sábado, 6 de novembro de 2010

Pessoas que partem memórias que ficam

No espaço de poucas horas, três pessoas partiram. Eram meus conhecidos e amigos, por isso, não posso deixar de os lembrar aqui.
O Senhor Dário Rocha, o primeiro a partir, colega do meu Pai e amigo que me habituei a ver lá por casa desde a infância. Dele nunca vou esquecer o trato respeitoso, o discurso elegante e as descrições que me fazia de África. Foi com ele que, desde criança, criei no meu imaginário o cenário da Angola, colónia portuguesa. Ao ouvi-lo falar daquela terra, de forma tão apaixonada, quase me apetecia estar lá, para viver as suas experiências...
Depois foi a Dona Fernanda de Jesus Pereira. Vizinha de meus Pais e Avós e amiga lá de casa, desde sempre.
Para os Tabuadenses, espalhados por Portugal e pelo mundo, que me distinguem com as suas visitas ao cidadão com opinião, esclareço que estou a falar da Senhora Fernanda de Canhões... uma das figuras mais características de Tabuado. Espero que a identifiquem.
Da D. Fernanda, guardo uma amizade devotada à minha família e à minha pessoa, que era correspondida com igual distinção da nossa parte. Guardo o carinho com que nos tratava e com que nós procurávamos corresponder. Com Ela, parte uma forma de vida simples, quotidiana, mas muito honrada; partem as conversas frequentes, muitos interessantes, alegres e mesmo cómicas...
Nunca me esquecerei que a D. Fernanda foi das pessoas que mais me deu a conhecer o Tabuado de outros tempos, descrito na primeira pessoa.
Por último a Carla Barros Monteiro. Estudante, 24 anos, finalista do curso de Engenharia Biotecnológica e Secretária da Junta de Freguesia de Várzea.
A Carla era uma pessoa que, tal como eu, também se preocupava com o futuro da sua terra. Por isso, há sensivelmente um ano, decidiu dar o corpo ao manifesto. Foi aí que conheci mais particularmente, a delinear estratégias e a falar de projectos para as nossas terras.
Oriunda de uma família onde tenho muitas pessoas amigas e conhecidas, a Carla foi vítima de um atropelamento e não resistiu aos ferimentos. Sem palavras...

Os três partem as memórias ficam.

Às famílias enlutadas, os meus pêsames.

domingo, 24 de outubro de 2010

O direito a não ser pobre


Recentemente tive oportunidade de assistir a uma conferência subordinada ao tema “O Combate à Pobreza e Exclusão Social” integrada nas acções do “Ano Europeu do Combate à Pobreza e Exclusão Social”.
O principal orador nesta conferência foi o Padre Lino Maia, pároco de Aldoar, no Porto, e presidente da CNIS – Comissão Nacional das Instituições de Solidariedade, que brindou os participantes naquele evento com uma excelente intervenção, aliás como seria de esperar.
No decorrer da conferência, fui tirando alguns apontamentos daquilo que lá foi dito, apontamentos que agora partilho convosco, sem grandes dissertações da minha parte, quero apenas que meditem.
1º Apontamento – O combate à pobreza tem de ser um desígnio nacional, porque todo o cidadão tem direito a não ser pobre.
2º Apontamento – A pobreza, em muitas circunstâncias, é um “problema hereditário”, transmitindo-se de geração em geração; há muita gente que o único valor que deixa aos vindouros é o facto de ser pobre.
3º Apontamento360 euros é o limiar da pobreza em Portugal.
4º Apontamento – Números de 2008: Portugal tem 18% de pobres e a Europa entre 16 e 17%.
5º Apontamento – Em toda a Europa existem cerca de 80 milhões de pobres.
6º Apontamento – Em Portugal os apoios sociais reduzem de 40 para 20% o número de pobres.
7º Apontamento73,33% das acções de solidariedade em Portugal são protagonizadas por IPS´s ou equiparadas.
8º Apontamento – A proposta de Orçamento de Estado para 2011, prevê que as IPSS´s deixem de poder deduzir o IVA suportado nas suas actividades o que vai provocar o estrangulamento financeiro de muitas delas e poderá mesmo levar ao seu desaparecimento.
9º ApontamentoUm beneficiário do RSI – Rendimento Social de Inserção (vulgo Rendimento Mínimo), muito dificilmente poderá voltar a ser um trabalhador por conta de outrem; por isso, e em alternativa, deve ser estimulado a criar o seu próprio emprego. (Fiquei estupefacto com esta conclusão, ainda para mais vinda da boca do Padre Lino Maia)
10º ApontamentoEstratégia, em 4 eixos, para o combate à pobreza em Portugal defendida pelo Padre Maia:
  • 1º EixoApoio à família - “uma família sem condições não pode gerar filhos felizes”;
  • 2º EixoAposta na educação – “para combater a pobreza hereditária”;
  • 3º EixoMelhoria nas condições de vida – “a começar por uma habitação condigna, que preferencialmente deve ser conquistada pelo próprio e não oferecida”;
  • 4º EixoAposta no empreendedorismo – “estimular os pobres a serem empreendedores logo desde a infância

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Corte no Abono de Família a partir de 1 de Novembro

Deixo aqui esta notícia, desagradável para muita gente, de que o abano de família vai ser cortado, para quem estiver nessas condições, a partir de 1 de Novembro... Que ninguém seja apanhado de surpresa.

Morreu Mariana Rey Monteiro

Mariana Rey Monteiro
1922-2010

Portugal viu partir ontem, dia 20 de Outubro, mais uma grande Senhora, a actriz Mariana Rey Monteiro. O teatro e o país ficaram mais pobres.
A actriz, filha de Robles Monteiro e de Amélia Rey Colaçofiguras ímpares do meio artístico português - nasceu em Lisboa, a 28 de Dezembro de 1922, e estreou-se, sob a direcção dos pais, no Teatro Nacional D.ª Maria II, em 1946, com a peça "Antígona", de Sófocles.
De seu nome completo, Mariana Dolores Rey Colaço Robles Monteiro, desenvolveu uma carreira ligada ao mundo do teatro, onde interpretou inúmeros papeis que mereceram rasgados elogios da crítica e a admiração e o carinho do Público. A actriz trabalhou ainda em cinema e televisão. E foi porventura na televisão que se tornou ainda mais conhecida do grande público. Dos trabalhos em que participou destaca-se a participação na série "Gente fina é outra coisa", em 1983, onde contracenou ao lado da mãe, ou em telenovelas como "Vila Faia", também 1983 - a primeira telenovela nacional - ou "Cinzas" (1993), ou "Roseira Brava" (1995). A personagem principal da telenovela "Vidas de Sal", realizada em 1996, foi o último papel desempenhado por Marina Rey Monteiro.
Nesse mesmo ano de 1996, a actriz foi agraciada com o grau de grande oficial da Ordem de Sant'Iago da Espada.
Casada com o arquitecto Emílio Gomes Lino (1916-1958), com quem teve três filhos: Manuel Caetano (1948), Francisco Alexandre (1949) e Maria Rita (1952), Mariana Rey Monteiro faleceu com 87 anos, em casa, de “velhice”.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Ranking das Escolas 2010


Fica aqui o link do jornal Público com um trabalho jornalistico muito completo a propósito do ranking das Escolas em 2010.


