segunda-feira, 31 de maio de 2010

Quem está de parabens?...

Sabem quem nasceu a 31 de Maio de 1930?


Ele mesmo, Clint Eastwood, faz hoje oitenta anos!
Parece impossivel (!) os famosos também envelhecem...

Filho de um metalúrgico e de uma empregada fabril, Clint Eastwood nasceu em São Francisco, na Califórnia e é uma das maiores lendas vivas do cinema.
Durante as décadas de 60, 70, 80, 90 e 2000, fez de tudo na arte cinematográfica: foi actor, realizador, produtor e autor. Ao longo de uma vida dedicada à sétima arte, Clint Eastwood, deixou a marca do seu talento espalhada em dezenas de obras de vários géneros: faroeste, drama, policial, guerra, romance...
Eu habituei-me, desde miúdo,a admirar o trabalho deste senhor e cresci com ele a "entrar-me pela casa dentro" por isso não podia deixar de assinalar aqui o seu 80º (!) aniversário.

domingo, 30 de maio de 2010

Medidas anti-crise

Na próxima quarta-feira o país vai conhecer, em toda a sua extensão, o conjunto de medidas anti-crise.

O pacote legislativo contendo as referidas medidas vai, finalmente, ser discutido no Parlamento e tem aprovação garantida, em virtude do acordo entre o Governo e o maior partido da oposição, o PSD.

Só aí se terá uma perspectiva global daquilo que vai efectivamente mudar no dia-a-dia do país porque, até agora, o anúncio das medidas tem surgido a conta gotas e já ninguém tem uma noção muito precisa das medidas concretas que vão ser tomadas, quer do lado da receita, quer do lado da despesa, para equilibrar as contas do Estado.

No entanto, por aquilo que foi sendo anunciado ao longo do último mês e meio, algumas medidas foram dadas como adquiridas e os potenciais visados pelas mesmas começaram já a preparar o futuro.

Bom exemplo do que acabo de dizer é o anunciado, e dado por certo, corte de 100 milhões de euros nas transferências do Estado para as Autarquias Locais.

Com 100 milhões de euros a menos no seu orçamento, o Poder Local, no seu conjunto, vai ter que ser engenhoso para implementar medidas de gestão que lhe permitam racionalizar os gastos e continuar a desenvolver as suas actividades em prol das populações, não as privando do seu apoio, que em muitos casos é único e fundamental.

Pelo que leio neste artigo no Jornal Público, há já muitos Autarcas a fazer o trabalho de casa. Verifiquei que há gente a ajustar orçamentos e a repensar investimentos; outros a pensar implementar medidas muito concretas para a redução da despesa corrente, como sejam diminuir os gastos com telemóveis, com despesas de deslocação, com iluminação pública e com a realização de eventos.

Acho fundamental esta atitude dos Autarcas. Em época de aperto, já todos percebemos que os discursos com lamentações corporativistas, não levam a lado nenhum. É tempo de racionalizar e começar pelas coisas pequenas pode ser um caminho para chegar às grandes; só assim se promoverá uma economia de meios que permitirá encontrar recursos para continuar a servir as populações do nosso Portugal.

Espero que todos os Autarcas percebam esta realidade e que compreendam que o exemplo tem que vir de cima.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Banco Alimentar recolhe alimentos

Durante este fim-de-semana, 29 e 30 de Maio, os Bancos Alimentares Contra a Fome, vão organizar mais uma campanha de recolha de alimentos.
A acção vai decorrer em todo o país e envolve cerca de 28 mil voluntários, que vão estar espalhados por super e hipermercados para recolher os donativos dos portugueses em géneros alimentares.
Para participar basta aceitar o saco oferecido pelos voluntários e nele colocar bens alimentares para partilhar com quem mais precisa. São privilegiados os produtos não perecíveis, tais como leite, conservas, azeite, açúcar, farinha, bolachas, massas, óleo, entre outros.
Numa altura em que o país atravessa uma profunda crise económica, com o desemprego a níveis historicamente altos e com as condições de vida a degradarem-se a cada dia que passa, acções como esta revestem-se de uma importância excepcional, pois demonstram que a nossa sociedade ainda cultiva valores como a solidariedade e a entreajuda.
Por último, não posso deixar de fazer notar que esta iniciativa, parte de uma organização da sociedade civil e já atingiu números impressionantes. De acordo com os dados da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares contra a Fome, ao longo de 2009 foram apoiadas com produtos alimentares mais de 1.700 instituições, que concederam ajuda alimentar a cerca de 275 mil pessoas comprovadamente carenciadas. No ano passado os quinze Bancos Alimentares Contra a Fome em actividade distribuíram um total de 23.100 toneladas de alimentos.
Termino com um apelo à participação de todos e faço votos para que esta nova campanha de recolha de alimentos seja um sucesso.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

F C Porto campeão europeu.

