sexta-feira, 30 de abril de 2010

Este é o dia das maias


Para aqueles que gostam das tradições, aqui lembro mais uma.

Hoje, 30 de Abril, é o dia em que se colocam maias nas portas e janelas das nossas casas.

Dizem que é para não deixar entrar o carrapato!

A tradição popular também relaciona o acto com o episódio Bíblico da matança dos inocentes em Jerusalém. As maias colocadas em todas as portas e janelas terão confundido os soldados do Rei a quem terá sido informado que Jesus estava numa casa com uma flor amarela à porta. Esta confusão terá contribuído para que Jesus escapasse com vida e fugisse para o Egipto (levado pelos seus Pais).

Eu já cumpri a tradição!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

TGV, Novo Aeroporto... brincar com o fogo.

Depois dos acontecimentos dos últimos dias, esta notícia de que projectos como o TGV, o novo aeroporto, e a nova travessia do Tejo são para manter, leva-me a comparar o governo a alguém que anda  a brincar com o fogo.
Oxalá não se queime, para bem de todos os Portugueses.

Rui Rio

Rui Rio em reacção à decisão do Ministério das Finanças, que mandou recentemente vários autarcas repor os salários que auferiram na empresa "Metro do Porto", onde exerciam, em acumulação, as funções de administradores não executivos:

              "Demito-me... porque não estou disponível para este enxovalho público"

 

Um Homem frontal, consequente e rápido a agir... até por comparação com os restantes envolvidos.
Sem conhecer os contornos exactos da questão, para poder avaliar os méritos dos seus argumentos, gostei da atitude porque revela um elevado sentido de honorabilidade.
Mais pormenores podem ser lidos aqui.

Sócrates & Passos: uma mão cheia de nada...


 
A agência de raiting Standard & Poor´s (S&P) fez na passada terça-feira um corte na notação da dívida pública portuguesa. Os mercados estremeceram. Na bolsa de Lisboa o PSI 20 deu um trambolhão.
Por algumas horas o pânico instalou-se.
Eu fui acompanhando o evoluir da situação à distância. Amigos meus que trabalham no sector financeiro foram-me ligando, dando notícias do descalabro.
No final da tarde, depois de lhes dar tempo para contabilizar as perdas, fui eu quem pegou no telemóvel para fazer balanços e saber de perspectivas para o futuro.
Todos tinham a mesma opinião a cerca desta situação: trata-se de um ataque de especuladores que se aproveitam da débil situação económico-financeira do país para instalar o pânico entre os pequenos e médios investidores, para adquirirem as suas posições a preço de pechincha e para ganharem dividendos muito mais elevados à custa da dívida pública portuguesa.
Todos me transmitiram a ideia de que é necessária uma reacção forte dos responsáveis políticos do país. Deram-me a notícia de que «amanhã (ontem) José Sócrates (primeiro-ministro) e Passos Coelho (líder do principal partido da oposição) se vão reunir». Todos depositavam muita esperança nesse encontro.
Ontem durante o almoço segui com a atenção as notícias que davam conta do encontro entre os dois responsáveis políticos e de uma eminente declaração a dois. Aconteceu já no final do meu almoço.
Fiquei com sensação de que se tratou disso mesmo: uma declaração política. Um pacto de não agressão entre o governo e o maior partido da oposição. Quanto ao resto: uma mão cheia de nada...
Acham que antecipar a aplicação de algumas medidas previstas no PEC, como o pagamento de portagens nas SCUT ou aumento na fiscalização nas atribuições das prestações sociais, vai resolver o problema do desequilíbrio das nossas contas públicas?
Tenho dúvidas e confesso que esperava mais, muito mais.
Pensava que era chegada a hora de repensar os investimentos megalómanos em obras públicas; de impor uma redução nos gastos supérfluos e depois se necessário fosse, inclusive, um aumento do IVA para 21%.
Pensava... e não era só eu que pensava!

domingo, 25 de abril de 2010

Tolerância de Ponto - Visita do Papa.