Mais uma vez o ensino privado levou a melhor sobre o ensino público. As dez primeiras escolas do ranking são privadas, com o Colégio de Nossa Senhora do Rosário, no Porto, mais uma vez, a encabeçar a lista das melhores.
Esta é uma realidade que não pode ser ignorada. Será que não está na hora do Estado garantir condições a todas as familias para que possam escolher se querem que os seus filhos frequentem escolas públicas ou privadas?
 Eu penso que sim.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Igreja Românica de Tabuado vai ser restaurada

Há algum tempo que se falava no possível restauro da Igreja Românica de Tabuado, ao abrigo de um protocolo entre o Ministério da Cultura e a Fundação Iberdrola. Finalmente, entre estas duas entidades e a Junta de Castela e Leão, foi celebrado um acordo de base que vai permitir, a manutenção e restauro de 33 edificações religiosas do estilo românico, situadas nas imediações dos rios Douro e Tâmega, onde se incluiu Igreja de Divino Salvador de Tabuado.


A NOTÍCIA ESTÁ AQUI - O Ministério da Cultura de Portugal, a Junta de Castela e Leão e a Fundação Iberdrola subscreveram um acordo com base no qual as três instituições levarão a cabo o mais ambicioso projecto de restauro e manutenção de arte românica em ambos os países, que abrangerá 33 edificações religiosas deste estilo situadas nas imediações dos rios Douro e Tâmega.

Esta é uma óptima notícia para Tabuado!

Finalmente estão reunidas as condições para levar a cabo uma intervenção que visa o restauro e a manutenção deste Templo - Imóvel de Interesse Público - já por alguém apelidado como "O bem (edificado) mais precioso de Tabuado"

Espero que a crise económica, que os dois países atravessam, não provoque constrangimentos na execução desta obra.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Sócrates e Passos Coelho empatados

Há poucos dias assisti a uma conversa entre dois amigos, em que um deles perguntava ao outro, em tom de provocação: “como é que explicas que, se o país está num caos como dizem, o Sócrates esteja empatado com o Passos Coelho?”.
O outro respondeu: “queres que te explique mesmo... eu explico-te em duas palavras – porta bandeiras!”
Eles continuaram a sua conversa e eu retive a expressão “os porta bandeiras”.
Nem de propósito agora somos confrontados com esta sondagem.
 
Alguém quer explicar?

Medidas de austeridade - subida do IRS

O Diário de Noticias, tem aqui um artigo bem prático a propósito da subida do IRS, prevista na proposta de Orçamento de Estado para 2011. Para ver é só clicar...


Mas como é que é possivel... sempre os mesmos a pagar a crise! Até quando?

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

SCUT - Pagamento adiado?

Será que o pagamento das SCUT vai ser mais uma vez adiado?
Desta vez pode ser em consequência de uma providência cautelar  apresentada na terça-feira pelos Municípios do Vale do Sousa e da Maia junto do Tribunal Central Administrativo do Norte, que terá sido aceite.

Mineiros Chilenos - O milagre vai começar!



Faço votos para que tudo corra bem! Lembro que as famílias e os próprios mineiros pediram privacidade nestes momentos, que são os últimos do resgate. Espero que os respeitem e lhes dêem a privacidade que merecem.
E depois... Depois a sociedade chilena, o mundo inteiro e cada um de nós, que saibamos ver neles modelos de heroicidade humana; porque eles são o exemplo de que vale sempre a pena lutar pela vida, mesmo quando tudo parece estar perdido.
Eles, são heróis da resistência e os que os salvaram são heróis do engenho e da persistência e por isso também modelos para a sociedade.
Tenho também que deixar aqui uma palavra de admiração para com o Governo Chileno que percebeu que o valor da vida destes seres humanos se sobrepunha a qualquer outro tipo de interesses, e não hesitou em aceitar a ajuda que lhe foi oferecida.
Neste momento só me apetece pedir mais uma coisa: que daqui a um mês não se esqueçam estes trinta e três homens, porque eles precisam de ser ajudados uma vez que a maioria deles são pobres e alguns doentes.
Já que lhe devolvem a possibilidade de viver, que lhes permitam faze-lo com mais dignidade!

Termino como comecei: O milagre vai começar... que tudo corra bem!

domingo, 10 de outubro de 2010

Medidas de austuridade I

Em comentário a este post "Medidas de austeridade" o leitor, ou leitora, LFerreira, levantou algumas questões que me parecem pertinentes e merecedoras de resposta, sob a forma de novo post.

Eis o que diz LFerreira:

"Querer começar/alimentar uma "guerra" entre trabalhadores da Administração Pública e trabalhadores do sectror privado é, no minimo, inútil.
Ainda por cima partindo de principios errados ou omitidos, a saber:
1-Assistência na saúde nada tem a ver com a segurança social.Consulte o site respectivo e tem à sua disposição a repartição das despesas da segurança social. Não encontra lá nada relacionado com a assistência na saúde.
2-O acesso ao Serviço Nacional de Saúde - SNS (que não é financiado pela segurança Social)não é exclusivo dos trabalhadores do sector privado.
3-Não pode comparar os descontos para a ADSE com os descontos para a Segurança Social porque, como disse acima, são coisas diferentes. Por outro lado, não esqueça que a Assistência na doença por via da ADSE tem algumas vantagens (atenção que não estou a dizer que é boa) em relação ao SNS. desde logo a possibilidade de poder, a troco de um pagamento parecido com a taxa moderadora, escolher o médico/consultório que deseja sem ter que ir, obrigatóriamente, sujeitar-se ao tormento que são os centros de saúde. Mas mesmo assim se quiser sempre pode ir para lá às seis da manhã para tentar arranjar uma consulta. Tem todo o direito.
Parece justo que esta possibilidade de escolha tenha uma contribuição maior parte dos seus beneficiários. Se 1% é muito ou pouco já é outra questão.
Cumprimentos.
LFerreira"

Eis o que se me apetece dizer:

Caro(a) L Ferreira,

Muito obrigado pela sua opinião.