27 Maio de 1987, há 23 anos foi assim...



As imagens são da RTP e as vozes de Miguel Prates e Ribeiro Cristovão.
Ás vezes sabem recordar!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

O petróleo baixa 20% e a gasolina?


Pode ler-se aqui no JN que, desde o final do mês de Abril, o preço do barril de petróleo está mais barato 18 dólares, o que representa uma redução de cerca de 20%.

A pergunta que vos faço é esta: o preço da gasolina baixou?

Já nem me atrevo a perguntar se também baixou 20%...

A crise financeira e os planos de austeridade de que tanto se fala, não podem desviar a atenção destes pormenores da economia real, caso contrário, a crise pode servir de muleta para alguns oportunistas, leia-se, petrolíferas e gasolineiras!

Urna de combatente da guerra colonial afinal continha pedras e areia.

Esta é uma notícia que me deixou boquiaberto.


Quatro décadas depois, a família de um combatente falecido na guerra colonial, descobre que foi enganada. A urna, transladada há 42 anos, afinal não continha os restos mortais do militar, mas sim pedras e areia.
Aconteceu em Peniche e os familiares estão incrédulos e ponderam pedir uma indemnização ao Estado Português.
Este acontecimento dá-me que pensar; ele vem dar credibilidade às afirmações que ao longo da minha vida foi ouvindo a pessoas contemporâneas da guerra colonial, que a viveram cá (na Metrópole) ou no Ultramar, e que afirmam, em jeito de especulação, que terão acontecido inúmeras situações como esta.
Confesso que sempre encarei essas afirmações como meros exercícios especulativos, palpites, quiçá infundados. Mas perante este caso concreto, que agora é tornado público, começo a questionar-me se não terei que dar credibilidade a tais afirmações.
 E a ser assim interrogo-me: será este um caso único? Quantas dezenas, ou mesmo centenas, terão ocorrido?
Por respeito aos que tombaram pela pátria e aos seus familiares, nem quero colocar a hipótese desta ser uma prática reiterada das autoridades portuguesas à data, para minimizar o impacto resultante do mal-estar social provocado pela insatisfação das famílias que iam perdendo os seus filhos.
A pretensa devolução dos restos mortais terá possibilitado o luto e na ocasião terá funcionado como analgésico para suportar a dor, mas, casos como este, vêm abrir de novo as chagas de uma maleita que demora a curar, não só às famílias, mas também à nação.
Quero continuar a acreditar que este terá sido um caso sem paralelo.
Quero continuar a acreditar, repito, quero continuar a acreditar...

Podem ver os pormenores da notícia da Agencia Lusa aqui.

domingo, 23 de maio de 2010

Bolas de sabão


Hoje por momentos regressei à minha infância: estive a fazer bolas de sabão!

No fim de almoço a minha filha chamou-me «Pai vem à varanda, por favor...». Correspondendo ao chamamento fui para junto da AR.

Quando lá cheguei ela já tinha tudo preparado. Já tinha consigo um “mecanismo moderno” para fazer bolas de sabão, comprado algures numa qualquer romaria ou numa loja de bugigangas!

E lá começamos. Um sopro suave, alguma técnica... e era vê-las subindo pelo ar!

Vai daí lembrei-me de explicar à AR como se faziam bolas de sabão quando eu era criança. Expliquei-lhe que não tínhamos estes "mecanismos modernos", que fazíamos bolas de sabão com uma palhinha. Ela quis saber como era. Fomos buscar uma palhinha e estivemos a fazer bolas de sabão à moda antiga.

A AR delirou! «Mãe, Mãe... anda ver esta! Que grande, tão colorida!».

E a MJ para dentro e para fora...

Belos momentos...

sábado, 22 de maio de 2010

TABELAS DE RETENÇÃO NA FONTE DE IRS - 2010

No dia 20 de Maio de 2010, foi publicado, no Diário da República n.º 98, Série II - Suplemento, o Despacho nº 8603-A/2010 do Ministro das Finanças, aprovando as TABELAS DE RETENÇÃO NA FONTE DE IRS PARA O ANO DE 2010.

Chamo a atenção para o ponto 6 do Despacho onde pode ler-se: "O presente despacho produz efeitos no dia seguinte ao da sua publicação".