Foi publicado em Diário da República o despacho do Primeiro-Ministro concedendo tolerância de ponto aos trabalhadores que exercem funções exercem funções públicas na administração central e nos institutos públicos (vulgo funcionários públicos), por ocasião da visita a Portugal do Papa Bento XVI. A referida tolerância abrange três dias, e processa-se da forma que se segue:
  • Dia 11 de Maio de 2010, da parte da tarde - trabalhadores que exercem funções públicas na administração central e nos institutos públicos, no concelho de Lisboa.
  • Dia 13 de Maio de 2010 - trabalhadores que exercem funções públicas na administração central e nos institutos públicos, em todo o território nacional.
  • Dia 14 de Maio de2010, da parte da manhã - trabalhadores que exercem funções públicas na administração central e nos institutos públicos, no concelho de Porto.
Portanto quem tiver que tratrar de assuntos relacionados com a Administração Pública nessa semana, trate de se organizar...

Lince Ibérico – morreram as duas crias

Tinha ficado contente com a notícia de que, a 4 de Abril, tinham nascido as duas primeiras crias de Lince Ibérico, geradas em cativeiro no Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico, em Silves.
Já sabia que uma delas tinha morrido a 11 de Abril. Agora pela notícia que leio no Público, vejo que morreu a segunda.
Parece que este fenómeno não é tão raro quanto isso, mas fico com pena porque o Lince Ibérico é uma espécie em risco de extinção e a reprodução em cativeiro é uma medida extrema para tentar repor o efectivo desta comunidade de felinos. Estima-se que actualmente existam apenas cera de 150 exemplares em toda a Península Ibérica.
Imagino que no Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico reine a desilusão, mas paciência... é a natureza.
Aguardemos por melhores notícias.

Assembleia de Freguesia de Tabuado

Tal como aqui noticiei, decorreu ontem a 1ª sessão ordinária, do ano de 2010, da Assembleia de Freguesia de Tabuado.
Os trabalhos iniciaram-se pelas vinte e uma horas e terminaram perto da uma da manhã.
A sessão decorreu num ambiente de grande cordialidade, o que nos dias de hoje e face às notícias que nos vão chegando, de vários locais, é um facto de assinalar e que muito enobrece os agentes políticos de Tabuado.
Foram abordados alguns temas de interesse para a freguesia, colocados à discussão por membros da Assembleia e foram também aprovadas, por unanimidade, as contas de gerência do ano de 2009.
Eu também tive oportunidade de intervir. Falei aos presentes no 36º aniversário do 25 de Abril, que hoje se comemora, salientando que a "revolução dos cravos" também foi um marco importante para a dinamização do poder Autárquico em Portugal. Coloquei ainda à Assembleia a possibilidade deste Órgão se pronunciar a propósito das palavras proferidas recentemente pelo Sr. Ministro das Finanças a propósito da reivindicação para que o orçamento do estado contemple verbas para as remunerações dos Presidentes de Junta em regime de permanência «No money for the boys». A Assembleia achou oportuno o tema e pronunciou-se no sentido da infelicidade daquelas declarações, só compreensíveis por terem sido proferidas sob grande pressão e de forma irreflectida, uma vez que todos Presidentes de Junta, quer sejam de grandes ou pequenas freguesias, são eleitos do povo e não "boys".
A sessão terminou com a intervenção do público, que nesta se sessão se fez representar em menor número o que defraudou um pouco as minhas expectativas. Neste ponto, o ambiente alterou-se um pouco porque vieram à discussão questiúnculas passadas, resquícios do período eleitoral...
Mas tudo acabou serenamente, tal como se impunha.

sábado, 24 de abril de 2010

Muito antes do 25 de Abril... a origem da ditadura

25 de Abril - a revolução dos cravos

A Revolução de Abril pôs fim à ditadura do "Estado Novo", um regime político autoritário, corporativista e repressivo que vigorou em Portugal durante 41 anos, desde 1933 a 1974.
Este regime ficou muito marcado pela pessoa do Presidente do Concelho de Ministros, António Oliveira Salazar, que o moldou à sua imagem e governou o país ao seu estilo, desde 1932 a 1968.
Mas hoje quero aqui lembrar alguns aspectos que precederam a implantação deste regime no nosso país.
Tudo começou com um golpe de estado, em 28 de Maio de 1926, levado a cabo por militares, que assim derrubaram a 1ª República.

