em nada
dignificaria o bem edificado mais precioso da freguesia de tabuado: a sua
Igreja Românica.
Confrontado
com essa decisão e no sentido de encontrar uma solução para aquele que
identificamos ser o problema que merecia uma resolução mais imediata na
freguesia, o executivo lançou-se na procura de um espaço onde pudesse ser
construído um novo cemitério que fosse de encontro aos interesses da população.
Sabendo
que algumas das razões evocadas para a não utilização do cemitério no lugar do
Peso se prendiam com a sua localização, elegemos como critérios principais na
procura de um novo local a sua localização nas imediações da Igreja, os bons
acessos e que a sua dimensão fosse tal que não inviabilizasse futuros
alargamentos.
Foi um trabalho muito árduo, que teve várias
frentes e que exigiu da nossa parte muita descrição, respeito para com os
nossos interlocutores e muita firmeza.
Depois de colocadas várias hipóteses,
encontrámos o terreno que queríamos. Contactamos os proprietários e
conseguimos, a muito custo, disponibilidade da sua parte para negociar. Foi
então que solicitamos a ajuda necessária da CMMC, para a disponibilização dos
meios financeiros e, em parceria, negociámos o terreno.
Foi uma negociação longa e muito difícil, na
qual se empenhou particularmente o Sr. Presidente da Câmara, Dr. Manuel
Moreira, mas que teve um desfecho feliz.
A CMMC adquiriu, em 07 de Fevereiro de 2007, pelo
preço de 90.000,00€, esta parcela de terreno, com 5.795m2, para aqui
se construir o complexo mortuário da freguesia de Tabuado, onde se incluiu a
construção de um novo cemitério.
O passo decisivo estava dado mas outros se lhe
seguiram, igualmente importantes e bastante morosos. Falo das questões de
natureza jurídica e administrativa, relacionadas com a legalização do terreno,
em termos que permitissem a construção desta infraestrutura. Mas com o tempo
necessário, que é sempre muito para quem espera, o processo foi concretizado.
Seguiu-se a elaboração do projeto, mais uma
vez com a colaboração fundamental da CMMC, que através dos seus serviços
técnicos procedeu à sua elaboração. Este procedimento, que voltou ter um
acompanhamento direto do Sr. Presidente da Câmara, foi, naturalmente, bastante
demorado, por um lado devido às soluções técnicas e estéticas que foi
necessário estudar e por outro, devido ao elevado volume de trabalho a que os
serviços técnicos da CMMC têm que dar resposta.
Certo é que fruto de um diálogo quase
permanente entre técnicos e autarcas o projeto foi elaborado e a sua versão
final foi-nos apresentada em termos que correspondiam aos nossos objetivos,
vertidos num projeto arrojado, funcional, bonito e que dignifica e prestigia a
nossa terra de Tabuado e o nosso concelho de Marco de Canaveses.
Porém, como é de todos sabido, o país viu-se
mergulhado numa financeira e económica, provocada por desequilíbrios orçamentais,
que obrigaram inclusive o país a recorrer a ajuda externa, ajuda essa
condicionada à execução de um plano de reequilíbrio das contas públicas.
A
persecução deste plano está a obrigar o Estado a por em prática uma política de
racionalização de gastos públicos, que afeta os diversos sectores públicos e
com natural incidência nas autarquias locais que se viram privadas nestes dois
últimos anos de percentagens significativas de verbas a que lhe provinham do
orçamento geral do estado.
Estas condicionantes financeiras obrigaram a
ter que repensar, mais uma vez, o nosso projeto. Foi neste contexto que em
diálogo com CMMC, decidimos reformular o projeto inicial, para o tornar
exequível nesta fase em termos financeiros. Sem diminuir a qualidade nem os
princípios estruturantes da obra, decidiu-se construir a mesma por fazes. Assim
nesta primeira fase vai construir-se o novo cemitério, com as mesmas
características, mas com dimensões mais reduzidas que o inicialmente previsto.
Ainda assim capaz de responder às necessidades da freguesia por muitos anos.