Face a esta disposição, todas as entidades que coloquem à disposição rendimentos sujeitos a IRS, aos quais se aplique o mecanismo da retenção na fonte, devem fazer a respectiva retenção, a partir de 21 de Maio, aplicando as novas tabelas agora publicadas.

Todavia o Ministro das Finanças já veio esclarecer que as novas tabelas só aplicam a partir de 1 de Junho.

Podem clicar aqui para consultar as TABELAS DE RETENÇÃO NA FONTE PARA 2010.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Marcelo Rebelo de Sousa volta a comentar


Marcelo Rebelo de Sousa vai regressar aos comentários televisivos. O professor volta á TVI e ao que se sabe começa já a comentar a partir de Domingo.
Depois de ter visto o seu espaço de comentário na televisão pública cancelado, por razões na altura mal explicadas, o comentador regressa agora ao canal televisivo onde comentava antes de ingressar na RTP e de onde também tinha saído por pressões internas da administração da empresa, na altura liderada por Miguel Pais do Amaral.
Eu saúdo este regresso de Marcelo Rebelo de Sousa porque, goste-se ao não se goste, o professor é uma figura incontornável do comentário e da analise politica em Portugal.

domingo, 16 de maio de 2010

F C Porto vence a Taça de Portugal!


O Futebol Clube do Porto venceu a Taça de Portugal em futebol!

É décima quinta Taça de Portugal, conquistada pelo clube da cidade invicta, igualando em número de conquistas o Sporting Clube de Portugal. O Sport Lisboa e Benfica continua a ser o clube com maior número de troféus conquistados, vinte e quatro.

Parabéns ao clube e aos seus simpatizantes, particularmente aos que são meus amigos.

Parabéns também para o Desportivo de Chaves que foi um digno vencido.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Manuela Ferreira Leite a pregadora no deserto

O completo desnorte na condução da vida política do país levou a que hoje fosse decidida pelo Governo, com o apoio do maior partido da oposição, uma subida generalizada dos Impostos e a redução dos salários dos detentores de cargos políticos e gestores (exclusivamente) públicos.
Esta medida, como as anteriormente tomadas, de cancelar grandes projectos de investimento, pareciam, nas actuais circunstâncias, inevitáveis.
Disse-o aqui por diversas ocasiões e hei-de voltar ao tema, porque não tenho a certeza que as medidas agora tomadas, “desenhadas”a régua e esquadro, possam ser justas na medida que se exigia.
Mas hoje quero aqui lembrar esta senhora: Manuela Ferreira Leite.

E quero dizer que se o país tivesse ouvido os seus alertas, talvez não tivessem que ser tomadas medidas tão duras, que por certo afectarão a generalidade dos portugueses, sobretudo os mais pobres.
A ela aconteceu-lhe o mesmo que a João Batista, andou a pregar no deserto...
Foi pena, para mal de Portugal e dos Portugueses, que ninguém lhe tivesse dado ouvidos.

Morreu o "Esébio"... do Oceanário.


Esta era a lontra marinha macho do Oceanário de Lisboa. Chamava-se "Eusébio" e morreu devido à sua idade avançada (cerca de 20 anos).
Este exemplar, desta espécie ameaçada, chegou a Lisboa em Setembro de 1997, proveniente do Alaska, já em idade adulta e foi uma das estrelas da "Expo 98".
Foi nessa Exposição Mundial, em Lisboa, que o vi pela primeira vez e confesso-vos que nas outras ocasiões em que visitei o Oceanário havia sempre a expectativa de chegar ao seu tanque para ver o casal mais famoso lá do sítio, o "Eusébio" e "Amália" (lontra marinha fêmea).
Fiquei triste com esta notícia, porque de facto eu tinha um carinho especial pelo animal, mas é a lei da natureza!
Resta-nos a “Amália” e a descendência...
Podem ler mais pormenores aqui nesta notícia do Diário Digital.

A visita do Papa na voz do Povo

Hoje nos Aliados, ouvia dois homens, na casa dos setenta, a comentar o aparato que por lá se vivia com os preparativos para a visita do Papa.
Comentavam uma estrutura que liga directamente o altar, onde será celebrada a Missa, à Câmara Municipal do Porto.
Dizia um deles «Ele sai daqui (da porta da CM do Porto) e vai para ali (para o altar)... podia ir pelas escadas e evitava-se isto... mas realmente por aqui vai melhor». O outro concordou «Evita subir e descer as escadas... que as pernas dele já não são novas».
Observando, daquele ponto privilegiado, tudo o que se passava à sua frente, afirma de novo o primeiro «Nunca nenhum homem que visitou a cidade do Porto teve tanta coisa...»; responde o outro «É verdade nem o presidente da América...»