Desfile dos militares vitoriosos após o golpe militar,com Gomes da Costa  à cabeça

No período que antecedeu o golpe, o país vivia um clima de grande instabilidade política a par de uma crise económica e financeira que punha a nu a incompetência e o desnorte dos governos republicanos. Esta situação, que foi agravada pela participação de Portugal na 1ª Guerra Mundial, era constantemente aproveitada pela oposição e dava origem a um permanente conflito institucional, traduzido pela interferência do Congresso na actividade governativa. Os constantes desentendimentos entre os partidos políticos com assento parlamentar geravam impasses irresolúveis que, facilmente, por questões secundárias, faziam cair os Governos e os Presidentes, tornando a sua acção completamente ineficaz.
Neste contexto e face à sucessão de governos, começou a gerar-se a ideia de que o exército era a única força que poderia impor ordem no país; e é assim que acontece o golpe militar.
Deste golpe resultou um governo de ditadura, chefiado pelo Comandante Mendes Cabeçadas que dissolveu imediatamente o Parlamento e suspendeu a Constituição de 1911 e as liberdades políticas e individuais.
No entanto o novo poder instituído, saído do golpe militar, não tinha uma vocação política e os problemas económico-financeiros continuavam por resolver.
Para resolver a situação, o novo regime, em 1928, convidou o professor António de Oliveira Salazar para Ministro das Finanças e fez eleger Presidente da República o também militar, Marechal António Óscar Carmona. Iniciava-se a desta forma a "Ditadura Nacional", baseada na legitimidade da eleição directa do Presidente da República.

António Ósacar de Cardoso Carmona Presidente da Repúblida eleito de 1928 a 1951

Salazar, que era professor de finanças na Universidade de Coimbra, conseguiu equilibrar as finanças públicas (obtendo, logo no primeiro ano, um saldo orçamental positivo) e estabilizar o escudo à custa de uma política de grande rigor orçamental baseada na diminuição das despesas do Estado. O crédito externo foi recuperado e Salazar adquiriu proeminência na "Ditadura Nacional", vindo a ser nomeado Presidente do Concelho de Ministros em 1932.


António Oliveira Salazar
Ministro das Finanças de 1928 a 1932
Presidente do Concelho de Ministros de 1932 a 1968
O problema económico-financeiro estava assim resolvido, importava agora resolver a questão política o que veio a acontecer com a elaboração de uma nova Constituição, escudada na eleição presidencial directa, que foi referendada em 1933, dando assim origem ao "Estado Novo", que vigorou até ao dia 25 de Abril de 1974.
Quis trazer aqui esta súmula histórica do que aconteceu antes da implantação do "Estado Novo", para  deixar algumas perguntas, em jeito de reflexão, a propósito do que se passa na actualidade, no pós 25 de Abril:

Encontram algumas semelhanças entre a realidade política, económica e social, que se vivia em Portugal em 1926 e a que se vive hoje?

Lembram-se que há dois ou três anos atrás, num programa televisivo, António Oliveira Salazar foi eleito, após uma votação maciça , a figura mais marcante da história de Portugal?

Nunca ouviram alguém dizer «o que país precisa é de um novo Salazar»?

Isto é só um aviso à navegação - uma espécie de alerta.

25 de Abril

25 de Abril de 1974 - Militares e populares festejam o fim da ditadura

Estamos a 24 e de Abril 2010. Hoje imagino o nervoso miudinho que neste mesmo dia, há 36 anos, percorreria os quartéis onde militares, de patente intermédia, na sua maioria jovens, se preparavam para dar inicio a um processo revolucionário que haveria de conduzir ao fim da ditadura do Estado Novo, personalizada à época na figura de Marcelo Caetano, Presidente do Concelho de Ministros.
Sobre a revolução de Abril já quase tudo se disse: que devolveu a Portugal a liberdade de expressão; que acabou com flagelo da guerra colonial; que abriu o país ao mundo, acabando com o isolacionismo internacional, em boa medida autopromovido por um regime amorfo e bolorento; e que implantou a Democracia repondo os ideais, os valores e os princípios constitucionais da primeira República, implantada a 5 de Outubro de 1910.
Também Já se louvaram e enalteceram os feitos, que são históricos, dos seus intervenientes. Aqui também o quero fazer, invocando particularmente a memória daqueles que já partiram, mormente a figura inimitável do capitão Salgueiro Maia.
O legado a Portugal e às gerações futuras, deste punhado de Homens, tem um valor inestimável: começa no exemplo da sua disponibilidade pessoal para abraçar a causa pública; ganha forma no modelo da sua acção, ao conduzirem o acto revolucionário sem derramamento de sangue nem humilhação pública dos depostos; e acaba com implantação da Democracia, alicerce para a construção de um Portugal próspero e respeitador da liberdade individual de cada ser humano.
Este legado, de valor inestimável, foi uma dádiva dos Militares de Abril a Portugal e aos portugueses. Sendo assim, o 25 de Abril e a Democracia são propriedade de todos os portugueses, que dele e dela fizeram o que quiseram ao longo destes 36 anos.
Faço questão de lembrar isto, porque muitas vezes pressinto no discurso de algumas personalidades e forças politicas portuguesas uma vontade de apropriação do 25 de Abril e dos seus ideais que não me parece correcta.
O regime que nasceu a 25 de Abril de 1974 foi dádiva de portugueses a Portugal - e Portugal são todos os portugueses.

