quinta-feira, 24 de maio de 2012

Achado arqueológico prova a existência de Belém

Aqui pode ler-se que Belém, a cidade onde nasceu Jesus Cristo, já não é apenas uma referência Bíblica. Ao que tudo indica, arqueólogos israelitas, terão encontrado achados que evidenciam a existência da cidade durante o período em que aparece descrito no livro sagrado.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

domingo, 20 de maio de 2012

Taça de Portugal


Setenta e três anos depois... a Académica deu uma grande lição no Jamor.

Na despedida...  estiveram muito mal os adeptos do Sporting quando arremessaram objetos e agrediram o arbitro Paulo Baptista quando este subia à tribuna. Que tristeza...
Parabéns à briosa e ao meu conterrâneo Pedro Emanuel!

Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação do Porto

Continuando a falar da cidade do Porto e de causas nobres, aqui fica uma sugestão para o próximo fim-de-semana.

Refiro-me ao 2º Feirão da Delegação do Porto da Cruz Vermelha Portuguesa. No evento estarão disponíveis milhares de artigos (roupa - calçado -  têxteis lar - mobiliário - iluminação - livros - bricolage - decoração - brinquedos - louça  - artesanato - puericultura - bijutaria) novos e usados, para serem adquiridos a preços de ocasião.
Será com certeza uma excelente oportunidade para fazer boas compras em tempos de crise e ao mesmo tempo ajudar esta Instituição Particular de Solidariedade Social que desenvolve na cidade do Porto ações muito relevantes ao nível do socorro e assistência a enfermos e no auxílio aos mais necessitados, particularmente idosos e acamados. 
O evento terá lugar em Massarelos, na zona ribeirinha do Porto, o que permite transformar esta deslocação num passeio sempre agradável ao longo da marginal do Douro. E quem sabe, dar dali um pulinho até foz... Tudo ótimas sugestões!

Corrida da Mulher no Porto.

Mulheres a correr por uma causa: a luta contra o cancro da mama.



Excelente iniciativa que aliou a prática de exercício físico a uma causa nobre.
Apesar da ameaça de chuva o ambiente foi extraordinário. Um novo recorde de mulheres inscritas: dezassete mil e seiscentas (17.600). Oito mil e quinhentos euros (€ 8.500,00) oferecidos à Liga Portuguesa Contra o Cancro.



Sei de quem esteve lá com muito entusiasmo a apoiar a causa e se divertiu imenso a percorrer os 5 quilómetros do percurso entre a Rotunda da Boavista e Avenida dos Aliados! 


Parabéns a todas e à organização!



terça-feira, 8 de maio de 2012

Eleições na França e na Grécia

O que resulta das eleições em França e na Grécia?
Pouco, muito pouco.
Apenas um voto de protesto, de europeus massacrados pela crise e completamente desorientados. Apenas um gemido doloroso de pessoas que sentem deitadas ao abandono.
Em França, François Hollande, ganhou as eleições presidenciais com uma margem muito escassa e não tem folga orçamental para fazer grande parte do que prometeu. Passará os próximos meses a explicar aos franceses que não lhes mentiu, tentando por todos os meios criar condições para ganhar as próximas eleições legislativas.
Na Grécia, a tragédia avoluma-se. As eleições legislativas espartilharam completamente os espectro político. O partido vencedor não tem condições para formar Governo e já desistiu de o fazer, pondo em causa as expectativas geradas no seu eleitorado. Dos partidos que se lhe seguirão, não se me afigura provável que qualquer um deles consiga formar um Governo de unidade nacional, forte e coeso. A ser assim, mudar para quê? Para pior já basta assim... como se diz cá em Portugal.

sábado, 5 de maio de 2012

Políticas de Sócrates quase levaram o país à bancarrota


Este ponto de vista já à época aqui o tinha antecipado. Em 2010, escrevi por cá, que injetar dinheiro público na economia não resolveria a crise e que o acréscimo de despesa pública naquele contexto nunca geraria crescimento. Perecia-me, como me parece hoje, que foi um erro, que quase nos levou à bancarrota.
Agora o desafio para os novos governantes é outro. O que se lhes pede è que não salvem o país da bancarrota á custa da falência dos portugueses. A história já nos ensinou que de nada vale ter um país com contas públicas equilibradas estando o povo a definhar.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