Confesso que agora não tenho presente se o Presidente dos EUA algum dia visitou o Porto, o que sei é que do Papa o Povo fala assim...

Eu ouvi-o!

O Papa vai ao Porto

A Cidade Porto está a preparar-se para receber o Santo Padre.

Esta manha estive na Avenida dos Aliados e partilho aqui um pouco do que vi.

As boas vindas ao Papa

Em painéis electrónicos ...

... E nas fachadas dos prédios.

O altar onde será celebrada a Missa, amanha, às 10 horas e 15 minutos.

Uma estrutura a toda a largura do edifício da CM do Porto ...

... Sóbrio, de linhas direitas e dominado pelo vermelho do revestimento da base.

As flores para o altar

Acabadas de chegar ...

A cruz

Escondida atrás da estrutura do altar;
Só visível em toda a sua dimensão pelas trazeiras do mesmo.

Cadeiras para os convidados

Ainda embaladas!

O embelezamento dos edifícios vizinhos  

Com a ajuda dos bombeiros ...

E um Grupo de Jovens que já marcava lugar

 
São de Vila Nova de Gaia, estavam lá desde as 7 horas da manha, equipados com mochilas e sacos cama; e com muita alegria no rosto.

13 de Maio - "Dia da Libertação dos Impostos"

Segundo revela esta notícia do Diário Económico, só a partir de amanhã os portugueses começam a ganhar para si próprios, pois até hoje, estiveram a trabalhar para pagar Impostos ao Estado.
De acordo com o estudo da Associação Industrial Portuguesa (AIP), citado nesta notícia do DE, foram precisos 133 dias de trabalho para pagar os Impostos relativos ao ano de 2010.
Dá que pensar...

terça-feira, 11 de maio de 2010

Visita à casa de Anne Frank

A partir de agora já é possível fazer uma visita virtual à casa onde viveu Anne Frank durante a II Guerra Mundial.


A iniciativa de disponibilizar esta visita virtual ao sótão onde se escondeu a jovem judia partiu do museu Anne Frank, que existe há 50 anos e contabiliza visitas anuais na ordem de um milhão de pessoas.


Annelisse Maria Frank, mais conhecida como Anne Frank, era uma jovem de origem judaica, filha de Otto Frank e Edith Holländer. Nasceu a 12 de Junho de 1929, em Frankfurt am Main, na Alemanha.
Com subida do partido nazi ao poder e por questões de segurança a família Frank vai viver para Amesterdão, na Holanda, no final do ano de 1933 (inicio de 1934).
A cidade holandesa aparentemente era segura e os refugiados judeus gostavam de lá viver. Mas no dia 5 de Julho de 1942 a família é surpreendida por uma convocatória para Margot Frank, irmã mais de Anne, ordenando a sua ida para o campo de trabalhos forçados de Westerbork, na Alemanha.
Perante este facto, Otto Frank, pai de Anne, decide esconder a família num anexo contíguo ao seu escritório, local que vinha preparando,  para se tornar esconderijo da família, caso fosse necessário.
Pouco tempo depois juntou-se-lhes no refúgio a família Van Pels, com três elementos, e um pouco mais tarde Fritz Pfeffer. Todos judeus clandestinos.
Durante dois anos, viveram todos juntos, naquele espaço exíguo, como uma autêntica família, sempre com medo de serem descobertos pelos nazis ou pelos seus informadores.

Foi durante este período que Anne Frank escreveu o diário, que veio a ficar celebre.

Mas a  4 de Agosto de 1944, após uma denúncia, o esconderijo foi descoberto pelos nazis e os seus ocupantes foram todos presos e encaminhados para campos de concentração. Foram poupados á morte pelos opressores mas o único que sobreviveu ás doenças que se propagavam pelos campos de detenção foi o pai de Anne.
Anne Frank morreu com 16 anos, no campo de concentração de Bergen Belsen, vítima de tifo.

A propósito, já aqui falei de Miep Gies, que era empregada de Otto Frank e ajudou a sua família a esconder-se e que depois foi a guardiã do diário de Anne.

Visita do Papa


O Papa Bento XVI já está em Portugal...
A esta hora o Sua Santidade visita o Mosteiro dos Gerónimos.