Assembleia de Freguesia de Tabuado

Hoje, dia 24 de Abril, pelas 21,00 horas, vai realizar-se a primeira sessão ordinária, do presente ano de 2010, da Assembleia de Freguesia de Tabuado.
Por imposição legal, a Assembleia de Freguesia, nesta primeira sessão do ano, procede obrigatoriamente à apreciação do inventário de todos os bens, direitos e obrigações patrimoniais e respectiva avaliação; e ainda, à apreciação e votação dos documentos de prestação de contas do ano anterior.
Da ordem de trabalhos constam outros pontos, onde se incluem espaços para debate de assuntos de interesse para a freguesia e a intervenção do público.
A Assembleia de Freguesia é o local adequado para se debaterem os temas relacionados com o dia-a-dia e com futuro da nossa terra. As sessões deste Órgão são pois o momento ideal para fazer chegar aos Autarcas em funções as opiniões, os problemas e os anseios dos habitantes da freguesia.
Participar nas Sessões da Assembleia de Freguesia é um acto de exercício de uma cidadania pró-activa, que se quer viva e actuante nos momentos e locais próprios.
Como aqui já dei conta tenho participado nas sessões deste Órgão e mais uma vez, hoje, lá estarei presente.
Darei notícias do que por lá se passar.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O livro que estou a ler “O Primo Bazilio” – I

Neste mês de Abril propus-me visitar, em termos de leitura, um dos autores clássicos da literatura de língua portuguesa: Eça de Queiroz.
Devo confessar-vos que gosto particularmente de Eça de Queirós; gosto da sua escrita e da forma como através dela retrata a sociedade do seu tempo.
Escolhi o “O Primo Bazilio” porque é um romance que comecei a ler algures, há uns anos atrás, mas que nunca conclui. Espero, e tenho a certeza, vir a conseguir faze-lo desta vez.
Estou a ler uma edição de Junho de 2003 dos «Livros do Brasil», que é publicada de acordo com a segunda edição da obra, datada de 1878. Esta edição tem 457 páginas e a fixação do texto e notas foi feita por Helena Cidade Moura.
A leitura também tem sido afectada pela falta de tempo, mas está correr de forma razoável.
Para a semana darei mais notícias a propósito de “O livro que estou a ler”.

Afazeres: profissionais e outros.

Os afazeres impediram-me, nos últimos dias, de vir ao “Cidadão com Opinião” deixar a minha opinião, os meus pontos de vista e as minhas notícias.
Coisas da vida...
Agradeço os contactos de alguns dos que por cá passam, que procuraram saber os motivos para minha ausência.
Motivos de ordem profissional e outros afazeres a isso me obrigaram.
Quem me conhece sabe que esta altura do ano é muito preenchida para mim... mas cá estou de novo!
Isso é que é importante.

domingo, 18 de abril de 2010

Jesualdo Ferreira...

Declarações de Jesualdo Ferreira no dia em que o Futebol Clube do Porto perdeu, matematicamente, a possibilidade de revalidar o título de campeão nacional:


"Não fomos tão competentes como nas épocas passadas... quando costumávamos garantir o título a cinco ou seis jornadas do fim"

Pragmático o homem... mas não resistiu à tentação de dar a alfinetada da ordem! 
Professor Jesualdo, as alfinetadas sem resultados não valem nada e até soam ridículo; e vá-se preparando porque, daqui a dois ou três fins-de-semana, vai haver muito barulho e nessa altura não mande calar ninguém... Olhe que o senhor também foi dos que contribuiu para que esse barulho se venha a poder fazer. Proteja-se!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Mansa é a tua tia, pá!

Assembleia da República, debate quinzenal com o Primeiro-ministro...