O túnel da luz volta à superfície


Confesso que até já tinha dado o assunto por encerrado.
Tinha-o considerado um “expediente” bem montado para levar o Benfica a ganhar um campeonato, na última jornada e com um ponto de avanço sobre o Braga.
Para um portista, na altura, foi um sapo difícil de engolir, mas a digestão já estava mais do que feita com a conquista dos dois campeonatos que se lhe seguiram!
Mas afinal, soube-se hoje, que este foi um assunto de difícil digestão para a Justiça. Então não é que uma Juíza de instrução demorou mais de dois anos a decidir que os jogadores do F C Porto envolvidos nos incidentes do túnel da Luz, vão a julgamento e podem ser condenados até três anos de cadeia.
Quanto a mim trata-se de mais uma manobra para pôr o Hulk "out"! Desta vez "out" do mercado... Será que vão conseguir?!!! ...

terça-feira, 1 de maio de 2012

Caos nas lojas do “Pingo Doce”

Felizmente nunca na minha vida experimentei a sensação de viver num país em estado de sítio, ou lá próximo. As imagens de pessoas a açambarcar bens essenciais, sempre me foram dadas pela televisão e diziam respeito a uma realidade que, repito, felizmente nunca foi a minha.
Nunca tinha experimentado essa sensação até hoje, mas hoje aconteceu.
Ao entrar circunstancialmente numa loja da cadeia “Pingo Doce”, para efetuar uma daquelas compras de ocasião, dei por mim a viver num qualquer país em situação de emergência, em estado guerra eminente. Uma loja, de média dimensão, mas que tinha no seu interior seguramente 4 centenas de pessoas. Mal se  podia circular. As filas para as caixas de pagamento estendiam-se em forma de serpente por todos os corredores e pelos espaços mais improváveis da loja. Cada pessoa na fila de espera tinha ao seu lado volumes e mais volumes de produtos. Produtos alimentares, de higiene e tudo o que é essencial á sobrevivência. Os característicos carros de supermercado eram raros e as compras eram transportadas em contentores improvisados: caixotes de papelão, sacos de ráfia e até caixas de fruta da própria loja.
Um ambiente caótico com pessoas esbaforidas que se lamentavam pela falta de produtos. Prateleiras e expositores completamente vazios, onde apenas se via o preço dos produtos que lá tinham estado expostos. Enfim uma situação inacreditável.
A minha mulher, pouco depois de entramos na loja, percebeu o porquê daquela confusão quando leu um panfleto promocional da cadeia que anunciava descontos de 50% para compras de valor superior a 100,00€. Ela quis voltar imediatamente para trás, até porque temia pela nossa integridade física.
Eu resisti e com a minha filha pela mão fiz questão de viver este momento que se não é tristemente histórico para o nosso país pelo menos é inédito. E lá andei cerca de 10 minutos mergulhado na triste realidade deste nosso Portugal do século XXI.

1º de Maio – Dia do Trabalhador

Hoje lembra-se o trabalhador - aquele que trabalha – e celebra-se o ato de trabalhar, como um direito que assiste a todos cidadãos e que deve ser exercido em condições dignas e respeitadoras da condição humana.
Foi precisamente a busca dessa dignidade que levou ativistas dos direitos dos trabalhadores a empreenderam no final do século XIX, nos Estados Unidos e em França, uma luta na defesa por uma jornada de trabalho com oito horas diárias. Os acontecimentos associados a essas lutas, como greves e grandes manifestações, inspiraram a comemoração deste dia à escala mundial.
Não deixa de ser espantoso que na atualidade, passado mais de um século, se assista a um movimento regressivo das conquistas dos trabalhadores de então.
Por isso, hoje, mais do que nunca, faz todo o sentido celebrar o "Dia do Trabalhador". Celebrar os direitos daqueles que trabalham; celebrar os direitos daqueles que queriam trabalhar, mas que não têm trabalho; e também, celebrar os direitos daqueles que já fizeram uma vida de trabalho.
Este é o dia para dizer bem alto, que não faz qualquer sentido destruir os alicerces sobre os quais se construiu a nossa sociedade.