O Papa Bento XVI visita Portugal

Papa Bento XVI

Sua Santidade o Papa Bento XVI inicia hoje, 11 de Maio, a sua primeira visita, enquanto sumo pontífice, ao nosso país.
Esta visita, que também é de Estado, acontece a convite do Presidente da República Portuguesa e da Igreja de Portugal e terá a duração de quatro dias, repartindo-se por três cidades, Lisboa, Fátima e Porto.
Ao longo dos últimos dias tenho lido e ouvido comentários bastante antagónicos a cerca desta visita, mas como estamos num Estado de Direito e Democrático, todas as opiniões devem ser respeitadas, ainda que algumas delas, pareçam completamente desprovidas de sentido e oportunidade.
Penso que, de uma forma geral, a Igreja portuguesa, tem tido uma postura correcta ao longo deste processo, porque soube colocar todo o enfoque da visita na sua dimensão religiosa e pastoral, afastando-se desta forma, das polémicas em que alguns queriam envolve-la.
O exemplo mais recente desta tentativa aconteceu ontem no programa de Miguel Sousa Tavares, na SIC, “Sinais de Fogo”.
Lá foram apresentadas algumas peças jornalísticas em que se tentou fazer passar a ideia de que esta seria uma visita oportunista, feita à medida de um desagravo programado à pessoa do Papa, que ultimamente viu a sua imagem afectada com a divulgação pública de casos de pedofilia no seio da Igreja Católica. Nas mesmas peças foram ainda abordados, em tom crítico, a excentricidade dos gastos com esta visita e a postura errada do Governo de Portugal, um Estado laico, que ao conceder tolerância de ponto aos funcionários públicos, estava a provocar efeitos gravosos na economia do país.
Começando pelo final, e analisando friamente os dados, penso que a atitude do Governo pode merecer algum reparo, porque de facto a decisão de conceder tolerância de ponto pode ter repercussões ao nível da economia do país, nomeadamente, no que aos níveis de produtividade diz respeito. Mas a decisão governamental pode ainda ser merecedora de maior reparo, porque, em meu entender, ela teve objectivos eminentemente políticos. Posso estar enganado, mas vejo esta decisão, como um gesto de “falsa cortesia”, do Governo para com a Igreja Católica, a quem no âmbito da sua actuação tem afrontado em diversas ocasiões, sendo a mais recente, a Lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Enfim, uma acção de charme, não vá acontecer algum reparo público a cerca da actuação governamental, neste momento tão delicado para o executivo.
Quanto às críticas aos gastos com logística desta visita, eles são de facto muito elevados, mas parecem-me semelhantes aqueles que se suportam com outros eventos de natureza política e social que se realizam no país. Acho que estar a empolar este facto, neste momento, para o contrapor à doutrina social da Igreja, é demagogia barata. Além do mais, ao que consta a Igreja portuguesa não celebrou protocolos com o Estado para custear as despesas com as infra-estruturas para as celebrações e cerimónias públicas. Creio, e é público, que estas terão sido pagas com recursos próprios e com o contributo dos fiéis e de mecenas.
Por fim, perdoem-me a sinceridade, mas parece-me um atentado ao bom senso, dizer, como foi dito, que esta viagem acontece num momento estratégico e que foi programada para “dar ao Papa um banho de multidões” numa altura em que a sua imagem precisa de ser reabilitada. E que Portugal, sendo um país de brandos costumes, é o local próprio para que isso aconteça, fazendo crer que o povo português estaria a ser manietado.
Sem comentários.
Apenas dizer que, como é público, esta visita estava programada há muito tempo. Muito antes de terem sido revelados os recentes escândalos de pedofilia envolvendo a Igreja Católica. Que o Papa vem a Portugal porque foi convidado. E que os portugueses, e os Católicos em especial, apesar de não serem tão inteligentes como o Dr. Miguel Sousa Tavares, são pessoas de bom senso, que não se deixam manietar por instituições, sejam elas religiosas, políticas ou de outra natureza; nem por profissionais da comunicação, que na sua luta pelas audiências, desdizem os princípios éticos que afirmam abraçar.