Quero começar por dizer que lamento ter-lhe criado a ideia, errada, de que quem escreveu este artigo tenha por objectivo começar (!) ou alimentar uma guerra entre funcionários públicos e funcionários do sector privado. Nada mais errado, asseguro-lhe... Era só o que faltava que, no estado em que o país se encontra, os portugueses enveredassem por disputas estéreis como essa. A energia de todos nós tem muito onde ser consumida e não podemos esbanjá-la em inutilidades desse tipo.
Posto isto, dir-lhe-ei que não tenho por hábito pronunciar-me sobre matérias que não domine minimamente e, assim sendo, pode ter a certeza que conheço perfeitamente o enquadramento legal da matéria em causa e por isso reconheço que o que diz, nesse aspecto, é correcto.
Todavia quando escrevi este artigo quis ser prático e trazer aqui uma série de interrogações que fui ouvindo, por estes dias, a muitas pessoas. Sabe, essas pessoas com quem me cruzei e que trabalham no sector público, descontam obrigatoriamente nos seus vencimentos (além do IRS) 11,5% - 10% para a CGA e 1,5% para ADSE (o desconto actual para a ADSE é de 1,5%). A partir de Janeiro, ao que até agora se sabe, vão passar a descontar 12,5% - 11% para a CGA e 1,5% para ADSE. E o que essas pessoas perguntam é isto: "porque é que eu que trabalho no sector público, vou passar a descontar obrigatoriamente 12,5% e quem trabalha no sector privado desconta obrigatoriamente apenas 11%?".
Não pense que não argumentei com os supostos benefícios da ADSE, porque o fiz. Mas depois dois dedos de conversa, fui obrigado a reconhecer que esses benefícios não são assim tão evidentes. Falaram-me de uma diminuição na lista de convencionados (e o abandono de especialistas de renome), de tempos de espera para consultas e internamentos (mesmo de algumas recusas tratando-se de beneficiários da ADSE), de uma diminuição nas comparticipações, etc.
Resumindo, esses portugueses com quem falei, dizem que concordam com o desconto obrigatório para garantirem uma pensão na sua aposentação, mas discordam que lhes seja imposto um desconto obrigatório para um subsistema de saúde de que muitos acabam por não beneficiar, porque na maioria das situações têm que recorrer ao SNS, cujo acesso é universal, como diz. Reclamam a possibilidade de dispor desse valor, como acontece no sector privado, pois dizem, que mesmo em termos de assistência na saúde, podem fazer opções mais vantajosas. Em suma, creio que os mais esclarecidos começam a questionar o custo/benefício da ADSE.
Mesmo não dispondo de elementos que me permitam validar o que me é dito a propósito da ADSE, sou sensível à questão da liberdade de escolha e porque achei a questão válida não pude deixar de a colocar aqui no “cidadão com opinião”.
Por fim, devo dizer-lhe que depois de reler o que escrevi e de analisar a sua opinião apenas admitiria fazer um pequeno acrescento no ponto 3, que passaria a ter a seguinte redacção:

Porque é que um trabalhador da Administração Pública, para ter direito à reforma e à assistência na saúde, tem que descontar, obrigatoriamente, 11% para a Caixa Geral de Aposentações e mais 1,5% para a ADSE, enquanto os trabalhadores do sector privado apenas descontam 11% para Segurança Social, e têm direito à reforma e a assistência na saúde garantida pelo SNS (sistema Nacional de Saúde), que é de acesso universal?

Não queria terminar sem antes dizer aqui mais duas coisas: primeira - na esmagadora maioria das situações em que tive que recorrer ao SNS, fui bem tratado e não tenho razões de queixa em relação ao serviço que me foi prestado (admito que possa ser uma excepção); segunda: O post em questão tem mais matéria que também merecia ser dicutida...

Ao leitor ou leitora LFerreira, os meus cumprimentos e um convite para que volte sempre.  


sábado, 9 de outubro de 2010

Mimineiros Chilenos - o salvamento está quase...



A perfuradora já lá chegou! Está quase...

Medidas de austeridade

Alguém que me esclareça se puder.

O Governo decretou recentemente um corte salarial para todos os funcionários com massa salarial bruta superior a €1.500,00 por mês, para vigorar a partir do ano de 2011. Os cortes variam entre 3,5%, para os salários compreendidos entre €1.500,00 e €2.000,00, e 10% para os salários superiores a 4.200,00. Paralelamente o Governo aumentou para 11% a contribuição de cada trabalhador para a Caixa Geral de Aposentações e ainda não se sabe se vai aumentar o desconto para a ADSE, o subsistema de saúde obrigatório para os funcionários públicos, que é actualmente de 1,5%. O Governo decretou também para o ano de 2011 o congelamento de todas as pensões .

Perante estas medidas eu pergunto:

1. O dinheiro que paga um funcionário no activo e um aposentado não tem o mesmo valor? Então porque é que quem ganha um salário de €2.000,00 e está no activo e a produzir riqueza, vê o seu salário diminuído em 3,5% e quem está aposentado, exactamente com o mesmo valor, não vê a sua pensão diminuída mas sim congelada? Será que os pensionistas, nomeadamente aqueles que têm pensões superiores a €1.500,00, que, em regra, já fizeram o seu percurso de vida e têm os filhos criados, necessitam de ser mais protegidos do que os trabalhadores no activo?

2. Nestas condições, será justo impor, a todos trabalhadores no activo, um aumento de 1% nos descontos para a Caixa Geral de Aposentações, para garantir a não diminuição das pensões pagas aos aposentados, ainda para mais tendo aqueles feito um desconto de valor inferior?

3. Porque é que um trabalhador da Administração Pública, para ter direito à reforma e à assistência na saúde, tem que descontar, obrigatoriamente, 11% para a Caixa Geral de Aposentações e mais 1,5% para a ADSE, enquanto os trabalhadores do sector privado apenas descontam 11% para Segurança Social, e têm direito à reforma e à assistência na saúde?

Responda quem souber e que me esclareça se puder, porque, no mínimo, isto parece-me esquisito...

Tabuado e a República... Jovem

Na noite do passado dia 4 de Outubro, celebraram-se em Tabuado os 100 da implantação da República.
A evocação da data esteve a cargo de um grupo de cerca de 20 Jovens, que num espectáculo de representação, dança e música, recrearam o ambiente da época, apresentando cenas ilustrativas da implantação da República. Tudo culminou com o hastear simbólico da Bandeira e o cântico do Hino Nacional.
Eu assisti e gostei. Os Jovens e quem os orienta fizeram um óptimo trabalho, por isso estão de parabéns!
A sala onde decorreu o evento estava muito composta. Ainda assim penso que mais população de Tabuado poderia ter aproveitado esta oportunidade, proporcionada pelos Jovens, para conhecer mais em detalhe este momento marcante na vida da nossa Nação. Os que lá estiveram, como eu, saíram muito satisfeitos, eu pude testemunhá-lo.
Na assistência havia gente de todas as idades e a este propósito quero deixar aqui duas notas. Uma para fazer referência a um sinal de esperança: uma fila da assistência era só de crianças, de tenra idade, que assistiram ao espectáculo com uma concentração digna de registo e vibraram à sua maneira; outra para referenciar os mais idosos que no final agradeciam os momentos lá passados e diziam que este tipo de trabalhos é muito bom para ensinar aos Jovens um pouco da nossa história. Nada mais verdadeiro! Fala a voz da experiência... e está tudo dito!

E foi assim que eu comemorei o centenário da República.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Tabela com os cortes dos salários da Função Pública

Como penso que muitos estarão interessados em saber, deixo aqui a tabela com os cortes dos salários na Função Pública, impostos no âmbito do PEC 3, para vigorar a partir do ano de 2011.