Miguel Portas


Helena Sacadura Cabral, mãe de Miguel Portas, no “Delito de Opinião” a propósito da morte do filho:

Acabei como devia, entregando-o nas mãos de quem mo emprestou

sábado, 28 de abril de 2012

Alunos de Tabuado pensam como gente grande




Na sequência da cerimónia de lançamento da primeira pedra da obra de construção do novo cemitério de Tabuado, a Escola EB1 do Ladário, numa iniciativa plena de oportunidade decidiu abordar com os alunos a importância da vida.
Nesse âmbito os alunos concluíram que “todos os seres vivos têm a mesma condição à nascença, distinguindo-se apenas pelo percurso que fazem ao longo da sua vida, pelo caráter e pelas suas capacidades e todo o processo de existência humana culmina com a morte, condição igual a todos os seres vivos.
Todo o ser vivo requer cuidados para uma vida mais longa: regar, alimentar, respeitar, proteger, amar...”.
Após uma breve reflexão sobre o tema, os alunos concluíram que “a vida é como as estações do ano, a primavera ligada à nascença e à infância e o inverno à velhice e à morte”.
Na sequência desta reflexão foi elaborado um documento onde foram compiladas as respostas dos alunos a dois pontos de discussão “o cemitério visto aos olhos de uma criança” e “o comportamento que devem ter quando visitam um cemitério”.
Para não me alongar abstenho-me de reproduzir aqui o conjunto das respostas dadas, mas podem crer que são surpreendentes pela consciência cívica que revelam e pela diversidade de conceitos que refletem.
Os alunos concluíram este trabalho dando largas ao seu poder criativo... Uma verdadeira delícia!
Parabéns a toda a comunidade educativa!

Novo Cemitério de Tabuado


Estão finalmente em marcha os procedimentos que levarão à construção do novo cemitério da freguesia de Tabuado. Quis o destino que a minha pessoa tivesse uma intervenção de circunstância na cerimónia de lançamento da primeira pedra. Nesta, como noutras ocasiões, apesar dos gravadores, o relato feito por outos, nem sempre corresponde rigorosamente àquilo que por nós foi dito. Assim, parece-me pertinente que deixe aqui para memória futura as palavras que proferi na ocasião.