Quanto ao essencial, faço votos para que a visita de Sua Santidade corra bem e seja um sucesso.

domingo, 9 de maio de 2010

Sócrates & Passos II

Esta notícia de que o primeiro-ministro voltará a reunir-se com o líder do maior partido da oposição para acertarem medidas adicionais para a redução do défice das contas públicas a mim não me surpreende.
aqui tinha dito, que ficou muito aquém das minhas expectativas o resultado do primeiro encontro, com este mesmo fim, ocorrido entre estes mesmos protagonistas, a 28 do mês passado.
O curso dos acontecimentos vem dar-me razão, a mim, e a todos os que pensam como eu.
O desequilíbrio das contas publicas é um problema grave que o país tem que resolver, e com urgência. Este combate deve ser encarado de forma decidida, com verdade e os seus custos devem ser repartidos de forma justa.
Aflige-me o facto do país ainda não ter percebido isso. Vejo que a grande maioria das pessoas ainda assobia para o lado, como se nada de grave (muito grave mesmo) se estivesse a passar.
Já para não falar da actuação do Governo no combate à crise, cuja postura tem deixado, a meu ver, muito a desejar. Penso eu que, nestas circunstâncias, se aconselhava tudo, menos uma politica de ziguezagues. Uma verdade que hoje é absoluta para o executivo (mas contra a corrente) daqui a quinze dias já é o seu contrário, por força de imposições internacionais.
Aconteceu isso com os grandes investimentos em obras públicas. Foi preciso que os parceiros europeus puxassem as orelhas ao primeiro-ministro de Portugal, para que este invertesse o sentido de certas decisões de investimento nessas mesmas obras públicas.
Pergunto eu: não poderia José Sócrates ter dado ouvidos a quem, entre portas, há tanto tempo dele reclamava essas decisões?
Poder, podia; só que o primeiro-ministro julga que corrigir uma decisão, por sugestão alheia é uma derrota. É pena que assim seja, porque quem sai prejudicado é o país.

Parabéns!


Com uns dias de atraso, quero fazer aqui uma referencia especial  ao aniversário de um amigo que costuma passar por cá com muita frequência.
J.L., muitos parabéns, faço votos para que celebres muitos, com saúde e que sejamos todos vivos para os festejar.
Um grande abraço.

Debaixo da nuvem

Nuvem no ar aviões em terra

Num dia em que muita gente “está nas nuvens” é bom lembrar que grande parte do país esteve debaixo da nuvem de cinzas do vulcão islandês Eyjafjallajökull.
A nuvem atingiu especialmente a zona norte, mas as consequências, em termos de tráfego aereo, fizeram-se sentir em todo o território nacional.
O balanço do dia é feito aqui nesta noticia do Jornal de Notícias.

Benfica campeão!

O Benfica venceu a Liga Sagres.

Parabéns ao clube e a todos os seus simpatizantes.

Dirijo uma saudação especial a todos os benfiquistas meus conhecidos, e particularmente a uma grande benfiquista que partilha comigo a responsabilidade de gerir o meu lar.

Mais não posso dizer, porque me faltam palavras...