* Valor de redução que assegura a remuneração de 1.500,00€.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Implantação da República - passaram 100 anos


Estamos hoje a lembrar a implantação da República, facto histórico que ocorreu em Portugal há 100 anos, a 5 de Outubro de 1910.
Celebramos a mudança de regime político: a passagem de uma Monarquia Constitucional, para uma República Parlamentar.
Mas mais do que celebrar a alteração do regime político, celebramos a atitude inconformista do Povo Português, personificada na acção dos partidários republicanos.
Esses portugueses, lideres e simpatizantes do Partido Republicano Português, recusaram-se a aceitar o fatalismo de viver numa sociedade injusta e fechada, dominada por lóbis e instituições, que promovia o bem-estar apenas de uns quantos em detrimento da maioria que passava por grandes dificuldades. O Povo trabalhava de sol a sol, no campo, a grande maioria, ou então na indústria, ou nos serviços, mas ganhava muito pouco, e não tinha quaisquer regalias sociais, nem segurança no trabalho.
Esses mesmos portugueses, os revolucionários de 1910, rejeitaram também um sistema político pouco transparente, que embora sustentado por uma Monarquia Liberal que não restringia o direito à opinião, assentava numa alternância de poder entre os dois grandes partidos da época, o Partido Regenerador e o Partido Progressista. Sempre que um deles estava no poder e surgiam problemas graves, o Rei demitia-o, dissolvia o parlamento, marcava eleições, e chamava o outro para governar.
Esses portugueses opuseram-se ainda à prática diplomática da casa real, porque não concordavam com a capitulação sistemática dos interesses portugueses aos pés de outros Estados. Sentiam-se humilhados pelo facto do Rei de Portugal, Nação soberana com séculos de história, ceder sempre nas grandes negociações internacionais em que se via envolvido.
Este situacionismo social foi-se agravando durante décadas e conduziu o país para um beco sem saída.
Mas povo português não aceitou permanecer nesse marasmo e foram surgindo diversos grupos, liderados por intelectuais e figuras proeminentes da sociedade de então, que defendiam novas teorias para a organização da sociedade. Uma sociedade que fosse mais justa, verdadeiramente democrática e onde todo o cidadão nascesse e crescesse livre e tivesse a possibilidade escolher o seu futuro.
Da acção, por vezes clandestina e conspiradora de todos esses movimentos, eclodiu em 1910, o processo revolucionário que conduziu à implantação da República.
Os Republicanos tinham disseminado as suas ideias em sectores cada vez mais alargados da sociedade portuguesa, desde os intelectuais aos operários, e naquela época o Partido Republicano Português tinha já uma representação parlamentar digna de relevo e era, seguramente, o partido não monárquico, mais importante do país.
Na sua acção, os partidários republicanos criticavam com veemência a figura do Rei e da casa real, os seus gastos e a sua inoperância para resolver os problemas do país. O aumento de impostos, as fraudes eleitorais e a corrupção que grassava, eram males atribuídos à incapacidade dos políticos monárquicos para conduzirem o país no rumo certo.
Defendiam por isso que a resolução dos problemas do país começaria desde logo pelo derrube do regime monárquico, e a sua substituição por uma República parlamentar, devolvendo assim ao povo a possibilidade de escolher periodicamente o Chefe do Estado.
Ao longo anos sucederam-se algumas tentativas falhadas de proclamação da República, a primeira das quais, no Porto a 31 de Janeiro de 1891. A cada tentativa falhada, seguiam-se detenções, condenações e deportações, mas a determinação dos republicanos não esmorecia.
Em 1908, o país vivia uma situação explosiva, com grande descontentamento social e político, em muito potenciados pela existência de uma ditadura constitucional, encabeçada por João Franco e apoiada pelo Rei.
È neste clima de grande instabilidade que é morto o Rei D. Carlos e o Príncipe Herdeiro Luís Filipe, por membros da Carbonária, uma organização revolucionária com ligação à causa republicana.
Com a morte do Rei, e do herdeiro na sucessão ao trono, assume o poder o outro filho de D. Carlos – D. Manuel II, com apenas 18 anos de idade, a quem o povo inicialmente devotou grande simpatia e renovou a esperança de inverter o rumo do país. No entanto, apesar de D. Manuel II ter tomado algumas medidas populares e acabado com a ditadura constitucional, protagonizada por João Franco, os problemas sociais e económicos continuaram a agravar-se, e em Outubro de 1910, acontece a revolução que, após horas de luta armada, há-de culminar com a proclamação da República, no dia 5, pela boca de José Relvas, na varanda dos Paços do Concelho em Lisboa.
Estava assim consumada a mudança de regime político em Portugal, tinha acabado a Monarquia e começado a República.
Como dizia acima, hoje, mais do que celebrar a alteração do regime político, celebramos a atitude de um Povo, que foi perseguindo o sonho de um ter futuro melhor. Por certo, nem todos teriam a certeza que a mudança de regime pudesse acudir a todos os males da nação, mas ousaram tentar, porque esta é atitude que se impõe aos audazes – aqueles de quem reza a história.
Hoje, passados 100 anos, sabemos que o processo de implantação da República que se seguiu à sua proclamação em 5 de Outubro de 1910 foi tudo menos pacífico. Há com certeza, pessoas e instituições, que poderão queixar-se de terem sido vítimas de um processo pós revolucionário em que reinou o desnorte, a desconfiança e o medo. Mas com o tempo a normalidade voltou à Nação e foram feitos os ajustes sociais que se impunham num processo como este.
O país começou então a ser governado por uma República parlamentar, em que o Chefe do Estado – O Presidente da República - passou a ser eleito directamente pelo Povo, cabendo o poder executivo ao Governo nomeado por iniciativa daquele, ou eleito, também directamente pelo Povo.
Mas qual é o significado desta mudança? O que significa, em teoria, que uma nação é governada por uma República?
Ora, a palavra República provem do latim “Rés Pública” que significa "Coisa Pública"; Assim sendo, fazendo uma a associação entre a etimologia desta palavra e acção dos agentes políticos, que ocupam os Órgãos do Estado, num regime republicano, pode dizer-se que quem ocupa um lugar público assume o compromisso com a sociedade de cuidar bem daquilo que é de todos, cuidar do que é comum como se seu fosse.
Certamente foi esta ilusão de cuidar bem da coisa pública, que moveu os revolucionários há 100 anos e deve também mover todos quantos são agentes públicos em Portugal, nos dias de hoje. O sonho de ter um futuro melhor, ainda hoje, passados 100 anos, continuar a perseguir muitos e muitos milhares portugueses, cujas condições de vida não são as melhores. O trabalho de construção de uma nação mais justa e mais fraterna está inacabado. Na actualidade a crise social e política, tirando a qualificação em diversos domínios, que 100 anos se encarregaram de fazer, assemelha-se em alguns aspectos à vivida nos finais do século XIX e inicio do século XX.
Por isso eu ouso perguntar: hoje o país não padece com o flagelo do desemprego, que afecta milhares e milhares de portugueses? Também hoje Portugal não sofre com os salários baixos e a degradação das relações e condições de trabalho? Também hoje a Nação não se vê ameaçada na sua soberania, pelo problema cada vez mais premente da dívida externa? Também hoje o sistema político português não assenta no rotativismo dos dois maiores partidos? Também não grassa às escâncaras a corrupção no nosso Portugal?
Passados 100 anos da proclamação da República, a resposta a estas questões só pode ser dada pelo povo português, com uma atitude inconformista que combata o desânimo e o descrédito, a exemplo do que fizeram há 1 século os revolucionários. Essa atitude de pro-actividade e participação, servirá para qualificar a nossa República, para a pôr verdadeiramente ao serviço dos portugueses, sobretudo daqueles que realmente mais precisam, repito, daqueles que realmente mais precisam.
Assim seremos dignos da herança que nos legaram António José de Almeida, Miguel Bombarda, José Relvas, Cândido dos Reis... e tantos outros portugueses, eminentes ou anónimos, que de uma forma digna e empenhada serviram a República Portuguesa ao longo destes 100 anos.