Exmo. Senhor, Presidente da Câmara Municipal de Marco de Canaveses;
(...)
Por força da ausência da Sra. Presidente da Junta de Freguesia Tabuado, Sra. Professora Maria de Fátima Vasconcelos, que aqui não pode estar presente por motivos de ordem pessoal, cabe-me a mim, na qualidade de Vogal da Junta e seu substituto legal, saudar-vos de forma muito fraterna e agradecer a vossa presença nesta cerimónia de lançamento da primeira pedra na obra de construção do novo complexo mortuário da freguesia de Tabuado.
Quis o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Marco de Canaveses, Sr. Dr. Manuel Moreira, assinalar de forma solene o início desta obra com esta cerimónia. Muito nos honra que assim tenha decidido, pois este ato tem um significado muito especial, não só para a Junta de Freguesia de Tabuado, mas também para todos Tabuadenses e amigos desta terra, pois ele representa o início do fim de um processo que se arrasta há mais de quarenta anos nesta freguesia: a construção de um novo cemitério.
Se me permitem uma breve sumula histórica de todo este processo, até porque estamos numa terra com história, começaria por dizer, que o atual cemitério desta freguesia, como os demais na generalidade do mundo rural em Portugal, se situa numa zona contígua à Igreja, numa prática ligada à tradição do culto cristão da idade média, de enterrar os mortos em sítios muito próximos dos locais de culto.
Com a evolução dos tempos esta tradição foi-se desvanecendo e a construção de novos cemitérios deixou de obedecer àquela regra de inspiração marcadamente religiosa e estas infraestruturas públicas passaram a ser implantadas em locais que respondem a preocupações de natureza diversa, como sejam questões ambientais, de saúde pública e urbanística. Com esta evolução permitiu-se que os espaços de enterramento passassem de locais de reduzida dimensão, muitas vezes sem condições adequadas, para novos espaços, com dimensões apropriadas, mais funcionais e também por isso mais dignos.
Mas, em muitas terras, como em Tabuado, os enterramentos continuaram a ser efetuados nos antigos cemitérios. Porém esses espaços deixaram de responder às necessidades das populações, pois tornaram-se locais exíguos, quero dizer tornaram-se pequenos (apertados), para responder ao número de enterramentos que era necessário lá realizar.
Pois bem, este problema foi pela primeira vez identificado na nossa terra, na década de setenta do século passado e logo aí foi determinado que a solução do problema passaria pela construção de um novo cemitério num local diferente do atual.
O processo de escolha e disponibilização de um novo local evoluiu com avanços e recuos, até que foi concluído com a construção de uma nova infraestrutura no lugar do Peso, que dista daqui cerca de 500 metros. Sucede que, por razões pouco percetíveis em termos de gestão pública, mas que não importa aqui abordar, o novo cemitério, depois de construído, nunca chegou a ser utilizado, continuando os enterramentos a ser efetuados no atual, com as condições de utilização do mesmo a degradarem-se progressivamente.
Neste contexto, quando o atual executivo da Junta de Freguesia tomou posse, foi confrontado com um projeto do anterior executivo que previa o alargamento do cemitério atual para terrenos da paróquia.
Confrontado com aquele projeto, o executivo, como se impunha, contactou o pároco de então, no sentido de saber da sua autorização para a concretização do referido alargamento. O Reverendo Padre Joaquim Pereira da Cunha disse-nos, nessa ocasião, que todo esse processo só poderia resultar de um equívoco, dado que nunca teria dado consentimento para a realização da obra que lhe estávamos a apresentar, nem de qualquer outra que previsse o alargamento do cemitério para terrenos da paróquia.
Ainda assim e no sentido de dissipar dúvidas e rumores que começaram a instalar-se quanto a uma possível autorização para a realização da obra por parte da Diocese, autorização essa que estaria a ser inviabilizada pelo Pároco, a Junta, com conhecimento deste, decidiu consultar diretamente o Sr. Bispo do Porto, para saber se a decisão da Diocese era concordante com a do Pároco, ou se por parte daquele Órgão Eclesiástico, haveria abertura para encontrar algum tipo de solução que fosse de encontro à resolução do problema da freguesia.
A resposta do Sr. Bispo, fundada num parecer emitido pela Comissão de Infraestruturas da Diocese foi perentória: a diocese, tal como o pároco, não autorizava o alargamento do cemitério antigo para terrenos da paróquia, porque isso em nada dignificaria o bem edificado mais precioso da freguesia de tabuado: a sua Igreja Românica.
Confrontado com essa decisão e no sentido de encontrar uma solução para aquele que identificamos ser o problema que merecia uma resolução mais imediata na freguesia, o executivo lançou-se na procura de um espaço onde pudesse ser construído um novo cemitério que fosse de encontro aos interesses da população.
Sabendo que algumas das razões evocadas para a não utilização do cemitério no lugar do Peso se prendiam com a sua localização, elegemos como critérios principais na procura de um novo local a sua localização nas imediações da Igreja, os bons acessos e que a sua dimensão fosse tal que não inviabilizasse futuros alargamentos.
Foi um trabalho muito árduo, que teve várias frentes e que exigiu da nossa parte muita descrição, respeito para com os nossos interlocutores e muita firmeza.
Depois de colocadas várias hipóteses, encontrámos o terreno que queríamos. Contactamos os proprietários e conseguimos, a muito custo, disponibilidade da sua parte para negociar. Foi então que solicitamos a ajuda necessária da CMMC, para a disponibilização dos meios financeiros e, em parceria, negociámos o terreno.
Foi uma negociação longa e muito difícil, na qual se empenhou particularmente o Sr. Presidente da Câmara, Dr. Manuel Moreira, mas que teve um desfecho feliz.
A CMMC adquiriu, em 07 de Fevereiro de 2007, pelo preço de 90.000,00€, esta parcela de terreno, com 5.795m2, para aqui se construir o complexo mortuário da freguesia de Tabuado, onde se incluiu a construção de um novo cemitério.
O passo decisivo estava dado mas outros se lhe seguiram, igualmente importantes e bastante morosos. Falo das questões de natureza jurídica e administrativa, relacionadas com a legalização do terreno, em termos que permitissem a construção desta infraestrutura. Mas com o tempo necessário, que é sempre muito para quem espera, o processo foi concretizado.
Seguiu-se a elaboração do projeto, mais uma vez com a colaboração fundamental da CMMC, que através dos seus serviços técnicos procedeu à sua elaboração. Este procedimento, que voltou ter um acompanhamento direto do Sr. Presidente da Câmara, foi, naturalmente, bastante demorado, por um lado devido às soluções técnicas e estéticas que foi necessário estudar e por outro, devido ao elevado volume de trabalho a que os serviços técnicos da CMMC têm que dar resposta.
Certo é que fruto de um diálogo quase permanente entre técnicos e autarcas o projeto foi elaborado e a sua versão final foi-nos apresentada em termos que correspondiam aos nossos objetivos, vertidos num projeto arrojado, funcional, bonito e que dignifica e prestigia a nossa terra de Tabuado e o nosso concelho de Marco de Canaveses.
Porém, como é de todos sabido, o país viu-se mergulhado numa financeira e económica, provocada por desequilíbrios orçamentais, que obrigaram inclusive o país a recorrer a ajuda externa, ajuda essa condicionada à execução de um plano de reequilíbrio das contas públicas.
A persecução deste plano está a obrigar o Estado a por em prática uma política de racionalização de gastos públicos, que afeta os diversos sectores públicos e com natural incidência nas autarquias locais que se viram privadas nestes dois últimos anos de percentagens significativas de verbas a que lhe provinham do orçamento geral do estado.
Estas condicionantes financeiras obrigaram a ter que repensar, mais uma vez, o nosso projeto. Foi neste contexto que em diálogo com CMMC, decidimos reformular o projeto inicial, para o tornar exequível nesta fase em termos financeiros. Sem diminuir a qualidade nem os princípios estruturantes da obra, decidiu-se construir a mesma por fazes. Assim nesta primeira fase vai construir-se o novo cemitério, com as mesmas características, mas com dimensões mais reduzidas que o inicialmente previsto. Ainda assim capaz de responder às necessidades da freguesia por muitos anos. Nesta fase construir-se-ão também os respetivos acessos. Numa segunda fase concluir-se-á a construção da parte restante do complexo, com a edificação da casa mortuária.