Agricultura: é hora de inverter o caminho

Campos e alfaias agrícolas abandonados

Tal como prometido volto ao tema da agricultura em Portugal.
A agricultura foi tratada, ao longo das três últimas décadas, como o parente pobre na economia portuguesa.
Ao longo deste período, os responsáveis pela condução do país, defenderam a necessidade de alteração do modelo desenvolvimento deste e elegeram outros sectores de actividade como catalisadores desse desenvolvimento económico e social.
Este processo teve um impulso decisivo na segunda metade da década de oitenta do século passado com a entrada do país na União Europeia, então Comunidade Económica Europeia (CEE).
Face à iminente criação do mercado único europeu, começaram a delinear-se estratégias para que o país enfrentasse com sucesso esse novo desafio que se lhe colocava.
Estabeleceu-se que a matriz para o crescimento económico assentaria no desenvolvimento do sector terciário, ligado à exploração de serviços especializados e de grande valor acrescentado, nele merecendo destaque as actividades ligadas ao sector do turismo.
Devo confessar que, sendo eu à época em que estas alterações se processaram, um jovem de tenra idade, que frequentava os bancos da escola, sempre questionei a viabilidade deste modelo com quem o defendia. Discuti-o, nomeadamente com os meus professores de economia, nas salas de aula e nos corredores da escola. Afligia-me a ideia do país abandonar, ou pelo menos passar para segundo plano, o sector produtivo. Temia o impacto destas orientações na nossa balança comercial e a dependência externa a que o país se veria obrigado.
Lembro-me que muitas vezes me foi explicado que a globalização, que crescia a passo de gigante, esmagaria o nosso aparelho produtivo e que a opção do país em mudar o seu paradigma de desenvolvimento económico representava um passo em frente, num mundo à escala global e cada vez mais competitivo.
Intimamente nunca me conformei com esta explicação, que aliás senti que alguns defendiam quase que como por imposição dos manuais, mas face à minha condição de discípulo, sempre baixei a guarda, e fui derrotado nas minhas convicções.
Nos anos que seguiram aconteceu o desinvestimento no sector e tudo o mais que viu.
Submetendo-se às directrizes de Bruxelas, no âmbito da PAC (Politica Agrícola Comum), o país procedeu a uma reconversão fictícia da sua agricultura, disfarçada por entre subsídios à modernização, à produção e ao abandono dela. Um processo sem um acompanhamento e fiscalização adequados que deram azo a fraudes e a desvio de fundos.
Enfim, oportunidades falhadas.
E o inevitável aconteceu. Muitos dos verdadeiros agricultores – aqueles que sempre viveram ligados à terra – foram esmagados. Viram os preços à produção baixarem, os custos de produção aumentarem e foram forçados a abandonar a actividade.
Ao longo destes anos acompanhei as suas dificuldades; vi muitos deles receberem compensações para abandonarem a produção (por exemplo a produção leiteira); vi muitos produzirem e não conseguirem escoar os produtos (vinho, batata, fruta e outros); Vi as grandes as grandes cadeias de distribuição nacional submeterem-se à lógica exclusiva do lucro e importarem os mesmos produtos de países longínquos e de qualidade inferior, simplesmente porque eram mais baratos. Vi muitos deles, verdadeiros homens e mulheres da terra, resignarem-se e desistir; e vi as terras agrícolas ficarem ao abandono.
Uma verdadeira tristeza para quem gosta do mundo rural.
É claro que a minha preocupação ao longo destes anos foi crescendo. Os meus receios quanto à dependência externa do país, no sector da produção alimentar, não se desvaneceram.
Penso que os sucessivos governantes não têm dado a atenção devida à agricultura, sendo um dos piores exemplos protagonizado pelo anterior governo, em que o ministro da agricultura, Jaime Silva, muitas vezes se manifestou como opositor aos interesses dos Homens da terra e não seu aliado, como seria lógico.
E agora, que o país se encontra mergulhado numa profunda crise económica e financeira, com o desemprego a níveis historicamente altos, com as contas públicas descontroladas e com a balança comercial altamente deficitária, felizmente, já aparece alguém que assenta os pés na terra e começa a ter consciência de que é preciso inverter o rumo das coisas. Que é preciso arrepiar caminho e procurar novas estratégias que permitam reduzir a nossa dependência do exterior em coisas tão básicas como a produção alimentar.
É por isso que apreciei as declarações do Sr. Presidente da República, na Ovibeja, no passado fim-de-semana. Penso que elas são muito oportunas, têm toda a lógica e revestem grande importância, quanto mais não seja porque foram proferidas pelo mais alto magistrado da nação.
Ainda assim, não posso deixar de lembrar aqui que também o Professor Cavaco Silva tem culpas no cartório... É que durante as três décadas que referenciei ele foi chefe do governo durante dez anos e já leva quatro como Presidente da República.

Ainda assim mais vale tarde que nunca...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Agricultura em Portugal.

No passado fim-de-semana decorreu a 27ª edição da Ovibeja, uma das maiores exposições agropecuárias que se realizam em Portugal.
Durante a visita que efectuou ao certame, o Presidente da República, tendo a situação económica do país como pano de fundo, deixou um apelo tripartido a agricultores, consumidores e distribuidores.

«Eu vim à Ovibeja para manifestar o meu apoio aos agricultores portugueses e pedir-lhes que contribuam para a resolução dos problemas e das dificuldades de Portugal...»

Foi com estas palavras que Cavaco Silva se referiu aos agricultores e disse ainda «Eu apelo para que eles se empenhem no aumento da produção competitiva, para aumentarem as suas exportações e diminuírem as importações, dessa forma contribuindo para a redução dos nossos desequilíbrios externos»; e sublinhou «...nunca como hoje, o país precisou tanto dos homens da terra».
Dirigindo-se aos consumidores, Cavaco Silva apelou para que «consumam produtos agrícolas portugueses» dos quais disse poder «testemunhar a qualidade».
E por fim terminou apelando «também às grandes superfícies para que contribuam, com preço justo, para o escoamento dos produtos da nossa agricultura e da nossa pecuária».
A propósito da produção agrícola, Cavaco Silva, afirmou ainda que «Os produtos agrícolas são bens transaccionáveis, que se importam e se exportam. Se conseguirmos apoiar os agricultores, e este é um apoio altamente rentável para o país porque contribui para diminuir o défice externo, então melhoraremos, com certeza, a situação do nosso endividamento externo».
O Chefe de Estado referiu-se ainda aos jovens agricultores dizendo «É fundamental trazer os jovens agricultores para o terreno, para que eles sintam que têm condições para a produção e levem por diante um mundo rural que nós precisamos de preservar».