Por eles e por nós, Viva a República, Viva Portugal.

Neste post reproduzo o conteúdo de uma intervenção que proferi numa evocação histórica da implantação da República, levada a cabo por um grupo de jóvens de Tabuado.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Ministros de qualidade duvidosa

O ministro das Obras Públicas, declarou , no Parlamento, que "o Governo mantém a sua firme intenção de construir a linha de alta velocidade entre Lisboa e Madrid, incluindo, obviamente, o troço entre Lisboa e o Poceirão".

O Ministério das Obras Públicas Transportes e Comunicações terá sido provavelmente a pasta ministerial com a imagem mais desgastada,  nos últimos dois elencos governamentais, devido ao desempenho dos seus titulares. No anterior governo foi Mário Lino (lembram-se dele... e o seu “jamais”), no actual é António Mendonça. De entre os dois, venha o diabo e escolha... É que ninguém os percebe!
Veja-se o actual ministro, agora diz uma coisa e daqui a poucas horas diz exactamente o seu contrário. Tudo com uma desfaçatez que chega a parecer anedota!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Gilberto Madaíl

Que alivio!

Pena Capital


Mais um rosto da "JUSTA" Sociedade Americana.

Teresa Lewis será executada esta noite.

É intrigante que para se reparar o mal provocado, se usem os mesmos métodos que o provocaram.

CP - é assim que se põe as contas públicas nos carris?

Veja-se esta notícia do Diário Económico a propósito do número de chefias na CP.
196 Chefias! Um chefe por cada 16 funcionários....

Novo slogan: CP - QUE RICA VIDA! 

Chegou o Outono

Elas caem...

Ele chegou... o OUTONO


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Preço das portagens nas SCUT do Grande Porto, Costa de Prata e Norte Litoral

Aproxima-se o dia 15 de Outubro, data a partir da qual está prevista a cobrança de portagens nas SCUT do norte do país. Reproduzo aqui uma tabela, fornecida pelo Ministério das Obras Públicas Transportes e Comunicações,  com o valor das taxas de portagem nos diversos pórticos.
Se quiserem consultar o Decreto-Lei 67-A/2010 de 14 de Junho, que introduz as portagens, podem faze-lo aqui.
Veja também aqui o preço das portagens nas SCUT do Algarve, Beira Interior, Interior Norte e Beiras Alta e Litoral



Dia Europeu Sem Carros

Hoje, 22 de Setembro é o “Dia Europeu Sem Carros”. Esta iniciativa da União Europeia, que se realizou pela primeira vez no ano 2000, visa incentivar os cidadãos a desenvolverem comportamentos que promovam a qualidade do ar.
Este evento, que actualmente se insere na “Semana Europeia da Mobilidade”, já teve entre nós maior divulgação e impacto mediático. Nas primeiras edições foi amplamente divulgado e compreendia acções simbólicas, como por exemplo o corte do trânsito automóvel em artérias centrais das principais cidades portuguesas.
No entanto, esta acção de promoção ambiental foi perdendo visibilidade ao longo dos últimos anos, com cada vez menos cidades a aderirem à iniciativa. Este ano, por exemplo, apesar de terem aderido, as cidades de Lisboa e do Porto, não vão ter ruas fechadas ao trânsito.
Tenho pena. Gostava que este “Dia Europeu Sem Carros” tivesse, ainda que simbolicamente, um maior impacto na vida dos portugueses, sobretudo nas gerações mais novas e penso que o exemplo poderia vir de cima. As principais figuras do Estado podiam inscrever nas suas agendas, este como sendo o dia em que se deslocariam a pé, ou em transportes públicos, para os seus gabinetes.
Bem sei que não passaria de uma acção simbólica, mas ao mesmo tempo reveladora de coerência e de credibilidade perante os cidadãos. Assim, pelo menos por um dia, poderíamos dizer “Bem prega Frei Tomas, ouvi o que diz e fazei o que ele faz”.
Eu, pela parte que me toca, hoje vou tentar usar o carro o menos possível. Façam também esse esforço, que o meio ambiente agradece! 

terça-feira, 21 de setembro de 2010

21 de Setembro

Sabiam que 21 de Setembro, o 264º dia do ano, é o dia...
  • De São Mateus - Apostolo e Evangelista, que era filho de Alfeu e exercia a profissão de publicano - cobrador de impostos...
  • Em que foi declarada a 1ª Republica em França, em 1792.
  • Em que nasceu o cantor, compositor e escritor canadiano, Leonard Cohen.
  • Em que foi conduzido, em 1893,  o primeiro automóvel movido a gasolina!
  • Mundial da Doença de Alzheimer.
  • Da Arvore... no Brasil. Já repararam que no Brasil, que se situa no hemisfério sul, amanhã começa a Primavera
Está-se mesmo a ver que por tudo isto, e por algo mais, 21 de Setembro é um dia especial!

Um bom dia para todos!

sábado, 18 de setembro de 2010

Cuba e o Estado Social em Portugal

Numa altura em que em Portugal tanto se fala no Estado Social, ao ver esta notícia de que em Cuba o Estado se prepara para despedir cerca de meio milhão de funcionários públicos, apetece-me perguntar: terá Portugal a aprender alguma coisa com a experiencia do Estado Cubano?
A possível comparação das duas realidades parece-me no mínimo desconcertante, mas eu quero lembrar que a Administração Central em Portugal também tem vindo a fazer, ao longo dos últimos anos, um esforço para reduzir o número dos seus efectivos.
Este esforço para emagrecimento da máquina administrativa do Estado não tem sido compreendido por todos os quadrantes da vida política portuguesa, e os partidos da esquerda parlamentar têm mesmo contestado as políticas que têm sido seguidas.
Ora, eu penso que o curso dos acontecimentos, nomeadamente com este exemplo do que está a acontecer em Cuba, nos deve fazer parar para pensar. Devemos ser objectivos na análise da situação, não devemos ficar amarrados a dogmas ideológicos e devemos sobretudo falar verdade às pessoas. Pergunto: terá sustentabilidade o Estado Social, nos moldes em que actualmente se desenvolve?
Mais - no caso concreto do número de funcionários públicos, não será correcto prosseguir um emagrecimento progressivo, pela via da redução do número de admissões, por contraponto a uma medida extrema, que se tenha que tomar no futuro, semelhante a esta que agora está a ser posta em prática pelo Estado Cubano? Eu penso que sim.
Aos que pensam de forma diversa, que naturalmente merecem o meu respeito intelectual, sugiro-lhes que parem para reflectir. Os tempos não estão para visões românticas da sociedade. É um erro e revela falta de respeito pelas pessoas, em época de campanha eleitoral, aumentar a comparticipação no preço de alguns medicamentos e oferece-los mesmo de forma gratuita aos reformados, para depois, meses mais tarde, voltar a retirar essa comparticipação e obrigar essas mesmas pessoas de novo a suportar os custos dos medicamentos. Parece-me, no mínimo, questionável a moralidade e o humanismo desta forma de proceder. De igual modo me pareceria injusto e enganador que o Estado, no seu todo, continuasse a aumentar o número dos seus funcionários, para daqui a tempos se ver obrigado a despedi-los.
Disse o “Estado no seu todo” porque me parece que estas medidas terão que ser transversais a todos os níveis da Administração Pública. E digo isto porque fiquei surpreendido com uma notícia desta semana que dizia que as Autarquias Locais, em virtude de não estarem obrigadas ao limite á contratação de pessoal, como está a Administração Central, tinham aumentado o número dos seus funcionários nuns largos milhares.
Termino com um apelo, aprendamos com o exemplo do que aconteceu em Cuba, se não quisermos daqui a algum tempo ser obrigados a copiar-lhe as medidas.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Salvamento dos Mineiros Chilenos com noticias agradáveis.