Sr. Presidente (...)
Minhas senhoras e meus senhores,

O que nos trás aqui hoje é a certeza da execução de uma obra há muito reclamada por esta terra e que muito a vai dignificar. Construir um complexo mortuário, com as características do que aqui vai ser edificado, traduz o ser e o sentir da gente da nossa terra, que prepara no presente o seu futuro, mas que alicerça este presente no seu passado, que pretende preservar, nas suas mais diversas vertentes em condições de dignidade absoluta. Nessa medida tornar mais dignas as condições de um cemitério representa o apreço por todos os que nos antecederam e o valor incalculável que para nós, enquanto comunidade, tem a sua memória.

Sr. Presidente (...)
Minhas senhoras e meus senhores,

È chegado o momento. Chegou o momento de por fim a um assunto que incomoda esta terra há demasiados anos; chegou o momento de dizer aos incrédulos, que podem acreditar; chegou o momento de transformar o sonho em realidade.

Sr. Presidente, meus senhores e minhas senhoras;

Somos chegados ao momento em que é possível afirmar que neste local se vai construir o complexo mortuário de Tabuado; complexo este, que originará o aparecimento de uma nova centralidade na freguesia, e que compreende a construção de um cemitério com capacidade, para 96 campas devidamente infraestruturadas e 4 espaços para jazigos em altura. Um cemitério moderno, funcional, com espaço aprazível e digno; um cemitério num local acessível e de horizontes abertos, que promova a dignidade da pessoa humana e que estimule a igualdade nessa condição, com respeito pela diversidade de origens e credos.
Um complexo mortuário que compreende ainda a construção de uma casa mortuária, com uma sala com capacidade para velar dois corpos em simultâneo e a possibilidade de ali realizar serviços religiosos; casa mortuária que compreende também uma sala de apoio e sanitários adaptados a pessoas com mobilidade limitada. Um complexo mortuário que compreende ainda a construção dos acessos e parque de estacionamento e uma casa de apoio para concessionar.
Uma obra que é necessária e mais uma vez repito, vai dignificar esta freguesia de Tabuado, o concelho do Marco de Canaveses, a Junta de Freguesia de Tabuado e Câmara Municipal do Marco de Canaveses.
Mas uma obra que envolve meios financeiros avultados e para a qual todos são chamados a contribuir e que só poderá realizar-se com a colaboração e apoio de todos.

Sr. Presidente (...)  

Termino agradecendo a V. Exa. em nome da Junta de Freguesia de Tabuado a realização desta cerimónia, que como disse no início, muito nos honra; agradeço-lhe todo o apoio técnico e financeiro prestado pela Câmara Municipal de Marco de Canaveses à realização deste projeto; e em particular agradeço o seu apoio pessoal e a preocupação que tem manifestado no acompanhamento deste projeto.
Em termos pessoais, e na qualidade de Tabuadense, formulo o desejo de que V. Exa. se sinta tão feliz quanto eu, neste dia tão importante para a terra, que a ambos nos serviu de berço.