Ora, eu concordo com tudo o que disse o Sr. Presidente da República. Concordo com os apelos e considerações que fez, mas a propósito de agricultura há umas quantas questões que quero lembrar (e também ao Sr. PR que foi Primeiro-ministro durante 10 anos) e que abordarei no "post" seguinte, para não me alongar muito.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O Magalhães... para as férias.

Ao que parece o concurso público internacional para fornecimento do computador "Magalhães" está, finalmente, concluído.
Os vencedores do concurso são duas empresas portuguesas (JP Sá Couto e Prológica) que formam o consórcio a quem foi adjudicado o  fabrico e distribuição do "novo Magalhães", no âmbito do programa e.escolinha.
Este mesmo consórcio havia já sido responsável pelo fabrico e distribuição do "Magalhães", na primeira edição do dito programa. Essa primeira edição, está agora envolta em polémica, uma vez que o fabrico e distribuição do computador foram atribuídos à JP Sá Couto sem concurso público.
Polémica à parte, às escolas vai agora chegar a segunda versão do "Magalhães", chamada MG2, que tem soluções técnicas superiores às do primeiro modelo. Os computadores destinam-se aos alunos do 1.º ciclo que entraram este ano para o 1.º ano e para os estudantes que a partir de 2010/2011 se matriculem no mesmo ano de escolaridade.
Neste caso, não posso deixar de fazer notar que estamos a dois meses do final do ano lectivo; será que os alunos ainda vão receber os computadores antes do final do ano?
O Ministério da Educação diz que vai fazer um esforço nesse sentido. Eu tenho dúvidas e tenho pena que, mais uma vez, neste como noutros casos, não se tenha aprendido com os erros do passado e se esteja a fazer a distribuição deste material muito tardiamente.
Aos alunos, às famílias e aos professores foi criada expectativa de que iriam dispor de mais este instrumento de trabalho, mas, ao longo do ano fui assistindo a formação, entre todos, de uma convicção de que o computador já não seria entregue.
Confesso-vos que o que mais me chocou foi a ideia, que vi progressivamente formar-se entre os alunos com quem contactei (e lembro que têm apenas 6 anos de idade), de que "os políticos são todos uns mentirosos...". Por várias vezes tentei explicar-lhes que não era necessariamente assim, que estavam a decorrer procedimentos burocráticos e que o "Magalhães" iria chegar. Mas o andamento das coisas foi contrariando as minhas explicações e o facto é que estamos no final do ano lectivo.
Agora finalmente surge esta boa-nova. Ainda assim, peço-vos que não criem expectativas demasiado altas, pois nestas coisas é habitual surgirem imprevistos. Já agora peço-vos mais uma coisa, não as criem também aos pequeninos, é que não é nada saudável que eles comecem, desde tão tenra idade, a duvidar das instituições e das pessoas mais influentes da nossa sociedade.
E no final pode até acontecer que até venham a ter o "novo Magalhães" para as férias... o que por este andar até já nem é nada mau!

sábado, 1 de maio de 2010

Ditos populares.

Quem me conhece sabe que gosto de ouvir os antigos; que respeito muito o saber fundado na experiência de vida.
Talvez por isso, também gosto bastante de parábolas, lengalengas e provérbios.
Quantas máximas para o nosso dia-a-dia não contêm estes ditos do povo, que passam de geração em geração?
Isto para dizer que ontem descobri mais um e bem curioso...
Uma colega de meia-idade (!), a Dª F., abeirou-se de mim e de outra colega (a I.A.) par nos cumprimentar e desejar bom dia. Acontece que a Senhora, aos nossos olhos, estava particularmente bonita. E estava-o de facto.
Vai daí, acto subsequente, a I.A. logo soltou um elogio «F., hoje está muito bonita!»; no que foi secundada por mim «... e com um aspecto muito Juvenil!»
Ao que a colega Dª F. respondeu: «sabem, é...

Corpinho de liceu, carinha de museu...»

Pedimos-lhe que repetisse, pois não conhecíamos o dito popular que, diga-se, nos suou bem ao ouvido. A Dª F. soletrou, e então percebemos o dito e o seu sentido.

E vocês perceberam?

Quero acrescentar que a Dª F. só aplicou a si este dito popular, por modéstia, porque a ela, ele não se aplica seguramente...