Nesta fase construir-se-ão também os respetivos acessos. Numa segunda fase
concluir-se-á a construção da parte restante do complexo, com a edificação da
casa mortuária.
Sr.
Presidente (...)
Minhas
senhoras e meus senhores,
O que nos trás aqui hoje é a certeza da
execução de uma obra há muito reclamada por esta terra e que muito a vai
dignificar. Construir um complexo mortuário, com as características do que aqui
vai ser edificado, traduz o ser e o sentir da gente da nossa terra, que prepara
no presente o seu futuro, mas que alicerça este presente no seu passado, que
pretende preservar, nas suas mais diversas vertentes em condições de dignidade
absoluta. Nessa medida tornar mais dignas as condições de um cemitério
representa o apreço por todos os que nos antecederam e o valor incalculável que
para nós, enquanto comunidade, tem a sua memória.
Sr.
Presidente (...)
Minhas
senhoras e meus senhores,
È chegado o momento. Chegou o momento de por
fim a um assunto que incomoda esta terra há demasiados anos; chegou o momento
de dizer aos incrédulos, que podem acreditar; chegou o momento de transformar o
sonho em realidade.
Sr.
Presidente, meus senhores e minhas senhoras;
Somos chegados ao momento em que é possível
afirmar que neste local se vai construir o complexo mortuário de Tabuado; complexo
este, que originará o aparecimento de uma nova centralidade na freguesia, e que
compreende a construção de um cemitério com capacidade, para 96 campas devidamente
infraestruturadas e 4 espaços para jazigos em altura. Um cemitério moderno,
funcional, com espaço aprazível e digno; um cemitério num local acessível e de
horizontes abertos, que promova a dignidade da pessoa humana e que estimule a
igualdade nessa condição, com respeito pela diversidade de origens e credos.
Um complexo mortuário que compreende ainda a
construção de uma casa mortuária, com uma sala com capacidade para velar dois
corpos em simultâneo e a possibilidade de ali realizar serviços religiosos;
casa mortuária que compreende também uma sala de apoio e sanitários adaptados a
pessoas com mobilidade limitada. Um complexo mortuário que compreende ainda a
construção dos acessos e parque de estacionamento e uma casa de apoio para
concessionar.
Uma obra que é necessária e mais uma vez
repito, vai dignificar esta freguesia de Tabuado, o concelho do Marco de
Canaveses, a Junta de Freguesia de Tabuado e Câmara Municipal do Marco de
Canaveses.
Mas uma obra que envolve meios financeiros
avultados e para a qual todos são chamados a contribuir e que só poderá
realizar-se com a colaboração e apoio de todos.
Sr.
Presidente (...)
Termino agradecendo a V. Exa. em nome da Junta
de Freguesia de Tabuado a realização desta cerimónia, que como disse no início,
muito nos honra; agradeço-lhe todo o apoio técnico e financeiro prestado pela
Câmara Municipal de Marco de Canaveses à realização deste projeto; e em particular
agradeço o seu apoio pessoal e a preocupação que tem manifestado no
acompanhamento deste projeto.
Em termos pessoais, e na qualidade de
Tabuadense, formulo o desejo de que V. Exa. se sinta tão feliz quanto eu, neste
dia tão importante para a terra, que a ambos nos serviu de berço.
Muito obrigado.
sexta-feira, 20 de abril de 2012
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Homens constipados
Um dia destes, quando pela manhã me sentei à secretária tinha uma folha de papel com este poema de António Lobo Antunes colada ao monitor. Imaginam porquê?
Zaragatoas, vinho com mel, Três aspirinas, creme na pele Grito de medo, chamo a mulher.
Mede-me a febre, olha-me a goela, Cala os miúdos, fecha a janela,
Ai Lurdes, Lurdes, não vales nada. Se tu sonhasses como me sinto, Já vejo a morte nunca te minto, Já vejo o inferno, chamas, diabos,
Vejo demónios nas suas danças Tigres sem listras, bodes sem tranças Choros de coruja, risos de grilo
Não é o pingo de uma torneira, Põe-me a Santinha à cabeceira, Compõe-me a colcha, Fala ao prior,
Chama o Doutor, passa a chamada, Ai Lurdes, Lurdes nem dás por nada. Faz-me tisana e pão de ló, Não te levantes que fico só,
Ai Lurdes, Lurdes que vou morrer".