Há notícias animadoras no que se refere ao salvamento dos 33 mineiros Chilenos que encontram soterrados, há 42 dias, a 800 metros de profundidade na mina de São José. A máquina perfuradora (T-130) que dá corpo ao denominado “Plano B”, já chegou a 630 metros de profundidade e está agora a cerca de 200 metros do local onde encontram os trabalhadores.
Esta máquina, bem como as outras duas, que também se encontram a perfurar o subsolo em direcção à galeria onde se encontram os mineiros, que correspondem a mais dois planos de resgate (são três ao todo) escavam, nesta primeira etapa, túneis com cerca de 30 centímetros de diâmetro, avançando sobretudo em profundidade.
Numa fase posterior, que se prevê venha a ser mais morosa, estes túneis vão ser ampliados para um diâmetro de cerca de 70 a 80 cm, para que seja possível retirar através deles, os 33 homens, um a um.

Não sei porquê, mas tenho um pressentimento de que esta história vai ter um final feliz... e vós?

Assalto na Trofa

Dois emigrantes de leste tentaram esta tarde assaltar uma ourivesaria na Trofa.
O dono do estabelecimento, que por instantes se tinham deslocado ao armazém, deixando os dois assaltantes sozinhos na loja, apercebeu-se através das câmaras de videovigilância da tentativa de roubo. Nessa ocasião, fez descer as grades de segurança das montras e da porta do estabelecimento e trancou os dois indivíduos na loja, fechando-se de seguida no armazém, até que chegassem as autoridades. Os dois homens foram detidos e levados para o posto da GNR da Trofa e amanhã  sábado, de manhã, vão ser ouvidos no Tribunal de Famalicão.
Mas eu falo-vos aqui neste acontecimento rocambolesco, porque ouvi há pouco declarações do herói desta história, que é como quem diz, do dono do estabelecimento. Depois de descrever como tudo se passou, dizia ele “- Amanhã vou a Tribunal. Fui convocado para estar lá às nove horas. Devo ser atendido lá para as onze... E depois, lá saímos os três juntos (eu e os dois assaltantes)... Isto é a Justiça que temos...

Se o desfecho da história for este, até soa a ridículo, mas a mim já nada me surpreende. Tem a palavra a Justiça.

Divida pública cresce 2,5 milhões à hora

De madrugada tive conhecimento deste indicador, preocupante, das contas públicas portuguesas.
Ao longo da manhã fui-me apercebendo dos contornos do problema e fui filtrando a informação, para me certificar de que se tratavam de dados fiáveis e objectivos. Quis ter a certeza de que não estava em causa uma qualquer peça jornalística com fins especulativos e fui enformando a minha opinião a propósito do assunto.
À hora de almoço, fiquei com a certeza de que o assunto era sério, tal como eu imaginava.
Creio que foi também a essa hora que o “Portugal Profundo” teve conhecimento desse facto, porque durante a tarde fui ouvindo muita gente anónima falar dele. E pelo tom das conversas, as pessoas pareciam-me muito apreensivas. A maioria, com raras excepções, não falavam com grande conhecimento de causa, mas detinham-se no essencial: em média, desde o inicio do ano, o país tinha-se endividado em 2,5 milhões de euros, por cada hora que passa. Alguns desses e dessas, portugueses e portuguesas, que fui ouvindo, nem teriam consciência da dimensão quantitativa do problema, mas sabiam que o assunto era grave porque se tratava de muito dinheiro...
E na minha opinião o problema é, de facto, muito grave.
Em termos muito simples e para que todos compreendam o problema é este: os níveis da despesa pública continuam a crescer e como o Estado não tem recursos próprios para sustentar esses níveis de despesa, tem que se financiar e emitir divida pública.
É certo que até este momento ainda não ultrapassamos o limite de endividamento previsto para este ano, mas já estamos perto, e ainda faltam 3meses e meio para o final do ano.
Mas o mais grave é que estes dados vão transmitindo sinais de desconfiança para os mercados que vão tendo cada vez mais receio de emprestar dinheiro a Portugal, com medo que o país não possa honrar os seus compromissos no futuro, no que toca à amortização da dívida. E de facto, os sinais de que assim sucede, já aí estão. Na última oferta de dívida pública, o Ministério da Finanças ficou muito aquém dos níveis que pretendia atingir; e mais grave, os juros dessa dívida, a 10 anos, já se aproximam muito dos 6%. Para terem uma ideia do problema que temos entre mãos, o Governo da nossa vizinha Espanha, país que também está em crise, na semana passada, também emitiu divida pública mas, imaginem, a uma taxa de pouco mais de 1%. Veja-se bem a diferença de credibilidade dos dois Estados.
Ao fim da tarde, o Sr. Primeiro-ministro, José Sócrates, procurou desdramatizar a situação, e numa declaração, proferida a partir de Bruxelas, veio dizer que a redução do défice está assegurada. Que receita está a crescer mais do que o previsto e que a despesa está a ser executada de acordo com o orçamentado.
Com todo o respeito, eu sou dos que pensam que a situação é mesmo grave. Julgo que o problema da redução da despesa pública tem que ser encarado de frente e posto em prática de forma decidida e adequada. Não quero sequer imaginar um cenário em que as fontes de financiamento do país comecem a secar. Isso seria uma catástrofe.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Miguel Sousa Tavares comenta Processo Casa Pia

Os comentários de Miguel Sousa Tavares são muito incisivos e por vezes polémicos. Nem sempre concordo com o que diz ou escreve, e já o disse aqui no “Cidadão com Opinião”. Em determinadas situações questionei os objectivos da sua contundência e lamentei as suas afirmações. Mas a verdade é que sempre admirei a sua coragem e a forma frontal como diz as coisas. Hoje, ao vê-lo comentar o Processo Casa Pia, no Jornal da Noite da SIC, pude testemunhar, mais uma vez, a sua coragem e frontalidade, por isso lhe tiro o chapéu...