Muito obrigado.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Homens constipados

 Um dia destes, quando pela manhã me sentei à secretária tinha uma folha de papel com este poema de António Lobo Antunes colada ao monitor. Imaginam porquê? 

Poema aos homens constipados

Uma botija, chá de limão, 
Zaragatoas, vinho com mel, 
Três aspirinas, creme na pele 
Grito de medo, chamo a mulher. 

-"Ai Lurdes, Lurdes, que vou morrer. 
Mede-me a febre, olha-me a goela, 
Cala os miúdos, fecha a janela, 

Não quero canja, nem a salada, 
Ai Lurdes, Lurdes, não vales nada. 
Se tu sonhasses como me sinto, 
Já vejo a morte nunca te minto, 
Já vejo o inferno, chamas, diabos, 

Anjos estranhos, cornos e rabos, 
Vejo demónios nas suas danças 
Tigres sem listras, bodes sem tranças 
Choros de coruja, risos de grilo 

Ai Lurdes, Lurdes fica comigo 
Não é o pingo de uma torneira, 
Põe-me a Santinha à cabeceira, 
Compõe-me a colcha, 
Fala ao prior, 

Pousa o Jesus no cobertor. 
Chama o Doutor, passa a chamada, 
Ai Lurdes, Lurdes nem dás por nada. 
Faz-me tisana e pão de ló, 
Não te levantes que fico só, 

Aqui sozinho a apodrecer, 
Ai Lurdes, Lurdes que vou morrer". 

António Lobo Antunes

Agora que se fala do fim das reformas antecipadas...

Há que pensar no que nos conduziu a este estado de coisas...

Não haverá situações que mereciam ser revistas?

Elefantes em Marte?

A realidade pode ir até onde a imaginação nos levar.

Eis a imagem de uma formação rochosa em Marte... 



De facto, sem grande esforço, podemos ver aqui um decalque de um paquiderme! 

domingo, 18 de março de 2012

KONY 2012

Porque é preciso um mundo melhor...

As crianças têm solução para tudo!

A noite era de um dia próximo do fim de Fevereiro. A data era especial e justificou um jantar fora, em família. O inverno não vai rigoroso, mas nessa noite o calor podia-se bem com ele. Como sempre, no restaurante do J, o ambiente estava agradável. Naquela noite sentia-se o pronuncio do Carnaval que se iria comemorar numa sala do piso superior. A passagem dos foliões, devidamente aprumados (mascarados) para o evento, punha-nos bem-dispostos! O jantar aproxima-se do fim, os pratos e talheres já tinham sido retirados. Em cima da mesa permaneciam apenas os copos e as garrafas das bebidas, meio vazias. Faltavam as sobremesas. A um ritmo ligeiramente superior, tinha decorrido o jantar das duas mesas vizinhas. Numa delas, o empregado de mesa já tinha apontado os pedidos daqueles nossos vizinhos de ocasião. Na outra, o processo estava mais demorado. Contei cinco crianças e isso explica tudo... Ora, como a lista das sobremesas viria daquela para a nossa mesa, fui forçado a deter-me no impasse que por lá reinava. A conclusão tardava porque uma menina, que não teria mais que sete anos, insistia num gelado. A ideia não agradava aos adultos, que procuraram demove-la daquela preferência.  Os argumentos foram vários, desde os bolos de bolacha e chocolate que eram deliciosos (!), ao pudim que era igual ao que fazia a avó (!), até gelatina, guloseima á qual nenhum catraio resiste. Mas como menina foi dizendo que não a tudo, a escalada dos argumentos atingiu o máximo com a possibilidade de ter que “levar uma pica se a constipação e dores de garganta, há pouco curadas, voltassem, por causa da ingestão do gelado. Mas o certo é que ninguém conseguiu demover a miúda e o empregado concluiu a lista das sobremesas com um “Magnum de Chocolate”. Resolvido aquele impasse, chegou a nossa vez. Sem stress, porque o ambiente estava de tal forma agradável, que não era o atraso de alguns minutos que o iria estragar! Fizemos então os nossos pedidos e fomos rapidamente servidos. E eis que quando me preparava para cortar a rodela de ananás, que foi a minha sobremesa, me deparei com algo insólito. Olhei na direcção da lareira que existe na sala, que tem embutido um aparelho eletrico que simula uma fogueira e vai irradiando calor, e o que vejo? A menina do gelado! Sentada em frente à lareira com o corpo apoiado nas “perninhas à chinês”. Numa das mãos segurava o gelado que apontava na direcção da lareira. Como se o estivesse a aquecer, ali permanecia naquela posição uns 15 segundos e depois... trincava-o! E o gesto lá se foi repetindo, aquecia e trincava, aquecia e trincava...
Espero que o gelado não tenha feito mal à menina, porque afinal ela foi previdente: se o "gelado frio" faz mal, aquece-se... As crianças têm solução para tudo!