Poema aos homens constipados
Uma botija, chá de limão,
-"Ai Lurdes, Lurdes, que vou morrer.
Não quero canja, nem a salada,
Anjos estranhos, cornos e rabos,
Ai Lurdes, Lurdes fica comigo
Pousa o Jesus no cobertor.
Aqui sozinho a apodrecer,
António Lobo Antunes
Agora que se fala do fim das reformas antecipadas...
Há que pensar no que nos conduziu a este estado de coisas...
Não haverá situações que mereciam ser revistas?
Elefantes em Marte?
A realidade pode ir até onde a imaginação nos levar.
Eis a imagem de uma formação rochosa em Marte...
De facto, sem grande esforço, podemos ver aqui um decalque de um paquiderme!
Fonte: Diário Digital
domingo, 18 de março de 2012
As crianças têm solução para tudo!
A noite era de um dia próximo do fim de Fevereiro. A data era especial e justificou um jantar fora, em família. O inverno não vai rigoroso, mas nessa noite o calor podia-se bem com ele. Como sempre, no restaurante do J, o ambiente estava agradável. Naquela noite sentia-se o pronuncio do Carnaval que se iria comemorar numa sala do piso superior. A passagem dos foliões, devidamente aprumados (mascarados) para o evento, punha-nos bem-dispostos! O jantar aproxima-se do fim, os pratos e talheres já tinham sido retirados. Em cima da mesa permaneciam apenas os copos e as garrafas das bebidas, meio vazias. Faltavam as sobremesas. A um ritmo ligeiramente superior, tinha decorrido o jantar das duas mesas vizinhas. Numa delas, o empregado de mesa já tinha apontado os pedidos daqueles nossos vizinhos de ocasião. Na outra, o processo estava mais demorado. Contei cinco crianças e isso explica tudo... Ora, como a lista das sobremesas viria daquela para a nossa mesa, fui forçado a deter-me no impasse que por lá reinava. A conclusão tardava porque uma menina, que não teria mais que sete anos, insistia num gelado. A ideia não agradava aos adultos, que procuraram demove-la daquela preferência. Os argumentos foram vários, desde os bolos de bolacha e chocolate que eram deliciosos (!), ao pudim que era igual ao que fazia a avó (!), até gelatina, guloseima á qual nenhum catraio resiste. Mas como menina foi dizendo que não a tudo, a escalada dos argumentos atingiu o máximo com a possibilidade de ter que “levar uma pica se a constipação e dores de garganta, há pouco curadas, voltassem”, por causa da ingestão do gelado. Mas o certo é que ninguém conseguiu demover a miúda e o empregado concluiu a lista das sobremesas com um “Magnum de Chocolate”. Resolvido aquele impasse, chegou a nossa vez. Sem stress, porque o ambiente estava de tal forma agradável, que não era o atraso de alguns minutos que o iria estragar! Fizemos então os nossos pedidos e fomos rapidamente servidos. E eis que quando me preparava para cortar a rodela de ananás, que foi a minha sobremesa, me deparei com algo insólito. Olhei na direcção da lareira que existe na sala, que tem embutido um aparelho eletrico que simula uma fogueira e vai irradiando calor, e o que vejo? A menina do gelado! Sentada em frente à lareira com o corpo apoiado nas “perninhas à chinês”. Numa das mãos segurava o gelado que apontava na direcção da lareira. Como se o estivesse a aquecer, ali permanecia naquela posição uns 15 segundos e depois... trincava-o! E o gesto lá se foi repetindo, aquecia e trincava, aquecia e trincava...
Espero que o gelado não tenha feito mal à menina, porque afinal ela foi previdente: se o "gelado frio" faz mal, aquece-se... As crianças têm solução para tudo!
sexta-feira, 9 de março de 2012
Caixa Geral de Depósitos sem cortes salariais
Primeiro foi a TAP... e era a única exceção.
Agora é a Caixa Geral de Depósitos... e afinal, sem que soubesse, já era uma exceção desde Janeiro.