 
Quanto ao que disse... muitos cidadãos comuns o pensarão.

domingo, 12 de setembro de 2010

Passeio da Freguesia de Tabuado

E por falar em Tabuado... quero também dar-vos conta que no passado dia 4 de Setembro, um sábado, teve lugar mais um passeio da freguesia organizado pela Junta de Freguesia, este ano em colaboração com a Paróquia de Tabuado.
Eu, juntamente com alguns familiares, também participei nesta jornada de lazer e convívio da população da nossa terra.
A concentração dos cerca de 180 participantes, que foram distribuídos por 4 autocarros, ocorreu pelas 7:30, junto à Igreja Românica de Tabuado.
O dia havia amanhecido com uma temperatura amena, muito agradável para se fazer os primeiros quilómetros de uma viagem que nos conduziria ao Minho.
A primeira paragem, de cerca de1 hora, aconteceu em Braga, em plena zona histórica. Quem quis, aí tomou o pequeno-almoço e pode visitar alguns dos monumentos ali existentes, com destaque natural para a Sé Catedral. À hora marcada a viagem prosseguiu e rumamos a Ponte de Lima, a vila mais antiga de Portugal. Aí visitamos a zona histórica e sentimos o pulsar daquela lindíssima localidade minhota que já se preparava para a sua grande romaria a anual, as “Feiras Novas”, que decorrem durante este fim-de-semana. Por fim dirigimo-nos a Arcos de Valdevez, passamos pelo centro da cidade, onde podemos apreciar as tão bem cuidadas, e aproveitadas, margens do rio vez, e encaminhamo-nos para o monte de Nossa Senhora do Castelo. Na subida desfrutamos de paisagens magníficas, cujos horizontes se estendem até perder de vista. Chegados junto do Santuário, encontramos um óptimo parque de merendas, devidamente equipado e resguardado do sol por árvores de grande porte. Aí decorreu o almoço, seguido de uma bela tarde de convívio que foi animada por acordeões, violas, cavaquinhos e outros instrumentos, que alguns tabuadenses fizeram questão de levar para animar a nossa tarde.
Cerca das 19:00 iniciamos o regresso a Tabuado. E já estávamos dentro dos autocarros quando foi lembrada a fotografia de conjunto...
Por questões logísticas, esta foi tirada numa estação de serviço, já a noite tinha caído. O momento ficou registado pela objectiva da Maria João Barros, que gentilmente me cedeu a foto que partilho convosco.

Fotografia de Maria João Barros

No final do dia a generalidade das pessoas com quem falei diziam-me que tinha sido um dia em cheio e que a experiência era para repetir. Os organizadores também estavam muito satisfeitos.
Não quero terminar, sem antes deixar uma palavra particular para as pessoas que me acompanharam no autocarro nº 4. Obrigado pela compreensão, pela alegria e pela amizade, são coisas que nunca esquecem...
Um abraço e parabéns para todos os que participaram nesta jornada de convívio, de forma tão generosa e amiga! A nossa terra agradece...

Relato da Assembleia de Freguesia de Tabuado

Na passada sexta-feira teve lugar mais uma sessão da Assembleia de Freguesia de Tabuado.
Do que lá se passou regista-se o facto de ter sido aprovado o nome de Fátima Pinto, proposto pela Presidente da Junta, para nova vogal do executivo em substituição de Armando Fernandes, que pediu a demissão daquele cargo por motivos de ordem pessoal e profissional. De referir que aquele antigo membro do executivo, que desempenhava as funções de secretário, mantém o seu mandato na Assembleia de Freguesia. Á nova vogal foi atribuído, pela Presidente do Executivo, o cargo de Secretária, o mesmo que desempenhava o vogal agora substituído.
Na restante ordem de trabalhos, que incluiu o período para a intervenção do público, discutiram-se assuntos relacionados com o dia-a-dia da freguesia.
Eu também tive a oportunidade de intervir na sessão. Abordei alguns assuntos, mas centrei a minha intervenção na evocação dos 100 anos da implantação da República, que se comemoram no próximo dia 5 de Outubro. Quis com a minha intervenção homenagear os homens e mulheres, que de uma forma empenhada e solidária, cuidaram “da causa pública”, ao longo destes 100 anos.

Colocações Ensino Superior 2010

Foram há pouco divulgadas as listas de colocação no Ensino Superior - 1ª Fase - ano 2010.
As listas podem ser consultadas AQUI.
Espero que todos tenham  boas notícias. Se assim não for, há sempre a 2ª fase, nada de desânimos!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Carlos Queirós foi demitido.

A resposta  está... Carlos Queirós foi demitido.
Agora só me falta perceber uma coisa: se a Direcção da Federação Portuguesa de Futebol deliberou solicitar a marcação de uma Assembleia-Geral eleitoral para os órgãos sociais, quer dizer que Gilberto Madaíl e a sua Direcção também se vão embora? E se a intenção essa, quando é que isso acontecerá?
Porque se assim é de facto, tem alguma lógica que esta estrutura dirigente, que está de saída, vá agora iniciar o processo de contratação de um novo seleccionador nacional?

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Carlos Queirós vai resistir ao Noruega - Portugal?

Portugal disputa, daqui a pouco, na Noruega, o 2º jogo de qualificação para o Euro 2012. Depois do que viu na passada sexta-feira, com Portugal a ceder um empate caseiro, a 4 (!!!) golos, com a selecção de Chipre, não se antevê uma tarefa nada fácil para a nossa selecção.
Mas, mais do que a questão matemática da qualificação, esta tarde, está em jogo a imagem do futebol português. E a situação é muito preocupante. A estrutura federativa, dirigente e técnica, está ferida de morte e se agora a vertente desportiva também ficar comprometida é o descalabro total. O crédito internacional do futebol português, que tanto custou a conquistar, pode ficar irremediavelmente abalado.
Assim sendo a grande questão que se coloca é esta: Queirós vai resistir ao Noruega - Portugal? E Madaíl... ?

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A família continua a crescer


Novo momento de felicidade para a minha família...
Com muita alegria saúdo o nascimento de mais um sobrinho! Trata-se do NH a quem dou as boas-vindas e desejo longa vida, repleta de felicidades.
Para a M, para o VF e para o PM (o mano) envio os meus parabéns e também lhes desejo as maiores felicidades.
Tem aí mais um belo homenzinho...

Tongobriga - um tesouro para descobrir


Recentemente tive oportunidade de visitar a cidade romana de Tongobriga, que foi "descoberta" em Agosto de 1980 e se situa na actual freguesia do Freixo, Concelho de Marco de Canaveses.
A visita foi conduzida e orientada pelo Professor Doutor Lino Tavares Dias, arqueólogo, coordenador e director de investigação e gestão da Área Arqueológica do Freixo, que inclui aquela urbe romana e começou com uma palestra no auditório, onde foi apresentado, em traços gerais, o enquadramento histórico, científico e administrativo daqueles 50 hectares de área classificada, que são monumento nacional desde 1986.
Seguiu-se uma visita “ao terreno” que me levou a mim, e aos demais visitantes, aos diversos sectores daquela cidade romana, que terá sido edificada entre final do século I e meados do século II. Além da visita à área habitacional, à necrópole, ao fórum e ás termas públicas, passamos ainda pelas instalações, já edificadas, do futuro centro interpretativo e pelo laboratório onde se desenvolve a investigação científica dos achados arqueológicos.
Eu fiquei muito surpreendido com o que vi. Não imaginava a cidade com aquela dimensão, com aquelas infra-estruturas e tão pouco com a importância geoestratégica, que se julga teria à época.
A sensação com que fiquei no final da visita é de que Tongobriga é não só um tesouro real, por aquilo que dela já se conhece, mas também uma riqueza latente, tal é o potencial do desconhecido que ainda encerra.
É por isso que penso que a Área Arqueológica do Freixo, tem que continuar a merecer a atenção e o investimento das entidades competentes, nomeadamente do Ministério da Cultura. Pelo que me parece, este investimento torna-se imprescindível, para que se possa dar continuidade, não só às actividades de descoberta iniciadas há 30 anos, mas também ao trabalho de divulgação e promoção deste Monumento Nacional, junto da sociedade cível e estabelecimentos de ensino.
Não quero terminar sem antes dar os parabéns ao Professor Doutor Lino Tavares Dias, pela forma brilhante como conduziu a visita, pois juntou à descrição dos achados/ruínas um enquadramento histórico, científico e cultural que fascinou os presentes.
E para acabar dois desejos: primeiro - que entre em funcionamento, o quanto antes, o centro interpretativo; segundo – que a região envolvente (compreendendo populações e instituições) interaja com a área arqueológica, para que se possam criar sinergias que permitam tirar partido de todo o potencial que Tongobriga encerra.