sexta-feira, 9 de março de 2012

sábado, 28 de janeiro de 2012

59º Dia Mundial dos Leprosos

Aqui está uma ideia solidária para este domingo. 


Se tiverem oportunidade não deixem de contribuir com a vossa ajuda para erradicação da lepra que é uma doença que afecta a humanidade há mais de 5000 anos.

Canções & Músicas TOP




André Rieu - O Fortuna (versão – Amesterdão Arena 2009)

Poema de Carmina Burana musicado Carl Orff (Hiperligação: clique para aceder)

Carvalho da Silva abandona o cargo de secretário-geral da CGTP-IN

Após mais de três décadas de ligação ao mundo sindical e 25 anos de liderança da CGTP-IN, Manuel Carvalho da Silva deixou ontem cargo de secretário-geral da maior Central Sindical portuguesa.
Oriundo de uma família de pequenos agricultores da zona de Famalicão, Carvalho da Silva, fez o curso industrial de montador electricista, na Escola Industrial Carlos Amarante, em Braga, tendo iniciado a sua vida profissional, aos 17 anos de idade, em empresas ligadas ao sector da electromecânica. E é precisamente neste sector de actividade que chega ao mundo sindical, através do Sindicato das Industrias Eléctricas do Norte. Em 1977, naquele que ficou conhecido como o congresso de todos os sindicatos, integra a Comissão Executiva da CGTP-IN (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional) e em 1986 chega ao cargo de coordenador da Central Sindical. A partir de Dezembro de 1999 passa a exercer as funções de secretário-geral, designação desde então adoptada para o cargo.
Passados que são 25 anos e aos 64 anos de idade, Carvalho da Silva abandona agora a liderança da CGTP-IN, sendo um caso raro de longevidade no exercício de um cargo de eleição, numa organização colectiva em Portugal.
Em algumas ocasiões, ao longo destes anos, o caso de Carvalho da Silva foi apontado como exemplo de um pertenço imobilismo da sociedade portuguesa, revelado pela falta de capacidade das suas organizações para se renovarem e adaptarem à evolução dos tempos. Em muitas situações o caso do dirigente sindical serviu até de exemplo para caracterizar os diversos poderes corporativos existentes no nosso país e cujos interesses instalados foram perdurando ao longo de décadas.
O que é certo é que Carvalho da Silva conseguiu em sucessivos mandatos, ao longo dos 25 anos em que esteve à frente da CGTP, mantê-la unida, como a maior Central Sindical portuguesa e independente de directórios partidários, pelo menos formalmente.
Em termos pessoais, o sindicalista retomou os estudos, tendo-se Licenciado e Doutorado em Sociologia, em 2000 e 2007,respectivamente.
Neste momento, quer se concorde ou não com as ideias e o pensamento político de Carvalho da Silva, quer se goste ou não do seu estilo, parece-me que é justo reconhecer-lhe mérito, quanto mais não seja porque ao longo dos anos se assumiu como uma personalidade que soube manter uma postura coerente com o seu discurso, qualidade que vai escasseando cada vez mais nas figuras públicas do nosso país.
Quanto ao seu futuro político, já ouvi comentadores experimentados, apontá-lo como um possível candidato da esquerda unida nas próximas eleições presidências, numa espécie de Lula à portuguesa. Tenho dúvidas que tal consenso venha a ser conseguido, mas logo se verá...