E pelo meio, ainda houve a trapalhada, da Lusoponte...
Por favor, digam-me que isto não está a acontecer no meu país.
domingo, 26 de fevereiro de 2012
sábado, 28 de janeiro de 2012
59º Dia Mundial dos Leprosos
Aqui está uma ideia solidária para este domingo.
Se tiverem oportunidade não deixem de contribuir com a vossa ajuda para erradicação da lepra que é uma doença que afecta a humanidade há mais de 5000 anos.
Canções & Músicas TOP
André Rieu -
O Fortuna (versão – Amesterdão Arena 2009)
Poema de Carmina Burana musicado Carl
Orff (Hiperligação: clique para aceder)
Carvalho da Silva abandona o cargo de secretário-geral da CGTP-IN
Após mais de três décadas de ligação ao mundo sindical e 25 anos de liderança da CGTP-IN, Manuel Carvalho da Silva deixou ontem cargo de secretário-geral da maior Central Sindical portuguesa.
Oriundo de uma família de pequenos agricultores da zona de Famalicão, Carvalho da Silva, fez o curso industrial de montador electricista, na Escola Industrial Carlos Amarante, em Braga, tendo iniciado a sua vida profissional, aos 17 anos de idade, em empresas ligadas ao sector da electromecânica. E é precisamente neste sector de actividade que chega ao mundo sindical, através do Sindicato das Industrias Eléctricas do Norte. Em 1977, naquele que ficou conhecido como o congresso de todos os sindicatos, integra a Comissão Executiva da CGTP-IN (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional) e em 1986 chega ao cargo de coordenador da Central Sindical. A partir de Dezembro de 1999 passa a exercer as funções de secretário-geral, designação desde então adoptada para o cargo.
Passados que são 25 anos e aos 64 anos de idade, Carvalho da Silva abandona agora a liderança da CGTP-IN, sendo um caso raro de longevidade no exercício de um cargo de eleição, numa organização colectiva em Portugal.
Em algumas ocasiões, ao longo destes anos, o caso de Carvalho da Silva foi apontado como exemplo de um pertenço imobilismo da sociedade portuguesa, revelado pela falta de capacidade das suas organizações para se renovarem e adaptarem à evolução dos tempos. Em muitas situações o caso do dirigente sindical serviu até de exemplo para caracterizar os diversos poderes corporativos existentes no nosso país e cujos interesses instalados foram perdurando ao longo de décadas.
O que é certo é que Carvalho da Silva conseguiu em sucessivos mandatos, ao longo dos 25 anos em que esteve à frente da CGTP, mantê-la unida, como a maior Central Sindical portuguesa e independente de directórios partidários, pelo menos formalmente.
Em termos pessoais, o sindicalista retomou os estudos, tendo-se Licenciado e Doutorado em Sociologia, em 2000 e 2007,respectivamente.
Neste momento, quer se concorde ou não com as ideias e o pensamento político de Carvalho da Silva, quer se goste ou não do seu estilo, parece-me que é justo reconhecer-lhe mérito, quanto mais não seja porque ao longo dos anos se assumiu como uma personalidade que soube manter uma postura coerente com o seu discurso, qualidade que vai escasseando cada vez mais nas figuras públicas do nosso país.
Quanto ao seu futuro político, já ouvi comentadores experimentados, apontá-lo como um possível candidato da esquerda unida nas próximas eleições presidências, numa espécie de Lula à portuguesa. Tenho dúvidas que tal consenso venha a ser conseguido, mas logo se verá...
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
As reformas de Cavaco Silva
Quando ouvi as declarações do Presidente da República a propósito do valor das suas reformas atribui-lhes o mesmo significado que o próprio veio agora esclarecer ter querido dar-lhe.
Nunca as interpretei como sendo proferidas por alguém que se lamentava de um hipotético exíguo valor das suas pensões, quando comparado com o da maioria dos portugueses, mas vi nelas uma pretensão de querer afirmar, que apesar de ser o mais alto magistrado da Nação, ele próprio, também está a sofrer com as medidas de austeridade, como qualquer outro cidadão.