Diz o Deputado da Nação Francisco Louçã:

Sr. Primeiro-Ministro, eu vejo que de intervenção em intervenção vai ficando um pouco mais manso e vai tentando requalificar e justificar sempre sobre as suas próprias acusações…"

Responde José Sócrates, Primeiro-ministro de Portugal, com microfone desligado:






Manso é a tua Tia, pá!”

 
 
 

A qualidade do debate político em Portugal está a degradar-se a olhos vistos; os exemplos sucedem-se a cada dia que passa e ninguém parece importar-se com este estado de coisas.
Já não será tempo do Dr. Jaime Gama, Presidente da Assembleia da República, por ordem na casa?
É que, sendo o Parlamento a "casa mãe" da democracia, tem que ser prestigiado pela conduta, pelas atitudes e também pela postura dos eleitos do povo. Os Deputados da Nação e os Membros do Governo devem funcionar como exemplos para a sociedade e não como espelhos reflectores do que ela tem de pior ou pelo menos de mais pitoresco. Estar sentado nas cadeiras do hemiciclo não é propriamente a mesma coisa que estar sentado na mesa de um café, a beber uns copos com os amigos, a comentar futebol e a debater a sociedade.

Isto penso eu... estarei errado?

Podem ver o video aqui no Diário de Notícias

A nuvem... que não é passageira!

Esta é a nuvem de que se fala!

É composta por cinzas vulcânicas e formou-se a partir da erupção de um vulcão, sob glaciar Eyjafjllajokull, no sul da Islândia.
É muito perigosa para a navegação aérea uma vez que as cinzas se podem alojar nos reactores dos motores dos aviões provocando a sua paragem; por isso a circulação de aviões nos céus da Europa tem sido muito afectada.

Os dados são impressionantes:
  • O espaço aéreo completamente fechado na Irlanda, Reino Unido, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia, Estónia, República Checa e Eslováquia;
  • São também afectados o norte da França e da Suíça alguma regiões da Alemanha, da Polónia e da Itália;
  • Segundo a Agência Europeia para a Segurança na Navegação Aérea, só nesta sexta-feira, a nuvem levou ao cancelamento de 17 mil voos em toda a Europa;
  •  Só no dia de hoje, foram afectados 1 milhão e 360 mil passageiros;
  • O caos nas ligações aéreas está lançado um pouco todo o mundo.
Por apurar estão ainda os prejuízos para economia mundial e os riscos para a saúde humana.

Impressionante a força natureza...

domingo, 11 de abril de 2010

Tributo social


Hoje tive oportunidade de ouvir parte do discurso que Pedro Passos Coelho proferiu no encerramento do congresso do PSD.
Quanto á forma, pareceu-me, em termos gerais, um bom discurso. Num tom acutilante, mas só quanto baste, PPC, procurou afastar-se da retórica apocalíptica da sua antecessora e ensaiou uma pose de estadista.
Quanto ao conteúdo, entendo que veio de encontro ao que os militantes do PSD e o país esperavam, ou seja, um discurso que lançou ideias e propostas para a governação.
Destas, retive três:
1ª - Retirar o Estado dos negócios.
Diz PPC que com esta medida se moraliza a actividade do Estado e se combate o fenómeno da corrupção.
A ideia, em tese, até parece boa; mas será PPC avaliou convenientemente o impacto de tal medida? Quantos milhões deixariam de entram nos cofres do Estado se este deixasse de ter uma intervenção activa na economia?
Por outro lado, será que a regulação no nosso país está suficientemente madura para que o Estado possa por nas mãos do mercado sectores estratégicos onde mantém participações?
2. Revisão Constitucional quanto antes.
Diz PPC que é necessário libertar o Estado de determinadas obrigações Constitucionais, por forma a dar liberdade de escolha aos cidadãos em matérias como a educação ou a saúde. Tenho curiosidade para verificar como se traduziria, em termos práticos, esta liberdade de escolha.
3. Tributo social.
Diz PPC, quem recebe a solidariedade do Estado (que é como quem diz de todos os contribuintes) sob a forma de subsídios, tem que retribuir com aquilo que pode dar: trabalho para a comunidade. É tempo de acabar com o subsídio sem contrapartidas.
Eu concordo.
Este pode ser o ponto de partida para uma nova geração de políticas sociais que eu, particularmente, há muito que defendo. Eu também penso como PPC: quem trabalha e ganha a retribuição mínima garantida, vulgo ordenado mínimo, não pode olhar para o lado e ver que o vizinho recebe mais em subsídios e nada faz; é injusto.
Mas também aqui eu tenho curiosidade para ver como é que se vai moralizar o sistema.