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

As reformas de Cavaco Silva

Quando ouvi as declarações do Presidente da República a propósito do valor das suas reformas atribui-lhes o mesmo significado que o próprio veio agora esclarecer ter querido dar-lhe.
Nunca as interpretei como sendo proferidas por alguém que se lamentava de um hipotético exíguo valor das suas pensões, quando comparado com o da maioria dos portugueses, mas vi nelas uma pretensão de querer afirmar, que apesar de ser o mais alto magistrado da Nação, ele próprio, também está a sofrer com as medidas de austeridade, como qualquer outro cidadão.
Tudo o que se seguiu foi folclore.
Mesmo que Cavaco Silva não tenha dito exactamente o queria, o aproveitamento mediático da situação que se seguiu foi absolutamente lamentável, porque induziu o cidadão comum num erro de avaliação e criou na sociedade focos de tensão, onde eles declaradamente não existem e onde, a bem da sustentabilidade do país, convém que não sejam fomentados, muito menos de forma artificial.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

100 Anos de história em vídeo de 10 minutos

Este vídeo colocado no "Youtube" passa em revista, sob a forma de imagens, a História mundial de 1911 a 2011. As imagens recordam alguns dos acontecimentos mais significativos dos últimos 100 anos. As guerras, as tragédias e muitas das conquistas da Humanidade estão aqui. Vale a pena ver.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

As taxas moderadoras aumentaram porque não há dinheiro.

Texto de Ricardo Oliveira

No dia 1, o  Ministro da Saúde declarou aos jornalistas que “metade dos hospitais do SNS estão em falência técnica”.


Como é sabido, no mesmo dia entraram em vigor as novas taxas moderadoras.
Desligando-me por momentos das simpatias partidárias, este comentário indignou-me, mesmo não sendo a primeira vez que o ouço.
Um hospital, tal como uma escola, tal como um tribunal, não entra em falência.
Se isso acontece, segue-se á falência do próprio Estado. Estamos perto, mas ainda não chegamos lá...
Pouco interessa nesta opinião entrar nos conceitos de gestão - sei que o Ministro não disse que o SNS estava falido, mas o melhor que o Ministro fazia no dia de entrada em vigor das novas taxas, era estar calado.
O que o Ministro acabou por dizer é que as taxas moderadoras aumentaram porque a saúde tem estado a dar prejuízo.
A oposição também gostaria, mas eu preferia que o Sr. Ministro tivesse dito: as taxas moderadoras foram aumentadas porque não há dinheiro!

Amor a Portugal...

V€€€nha ao Pingo Doc€€€ de Janeiro... a Janeiro!




segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O Euro tem dez anos


Parece que foi ontem... mas estas notinhas já nos acompanham há dez anos!
Lembro-me bem do clima “apocalítico” que varreu o país nos tempos que antecederam a introdução da nova moeda. Das reportagens televisivas nas aldeias isoladas do interior do país, procurando velhinhos, de memória já debilitada, cuja dificuldade para converter escudos em euros fosse evidente. Lembro-me de numa dessas reportagens, ver uma senhora que mostrava um stock reforçado de produtos alimentares, não fosse ver-se impedida de os adquirir nos tempos que seguissem á introdução do euro, por não conseguir adaptar-se à nova moeda... Enfim... sempre tive a sensação de que aqueles cenários seriam mais jornalísticos do que reais e nunca temi pelo sucesso da operação, quanto mais não fosse, porque para o desenrasque não deve haver povo como o nosso. E ainda bem que assim é.
Passados poucos meses foi declarado oficialmente o sucesso do processo e todos nós ficamos orgulhosos, porque, mais uma vez, os portugueses tinham dado uma resposta à altura.
Seguiram-se tempos de euforia. Parecia impossível, podíamos viajar por grande parte da Europa e a nossa moeda era aceite na generalidade dos países (sem câmbios) e às mãos vinham-nos parar moedas e notas, cunhadas ou impressas noutros países, com igual valor à que circulava intra-portas. Tão inebriados ficamos que nem demos conta que os preços dispararam. E fomos compensando o aumento do custo de vida com o recurso ao crédito fácil que as baixas taxas de juro proporcionaram. Resultado: as pessoas endividaram-se de uma forma brutal e muitas delas vêm-se hoje completamente arruinadas. E o país? O país é o reflexo das pessoas: uma década sem crescimento económico, com o Estado a viver à custa de níveis de endividamento insustentáveis e as contas públicas a entrarem em colapso.
E o pior de tudo é que hoje também já se admite que até o próprio euro possa colapsar ou em alternativa, salvar-se, mas deitando-nos borda fora, num processo em que ninguém consegue, com rigor, prever as consequências.
Perante este estado de coisas, apetece dizer à portuguesa: peçamos mais dez anos... e depois logo se verá!