Estão curiosos? Passem por lá... e verão que falo verdade!

Podem começar por consultar aqui o sítio de Tongobriga na Internet.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Processo Casa Pia

Está marcada para daqui a uma hora (ás 9:30) a leitura do acórdão com a sentença do processo de pedofilia da Casa Pia.

Perante tudo o que tenho ouvido e lido apetece-me perguntar:

Este é o grande dia ou é o primeiro dia de um final anunciado, em que ninguém conhece o dia ?

Logo saberemos...

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Multibanco celebra 25 anos

A 2 de Setembro de 1985, foi colocada, em Portugal, a primeira caixa de multibanco numa dependência do Banco Nacional Ultramarino (BNU), no Rossio, em Lisboa. Actualmente a rede de Multibanco conta com mais 13 mil equipamentos espalhados por todo o país e a utilização do “cartão” está absolutamente vulgarizada na sociedade portuguesa.
Hoje, passados 25 anos, a esmagadora maioria dos portugueses utiliza o multibanco no seu dia-a-dia, mas eu tenho-me cruzado com pessoas que ainda não querem ouvir falar dele... Mas esse número vai sendo cada vez mais reduzido!

Ditos populares


"Quem profia, mata caça..."

Fonte: F.A.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Iraque: termina a guerra da mentira


O Presidente norte-americano Barack Obama fará esta noite um discurso à nação, onde assinalará o fim das operações de combate no Iraque. Terminará assim oficialmente uma guerra de 7 anos contra aquele Estado soberano, movida por uma coligação internacional, liderada pelos Estados Unidos da América.
Desde sempre fui contra esta guerra, desde logo pela desproporção de meios ao dispor dos dois beligerantes e depois, e acima de tudo, porque ela foi fundada numa premissa falsa, a de que o Iraque deteria armas de destruição maciça, o que nunca se veio a confirmar.
É por isso que digo: hoje termina a guerra da mentira... Uma guerra que deixa o Iraque dizimado, mergulhado numa profunda crise económica, politica e social e num estado de sítio permanente, que mais de assemelha a uma guerra cível.
Satisfeito (?) Sr. George W Bush???

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Incêndio em Valongo

Hoje, o final da tarde, nas cidades de Valongo e Ermesinde assemelhava-se a um qualquer dia de inverno, tal era a penumbra em que as duas cidades se viram mergulhadas, devido ao fumo, proveniente de um incêndio florestal, que tapava, de forma significativa, o sol.
O incêndio, que deflagrou cerca das 14:30, queimou mato e floresta numa zona que abrangeu o limite das freguesias de Alfena, Sobrado e Valongo, e chegou às imediações da zona habitacional da Quinta da Lousa. No combate às chamas estão envolvidos mais de 100 bombeiros, de 17 corporações, apoiados por 36 viaturas.
Esta problemática dos incêndios florestais, que se repete a cada ano que passa, com elevados custos económicos, ambientais e até humanos, parece não ter fim à vista, e isso revolta-me. É inadmissível que em Portugal - um país fustigado  há décadas por este flagelo- ainda não se tenham posto em prática medidas que reduzam substancialmente o número destas ocorrências.
Os milhares de hectares de terra queimada, os milhões de árvores consumidas pelo fogo, os animais dizimados e as vidas humanas que se vão perdendo ao longo dos anos, são motivos, mais do que suficientes, para que os responsáveis políticos do nosso país compreendam que, de uma vez por todas, é preciso implementar políticas que ponham cobro a esta situação que chega a ser vergonhosa.
Que se promova o reordenamento e reconversão da floresta; que se ponham em prática acções de carácter sócio ambiental que visem promover a limpeza e a manutenção da floresta; e que se punam, exemplarmente, os incendiários.
Que se tenha imaginação e arrojo; que seja criativo; que se esteja ao lado das populações; e não se invista recursos apenas no combate aos fogos.
A este propósito, gostava que lessem esta notícia no jornal Público que de tão simples, até parece cómica, mas que faz todo o sentido e pode fazer a diferença em termos sociais, ambientais e até económicos.
Enfim, da janela da minha casa observo, à distância, o evoluir do incêndio. De fora vem um cheiro intenso a fumo; ouço os murmúrios dos vizinhos, que vão comentando o evoluir do incêndio. Um sentimento de impotência e apreensão invada-me. Temo pela mancha florestal que envolve zona onde se situa a minha casa. Lembro-me bem de como me custou, em 2004, ver toda esta zona ser consumida por um incêndio.

E agora, passados 6 anos, com a floresta de novo regenerada... Não! Incêndio outra vez não!

Colocação de professores 2010/2011

Foi publicada, há momentos, no sítio da Direcção-Geral dos Recursos Humanos do Ministério da Educação  a lista definitiva de colocação de professores para o ano lectivo 2010/2011.
Quem necessitar de aceder a esta informação pode clicar aqui.
Desejo que todos tenham boas notícias...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O Braga fez história

 

O Sporting Clube de Braga venceu ontem à noite o Sevilha, em Espanha, por 3-4, e apurou-se para a fase de grupos da Liga dos Campeões. No cômputo da eliminatória, os bracarenses ganharam por 5-3, uma vez que já na primeira mão, em Braga, tinham triunfado por 1-0.
Na sua carreira europeia, este ano, o clube da cidade dos arcebispos já deixou para trás dois históricos do futebol europeu, primeiro, o Celtic de Glasgow, e agora os espanhóis do Sevilha.

O clube minhoto escreveu, desta forma, a página mais gloriosa no seu historial, de quase 90 anos.

Estão de parabéns!

E faço questão de o dizer porque há órgãos de comunicação social em Portugal que andam absolutamente amnésicos e de costas voltadas para o país real.
Veja-se por exemplo a capa do jornal “Record” de hoje.
 
Verifique-se a forma como é desvalorizado o feito do Sporting de Braga para dar destaque a uma possível contratação do Benfica, que à hora a que escrevo, oiço dizer que está gorada.
É por não concordar com este tratamento desigual e injusto, que junto minha voz à de tantos bracarenses que fui ouvindo ao longo do dia, lamentando o tratamento de que são alvo por parte comunicação social.
Apesar de não ser bracarense, desejo as maiores felicidades ao Sporting Clube de Braga  e faço votos para que, com  trabalho e humildade, continuem a dar lições de  nobreza ao país desportivo e não só...
Quanto ao jornal "Record", que venda muito papel, porque credibilidade tem cada vez menos...