Em suma, o discurso foi bom, mas é preciso transformar as ideias, que parecem boas, em propostas concretas...

Memórias... a propósito deste dia.

Ocasiões houve em que participei em homenagens públicas de reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pelo Senhor Padre Cunha em Tabuado; lembro-me particularmente de uma promovida pelo "Grupo de Jovens LINHA 2000", em Mesquinhata, sua terra natal.
Nessa, como noutras ocasiões, tive oportunidade de enaltecer publicamente o Seu trabalho e agradecer todo o carinho que nutre pela nossa terra, que também é (e continuará a ser) a sua.
Só que esta cerimónia teve uma particularidade que ficou grava na minha memória; começava com um elogio público junto à casa onde nasceu o Senhor Padre Cunha, ao que se seguiam o descerrar de uma placa alusiva ao acto, um cortejo eucarístico dali até à igreja paroquial e a celebração de uma Missa.
Era verão, o dia estava quente, e, a convite do Grupo de Jovens muitos Tabuadenses deslocaram-se a Mesquinhata para homenagear o nosso Pároco.
Para essa ocasião, e por uma questão de sistematização de ideias, reduzi a escrito o discurso que ia fazer. A cerimónia começou, fiz o discurso de elogio público ao Senhor Vigário (que já o não era há anos) e reparei, enquanto falava, que havia várias pessoas com as lágrimas nos olhos.
Terminado o discurso, que fiz na qualidade de presidente do Grupo de Jovens, informei os presentes que seguidamente nos dirigiríamos para o local onde se encontrava a placa para proceder descerramento.
Como estava muita gente fizemos fila indiana para passar no meio do Povo. Eu levava numa mão os papéis com o discurso que tinha feito e na outra um lenço da mão, com que limpava o suor que me escorria pela testa. Atrás de mim seguia o JF, que me disse «é preciso ir rápido para dar um toque na toalha de linho que cobre placa, para que, com um pequeno toque, ela se solte. Caso contrário ao puxar a toalha a placa, às tantas, ainda de desprende da parede…».
Enquanto me dizia isto, em surdina, ia-me empurrando com as suas mãos colocadas nos meus ombros; e eu seguia à sua frente limpando a testa com uma mão e com os papéis na outra. Eis senão quando ouço alguém do lado dizer-me: «ó T… que palavras tão lindas… deixa-me tirar uma fotocópia». Com aquela confusão só senti serem-me “ripadas”as folhas da mão.
Conclusão: como estava a limpar o suor da testa, com o lenço á frente dos olhos, não vi quem me dirigiu aquelas palavras e me retirou da mão as folha, e também não pude recuar porque estava a ser empurrado para a frente.
Pensei que no fim das cerimónias, que, diga-se, correram muito bem, alguém se abeirasse de mim falando-me das folhas.
Mas não… também não valorizei o facto, confesso!
Assunto só voltou a ser abordado quando a minha colega EC me pediu as folhas do discurso para arquivar. Como tinha as ideias muito presentes, lembro-me que na altura lhe disse que iria fazer outro para arquivo, mas para ser sincero, não sei se cheguei a faze-lo…

Memórias dos tempos de juventude…

Um abraço para todos os meus amigos e amigas do LINHA 2000.

Padre Joaquim Pereira da Cunha

Tabuado 25 de Setembro de 1938 - Tabuado 11 de Abril de 2010.

Hoje é escrita uma página na história de Tabuado.

Setenta e um (71) anos, seis (6) meses e dezassete (17) dias depois: o Reverendo Padre Joaquim Pereira da Cunha, com noventa e sete anos de idade, cessou funções como Pároco de Tabuado.

Memorável... é tudo o que me apetece dizer. 

Nesta hora e perante tamanho sinal de apego e dedicação à nossa terra, quero, somente, prestar a minha homenagem pública ao Senhor Padre Cunha e agradecer-lhe a forma dedicada como exerceu o seu Ministério em Tabuado, ao longo de todos estes anos.
Bem-haja.

Tudo o resto, já tive oportunidade de lho transmitir pessoalmente, como se impunha.


O novo Pároco de Tabuado é o Reverendo Padre Hermínio Bernardo Rodrigues Pinto, de 37 anos de idade, que actualmente também paroquia Soalhães (onde reside), Paredes de Viadores e Mesquinhata.