Tudo o que se seguiu foi folclore.
Mesmo que Cavaco Silva não tenha dito exactamente o queria, o aproveitamento mediático da situação que se seguiu foi absolutamente lamentável, porque induziu o cidadão comum num erro de avaliação e criou na sociedade focos de tensão, onde eles declaradamente não existem e onde, a bem da sustentabilidade do país, convém que não sejam fomentados, muito menos de forma artificial.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
100 Anos de história em vídeo de 10 minutos
Este vídeo colocado no "Youtube" passa em revista, sob a forma de imagens, a História mundial de 1911 a 2011. As imagens recordam alguns dos acontecimentos mais significativos dos últimos 100 anos. As guerras, as tragédias e muitas das conquistas da Humanidade estão aqui. Vale a pena ver.
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
As taxas moderadoras aumentaram porque não há dinheiro.
Texto de Ricardo Oliveira
No dia 1, o Ministro da Saúde declarou aos jornalistas que “metade dos hospitais do SNS estão em falência técnica”.
Como é sabido, no mesmo dia entraram em vigor as novas taxas moderadoras.
Desligando-me por momentos das simpatias partidárias, este comentário indignou-me, mesmo não sendo a primeira vez que o ouço.
Um hospital, tal como uma escola, tal como um tribunal, não entra em falência.
Se isso acontece, segue-se á falência do próprio Estado. Estamos perto, mas ainda não chegamos lá...
Pouco interessa nesta opinião entrar nos conceitos de gestão - sei que o Ministro não disse que o SNS estava falido, mas o melhor que o Ministro fazia no dia de entrada em vigor das novas taxas, era estar calado.
O que o Ministro acabou por dizer é que as taxas moderadoras aumentaram porque a saúde tem estado a dar prejuízo.
A oposição também gostaria, mas eu preferia que o Sr. Ministro tivesse dito: as taxas moderadoras foram aumentadas porque não há dinheiro!
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
O Euro tem dez anos
Parece que foi ontem... mas estas notinhas já nos acompanham há dez anos!
Lembro-me bem do clima “apocalítico” que varreu o país nos tempos que antecederam a introdução da nova moeda. Das reportagens televisivas nas aldeias isoladas do interior do país, procurando velhinhos, de memória já debilitada, cuja dificuldade para converter escudos em euros fosse evidente. Lembro-me de numa dessas reportagens, ver uma senhora que mostrava um stock reforçado de produtos alimentares, não fosse ver-se impedida de os adquirir nos tempos que seguissem á introdução do euro, por não conseguir adaptar-se à nova moeda... Enfim... sempre tive a sensação de que aqueles cenários seriam mais jornalísticos do que reais e nunca temi pelo sucesso da operação, quanto mais não fosse, porque para o desenrasque não deve haver povo como o nosso. E ainda bem que assim é.
Passados poucos meses foi declarado oficialmente o sucesso do processo e todos nós ficamos orgulhosos, porque, mais uma vez, os portugueses tinham dado uma resposta à altura.
Seguiram-se tempos de euforia. Parecia impossível, podíamos viajar por grande parte da Europa e a nossa moeda era aceite na generalidade dos países (sem câmbios) e às mãos vinham-nos parar moedas e notas, cunhadas ou impressas noutros países, com igual valor à que circulava intra-portas. Tão inebriados ficamos que nem demos conta que os preços dispararam. E fomos compensando o aumento do custo de vida com o recurso ao crédito fácil que as baixas taxas de juro proporcionaram. Resultado: as pessoas endividaram-se de uma forma brutal e muitas delas vêm-se hoje completamente arruinadas. E o país? O país é o reflexo das pessoas: uma década sem crescimento económico, com o Estado a viver à custa de níveis de endividamento insustentáveis e as contas públicas a entrarem em colapso.
E o pior de tudo é que hoje também já se admite que até o próprio euro possa colapsar ou em alternativa, salvar-se, mas deitando-nos borda fora, num processo em que ninguém consegue, com rigor, prever as consequências.
Perante este estado de coisas, apetece dizer à portuguesa: peçamos mais dez anos... e depois logo se verá!
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