Relato da inauguração das obras na Capela de Santo António.

Como prometi no "post" anterior estive na inauguração das obras da Capela de Santo António, em Tabuado.
Fiz um esforço grande para estar a horas. Não foi fácil, devido à distância e compromissos profissionais, mas consegui!
Quero dizer-vos que o esforço valeu a pena, pois assisti a uma cerimónia que correspondeu às minhas expectativas, quer no que respeita à participação popular, quer no que respeita ao ambiente vivido.
Tratou-se de uma cerimónia bastante concorrida, em que estiveram presentes cerca de 80 pessoas (o que para uma quinta-feira, às 19,00, me pareceu muita gente) e que decorreu num ambiente intimista e de grande serenidade.
Estão de parabéns os promotores da requalificação do edifício, pois as melhorias são por demais evidentes e revelam bom gosto; o Padre Joaquim Cunha porque entrega ao seu substituto na paróquia um património requalificado; e o Povo de Tabuado porque soube participar condignamente nesta cerimónia.
Registei...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Inauguração das obras na Capela de Santo António em Tabuado

Como já aqui dei conta, a Câmara Municipal de Marco de Canaveses e a Junta de Freguesia de Tabuado efectuaram obras de requalificação na Capela de Santo António, que visaram assegurar a conservação do edifício e melhorar as condições de utilização do mesmo.
A conclusão das obras será assinalada com uma cerimónia oficial, na qual serão entregues ao Pároco de Tabuado, as chaves das novas portas da Capela.
A dita cerimónia terá lugar hoje, pelas 19,00 horas, e inclui, além da celebração de uma Missa em honra de Santo António, uma homenagem ao Reverendo Padre Joaquim Pereira da Cunha, que aos 97 anos de idade e após 71 anos como Pároco de Tabuado, cessará funções, nessa qualidade, no próximo domingo.
Na minha opinião, esta homenagem é um tributo justo e merecido que se presta a um Homem que dedicou quase toda a sua vida sacerdotal à comunidade de Tabuado.
Eu vou estar presente, espero ver por lá muita gente, porque a ocasião assim o justifica.

Emídio Rangel acusa juízes e magistrados

" "

Num Estado de Direito que se preze as palavras proferidas por Emídio Rangel não podem cair em saco roto.
De uma, duas: ou as afirmações são fundadas em factos concretos e constituem matéria para investigação com vista á responsabilização criminal dos prevaricadores; ou então, são destituídas de fundamento e o seu autor tem que ser responsabilizado pelo facto de ter atentado contra o bom nome de uma, ou várias, classes profissionais, ligadas a um dos pilares do Estado de Direito.
Alguém, com competência para tal, tem que fazer as perguntas que se impõem a Emídio Rangel, uma vez que, estranhamente, os deputados da oposição na Assembleia da República, não foram capazes sequer de as esboçar.

Esperemos para ver...

terça-feira, 6 de abril de 2010

O Terreiro do Paço percebeu?

Valença do Minho - Portugal
06 de Abril de 2010

Hoje fiquei triste porque compatriotas meus, para dizer que são tão portugueses como os outros, tiveram que hastear bandeiras de Espanha nas varandas e janelas de suas casas, em Valença do Minho

Nos tempos de faculdade tive colegas provenientes desta, muito bela, cidade fronteiriça portuguesa, e sei, pelos relatos que me faziam, que só uma situação extrema, de desespero absoluto, levaria esta gente a praticar este acto, ainda que simbólico.

Neste, como noutros casos, o país já percebeu que o que  está em jogo é muito mais do que o simples  encerramento de serviços públicos.

E o Terreiro do Paço também percebeu isso?

Obras na Capela de Santo António

A Capela de Santo António em Tabuado está a ser alvo obras de requalificação.
Este edifício que além de local de culto funciona também como casa mortuária da freguesia, há muito que necessitava desta intervenção.
Há vários anos que ouço a população falar no assunto, particularmente, por ocasião dos funerais e das festas de Santo António.
Agora, indo ao encontro do anseio do Povo e do Pároco de Tabuado, a Câmara Municipal de Marco de Canaveses e a Junta de Freguesia de Tabuado estão a realizar as obras que se imponham.
Passados que foram alguns anos sem que nada tenha sido feito, e oportunidades até não faltaram, só me apetece dizer que ainda bem que apareceu alguém que soube distinguir o que é essencial do que é acessório...
Esta é uma boa notícia para Tabuado.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Emílio Salgari

Emílio Salgari é o autor do livro que li durante o mês de Março - Sandokan Os Piratas da Malásia, que foi sugerido pela AR.
O escritor, jornalista e romancista, de nacionalidade italiana, nasceu em Verona a 21 de Agosto de 1862 e faleceu a 25 de Abril de 1911, quando tinha apenas 48 anos de idade.
Filho de comerciantes modestos, desde criança sentiu fascínio pelas viagens marítimas. Em adolescente chega mesmo a ingressar na Academia Naval de Veneza, mas, talvez devido à sua condição de pobre, nunca chegou a formar-se. Após esta tentativa fracassada de se tornar oficial da marinha, alistou-se num barco mercantil e este trabalho permitiu-lhe fazer muitas viagens marítimas e percorrer toda a costa adriática.
Mais tarde vira-se para o mundo da escrita e passa a ser esta a fonte do seu sustento. Inspira-se em enciclopédias e revistas de viagens e as personagens que cria são das mais populares na sua época. O seu estilo preferido é a acção/aventura e com as suas obras, que começam por ser publicadas em jornais, atinge grande notoriedade, chegando mesmo a ser condecorado pela Rainha de Itália. Em termos familiares, casou com Ida Peruzzi, com quem teve quatro filhos. Mas apesar da sua popularidade e do êxito dos seus livros, continuou a ter uma vida muito pouco desafogada em termos económicos.
A pós a morte da sua mulher pôs fim á sua vida, suicidando-se.
Aos editores do jornal para quem trabalhava em Turim deixou as seguintes palavras em carta que escreveu antes de se suicidar:
"Para vocês que têm enriquecido a partir do suor do meu rosto, mantendo-me a mim e á minha família na miséria, só peço que a partir dos vossos lucros possam encontrar os fundos para pagar o meu funeral..."

Principais Obras

Os Mistérios da Selva Negra escrito em 1889
O Tigre da Malásia
Os Piratas da Malásia
O Rei do Mar
A Cimitarra de Buda
O Rei da Montanha
Um Drama no Oceano Pacífico
O Corsário Negro
Os Peles Vermelhas
O Leão de Damasco
As Maravilhas do Ano 2000
Os Dois Tigres

O livro que estou a ler "Sandokan Os Piratas da Malásia" - II

Conclui a leitura do livro Sandokan – Os Piratas da Malásia.
Trata-se de um romance de aventura, cuja história decorre no continente asiático, nos mares da Malásia, no século IXX.
Retrata as aventuras de Sandokan - um pirata temível, que Emílio Salgari (o autor) transforma num herói, porque, com a sua actividade delituosa e reprovável, aos olhos do poder instalado, luta contra a ganância dos exploradores e comerciantes que cruzam aqueles mares.
Também conhecido por “Tigre da Malásia”, Sandokan, vive na Ilha de Mompracem onde é idolatrado pelos seus irmãos de armas (também piratas) e dedica-se a pilhagem de navios. A morte da sua mulher provocou-lhe um grande desgosto que carrega consigo e o seu grande amigo é Eanes de Gusmão (de nome e nacionalidade portuguesa na versão que li).
Num ataque a um navio que se dirige a Sarawak o nosso herói poupa a vida a Kammamuri e Ada Corishant. Kammamuri, um indiano, pretende salvar o seu patrão prisioneiro na fortaleza de Sarawak. Sandokan descobre que Ada, apresentada como louca, é prima da sua mulher (já falecida) e oferece ajuda a Kammamuri.
Num enredo em que Emílio Salgari descreve cenários remotos e paisagens exóticas seguem-se peripécias envolvendo lutas do nosso herói e dos seus companheiros contra os inimigos, estes personificados na figura James Broke, um britânico, rajá de Sarawak.
Numa narrativa do tipo “o bem contra o mal” a história lá vai decorrendo e chega-se ao desfecho que era previsível. Depois de capturado, o herói é libertado e o inimigo é vencido. Ada, que entretanto recuperara a lucidez, junta-se ao seu amado (Tremal-Naïk), agora livre e partem para a Índia.

Ao longo da história o autor vai cultivando um certo espírito de humanismo, que cai bem ao leitor mais atento, porque num cenário de estratégias, lutas e traições, os vencedores tratam sempre com dignidade os vencidos.

Gostei…